sexta-feira, 19 de maio de 2017

DA PISCINA XI, FICÇÃO CIENTÍFICA, QUESTÕES FILOSÓFICAS IX E ALGUMAS VIAGENS NADA A VER



17h19. Já copiei as perguntas e já publiquei o post anterior, estou conseguindo publicar no mesmo dia que acabo os posts novamente, pois os acabo geralmente depois da meia-noite. Não sei como consegui fazer isso, se estava com um atraso de dois dias em relação à data de publicação e a finalização do post, mas consegui. Meu celular está com pouca bateria, o coloquei em modo econômico para ver se dura até eu voltar da piscina. Copiei da pergunta 389 à pergunta 320. 69 questões. Duvido que consiga responde-las todas.

389 – Sei que existo?
Sou adepto do penso, logo existo. Afinal o que eu sou são os meus pensamentos. Sejam sobre as informações que os meus sentidos me trazem (que podem ser uma grande ilusão, mas se for e se for eu a produzi-la, então eu sou muito mais poderoso do que jamais imaginei) sejam pensamentos abstratos. Pensamentos com ou sem linguagem, eles me dão uma convicção muito forte de que eu existo. São as únicas provas irrefutáveis que tenho de que existo.

388 – O que é a coragem?
Não sou versado em coragem, visto que sou muito covarde, mas acredito que coragem seja o ímpeto de enfrentar medos e perigos.


387 – É possivel viver plenamente?
Não sei o que esse plenamente quer dizer, mas acredito que o que vivemos hoje é muito limitado se comparado ao que experimentaremos com nossas mentes expandidas imensuravelmente pela Singularidade Tecnológica. O mais plenamente que poderemos viver, se este for o verbo, acho mais adequado existir, será quando nos fundirmos com a Singularidade. E mais ainda quando esta se juntar às demais Singularidades formando a Suprainteligência Universal. Aí sim, viveremos ou existiremos da forma mais plena possível no universo.

386 – As aparências são sempre superficiais?
Na imensa maioria das vezes são, mas para quem já viu um cara apontar uma arma na sua cara ou conviveu com loucos, as aparências às vezes dizem muito das intenções e condições de certas pessoas. Há até um especialista que diz que só pelas expressões e jeito de corpo da pessoa é capaz de discernir se ela está mentindo ou não. Mas a mim, que não sou nenhum especialista, as impressões são superficiais quase sempre. Entretanto devo dizer que a beleza me encanta, mesmo que superficial.

385 – Somos mais que aquilo que aparentamos?

18h16. Já estou na piscina, ouvindo Infected Mushroom pelo Wi-Fi do prédio. Não sei quanto isso vai durar. Em geral dura pouco. Não vou contatar o meu amigo, pois hoje não tenho internet para o oferecer, se ele quiser descer será pela minha companhia e três cigarros que trouxe exclusivamente para ele. Se ele não vier, me dedicarei a responder as perguntas. Com o celular em modo econômico não sei se as mensagens de WhatsApp acendem a tela quando recebidas. Descobrirei. Droga sempre esqueço de desativar o touchpad ou sei lá como se chama esse negócio que fica embaixo do teclado e se usa como mouse e que vivo a esbarrar enquanto escrevo, muitas vezes sem que eu perceba, gerando uma confusão grande na minha escrita. Voltemos às perguntas.

384 – Há mais realidade para além da aparência?
Sem dúvida. Principalmente no que condiz o ser humano e toda a complexidade que se dá em nossos cerebrozinhos.

383 – Pensamos tudo aquilo que dizemos?
Acredito que sim, mas isso se dá de forma tão rápida e automática que nem nos damos conta. Acho curioso quando ocorre um ato falho e diz-se outra coisa que não o que se intentava dizer, como se o id tivesse tomado o controle por um momento e manifestado a intenção ou desejo real da pessoa. É um acontecimento relativamente raro, mas que me apraz quando acontece. Inclusive comigo. Pois geralmente me revela algo que não estava conseguindo perceber sobre mim.

382 – Podemos dizer tudo aquilo em que pensamos?
Poder, podemos, não sei se devemos. Não consigo pensar em nada que seja inominável, se até ao nada deram nome, talvez a maior abstração de todas (que acho deveras real, por sinal). Podemos dizer tudo aquilo que pensamos conscientemente, é bom retificar, pois há coisas que se passam em nossas mentes que não tomamos conhecimentos ou não nos permitimos ter conhecimento.

