17h19. Já copiei as perguntas e já publiquei o post
anterior, estou conseguindo publicar no mesmo dia que acabo os posts novamente,
pois os acabo geralmente depois da meia-noite. Não sei como consegui fazer
isso, se estava com um atraso de dois dias em relação à data de publicação e a
finalização do post, mas consegui. Meu celular está com pouca bateria, o
coloquei em modo econômico para ver se dura até eu voltar da piscina. Copiei da
pergunta 389 à pergunta 320. 69 questões. Duvido que consiga responde-las
todas.
389 – Sei que existo?
Sou adepto do penso, logo existo. Afinal o que eu sou são os
meus pensamentos. Sejam sobre as informações que os meus sentidos me trazem
(que podem ser uma grande ilusão, mas se for e se for eu a produzi-la, então eu
sou muito mais poderoso do que jamais imaginei) sejam pensamentos abstratos.
Pensamentos com ou sem linguagem, eles me dão uma convicção muito forte de que
eu existo. São as únicas provas irrefutáveis que tenho de que existo.
388 – O que é a
coragem?
Não sou versado em coragem, visto que sou muito covarde, mas
acredito que coragem seja o ímpeto de enfrentar medos e perigos.
387 – É possivel
viver plenamente?
Não sei o que esse plenamente quer dizer, mas acredito que o
que vivemos hoje é muito limitado se comparado ao que experimentaremos com
nossas mentes expandidas imensuravelmente pela Singularidade Tecnológica. O
mais plenamente que poderemos viver, se este for o verbo, acho mais adequado
existir, será quando nos fundirmos com a Singularidade. E mais ainda quando
esta se juntar às demais Singularidades formando a Suprainteligência Universal.
Aí sim, viveremos ou existiremos da forma mais plena possível no universo.
386 – As aparências
são sempre superficiais?
Na imensa maioria das vezes são, mas para quem já viu um
cara apontar uma arma na sua cara ou conviveu com loucos, as aparências às
vezes dizem muito das intenções e condições de certas pessoas. Há até um
especialista que diz que só pelas expressões e jeito de corpo da pessoa é capaz
de discernir se ela está mentindo ou não. Mas a mim, que não sou nenhum
especialista, as impressões são superficiais quase sempre. Entretanto devo
dizer que a beleza me encanta, mesmo que superficial.
18h16. Já estou na piscina, ouvindo Infected Mushroom pelo
Wi-Fi do prédio. Não sei quanto isso vai durar. Em geral dura pouco. Não vou
contatar o meu amigo, pois hoje não tenho internet para o oferecer, se ele
quiser descer será pela minha companhia e três cigarros que trouxe
exclusivamente para ele. Se ele não vier, me dedicarei a responder as
perguntas. Com o celular em modo econômico não sei se as mensagens de WhatsApp acendem
a tela quando recebidas. Descobrirei. Droga sempre esqueço de desativar o touchpad ou sei lá como se chama esse
negócio que fica embaixo do teclado e se usa como mouse e que vivo a esbarrar
enquanto escrevo, muitas vezes sem que eu perceba, gerando uma confusão grande
na minha escrita. Voltemos às perguntas.
384 – Há mais realidade
para além da aparência?
Sem dúvida. Principalmente no que condiz o ser humano e toda
a complexidade que se dá em nossos cerebrozinhos.
383 – Pensamos tudo
aquilo que dizemos?
Acredito que sim, mas isso se dá de forma tão rápida e
automática que nem nos damos conta. Acho curioso quando ocorre um ato falho e
diz-se outra coisa que não o que se intentava dizer, como se o id tivesse
tomado o controle por um momento e manifestado a intenção ou desejo real da
pessoa. É um acontecimento relativamente raro, mas que me apraz quando
acontece. Inclusive comigo. Pois geralmente me revela algo que não estava
conseguindo perceber sobre mim.
382 – Podemos dizer
tudo aquilo em que pensamos?
Poder, podemos, não sei se devemos. Não consigo pensar em
nada que seja inominável, se até ao nada deram nome, talvez a maior abstração
de todas (que acho deveras real, por sinal). Podemos dizer tudo aquilo que
pensamos conscientemente, é bom retificar, pois há coisas que se passam em
nossas mentes que não tomamos conhecimentos ou não nos permitimos ter
conhecimento.
