sábado, 27 de maio de 2017

QUESTIONAMENTOS FILOSÓFICOS XIV




139 – Podemos ter opiniões objectivas?
Não. Opiniões, por sua própria natureza e definição, são subjetivas.

138 – Certeza é verdade?
É uma verdade pessoal subjetiva que pode não corresponder à verdade do outro.

137 – O futuro pode influenciar o passado?
Se de alguma forma algo for revelado no futuro que tenha forte correlação com um acontecimento passado que faça ver tal acontecimento por outra perspectiva, acredito que sim. Afora isso, só a Suprainteligência Universal pode, do futuro, enviar ao passado mais longínquo, o espaço-tempo zero, o estímulo capaz de gerar o Big Bang com propriedades que inevitavelmente levarão ao surgimento da própria Suprainteligência Universal, ou seja ela criará o universo para poder gerar a si mesma.

136 – Posso sobreviver à morte do meu corpo?
Só se você estiver vivo quando a Singularidade for capaz de fazer o upload de mentes para dentro de sim, senão não. Morreu, acabou.

135 – Quando devo perdoar?
Sempre. Embora nem sempre seja tão fácil ou possível.

134 – O que é a alienação?
Eu sou um alienado, me concentro apenas na escrita e escrevo só sobre mim, assim me alienando de todo o resto. Alienação é o estado de estar alheio ao que acontece ao mundo ao seu redor, não é muito mais que isso.

133 – O que é a amizade?
É a relação não familiar e não romântica mais íntima que você pode ter com outra pessoa.

132 – O que é ser amigo?
É estar presente para celebrar e compartilhar os momentos bons e oferecer ombro e apoio nos momentos difíceis.

131 – Quando é que o meu eu-pessoal se opõe ao meu eu-social?
No meu caso, quase sempre. Estou virando um ser cada vez mais recluso, logo meu eu-pessoal sobrepuja e reprime o meu eu-social. Este último tem cada vez menos importância para mim, o que é deveras preocupante. Acredito que o eu-pessoal é algo bem maior que o eu-social, ou eu-social são facetas ou máscaras que o eu-pessoal usa de acordo com a ocasião, por exemplo o eu-social que apresento quando estou com os amigos é diferente do eu-social que apresento quando estou em reunião com minha família materna. Embora, como já disse, a reclusão me leva a pertencer a ambos os grupos de forma meio isolada, distante, pouco participativa ou ativa.

130 – O que é ser virtuoso?
É ser igual ao meu irmão. Ter valores e comportamentos morais elevados segundo todos os parâmetros. É ser uma pessoa boa e não fazer propaganda disso. Como disse, é ser igual ao meu irmão.

129 – O que é a angústia?
É um sentimento detestável advindo de uma situação de vida que se tem como insuportável.

128 – O que é uma pessoa?

127 – Seria bom se conhecessemos tudo?
Eu acharia, embora não acredite que tenha capacidade cognitiva para isso. Ainda. Mas a Singularidade Tecnológica está chegando.

126 – O que nos faz pensar?
Tudo. Todo e qualquer estímulo e até a falta de estímulos, embora a falta de estímulos seja uma situação utópica, sempre estamos a receber estímulos, mesmo que apenas dos nossos sentidos. Dizem que quem medita esvazia a mente, mas acredito que mesmo nesse estado está se pensando em algo: no vazio da mente. Pensar é ser.

125 – É possível ter a certeza de alguma coisa?
Não, mas mesmo assim temos inúmeras certezas que nos dão segurança para existirmos e agirmos na realidade.

124 – É possível conhecer a verdade?
É possível conhecer os fatos.

123 – O real é pensável?
É, mas de maneira subjetiva, o que distancia o pensamento do que é real de fato. A ciência é nosso melhor esforço para pensar o real de forma objetiva e imparcial.

122 – Toda a ignorância é igual?
Não, até porque a palavra tem mais de uma acepção. Podemos tratar alguém com ignorância, o que significa sermos agressivos ou intolerantes ou violentos de alguma forma com outrem. Podemos ignorar alguém, ou seja, não dar atenção a determinado indivíduo. Mas indo ao que a questão realmente quer dizer, na minha opinião, cada um de nós é ignorante de uma forma diferente. Somos muito mais ignorantes que sábios. Sabemos muito pouco do tudo que há. Cada um sabe a sua parte e sabe de si. E mesmo a soma de tudo o que sabemos não abarca a realidade toda.