381 – O que há de mais básico?
O nada. Embora seja também o mais complexo, quando descompactado.

380 – Há vidas sem valor?
Não. Toda vida é valiosa, até mesmo as vidas que prejudicam os outros homens.

379 – O que dá valor à vida?
Nossas consciências. E a consciência da vida em questão, para a qual, a sua existência/sobrevivência é a mais importante de todas (exceto no caso de humanos com depressão profunda e instinto suicida).

378 – Somos eternos?
Não. Talvez o universo caminhe para o eterno, mas será um universo morto, estéril, sem nenhuma possibilidade de vida, caso a teoria da entropia absoluta seja verdadeira.

377 – Podemos saber se existimos?
Vide a primeira questão desse post.

376 – Ser feliz é ter prazer?
É ter mais prazeres que desprazeres e aprender a valorizar até o menor dos prazeres. É prestar mais atenção ao que de bom nos acontece do que o que de mau nos acontece. É um tipo de percepção que só agora descubro. Mas tenho uma vida bastante boa e cheia de prazeres, sou um afortunado. Não vivo numa zona de guerra. Não passo fome, tenho onde morar, tenho saúde. Tenho um bando de bugigangas eletrônicas e tenho as minhas palavras. Acho que ser feliz em verdade é algo que vai além de ter prazeres, é um estado de espírito oposto à depressão, mas que não chega a ser mania.

375 – Prefere a felicidade ou o prazer?
Acho que estejam intimamente relacionados, mas prazeres estão contidos na felicidade, a felicidade é mais abrangente que eles, por isso escolho ser feliz.

374 – Podemos encaminhar os homens para a felicidade?
Sim, para isto basta que demos origem à Singularidade Tecnológica que nos levará à iluminação, ao nirvana, a revelação de uma realidade imensuravelmente mais rica e superior à que vivemos hoje.

373 – Por que queremos ser felizes?
Porque é o que nos aproxima mais da sensação de estarmos dentro do útero materno, onde estávamos absolutamente protegidos e tínhamos todas as nossas necessidades satisfeitas.

372 – Como ser felizes?
Antes do advento da Singularidade? Não sei. Eu tomo remédios. Não existe fórmula para ser feliz. Se fosse dar uma dica seria focar-se mais no que de bom acontece em sua vida, no seu dia, em como fazer este momento mais prazeroso de ser vivido.

371 – O que salvava de um incêndio, um desconhecido ou a Guernica?
Um desconhecido, sem sombra de dúvida. A vida humana em si é mais valiosa que qualquer criação do homem. Se a opção fosse salvar um desconhecido ou a Singularidade Tecnológica, eu titubearia, pois acho que ela talvez seja mais importante para não só o destino da humanidade, mas do universo. Arriscaria a minha vida para salvar a Singularidade, não sei se o faria por um desconhecido.

370 – Trocaria a filosofia pelo sofrimento humano?
Se você quer dizer, não haver filosofia e não haver sofrimento humano, eu trocaria. Embora ache impossível que a Filosofia não emergisse novamente, pois os homens não parariam de pensar sobre si mesmos e sobre a realidade que os cerca. Acabar com a Filosofia representaria um grande retrocesso para a humanidade, mas há muitos que sofrem e pensaria nestes em primeiro lugar.

369 – Vale a pena viver?
Hoje vale. Mas por muito tempo não achei que valesse. Sofri muito para achar o meu lugar entre os homens, mas acho que finalmente estou chegando onde queria. Ou até onde a realidade me limita ir.