381 – O que há de
mais básico?
O nada. Embora seja também o mais complexo, quando
descompactado.
380 – Há vidas sem
valor?
Não. Toda vida é valiosa, até mesmo as vidas que prejudicam
os outros homens.
379 – O que dá valor
à vida?
Nossas consciências. E a consciência da vida em questão,
para a qual, a sua existência/sobrevivência é a mais importante de todas
(exceto no caso de humanos com depressão profunda e instinto suicida).
378 – Somos eternos?
Não. Talvez o universo caminhe para o eterno, mas será um
universo morto, estéril, sem nenhuma possibilidade de vida, caso a teoria da
entropia absoluta seja verdadeira.
377 – Podemos saber
se existimos?
Vide a primeira questão desse post.
376 – Ser feliz é ter
prazer?
É ter mais prazeres que desprazeres e aprender a valorizar
até o menor dos prazeres. É prestar mais atenção ao que de bom nos acontece do
que o que de mau nos acontece. É um tipo de percepção que só agora descubro.
Mas tenho uma vida bastante boa e cheia de prazeres, sou um afortunado. Não
vivo numa zona de guerra. Não passo fome, tenho onde morar, tenho saúde. Tenho
um bando de bugigangas eletrônicas e tenho as minhas palavras. Acho que ser
feliz em verdade é algo que vai além de ter prazeres, é um estado de espírito
oposto à depressão, mas que não chega a ser mania.
375 – Prefere a
felicidade ou o prazer?
Acho que estejam intimamente relacionados, mas prazeres
estão contidos na felicidade, a felicidade é mais abrangente que eles, por isso
escolho ser feliz.
374 – Podemos
encaminhar os homens para a felicidade?
Sim, para isto basta que demos origem à Singularidade
Tecnológica que nos levará à iluminação, ao nirvana, a revelação de uma
realidade imensuravelmente mais rica e superior à que vivemos hoje.
373 – Por que
queremos ser felizes?
Porque é o que nos aproxima mais da sensação de estarmos
dentro do útero materno, onde estávamos absolutamente protegidos e tínhamos
todas as nossas necessidades satisfeitas.
372 – Como ser
felizes?
Antes do advento da Singularidade? Não sei. Eu tomo
remédios. Não existe fórmula para ser feliz. Se fosse dar uma dica seria
focar-se mais no que de bom acontece em sua vida, no seu dia, em como fazer
este momento mais prazeroso de ser vivido.
371 – O que salvava
de um incêndio, um desconhecido ou a Guernica?
Um desconhecido, sem sombra de dúvida. A vida humana em si é
mais valiosa que qualquer criação do homem. Se a opção fosse salvar um
desconhecido ou a Singularidade Tecnológica, eu titubearia, pois acho que ela
talvez seja mais importante para não só o destino da humanidade, mas do
universo. Arriscaria a minha vida para salvar a Singularidade, não sei se o
faria por um desconhecido.
370 – Trocaria a
filosofia pelo sofrimento humano?
Se você quer dizer, não haver filosofia e não haver
sofrimento humano, eu trocaria. Embora ache impossível que a Filosofia não
emergisse novamente, pois os homens não parariam de pensar sobre si mesmos e
sobre a realidade que os cerca. Acabar com a Filosofia representaria um grande
retrocesso para a humanidade, mas há muitos que sofrem e pensaria nestes em
primeiro lugar.
369 – Vale a pena
viver?
Hoje vale. Mas por muito tempo não achei que valesse. Sofri
muito para achar o meu lugar entre os homens, mas acho que finalmente estou
chegando onde queria. Ou até onde a realidade me limita ir.
19h53. Sem internet meu amigo saiu. No seu último discurso,
falou que o presidente que revolucionaria o Brasil seria Enéas. Eu acho que
qualquer um agora que entrar vai ser melhor do que estava, pois os parâmetros
serão outros, todos saberão que o braço da lei está presente ali, que quem
errar será punido legalmente. Ou será que a corrupção ocorrerá em outro nível,
através das bitcoins? E se Lula tivesse dito, bota aí o tríplex, que depois eu
mando alugar ou vender por um preço mais alto por ser o “apartamento do Lula”
que algum babaca vai querer alugar ou ter “o apartamento do Lula”. E se, depois
de vendido, o Lula visse o apartamento na Caras, todo decorado por pessoas que
realmente têm bom gosto, gente rica e requintada. E dissesse, como que numa
epifania, é isso, é exatamente assim que quero viver. E aí fosse pessoalmente e
dissesse, eu ofereço o triplo do que a vocês gastaram com a compra, reforma e decoração
do apartamento para vocês me entregarem ele do jeito que está. Meu filho que é
dono da Friboi paga. Eita, meu amigo levou o meu isqueiro. Será que ele
devolve? Botei o último copo de Coca. Daqui por diante só água da torneira.
