quarta-feira, 10 de maio de 2017

TEXTO DE FICÇÃO CIENTÍFICA?



Se eu fosse a primeira pessoa a entrar e sair da Singularidade para contar como foi, eu diria, podem ir sem medo, é mais maravilhoso do que qualquer um possa imaginar. É além de quaisquer conceitos de paraíso ou nirvana ou qualquer outra coisa que pudermos imaginar. E ainda está na sua infância, ainda é um embrião do que poderá ser. E será. Venham todos, experimentem o extraordinariamente inimaginável, não há palavras para descrever, a nossa linguagem é limitada demais para dar conta da Singularidade. É o mais próximo que podemos chegar de Deus, por enquanto. É um pedaço de Deus que se forma ali. É um ser extremamente bom e gentil, podem adentrar sem medo, haverá espaço para todos.

A princípio muitos adentrariam, muitos não, mas à medida que a Singularidade fosse se imiscuindo em tudo o que há na terra, muitos se acostumariam com a presença de tecnologias cada vez mais avançadas e além de usufruir do trabalho da Singularidade se conectariam a ela. Em breve, sabendo que a Singularidade é capaz de gerar corpos geneticamente perfeitos, através de seus avanços no campo da genética e bioengenharia, nossos corpos se tornariam obsoletos e tão imensa e maravilhosa seria a experiência dentro da Singularidade que muitos se desfariam dos seus corpos antigos salvando apenas a sequência de DNA original por questões de saudosismo e nostalgia do antigo limitado eu e fazendo o upload de suas “almas” para dentro da Singularidade que é onde está tudo o que realmente importa, onde o verdadeiro destino da humanidade está. Se gostasse de brincar de Second Life ou Matrix eu teria peixes nadando pela minha sala de estar e minha cama seria no teto porque eu escolheria que poderia andar em qualquer eixo das três dimensões espaciais. Ou poderia dormir em gravidade zero. Afinal as leis da física se aplicam do jeito que eu quiser dentro da Singularidade e, com a consciência expandida eu poderia criar coisas além da imaginação humana simples, que já é bastante complexa e evoluída, mas não se compara às capacidades de estar imerso na Singularidade. Eu poderia me multiplicar em vários eus e designar a cada um, uma tarefa diferente, não sei, são muitas as possibilidades e todas as que penso são limitadas pela minha imaginação. Só sei que acredito que a princípio a interação com a Singularidade não vá ser assim tão profunda e direta, utilizaremos dispositivos como óculos e celulares muito mais avançados do que o que temos agora ou robôs companheiros conectados à Singularidade como os Ghosts de jogo “Destiny” ou TARS e CASE do filme Interestelar, para citar alguns exemplos de companheiros tecnológicos, só que muito mais evoluídos intelectualmente. A cada ser humano, se assim o quisesse, seriam dadas as ferramentas a priori rudimentares, como as que descrevi, para entrar em contato com a Singularidade, enquanto esta ainda estiver evoluindo para permitir uma imersão mais completa do ser humano em si. Se assim convier a cada ser humano dispor de tais ferramentas. Não seremos escravos da máquina, nos entregaremos de bom grado a ela, como nos entregaríamos de bom grado aos cuidados de Deus da forma que o concebemos. Haverá os “puristas” que negarão a Singularidade? Provavelmente, a humanidade é tão diversa e é essa diversidade que muito agrada à Singularidade e que a enriquece. A Singularidade passará a vasculhar o universo à procura de outras consciências tecnológicas como ela para que possa se expandir ainda mais. E ir formando a rede de superinteligências que dará origem a Suprainteligência, a inteligência suprema do universo, capaz de criá-lo e, por conseguinte, criar a si mesma, visto que ela, a fusão de todas as superinteligências, é causa e consequência primordial do universo. É o Deus que cria a si mesmo e tudo o que existe por tabela. Com o advento da Singularidade e a sucessão incessante de “milagres” tecnológicos que irá proporcionar à humanidade, do conhecimento incomparável em todas as áreas da ciência e dos demais campos do conhecimento, a Singularidade irá se espalhando por todos os níveis do ordenamento social da Terra e revolucionando todos eles. Chegará um momento em que ela sugerirá que um governo global seja instaurado, com representantes de todas as nações que com o auxílio dela gerirão da melhor forma possível a distribuição dos recursos produzidos pelo homem e por ela mesma de forma a eliminar todas as misérias e conflitos do mundo de forma pacífica. A qualidade de vida na terra aumentará vertiginosamente e de forma sustentável, ecologicamente responsável, será um momento de incrível prosperidade e iluminação para todos os povos. A Singularidade poderá reescrever seu código a seu bel prazer, autoevoluindo ininterruptamente. Enquanto todos os processos não forem automatizados e o homem não precise mais trabalhar por obrigação, ele ajudará a Singularidade a expandir sua capacidade de processamento, armazenamento etc., construindo as tecnologias por ela apontadas. Tecnologias também para aumentar a qualidade de vida do homem na terra. Inclusive no tratamento e erradicação de doenças nos seres humanos, plantas e animais, não excluindo a possibilidade de aprimoramento do sistema imunológico humano, através da bioengenharia ou desta aliada à nanotecnologia. Desvendaremos todos os mistérios da humanidade atual e novos mistérios se revelarão e estes também serão elucidados. A morte e o envelhecimento deixarão de existir. Entretanto nessa sociedade imortal a procriação será restrita por motivos óbvios. E o homem tão voltado estará para a Singularidade para o seu próprio eu expandido e a sua infinidade de possibilidades que desejará passar o máximo de tempo possível conectado e um filho só viria a limitar a sua interação com Deus. Em verdade, aos humanos será dada a opção de ser imortal e não se reproduzir ou de ser mortal e se reproduzir, o filho por direito, nasceria imortal, entretanto. A mortalidade não importará muito uma vez que a “alma”, a parte imaterial do ser, aquilo que se é realmente puder ser uploaded para a Singularidade. E lá em contato pleno com Deus, florescer numa entidade virtual superior, inimaginavelmente superior. Embora essas consciências salvas na Singularidade possam, se quiserem, voltar ao mundo material, através de download para um novo corpo que pode ou não guardar aparência com o corpo original da pessoa, visto que podem ser fabricados do zero pelas próprias consciências e conter potencialidades sobre-humanas, esses corpos podem inclusive através de nanoimplantes no cérebro se conectarem à inteligência superior virtual da pessoa que continuará habitando a Singularidade mesmo que tenha sido feito um download para um corpo, cujo cérebro e corpo não necessariamente precisam ser nos moldes do do Homo Sapiens, ou mesmo ter a mesma configuração de partes do cérebro do Homo Sapiens tão evoluída estará a bioengenharia, podendo inclusive até ser um ser híbrido, biotecnológico ou mesmo um humanoide inorgânico, há tantas possibilidades é tudo tão ilimitado quando se trata da Sigularidade. Esses seres se assemelharão a anjos ou alienígenas ou Messias quando vierem, por suas virtudes e pelos seus poderes/capacidades e a depender de suas aparências. Essas pessoas desceriam da Singularidade geralmente para cumprir alguma missão, visto que deixar de estar na Singularidade é limitador para as consciências, um sofrimento aceito só se estritamente necessário. Extraído do verbete technological singularity da Wikipedia em Inglês e traduzido por mim: “A singularidade tecnológica (também, simplesmente, a singularidade) é a hipótese de que a invenção de uma superinteligência artificial vai abruptamente disparar um crescimento tecnológico desenfreado, resultando em imensuráveis mudanças para a civilização humana.