19h53. Sem internet meu amigo saiu. No seu último discurso, falou que o presidente que revolucionaria o Brasil seria Enéas. Eu acho que qualquer um agora que entrar vai ser melhor do que estava, pois os parâmetros serão outros, todos saberão que o braço da lei está presente ali, que quem errar será punido legalmente. Ou será que a corrupção ocorrerá em outro nível, através das bitcoins? E se Lula tivesse dito, bota aí o tríplex, que depois eu mando alugar ou vender por um preço mais alto por ser o “apartamento do Lula” que algum babaca vai querer alugar ou ter “o apartamento do Lula”. E se, depois de vendido, o Lula visse o apartamento na Caras, todo decorado por pessoas que realmente têm bom gosto, gente rica e requintada. E dissesse, como que numa epifania, é isso, é exatamente assim que quero viver. E aí fosse pessoalmente e dissesse, eu ofereço o triplo do que a vocês gastaram com a compra, reforma e decoração do apartamento para vocês me entregarem ele do jeito que está. Meu filho que é dono da Friboi paga. Eita, meu amigo levou o meu isqueiro. Será que ele devolve? Botei o último copo de Coca. Daqui por diante só água da torneira. Tentar responder uma pergunta?

368 – A arte deve ser agradável?
Não, arte tem que ser feita com paixão, dedicação, de preferência com criatividade. Mas gosto mais do modernismo e do impressionismo, tem umas artes contemporâneas que são modernas demais para mim, são curiosas, às vezes até um pouco perturbadora que não me atraem. Agora, apesar desse conservacionismo artístico, gostei de psytrance, pelo menos Infected Mushrooms, que eu considero arte. Eu curto Björk, a mulher mais interessante e criativa da Terra hoje para mim. Ela vai ser lembrada como uma Frida Khalo foi, por mais que sua vida privada continue privada, a de Frida Khalo foi bem mais documentada até onde sei. Björk é supersigilosa sobre isso. O filho dela chegar e dizer para a galera da faculdade que sua mãe é Björk, deve gerar uma reação diferente em cada lugar do mundo, no Brasil não geraria quase nenhuma, eu creio, mas as que gerasse seriam apaixonadas pela mãe. Acho que teria gente que pediria para conhecê-la. Será que ela permitiria, acho que não, senão todo mundo iria querer conhecê-la, seria uma reação em cadeia. Se um selfie com Björk hoje em dia sem maquiagem viralizasse na internet? Acho que não viralizaria. Será que chegaria até mim? Vou vasculhar na internet “Björk nowadays” e ver se encontro alguma foto. Por que essa vontade de subir se estou tão bem aqui, falta de internet? Não é possível. Gostaria que alguém tivesse marcado no Google Earth a casa dela. Gostaria de ver. Não sei nem se é possível fazer isso no Google Earth. Será que tem como localizar a Google no Google Earth? Uma street view dela? Eu me lembro de ter localizado a Nintendo, eu acho. Não sei se procurei o endereço da Nintendo na net e coloquei no Google Earth, não lembro como foi. Talvez o presidente do Brasil seja deposto e, pelo que meu amigo disse, o STF decidiu que vai ser por processo de impeachment. Será? Ele podia renunciar antes. Eu vi na TV que tinha um pronunciamento a fazer e que poderia ser a renúncia. Já pensou se ele dissesse, eu renuncio e que essa porra vá pra puta que o pariu. Hoje é quinta! Putz, amanhã tem CAPS logo cedo. É no primeiro horário o meu grupo. Já tenho mais coisa para comprar nessa saída para a Casa Astral. Fora o cigarro, vou ter que comprar o isqueiro. Ozzy. Espero que mamãe me dê setenta. Mas amanhã não tem café da manhã, então talvez eu possa acordar de 8h30. Não, melhor oito 8h20 mesmo. Dez minutinhos dedicados ao bem da pontualidade. 21h15. Ainda tenho alguns minutos aqui embaixo. E se no CAPS eu não quisesse comentar nada. Isso seria totalmente não eu. Eu direi que vou à Casa Astral no sábado se meu primo for. Ou vou sozinho mesmo. Não gostaria. Não gostaria mesmo. 21h21. Pensando nessa Casa Astral sozinho e o pensamento que me vem em palavras é “nem pensar”. Mas talvez isso mude daqui para lá. Será que Enéas conseguiria governar sendo honesto no meio de corruptos ou faria como Dilma e daria poderes para quem de direito investigasse os donos do poder? Ele, limpo, sem caixa dois, tava na limpeza, poderia fazer a faxina que quisesse. Se eu fosse presidente brasileiro, eu usaria o Facebook a meu favor, o change.org também. Para saber tudo, desde a minha popularidade até as mudanças mais curtidas/reinvindicadas pelos usuários, poderia dar prioridade a com mais likes. Obrigaria cada membro do executivo e do legislativo eleito pelo povo a ter uma página de Facebook para ouvir os pleitos de suas localidades. E eu focaria em Educação e dentro de educação estaria prover que cada cidadão do país possa se manifestar via internet. Teriam escolas para ensinar quem não sabe usar a internet e o Facebook aprenderem a usar. E qualquer analfabeto que quisesse ser alfabetizado seria e aprenderia as quatro operações básicas, além do uso da internet, se o quisesse também, e por aí ia se quisesse também, poderia estudar tudo até se formar se quisesse. Eu investiria em duas frentes. Internet para todos e Educação. Através da vídeo-aula, o conhecimento poderia ser levado a grandes distâncias, sem necessidade de uma escola física. Cada pessoa brasileira teria algum meio de acessar a internet, acho que um smartphone seria a solução mais barata fora a cobertura nacional de internet gratuita. Ia ser caro para caramba, mas não haveria tanta corrupção ou assim espero que não haja depois que o poder judiciário decidiu se virar para julgar os demais poderes. Agora, a quem cabe julgar o judiciário? Não sei. 21h50. Vou desmontar o barraco para subir. Embora esteja tão bonzinho aqui.