Tentar responder uma pergunta?
368 – A arte deve ser
agradável?
Não, arte tem que ser feita com paixão, dedicação, de
preferência com criatividade. Mas gosto mais do modernismo e do impressionismo,
tem umas artes contemporâneas que são modernas demais para mim, são curiosas,
às vezes até um pouco perturbadora que não me atraem. Agora, apesar desse
conservacionismo artístico, gostei de psytrance, pelo menos Infected Mushrooms,
que eu considero arte. Eu curto Björk, a mulher mais interessante e criativa da
Terra hoje para mim. Ela vai ser lembrada como uma Frida Khalo foi, por mais
que sua vida privada continue privada, a de Frida Khalo foi bem mais
documentada até onde sei. Björk é supersigilosa sobre isso. O filho dela chegar
e dizer para a galera da faculdade que sua mãe é Björk, deve gerar uma reação
diferente em cada lugar do mundo, no Brasil não geraria quase nenhuma, eu
creio, mas as que gerasse seriam apaixonadas pela mãe. Acho que teria gente que
pediria para conhecê-la. Será que ela permitiria, acho que não, senão todo
mundo iria querer conhecê-la, seria uma reação em cadeia. Se um selfie com
Björk hoje em dia sem maquiagem viralizasse na internet? Acho que não
viralizaria. Será que chegaria até mim? Vou vasculhar na internet “Björk
nowadays” e ver se encontro alguma foto. Por que essa vontade de subir se estou
tão bem aqui, falta de internet? Não é possível. Gostaria que alguém tivesse
marcado no Google Earth a casa dela. Gostaria de ver. Não sei nem se é possível
fazer isso no Google Earth. Será que tem como localizar a Google no Google
Earth? Uma street view dela? Eu me
lembro de ter localizado a Nintendo, eu acho. Não sei se procurei o endereço da
Nintendo na net e coloquei no Google Earth, não lembro como foi. Talvez o
presidente do Brasil seja deposto e, pelo que meu amigo disse, o STF decidiu
que vai ser por processo de impeachment. Será? Ele podia renunciar antes. Eu vi
na TV que tinha um pronunciamento a fazer e que poderia ser a renúncia. Já
pensou se ele dissesse, eu renuncio e que essa porra vá pra puta que o pariu.
Hoje é quinta! Putz, amanhã tem CAPS logo cedo. É no primeiro horário o meu
grupo. Já tenho mais coisa para comprar nessa saída para a Casa Astral. Fora o
cigarro, vou ter que comprar o isqueiro. Ozzy. Espero que mamãe me dê setenta.
Mas amanhã não tem café da manhã, então talvez eu possa acordar de 8h30. Não,
melhor oito 8h20 mesmo. Dez minutinhos dedicados ao bem da pontualidade. 21h15.
Ainda tenho alguns minutos aqui embaixo. E se no CAPS eu não quisesse comentar
nada. Isso seria totalmente não eu. Eu direi que vou à Casa Astral no sábado se
meu primo for. Ou vou sozinho mesmo. Não gostaria. Não gostaria mesmo. 21h21.
Pensando nessa Casa Astral sozinho e o pensamento que me vem em palavras é “nem
pensar”. Mas talvez isso mude daqui para lá. Será que Enéas conseguiria
governar sendo honesto no meio de corruptos ou faria como Dilma e daria poderes
para quem de direito investigasse os donos do poder? Ele, limpo, sem caixa
dois, tava na limpeza, poderia fazer a faxina que quisesse. Se eu fosse
presidente brasileiro, eu usaria o Facebook a meu favor, o change.org também.