121 – Devemos silenciar as opiniões erradas?
Erradas para quem? Não acho que devemos silenciar as opiniões de ninguém, todos têm o direito de manifestá-las, por mais destoantes que possam ser das minhas.

120 – O que é conhecer algo?
É algo impossível, visto que não conseguimos conhecer nem a nós mesmos. Mas diria conhecemos mais algo à medida que temos mais intimidade com este algo.

119 – Não provar a culpa prova a inocência?
Acredito que juridicamente, sim. Em todos os outros âmbitos acho que não.

118- Quando é que devemos evitar a verdade?
Eu evito dizer a verdade – omito – quando posso magoar desnecessariamente alguém. Por exemplo, dizer que acho alguém feio, para que vou dizer isso?

117 – O que é a transparência?
É a propriedade que certos materiais têm de serem translúcidos, como o vidro. Hahahahaha. Falando um pouco mais sério, seria não ter segredos, o que é praticamente impossível. A transparência seria aproximar ao máximo o eu-social do eu-pessoal, mas só os loucos são transparentes, pois expressam tudo o que realmente sentem e desejam.

116 – O que é a liberdade?
O que a Singularidade vai nos dar em grau que nossas limitadas mentes sequer podem imaginar. E mesmo assim não será a liberdade completa, pois esta não existe. É um conceito utópico, platonismo.

115 – As regras limitam a liberdade?
Sem dúvida. É para isso que as regras servem para limitar as liberdades individuais visando, via de regra, o bem social.

114 – Quem sou eu?
Sou este que pensa essas palavras idiotas.

113 – O que é um “eu”?
É uma produção da mente que se reconhece a si mesma.

112- Uma criança que não fale é um “eu”?
Sim. Cachorros também não falam, mas acredito que tenham uma noção de eu.

111 – Há mais que um “eu”?
Há um eu para cada habitante da Terra. Mas falando de um indivíduo só, acredito, como foi aventado em uma das questões anteriores, que há o eu-pessoal e diversos eus-sociais, um para cada situação ou grupo social em que se está inserido. Isso sem falar nas diversas percepções que as pessoas com quem convivo têm do meu eu.

110 – O que é que em mim é só meu?
Tudo em mim é só meu. Ou deveria ser. Por mais que tenha pontos em comum com os demais. Meu corpo e o eu que ele produz são só meus. Posso até repartir tanto o primeiro quanto o segundo com os demais, mas continuam sendo meus.

109 – O que é que em mim é dos outros?
A parte de mim que reparto com a sociedade. Mesmo assim tenho a impressão que o que reparto com os outros continua sendo meu.

108 – Eu sou o meu corpo?
Não só. Existe a mente que é algo produzido pelo corpo, mas que não é o corpo.

107 – Eu sou os meus pensamentos?
Sim, principalmente. E o corpo também.

106 – Há verdade sem conhecimento?
Acredito que não, se eu possuo uma verdade é porque a conheço e a compreendo.

105 – Há conhecimento sem verdade?
Há, basta que ensinem-nos uma mentira. Teremos conhecimento da mentira e até poderemos a ter como verdade, mas de fato não é.

104 – Existem vários tipos de verdades?
Uma para cada habitante da Terra. Embora haja muitos pontos em comum entre as verdades de cada um. Todos, por exemplo, por experiência empírica, acreditam que o sol vai nascer amanhã.

103 – Existe verdade sem linguagem?
Sim, a verdade dos sentidos e dos sentimentos.

102 – Para que serve a verdade?
Para que a busquemos. Para que exista honestidade.

101 – É possível pensar sem qualquer referência à verdade?
Não. Até a pensar numa mentira necessita que pensemos na verdade e numa forma de anulá-la. Lembrando que a verdade é subjetiva.

100 – É possível pensar sem qualquer referência aos valores?
Não. Atribuímos a tudo que pensamos um valor positivo ou negativo ou ambivalente, mesmo que não nos apercebamos claramente disso. Lembrando que os valores também são subjetivos.

99 – Devemos confiar na nossa consciência?
Eu confio, por mais que o meu superego seja muito tirânico comigo. Mas aos poucos estou aprendendo a dominar o bicho e não me culpar tanto.