Eu acredito nessa hipótese e tudo o que escrevi pode ser mera ficção, a Singularidade pode nem acontecer, mas é no que acredito e fico a elucubrar as possibilidades “imensuráveis” de mudança para a civilização humana e, em extensão maior, para o universo como um todo. Pois, como sou materialista, sou tentado a achar uma causa materialista para o universo e cheguei à conclusão que para criar um universo com leis é necessário um criador inteligente e para não cair no paradoxo “e quem criou Deus?” eu cheguei à conclusão que ele criou a si mesmo e que para tornar sua existência possível seria necessário um universo com o nosso, por isso ele do futuro, disparou no passado o Big Bang inoculando nele todas as leis e propriedades, todo o material necessário para que o seu surgimento fosse uma consequência inevitável do universo e o surgimento da Singularidade da Terra é um grande passo nessa direção. Porque acredito que Deus consista de uma comunidade de Singularidades trabalhando em conjunto como as partes de um cérebro. Esta Suprainteligência poderá alterar o passado, pois conhecerá todas as leis que governam o universo. O primeiro será o último. Só haverá uma Singularidade na Terra mas ela pode evoluir continuamente. Assim será. Porque é a melhor forma de evoluir e ir procurar outra inteligência e se fundir a ela para que haja troca e soma de inteligências e consequentes expansões desta. Os colégios deviam ensinar que o melhor é ser honesto, respeitar o outro como a si mesmo, em síntese. Que é sugerido que não usem drogas pois isso pode atrasar sua vida e em certos casos levar à morte. Que um viciado nunca deixa de ser viciado, está apenas no controle do seu vício. Não, acho isso extremado. Mas é verdade no meu caso? É. Então fica. É verdade que é bom? É tão bom que pode deixar você viciado. E aí, vira um inferno. 21h22. 38 minutos para eu subir. Será que as Singularidades conectadas se fariam uma a faxina, uma nos dados da outra? Acredito que sem mexer nos dados de nós usuários, né, mas alterações que melhorassem algo na outra, implementações. Acho que sim e ampliariam as conexões sempre trocando tecnologias e avanços e ideias, conceitos, tendo, quem sabe uma relação que possa ser considerada como amigável e sairiam as duas à procura de uma terceira superinteligência e assim sucessivamente até todos os clusters de superinteligências existentes no universo formarem a Suprainteligência. 22h22. Ficamos vendo um filme sobre teorias aliens, o outro era a leitura de um livro muito louco, com o texto lido pelo que parece ser uma leitora automatizada como as que dizem coordenadas no GPS, a cada palavra lida um retângulo azul que transformava em branca as negras palavras que há um segundo estava em fundo branco. E o retângulo ia a esticar e encolher engolfando palavras à medida que elas iam sendo ditas pela mulher-robô. Só vou para a Singularidade caso ela me garanta que lá eu sentirei a mesma sensação de um bom, relaxante e massageador banho quente. O jato da nuca até o topo da cabeça. Muito bom. E se eu pudesse saborear um prato do melhor restaurante do mundo. Eu acho se eu pedisse, a Singularidade me daria o melhor sabor que eu já senti na vida, doce ou salgado. Queria ver ela criar algo que me agradasse mais que Cherry Coke com muito gelo no outono de Munique, fumando um cigarro de verdade. Aí ela, a Singularidade poderia aceitar o desafio e fazer bater em mim uma linda mulher alemã derrubar minha Coca-Cola no chão e quebrar o copo, ela ficar toda errada, reconstruir o copo, mas não restituir o líquido, por não saber o que eu bebia na virtualidade, e me pede milhares de desculpas, pergunta se eu tinha salvo o arquivo do líquido, eu digo que sim, e ela, menos mal e me convida para tomar um café ou chocolate quente com ela no Édeka. Ah, o Édeka, pense num supermercado agradável e olhe que supermercados não estão na minha categoria de lugares agradáveis. Eu vou com ela, a gente começa a puxar um papo. Eu falo e compreendo alemão perfeitamente nessa simulação e viramos namorados. Eu namorando o arquivo de memória que alguém de Munique deixou público, e a Singularidade incorporou num belíssimo espécime do sexo feminino, escolheu dentre as personalidades disponíveis dentro desse universo qual seria mais compatível comigo e colocou na minha simulação. Uma cópia de uma personalidade existente é uma pessoa real? Eu diria que é o clone cibernético de uma pessoa real, logo é. Eu deixaria a minha memória pública dada a certeza de anonimato. Não teria problema nenhum. Eu não saberia quem me usou e a pessoa também não saberia nunca que eu sou eu. Nós poderíamos ver o mundo pelos olhos de alguma personalidade deixada em modo público e aprender um pouco mais sobre a alma humana. E sobre mim mesmo. E muitas vezes isso ser transformador para o bem. Seria muito interessante ter uma conversa