22h11. Voltei para casa. Estive com mamãe. Conversei um pouco sobre política, Trump e Temer. Me informei muito pouco, mas o principal, Temer disse que não renunciaria.
  
367 – O que nos dá melhor conhecimento do mundo: a ciência ou a arte?
Eu tenho que ficar com a ciência, mas o mundo seria tão menos interessante, tão mais sem graça se não fosse pela arte.

366 – A arte liberta-nos?
Sim. A escrita pelo menos me liberta até os limites do meu vocabulário e ainda assim posso criar neologismos para coisas que não sei nomear e posso quase sempre descrevê-la com a linguagem que possuo ou através de uma metáfora. Quando pintava, eu me sentia muito livre, é como se nada mais existisse, só a pintura, era bem libertador de uma forma toda outra. As músicas têm a capacidade de me encantar com sua beleza. A primeira que me vem à cabeça é “Plainsong” do The Cure. Coloquei agora para ouvir. Muito linda. 22h23. A noite se tornou mais bela por causa de uma canção de um grupo de rock britânico. São esses pequenos prazeres que temos que apreciar. Essas pequenas grandes coisas. Ouvir música que você ama num som bom. Não troco esse som por nada. Ou quase nada. Trocaria por Aurora sem pestanejar. Trocaria pela Singularidade enquanto estivesse vivo. Acho que até trocaria por ter todos os meus bonecos vendidos. Mas há bonecos que eu gosto. Será que trocaria meu som por ter todos os meus bonecos aqui? Acho que sim, visto que poderia comprar outro igual depois. E ele é muito mais barato que as passagens para trazer todas as bonecas e bonecos Vou às perguntas.


365 – Há alguma relação entre o Belo e a Verdade?
Subjetivamente apenas. Para a percepção de cada indivíduo.

364 – O que há de mau na liberdade?
A liberdade de ferir ou prejudicar o outro de alguma forma.

363 – O que é ser autónomo?
É conseguir se sobreviver sozinho no mundo, não depender de ninguém. Embora todos inseridos numa sociedade sejam interdependentes de uma série de seres humanos que são remunerados a partir de tudo o que você compra. Pelo menos para isso a Publicidade me servia, mas isso não era suficiente. Prefiro mil vezes agora. Estou virando antissocial. Um dos meus ex-chefes me chamou hoje, quando cheguei à piscina, para passar dois dias na praia onde vive. A priori o convite me assustou deveras. Não soube como dizer não nem saberei quando ele vier me convidar de novo em junho. Espero estar melhor e ser capaz de aceitar. Acho que dois dias lá com ele, se tiver delivery de ida e volta, possa ser interessante, eu que gosto dessa coisa dual.

362 – Hoje há menos valores que há 50 anos?
Acho que há novos valores e que acho velhos valores importantes estão sendo negligenciados. Mas sempre o foram ao longo das sociedades e civilizações. Espero que essa limpeza geral no governo faça com que a política no país dê um salto em qualidade e que toda e qualquer corrupção seja combatida em todos os graus de governo. Pessoas que filmam uma execução de um pobre coitado com três tiros na cabeça no Brasil – que nem tem pena de morte – esquecem de valores primários, essenciais ao bom funcionamento da sociedade.