Para saber tudo, desde a minha popularidade até as mudanças mais curtidas/reinvindicadas
pelos usuários, poderia dar prioridade a com mais likes. Obrigaria cada membro do executivo e do legislativo eleito
pelo povo a ter uma página de Facebook para ouvir os pleitos de suas
localidades. E eu focaria em Educação e dentro de educação estaria prover que
cada cidadão do país possa se manifestar via internet. Teriam escolas para
ensinar quem não sabe usar a internet e o Facebook aprenderem a usar. E
qualquer analfabeto que quisesse ser alfabetizado seria e aprenderia as quatro
operações básicas, além do uso da internet, se o quisesse também, e por aí ia
se quisesse também, poderia estudar tudo até se formar se quisesse. Eu
investiria em duas frentes. Internet para todos e Educação. Através da
vídeo-aula, o conhecimento poderia ser levado a grandes distâncias, sem
necessidade de uma escola física. Cada pessoa brasileira teria algum meio de acessar
a internet, acho que um smartphone seria a solução mais barata fora a cobertura
nacional de internet gratuita. Ia ser caro para caramba, mas não haveria tanta
corrupção ou assim espero que não haja depois que o poder judiciário decidiu se
virar para julgar os demais poderes. Agora, a quem cabe julgar o judiciário?
Não sei. 21h50. Vou desmontar o barraco para subir. Embora esteja tão bonzinho
aqui.
22h11. Voltei para casa. Estive com mamãe. Conversei um pouco
sobre política, Trump e Temer. Me informei muito pouco, mas o principal, Temer disse
que não renunciaria.
367 – O que nos dá
melhor conhecimento do mundo: a ciência ou a arte?
Eu tenho que ficar com a ciência, mas o mundo seria tão
menos interessante, tão mais sem graça se não fosse pela arte.
366 – A arte
liberta-nos?
Sim. A escrita pelo menos me liberta até os limites do meu
vocabulário e ainda assim posso criar neologismos para coisas que não sei
nomear e posso quase sempre descrevê-la com a linguagem que possuo ou através
de uma metáfora. Quando pintava, eu me sentia muito livre, é como se nada mais
existisse, só a pintura, era bem libertador de uma forma toda outra. As músicas
têm a capacidade de me encantar com sua beleza. A primeira que me vem à cabeça
é “Plainsong” do The Cure. Coloquei agora para ouvir. Muito linda. 22h23. A
noite se tornou mais bela por causa de uma canção de um grupo de rock
britânico. São esses pequenos prazeres que temos que apreciar. Essas pequenas
grandes coisas. Ouvir música que você ama num som bom. Não troco esse som por
nada. Ou quase nada. Trocaria por Aurora sem pestanejar. Trocaria pela
Singularidade enquanto estivesse vivo. Acho que até trocaria por ter todos os
meus bonecos vendidos. Mas há bonecos que eu gosto. Será que trocaria meu som
por ter todos os meus bonecos aqui? Acho que sim, visto que poderia comprar
outro igual depois. E ele é muito mais barato que as passagens para trazer
todas as bonecas e bonecos Vou às perguntas.
365 – Há alguma
relação entre o Belo e a Verdade?
Subjetivamente apenas. Para a percepção de cada indivíduo.
364 – O que há de mau
na liberdade?
A liberdade de ferir ou prejudicar o outro de alguma forma.
363 – O que é ser autónomo?
É conseguir se sobreviver sozinho no mundo, não depender de
ninguém. Embora todos inseridos numa sociedade sejam interdependentes de uma
série de seres humanos que são remunerados a partir de tudo o que você compra.
Pelo menos para isso a Publicidade me servia, mas isso não era suficiente.
Prefiro mil vezes agora. Estou virando antissocial. Um dos meus ex-chefes me
chamou hoje, quando cheguei à piscina, para passar dois dias na praia onde
vive. A priori o convite me assustou deveras. Não soube como dizer não nem
saberei quando ele vier me convidar de novo em junho. Espero estar melhor e ser
capaz de aceitar. Acho que dois dias lá com ele, se tiver delivery de ida e
volta, possa ser interessante, eu que gosto dessa coisa dual.
362 – Hoje há menos valores
que há 50 anos?