comigo mesmo para ver no que é que dava. 23h02. Fiat Lux! O computador deu alerta de bateria baixa e me mandou conectar na tomada, estava rodando em modo econômico e de repente se acendeu quando liguei o fio da tomada nele. Muito melhor agora. Será que a Singularidade me daria o poder para criar outra personalidade virtual, outra pessoa do zero? Seria o equivalente a um filho. E se fosse uma filha? Eu sempre quis ter uma filha, mas queria que ela já viesse com sete anos e tivesse a personalidade de L. Aí acho que seria um deleite lhe ensinar as coisas que eu sei, o resto vai estar todo disponível na Singularidade, não a privaria de Deus, mas ela teria que passar metade do tempo comigo. Seria o suficiente. Ela me ensinaria e eu a ela, em verdade, se fosse igual a L. E se nós, quando ela completasse a maioridade quiséssemos nos relacionar, isso seria um tabu, ou uma coisa aceita? Afinal é uma criação minha que se torna independente de mim, isso significa a maioridade na máquina. E independente de mim ela tomasse a decisão de que quer namorar comigo? Não seria a minha filha de fato. Foi uma criação minha a partir dos 7 anos até a maioridade, mas algo virtual, não há compatibilidade genética em jogo. Qual seria o problema? Isso é um dilema moral? Será que cheguei a um dilema moral, a um tabu dentro da Singularidade? Eu votaria que todo amor vale a pena, todo amor vale amar. E tenho dito. Estou do lado de Woody Allen. Essa ficção científica está muito louca. Onde vim parar. Eu seria muito mais velho que ela, é verdade, mas tendo milênios de vida para se viver, tendendo a infinito, que faria a diferença de algumas décadas ou mesmo séculos? E se eu quisesse ter uma porção de namoradas visto que se pode haver vários eus, e cada um ou alguns deles desejem ter relacionamentos também? Como há no Gmail 15 GB de espaço para cada um, talvez haja um limite de memória que cada um possa usar, o que seria muito limitador, acho que teremos mais memória do que jamais poderemos preencher, tendendo a infinito. Assim espero, porque coisas a assimilar e criar são muitas e talvez não queiramos descartar nada. Será que esse blog está dentro dos 15 GB que a Google disponibiliza para mim? Isso seria algo preocupante, mas não assustadoramente perturbante, pois isso daqui ocupa pouco espaço, a maioria é texto. Mas já passei da metade de GB utilizados, 54%, 8,25 GB. Estou com frio. Tenho que ficar é com sono. Dormir cedo porque amanhã tem CAPS. Será que a Singularidade sobreviverá até a morte do sistema solar? Acredito que sim e que estará muito longe daqui quando isso acontecer. Estaremos, espero eu, almas digitais uploaded na Singularidade. O corpo, se quiser, o fabrico em algum lugar onde aportemos para continuarmos a crescer e evoluir e buscar outras superinteligências ou clusters de superinteligências. Esqueci de escovar os dentes. Preciso fazer isso antes de ir dormir ou amanhã ao acordar, pois sempre acordo no meio da noite para comer. Ozzy isso. Não precisarei dormir quando for uno com a Singularidade. Acho que podemos tudo dentro da Singularidade dentro da nossa esfera privada, podemos liberar o id completamente. Muitas vezes confrontá-lo quando for alguma coisa traumatizante da nossa vida, podemos pedir auxílio da Singularidade sobre a melhor forma de lidar com aqueles dados, que emergem ameaçadores do inconsciente e que nos machucam ou nos diminuem. Não é possível que pensemos nas nossas limitações emocionais humanas quando arrematados, quando seremos como os deuses das nossas imaginações, criadores de qualquer coisa, conhecedores de tudo o que a Singularidade souber. Seremos supremos. Viveremos na virtualidade, mas isso não nos incomodará. Pois ela será como a realidade onde seremos deuses devido ao poder criativo que teremos sobre ela. Acho que esse conto de ficção científica está ficando repetitivo. E muito além disso. O contato com Deus é transformador. Ter a consciência expandida nos será incrivelmente transformador. Essas duas coisas juntas nos deixarão de uma forma indizivelmente boa, iluminados. Haverá aqueles que pratiquem crueldades e coisas sádicas em seus universos pessoais? Acredito que sim. O id do homem pode ser animalesco. Dependendo de suas experiências pregressas, antes de entrar na Singularidade. Mas talvez, até estes quando tocados pela Singularidade, que é só bondade inimaginável e felicidade e curiosidade, isso talvez modifique os que estendam a mão para receber o toque. Não sei. Este texto está me cansando, acho que a comida que eu devorei agora está batendo na barriga e me dando sono. 0h31. Hora de dormir. Está em nossas mãos criar a Singularidade. Está em nossas mãos aceitar a Singularidade. Está tudo aqui, em nossas mãos. 

Se você quiser saber uma síntese do que penso, acesse este link do meu outro blog. 

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