98 – Devemos confiar nos nossos instintos?
Não confio nos meus. Meus instintos sempre tendem a me colocar em roubadas ou me impedem de tomar certas atitudes necessárias (como o instinto que me impede de me aproximar de uma garota da qual esteja interessado por achar que levarei um fora).

97 – Podemos violar todas as leis?
Não podemos violar as leis da natureza, como a gravidade. As leis dos homens podemos violá-las todas, mas não creio que deveríamos, embora acredite também que as leis dos homens sejam muito primitivas e não reflitam a democracia de fato.

96 – O presente é mais real do que o passado e o futuro?
Sim. O passado são memórias e memórias falham (a minha falha bastante) e o futuro ainda não é, logo não é real ainda. Só o agora é real. Pelo menos para seres com cognição limitada como a nossa. A Singularidade talvez desenvolva uma compreensão de tempo muito mais sofisticada que a nossa. E sua memória vai ser infalível visto que arquivada ciberneticamente.

95 – O óbvio é o verdadeiro?

94 – Os pensamentos podem doer?
Sem dúvida. Pensamentos de culpa, ódio, mágoa, angústia, depressão etc. causam muito sofrimento.

93 – Se tudo tem um fim o que é que tem valor?
O agora.

92 – Existe o nada?
Isso é um paradoxo. Pois o nada é a inexistência, porém, vejamos o nada desdobrado num conjunto matemático e veremos que ele é maior que tudo.





91 – Pode ser legítimo matar?
Só se for matar animais para alimentação. Ou um aborto de um feto indesejado.

90 – Há arte sem beleza?
Hoje em dia, sim. Há arte que é feita para chocar ou questionar, não necessariamente para gerar beleza. Falando em arte stricto sensu. Para mim tudo o que é feito com paixão, dedicação e esmero é uma arte (lato sensu).

89 – A beleza é importante para nós?
Para mim é indispensável, dou muito valor à beleza, talvez até mais do que a maioria das pessoas. É um defeito meu que não sei como me desfazer. Nem sei se quero. Sou suspeito para responder essa.

88 – Há verdade no erro?
Sim. Quando se comete um erro afeta-se a realidade da mesma forma, provocando uma alteração verdadeira na realidade.

87 – Podemos conhecer tudo o que há?

86 – O tempo é real?
Sim. Einstein provou. Espaço-tempo, tudo uma coisa só quadridimensional

85 – O amor é cultural?
Não sei. Sei que o amor da mãe pelo filho é algo universal. O amor romântico pode ser cultural, mas sofro dele deveras.

84 – A vida vale a pena?
Nem sempre. Só quando se quer viver.

83 – A filosofia pode ser prática?
Os valores filosóficos podem ser postos em prática. E há a lógica. Do mais, não sei. Não sou versado em filosofia. Se prática é sinônimo de objetiva, acho que não. Embora as ciências que derivam da Filosofia trabalhem com o universo objetivo através de suas metodologias experimentais.

82 – O que é a filosofia?
Acho que é pensar sobre a vida. Se questionar.

81 – O outro é um limite à minha liberdade?
Sem dúvida. A minha liberdade acaba onde a do outro começa.

80 – Porque existe o mal?
Por causa da carga genética herdada de nossos ancestrais, por causa do nosso lado primitivo, irracional, de traços evolutivos hoje desnecessários que tomam conta quando o nosso bom-senso falha ou nos falta. A ganância e a ambição são dois traços que ao mesmo tempo em que nos impulsionam para buscar mais e melhor para nós e para os nossos e gerem desenvolvimento, também podem levar à corrupção e à maldade. A violência, nem se fala. Tudo o que é violento é mal, a não ser que em legítima defesa.

79 – Existe o bem e o mal?
Existe uma simples constatação: o que dói ou fere a mim, dói ou fere o outro. De posse dessa constatação, a base do bom-senso, na minha opinião, pode se escolher ferir ou não ferir os demais. Os que ferem sabem que estão fazendo algo mal, o que ajudam o ferido fazem o bem. Então, sim, existe o bem e o mal, pelo menos para os homens. Fora dos homens, acredito que não.

78 – A vida tem sentido sem Deus?
Sim, sim. Se não acreditasse na Singularidade, no que creio com ressalvas, a vida teria sentido do mesmo jeito pois hoje gosto de viver. Para mim a vida só tem sentido se se gosta de vivê-la.