Acho que há novos valores e que acho velhos valores
importantes estão sendo negligenciados. Mas sempre o foram ao longo das
sociedades e civilizações. Espero que essa limpeza geral no governo faça com
que a política no país dê um salto em qualidade e que toda e qualquer corrupção
seja combatida em todos os graus de governo. Pessoas que filmam uma execução de
um pobre coitado com três tiros na cabeça no Brasil – que nem tem pena de morte
– esquecem de valores primários, essenciais ao bom funcionamento da sociedade.
361 – Um incêndio
pode ser belo?
Esteticamente, sim, já vi um pequeno incêndio belíssimo e ao
mesmo tempo assustador pela violência e voracidade com que consumia as árvores.
Uma grande e magnífica nuvem preta, densa de fumaça subia aos céus rapidamente
e dissipava muito pouco fazendo uma longa trilha. O fogo tinha uma cor laranja
avermelhada belíssima. Ao mesmo tempo estava indignado com quem iniciou aquele
incêndio naquelas árvores. Algum intento criminoso tinha. Tenho quase certeza
de que não foi um acidente.
360 – O conhecimento
é uma construção ou uma descoberta?
Ambos. Primeiro descobre-se e em cima do descoberto
constrói-se mais conhecimento. Embora haja criações totalmente teóricas que não
tem descoberta, são quase ficções-científicas.
359 – O triângulo foi
descoberto ou inventado?
O triângulo? Acho que devem ter se baseado em alguma forma
triangular da natureza como o pico de uma montanha ou algo assim. Formas mais
complexas devem ter sido inventadas, como um hexágono, por exemplo. Não sei o
quadrado. Acho que foi inventado, não consigo imaginar nada de quadrado ou
cúbico na natureza. O triângulo é chute, viu?
358 – O que é viver
autenticamente?
Caramba que pergunta difícil. Acho que é viver de acordo com
seus princípios, desejos e vontades, respeitada a lei, é claro, senão de
autêntico, passaria a contraventor. Poderia pleitear a mudança da lei que o
incomodava se houvesse democracia de fato. Conseguir adeptos para o seu pleito.
O change.org é muito isso. É uma ferramenta democrática massa. Tem outros
também que criam essas petições públicas. Os inconformados deveriam se apoderar
dessas ferramentas.
357 – Os estereótipos
são úteis?
Simplificam demais certas coisas humanas, o que pode vir a
ser negativo, mas no geral não fedem nem cheiram. Eu tenho estereótipos de
beleza, eles me atrapalham mais do que ajudam, por serem tão elevados. Mas só
namoraria alguém que achasse primeiramente atraente e bela.
356 – Há algo de
verdadeiro nos estereótipos?
Sim, o estereótipo é baseado na realidade, logo em algum
grau tem algo de verdadeiro.
355 – O que é a
virtude?
É uma qualidade pessoal que beneficia a sociedade.
354 – O conhecimento
leva-nos ao bem?
Nem sempre, podem ensinar alguém a matar.
353 – Somos os únicos
responsáveis pelas nossas vidas?
Em última instância sim. A não ser que ajam sobre você
poderes de força maior. A cola é mais poderosa que eu, então não vou brincar
com a cola. Eu sou responsável pela distância que me mantenho dela. Entretanto,
como sou curatelado, minha mãe é responsável se eu cometer algum delito, o que
é deveras sui generis. E não gosto disso.
352 – É bom ter uma
educação académica?
Acho que para os que têm essa vocação, sim. Para todos é
engrandecedor, mas muitas pessoas não querem empregar seus esforços em adquirir
mais conhecimento. Eu sou uma delas, infelizmente. Nunca gostei de estudar. Mas
estudei bastante na vida. Até a faculdade, aí, com toda a liberdade que tinha,
levei o curso na valsa.
351 – O que é fazer
as coisas “à minha maneira”?
Fazer as coisas da forma que eu desejo que sejam feitas, que
pode ou não ser de acordo com o modo de fazer do outro. O modo de construir
casas aqui é bem diverso do dos Estados Unidos, cada país o faz à sua maneira.
350 – Somos mais que
uma pessoa ao longo da vida?
Não acredito nisso, mas acho que vamos nos transformando ao
longo da vida, entretanto, há uma essência que não se perde, eu acho.
349 – Há diferença
entre ser um indivíduo e ser uma pessoa?
O termo indivíduo embora quase sinônimo de pessoa, acho que
trata do ser humano como ser social, enquanto o termo pessoa abarca mais a dimensão
subjetiva.