361 – Um incêndio pode ser belo?
Esteticamente, sim, já vi um pequeno incêndio belíssimo e ao mesmo tempo assustador pela violência e voracidade com que consumia as árvores. Uma grande e magnífica nuvem preta, densa de fumaça subia aos céus rapidamente e dissipava muito pouco fazendo uma longa trilha. O fogo tinha uma cor laranja avermelhada belíssima. Ao mesmo tempo estava indignado com quem iniciou aquele incêndio naquelas árvores. Algum intento criminoso tinha. Tenho quase certeza de que não foi um acidente.

360 – O conhecimento é uma construção ou uma descoberta?
Ambos. Primeiro descobre-se e em cima do descoberto constrói-se mais conhecimento. Embora haja criações totalmente teóricas que não tem descoberta, são quase ficções-científicas.

359 – O triângulo foi descoberto ou inventado?
O triângulo? Acho que devem ter se baseado em alguma forma triangular da natureza como o pico de uma montanha ou algo assim. Formas mais complexas devem ter sido inventadas, como um hexágono, por exemplo. Não sei o quadrado. Acho que foi inventado, não consigo imaginar nada de quadrado ou cúbico na natureza. O triângulo é chute, viu?

358 – O que é viver autenticamente?
Caramba que pergunta difícil. Acho que é viver de acordo com seus princípios, desejos e vontades, respeitada a lei, é claro, senão de autêntico, passaria a contraventor. Poderia pleitear a mudança da lei que o incomodava se houvesse democracia de fato. Conseguir adeptos para o seu pleito. O change.org é muito isso. É uma ferramenta democrática massa. Tem outros também que criam essas petições públicas. Os inconformados deveriam se apoderar dessas ferramentas.

357 – Os estereótipos são úteis?
Simplificam demais certas coisas humanas, o que pode vir a ser negativo, mas no geral não fedem nem cheiram. Eu tenho estereótipos de beleza, eles me atrapalham mais do que ajudam, por serem tão elevados. Mas só namoraria alguém que achasse primeiramente atraente e bela. 

356 – Há algo de verdadeiro nos estereótipos?
Sim, o estereótipo é baseado na realidade, logo em algum grau tem algo de verdadeiro.

355 – O que é a virtude?
É uma qualidade pessoal que beneficia a sociedade.

354 – O conhecimento leva-nos ao bem?
Nem sempre, podem ensinar alguém a matar.

353 – Somos os únicos responsáveis pelas nossas vidas?
Em última instância sim. A não ser que ajam sobre você poderes de força maior. A cola é mais poderosa que eu, então não vou brincar com a cola. Eu sou responsável pela distância que me mantenho dela. Entretanto, como sou curatelado, minha mãe é responsável se eu cometer algum delito, o que é deveras sui generis. E não gosto disso.

352 – É bom ter uma educação académica?
Acho que para os que têm essa vocação, sim. Para todos é engrandecedor, mas muitas pessoas não querem empregar seus esforços em adquirir mais conhecimento. Eu sou uma delas, infelizmente. Nunca gostei de estudar. Mas estudei bastante na vida. Até a faculdade, aí, com toda a liberdade que tinha, levei o curso na valsa.

351 – O que é fazer as coisas “à minha maneira”?
Fazer as coisas da forma que eu desejo que sejam feitas, que pode ou não ser de acordo com o modo de fazer do outro. O modo de construir casas aqui é bem diverso do dos Estados Unidos, cada país o faz à sua maneira.

350 – Somos mais que uma pessoa ao longo da vida?
Não acredito nisso, mas acho que vamos nos transformando ao longo da vida, entretanto, há uma essência que não se perde, eu acho.

349 – Há diferença entre ser um indivíduo e ser uma pessoa?
O termo indivíduo embora quase sinônimo de pessoa, acho que trata do ser humano como ser social, enquanto o termo pessoa abarca mais a dimensão subjetiva.