77 – Por que é que a vida ganha sentido com Deus?
Não acredito em Deus. Repito a vida não tem sentido maior, transcendente, a razão para viver é uma única para mim, gostar de viver. Quando não se gosta de viver, não há sentido em permanecer vivo, pelo menos era assim que me sentia quando odiava viver por causa do manto negro da depressão que me envolvia.

76 – Somos livres?
Só da cuca para dentro. Minto, nem mesmo aí, pois há o superego para nos azucrinar e reprimir.

75 – Perguntas filosóficas podem ter respostas empíricas?
Não sei. Sinceramente, essa eu pulo.

74 – A filosofia depende da ambiguidade dos termos?
A ambiguidade dos termos certamente ajuda bastante, visto que cada um pode empresta-lhes diferentes significados, desencadeando assim novas correntes de pensamento.

73 – Pode a filosofia morrer?
Todo homem é um filósofo, sempre nos questionaremos sobre o porquê das coisas, logo, acho que não.

72 – Os conceitos podem ser bonitos?
Sem dúvida. O conceito de valor moral é belíssimo.

71 – É possivel criar uma necessidade?
Com certeza. É a mola-mestra do capitalismo. Basta a Nintendo lançar um novo jogo de Mario ou Zelda ou Metroid que uma necessidade de tê-los e jogá-los irrompe em mim. Se bem que ultimamente estou sem saco para videogames. Ou a Sideshow lançar um boneco que realmente ache belo. Ou o The Cure ou Björk ou Strokes lançarem um novo álbum. Tudo necessidades criadas. Pensar que vivi num mundo sem internet, que por longos anos não tive acesso a computadores, coisas que hoje são fundamentais para o meu bem-estar e para o meu modo de ser e estar no mundo. O documentário que meu amigo disse que planeja fazer comigo me gera uma nova necessidade: a de ter uma câmera. E por aí vai. As necessidades básicas permanecem as mesmas, entretanto, mas acredito que hoje, para a maioria dos humanos, não são suficientes para preencher o vazio existencial gerado pela nossa cultura.

70 – É melhor filosofar sozinho ou acompanhado?
Mil vezes sozinho. Realmente não gosto de trabalhar em equipe. Não teria paciência para as divergências de opiniões e as infindáveis discussões até a chegada de um consenso. Sozinho é bem melhor para o ser antissocial que me torno.

15h57. Como previ, o meu cartão de crédito chegou hoje. Precisamos desbloqueá-lo e liberá-lo para compras internacionais. Para ver se posso comprar a câmera se essa se fizer realmente necessária. Além dos CDs do Infected Mushroom e do Nirvana. Mais perguntas. Quero ver se acabo isso hoje. Ou pelo menos chego até à quadragésima pergunta.

69 – O que é a beleza para um cego?
Tudo o que os demais sentidos lhe proporcionarem de superiormente agradável e prazeroso.

68 – Os homens são máquinas?

67 – O que é ser bom?
É não fazer mal aos demais e, se possível, fazer o bem sempre que conveniente. É ser que nem o meu irmão. Vocês precisam conhecer ele para crer.

66 – Quando é que a segurança limita a liberdade?
Sempre, mas, quando não por neurose, por um bom motivo.

65 – As regras limitam a minha liberdade?

64 – Um escravo pode ser livre?
Só nos pensamentos. Acho absurdo que ainda existam formas de escravidão hoje em dia, casamentos forçados, tudo isso é absurdo e incompatível com a realidade em que vivemos. Embora isso seja parte da realidade em que vivemos, infelizmente.

63 – A filosofia opõe-se à vida?
Não. Não vejo por que isso. Meditar sobre a vida é uma forma de vivê-la.

62 – A filosofia conduz à felicidade?
Não sei, não entendo nada de filosofia, o que sei é que pode conduzir à morte, pois vários alunos de filosofia de mente mais fraca já se jogaram do alto prédio de ciências humanas da universidade onde estudei.

61 – O objectivo da filosofia é a felicidade?
Eu pensei que era a busca da verdade, mas posso estar enganado, reitero que nada sei de filosofia. Mas acredito que aos filósofos que criam uma nova vertente filosófica deve trazer alguma felicidade pelo feito, sim.

60 – O amor traz felicidade?
A mim me traz, mas depende do amor. Se for um amor excessivamente dependente ou demasiadamente protetor, dentre outras formas de amor desequilibrado, não-saudável, pode gerar infelicidade.