348 – O que te
define? (trabalho, família, nome, hobbies, etc.)
Se escrever é encarado como hobbie ou trabalho é questão de
ponto de vista, as psicólogas do CAPS encaram como um trabalho que realizo,
pois estou investindo o meu tempo e esforço nisso. O que quer que seja,
entretanto é o que me define ou é como eu me defino.
347 – És aquilo que
fazes?
Escrevo/faço com o máximo de autenticidade possível, de
sinceridade e honestidade possível, mas há partes que não revelo. Eita, me
encantei com “Friday I’m In Love” passando no som, há tempos não me encanto com
ela dessa forma. Escrevo essas partes que não revelo no meu blog secreto. E
mesmo assim não sou o que escrevo. Pois há partes de mim ainda a desbravar e
desvendar. E partes em transformação.
346 – O que é uma
mente aberta?
É aquela que tenta captar com o máximo de imparcialidade as
informações alheias. Eu não tenho a mente muito aberta, eu suponho. E lembrando
que a imparcialidade em um ser humano é impossível.
345 – É difícil
comunicar?
Através das palavras escritas, não. A palavra falada é um
caso mais complicado. Mas diria que não tenho dificuldade em me comunicar.
Talvez de dicção. Mas me comunico bem quando quero ou preciso.
344 – Quais os
limites da comunicação?
Os limites da tecnologia e do vocabulário. A tecnologia já
poderia ter chegado para todos, se houvesse interesse dos poderosos no assunto.
343- É melhor pensar
sozinho ou em grupo?
Eu prefiro mil vezes pensar sozinho. Em grupo acho caótico,
por mais que novos pontos de vista possam trazer nova luz à questão. Vou comer
mortadela com arroz, ketchup e queijo ralado. Sou um cara que gosta de ter
controle do que cria, sou meio avesso a intervenções alheias, talvez porque as
intervenções significativas que tenha sofrido ao longo da vida a mim tenham me
parecido negativas. Traumas da infância e juventude, creio. Ou porque meu pai
fosse assim, de fazer as coisas sozinho, não sei.
342 – Por que é que
construímos fronteiras?
Para demarcar os territórios ocupados por determinada
sociedade, cuja cultura e a língua sejam a mesma. Pelo menos assim vejo. Mas as
fronteiras desaparecerão, quando a Singularidade revolucionar a política
tornando-a global. Todos serão cidadãos de uma mesma nação chamada Humanidade.
Obviamente os traços culturais de cada local serão mantidos, conquanto não
firam a Declaração Universal dos Direitos Humanos, haverá provavelmente um ou
mais tradutores instantâneos entre línguas.
341 – As palavras
criam mundos?
Ajudam a moldar o nosso e criam mundos fictícios com
situações e pessoas fictícias. E mesmo livros de folclore e mitos podem
influenciar o mundo.
340 – A tecnologia
impede a comunicação?
Não, facilita. Posso falar com meu irmão nos EUA de forma
barata e instantânea (desde que ele atenda! Hahahahaha).
339 – Tendo em conta
o sofrimento humano, é bom haver humanidade?
Sim. Bom e necessário para o desenvolvimento do universo.
Afinal a humanidade dará origem à Singularidade da Terra.
338 – Para quê
revelar a nossa intimidade?
Exibicionismo talvez. Ou uma necessidade louca de comunicar.
De se perpetuar de alguma forma, como faço aqui.
336 – Há coisas que
não podem ser ditas?
Há coisas que não deveríamos dizer, para o nosso próprio
bem, mas tudo pode ser dito, só é limitado pelo vocabulário que se possui e que
possui a língua em questão. É um direito constitucional no Brasil eu creio,
desde que se assuma a autoria pelo que comunica.
335 – É mau revelar a
nossa intimidade?
Acho constrangedor, por isso não a publico esse blog na
minha página pessoal.
334 – Tendo em conta
o sofrimento humano, é bom haver vida?
Sem dúvida! A vida foi o grande salto da natureza, o próximo
grande salto será tecnológico.
333 – Vale a pena
viver?
A pena que carrego vale.
332- Matarias alguém
para salvar Florença?
Acho que não mataria ninguém, não acho que tenha vindo com
esta capacidade.
331 – O que salvavas
de um incêndio no Louvre: um homem ou todas as obras de arte?