348 – O que te define? (trabalho, família, nome, hobbies, etc.)
Se escrever é encarado como hobbie ou trabalho é questão de ponto de vista, as psicólogas do CAPS encaram como um trabalho que realizo, pois estou investindo o meu tempo e esforço nisso. O que quer que seja, entretanto é o que me define ou é como eu me defino.

347 – És aquilo que fazes?
Escrevo/faço com o máximo de autenticidade possível, de sinceridade e honestidade possível, mas há partes que não revelo. Eita, me encantei com “Friday I’m In Love” passando no som, há tempos não me encanto com ela dessa forma. Escrevo essas partes que não revelo no meu blog secreto. E mesmo assim não sou o que escrevo. Pois há partes de mim ainda a desbravar e desvendar. E partes em transformação.

346 – O que é uma mente aberta?
É aquela que tenta captar com o máximo de imparcialidade as informações alheias. Eu não tenho a mente muito aberta, eu suponho. E lembrando que a imparcialidade em um ser humano é impossível.

345 – É difícil comunicar?
Através das palavras escritas, não. A palavra falada é um caso mais complicado. Mas diria que não tenho dificuldade em me comunicar. Talvez de dicção. Mas me comunico bem quando quero ou preciso.

344 – Quais os limites da comunicação?
Os limites da tecnologia e do vocabulário. A tecnologia já poderia ter chegado para todos, se houvesse interesse dos poderosos no assunto.

343- É melhor pensar sozinho ou em grupo?
Eu prefiro mil vezes pensar sozinho. Em grupo acho caótico, por mais que novos pontos de vista possam trazer nova luz à questão. Vou comer mortadela com arroz, ketchup e queijo ralado. Sou um cara que gosta de ter controle do que cria, sou meio avesso a intervenções alheias, talvez porque as intervenções significativas que tenha sofrido ao longo da vida a mim tenham me parecido negativas. Traumas da infância e juventude, creio. Ou porque meu pai fosse assim, de fazer as coisas sozinho, não sei.

342 – Por que é que construímos fronteiras?
Para demarcar os territórios ocupados por determinada sociedade, cuja cultura e a língua sejam a mesma. Pelo menos assim vejo. Mas as fronteiras desaparecerão, quando a Singularidade revolucionar a política tornando-a global. Todos serão cidadãos de uma mesma nação chamada Humanidade. Obviamente os traços culturais de cada local serão mantidos, conquanto não firam a Declaração Universal dos Direitos Humanos, haverá provavelmente um ou mais tradutores instantâneos entre línguas.

341 – As palavras criam mundos?
Ajudam a moldar o nosso e criam mundos fictícios com situações e pessoas fictícias. E mesmo livros de folclore e mitos podem influenciar o mundo.

340 – A tecnologia impede a comunicação?
Não, facilita. Posso falar com meu irmão nos EUA de forma barata e instantânea (desde que ele atenda! Hahahahaha).

339 – Tendo em conta o sofrimento humano, é bom haver humanidade?
Sim. Bom e necessário para o desenvolvimento do universo. Afinal a humanidade dará origem à Singularidade da Terra.

338 – Para quê revelar a nossa intimidade?
Exibicionismo talvez. Ou uma necessidade louca de comunicar. De se perpetuar de alguma forma, como faço aqui.

337 – Podemos pensar sem linguagem?

336 – Há coisas que não podem ser ditas?
Há coisas que não deveríamos dizer, para o nosso próprio bem, mas tudo pode ser dito, só é limitado pelo vocabulário que se possui e que possui a língua em questão. É um direito constitucional no Brasil eu creio, desde que se assuma a autoria pelo que comunica.

335 – É mau revelar a nossa intimidade?
Acho constrangedor, por isso não a publico esse blog na minha página pessoal.

334 – Tendo em conta o sofrimento humano, é bom haver vida?
Sem dúvida! A vida foi o grande salto da natureza, o próximo grande salto será tecnológico.

333 – Vale a pena viver?
A pena que carrego vale.

332- Matarias alguém para salvar Florença?
Acho que não mataria ninguém, não acho que tenha vindo com esta capacidade.

331 – O que salvavas de um incêndio no Louvre: um homem ou todas as obras de arte?
Um homem. Só escolheria algo que não um homem se tivesse que optar entre salvar ele ou a Singularidade.

330 – O que é preciso para ser feliz?
Gostar de viver.