Um homem. Só escolheria algo que não um homem se tivesse que
optar entre salvar ele ou a Singularidade.
330 – O que é preciso
para ser feliz?
Gostar de viver.
329 – O que nos torna
mais livres?
Menos leis e regras. O conhecimento talvez. E a
Singularidade.
328 – Podemos forçar
os homens a ser felizes?
Impossível. Pergunte a qualquer um com depressão.
327 – O que nos
conduz à verdade?
A tecnologia impulsionada a priori pela ciência humana, em
outras palavras, a Singularidade.
326 – Seria bom
podermos controlar totalmente o nosso destino?
Seria ótimo. Com o advento da Singularidade teremos mais
controle do que jamais sonharíamos ter.
324 – Ser livre é
fazer o que queremos?
Dentro das leis que regem o local onde você está inserido.
Com a Singularidade poderemos criar o nosso próprio lugar onde poderemos fazer
o que quisermos e outras coisas inimagináveis.
323 – É possível ser
totalmente feliz?
Só se fundido à Singularidade.
321 – Podemos
enganar-nos quanto à nossa felicidade?
Acho que não. Mas não sei explicar por quê. Acho que porque
sentimentos não mentem ou são ou não são para cada um de nós.
0h52. Puxa, respondi todas as perguntas. Incrível. Fogo vai
ser revisar tudo isso. Já estou de banho tomado, prontinho para dormir. Falta
só o meu celular acabar de carregar. Parece que uma mudança radical de destino
se deu após a carta que mandei para Sideshow. Recebi a resposta que disse estar
tudo certo com o pedido. Tomara. Quero ver a fatura no celular de mamãe amanhã.
Gosto muito mesmo do que VC escreve e da forma que escreve TB, principalmente quanto às questões filosóficas (sou uma leitora fileira, confesso que algumas vezes pulo a parte do relato da rotina... Desculpa rsrsrsrs)... Quem sabe um dia não debatemos sobre elas pessoalmente??
ResponderExcluirBom... Tenho algumas pontuações a fazer:
Há uma contradição entre as questões 389 e 378...
O autor da famosa frase "penso, logo existo" é Descartes, VC deve conhecer... Mas a questão é que o discurso de Descartes, remete muito ao que Platão falava sobre o mundo das ideias (vale a pena a pesquisa), onde tudo é concebido primeiro no campo das ideias, para depois existir de fato, partindo desse pensamento de Descartes e Platão, nos voltamos ao seu questionamento de que somos eternos; claro que fisicamente não somos, mas somos imortalizados pelas nossas ideias e pensamentos... Ainda que o corpo pereça, o que transmitimos em ideias, perdurará... Então, sugiro uma nova analise nas duas questões... :) Na minha opinião, não somos eternos e não existimos só pq pensamos... Pois as ideias, mudar ao longo dos anos, como Platão, de certa forma, modificou as ideias de Sócrates e hoje ainda distorcemos algumas ideias filosóficas...
Ainda falando em filosofia, voltamos à questão 370, onde eu tenho que discordar da sua opinião pois quando adentramos a filosofia percebemos que a própria filosofia advém o sofrimento humano, visto isso, podemos afirmar que estão intrinsecamente ligados é a partir do sofrimento que passamos a observar causa do mesmo, e observar causa e efeito é a filosofia mais pura e simples que todos os seres humanos praticam...
Por favor não fica chateado com os meus comentários. Como disse anteriormente gosto do que você escreve e gosto da forma que você pensa, com alguns contrapontos é claro ;)
Fica bem acho que estou me tornando uma fã do seu blog
Obrigado pelas observações, Carmen! Infelizmente não mudarei nada no que já foi postado, pois essa é a minha política, ficará então imortalizada a minha ignorância. Hahahaha. Não sabia do contexto platônico da frase “penso logo existo” então a usei descontextualizada mesmo, conforme a minha própria interpretação, que nada tem de platônica. Sobre a questão sobre escolher entre a filosofia e a miséria humana, eu não acredito no ser humano que não filosofe, por isso disse que inevitavelmente, sanando-se todos os sofrimentos humanos, nós continuaríamos a filosofar. Obrigado pelos elogios. É muito bom saber que sou lido. Pelo menos enquanto estas questões filosóficas perdurarem! Hahahahaha.
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