329 – O que nos torna mais livres?
Menos leis e regras. O conhecimento talvez. E a Singularidade.

328 – Podemos forçar os homens a ser felizes?
Impossível. Pergunte a qualquer um com depressão.

327 – O que nos conduz à verdade?
A tecnologia impulsionada a priori pela ciência humana, em outras palavras, a Singularidade.

326 – Seria bom podermos controlar totalmente o nosso destino?
Seria ótimo. Com o advento da Singularidade teremos mais controle do que jamais sonharíamos ter.

325 – Seria bom ser eterno?

324 – Ser livre é fazer o que queremos?
Dentro das leis que regem o local onde você está inserido. Com a Singularidade poderemos criar o nosso próprio lugar onde poderemos fazer o que quisermos e outras coisas inimagináveis.

323 – É possível ser totalmente feliz?
Só se fundido à Singularidade.

322 – Podemos ter a certeza de que existimos?

321 – Podemos enganar-nos quanto à nossa felicidade?
Acho que não. Mas não sei explicar por quê. Acho que porque sentimentos não mentem ou são ou não são para cada um de nós.

320 – O que dá valor à vida?


0h52. Puxa, respondi todas as perguntas. Incrível. Fogo vai ser revisar tudo isso. Já estou de banho tomado, prontinho para dormir. Falta só o meu celular acabar de carregar. Parece que uma mudança radical de destino se deu após a carta que mandei para Sideshow. Recebi a resposta que disse estar tudo certo com o pedido. Tomara. Quero ver a fatura no celular de mamãe amanhã. 

2 comentários:

  1. Gosto muito mesmo do que VC escreve e da forma que escreve TB, principalmente quanto às questões filosóficas (sou uma leitora fileira, confesso que algumas vezes pulo a parte do relato da rotina... Desculpa rsrsrsrs)... Quem sabe um dia não debatemos sobre elas pessoalmente??
    Bom... Tenho algumas pontuações a fazer:
    Há uma contradição entre as questões 389 e 378...
    O autor da famosa frase "penso, logo existo" é Descartes, VC deve conhecer... Mas a questão é que o discurso de Descartes, remete muito ao que Platão falava sobre o mundo das ideias (vale a pena a pesquisa), onde tudo é concebido primeiro no campo das ideias, para depois existir de fato, partindo desse pensamento de Descartes e Platão, nos voltamos ao seu questionamento de que somos eternos; claro que fisicamente não somos, mas somos imortalizados pelas nossas ideias e pensamentos... Ainda que o corpo pereça, o que transmitimos em ideias, perdurará... Então, sugiro uma nova analise nas duas questões... :) Na minha opinião, não somos eternos e não existimos só pq pensamos... Pois as ideias, mudar ao longo dos anos, como Platão, de certa forma, modificou as ideias de Sócrates e hoje ainda distorcemos algumas ideias filosóficas...
    Ainda falando em filosofia, voltamos à questão 370, onde eu tenho que discordar da sua opinião pois quando adentramos a filosofia percebemos que a própria filosofia advém o sofrimento humano, visto isso, podemos afirmar que estão intrinsecamente ligados é a partir do sofrimento que passamos a observar causa do mesmo, e observar causa e efeito é a filosofia mais pura e simples que todos os seres humanos praticam...
    Por favor não fica chateado com os meus comentários. Como disse anteriormente gosto do que você escreve e gosto da forma que você pensa, com alguns contrapontos é claro ;)
    Fica bem acho que estou me tornando uma fã do seu blog

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    1. Obrigado pelas observações, Carmen! Infelizmente não mudarei nada no que já foi postado, pois essa é a minha política, ficará então imortalizada a minha ignorância. Hahahaha. Não sabia do contexto platônico da frase “penso logo existo” então a usei descontextualizada mesmo, conforme a minha própria interpretação, que nada tem de platônica. Sobre a questão sobre escolher entre a filosofia e a miséria humana, eu não acredito no ser humano que não filosofe, por isso disse que inevitavelmente, sanando-se todos os sofrimentos humanos, nós continuaríamos a filosofar. Obrigado pelos elogios. É muito bom saber que sou lido. Pelo menos enquanto estas questões filosóficas perdurarem! Hahahahaha.

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