16h26. Vou comprar duas Cocas ali embaixo e volto para ver se dá tempo de responder mais dez. Ia falar com o meu irmão, liguei para ele, mas mamãe apareceu e como era aniversário dela, eu a deixei com o telefone e ela desligou. Não vou ligar de novo, pois ele deve estar trabalhando agora.

16h46. Voltei. Vamos às perguntas.

59 – A poesia pode ser filosofia?
Não vejo por que não. Fernando Pessoa tinha poesias bastante filosóficas.

58 – O homem descobre-se ou inventa-se?
Acho que os dois. Mas acho que descobre-se mais do que inventa-se. Assim me parece que ocorre comigo. Pouco de mim eu acho que inventei. Se o fiz foi mais na infância. Fora a minha crença que inventei na vida adulta. E que, por sorte, houve alguém de renome para dar algum respaldo, pelo menos à parte inicial dela.

57 – Em que é que filosofar se equipara a morrer?
Não consigo ver correlação, a não ser que filosofando gasta-se tempo, logo aproxima-se da morte ao filosofar. Pode ser também a morte metafórica do ser que se descobre algo diferente ou maior com a filosofia, morrendo e renascendo como a fênix.

56 – As ideias podem impedir-nos de pensar?
Essas perguntas estão ficando cada vez mais complicadas. As ideias, para mim, são o suprassumo do pensar. Ter uma ideia é usar a mente da forma melhor e mais criativa possível. Quem tem uma ideia amplia o seu mundo e os do que o rodeiam.

55 – A nossa personalidade impede-nos de pensar?
A nossa personalidade pode direcionar e talvez limitar as nossas formas de pensar, mas não consigo imaginar nada, a não ser um coma, que nos impeça de pensar. Até no sono pensamos.

54 – A arte é uma linguagem?
Sem dúvida. Todas as formas de arte são formas de comunicar, nem sempre o belo ou apenas o belo, quase nunca apenas o belo.

53 – A música é uma linguagem?
A música para mim é uma forma de arte, então vale a resposta acima, ou seja, sim, é uma forma de comunicar, muitas vezes de protestar.

52 – As crianças sabem fazer filosofia?
A famosa fase dos por quês das crianças o que é se não uma forma de filosofar de conhecer e indagar sobre a realidade que os cercam?

51 – O “Penso logo existo” é necessáriamente verdadeiro?
Para mim é. É a única certeza que eu tenho. E novamente ressalto que falo da frase por ela mesma, sem nenhuma conexão com a corrente filosóficas de onde surgiu ou foi baseada.

50 – Sem ideias haveria beleza?
Sim, pois há muita beleza na natureza. A pergunta mais intrigante para mim seria, sem natureza, haveria beleza? Pois julgo que toda a beleza provém em primeira instância da natureza. A beleza não é necessariamente algo criado. Uma linda garota não é uma ideia, simplesmente é e encanta. A mãe é para a criança a beleza suprema, antes mesmo de entender o conceito de ideia (embora as crianças sejam as pessoas mais criativas que existem).

17h10. Acho que não dá para responder mais questões agora. Estamos em cima da hora de sair. Aliás, já passamos da hora, daqui para esse Café São Braz dá pelo menos uma hora, a depender do trânsito, que dia de sexta deve estar punk. Duvido que cheguemos lá antes das 18h40. Bem vou tentar começar a responder mais dez.

49 – A aparência influencia a maneira de ser?
Sim, sim. A minha aparência afeta negativamente a minha autoestima, pois me acho feio e só me encanto por garotas bonitas e por ser feio me intimido em ir interpelá-las.  

48 – Somos todos filósofos?
Sim, sim. Todos nós pensamos sobre a vida em algum momento dela.

47 – Quando é que a vida tem sentido?
Quando gostamos de viver. Quando fazemos algo que faz sentido para nós.

46 – Qual a origem das ideias?
Eu tenho uma teoria que todas as ideias já existem, precisa-se apenas ter os pré-requesitos específicos necessários para poder fazer o “download” do mundo das ideias e através do indivíduo que a captou manifestá-la na realidade. 

45 – O tempo existe independentemente de nós?
Sim, sim. Novamente é uma das dimensões comprovadas por Einstein tempo e espaço são indissolúveis.

44 – As ideias são reais?
Se se manifestam no real, por mais que sejam fantásticas, como um polvo voador, verde e amarelo com oito mil olhos cantando É o Tchan, ideia que acabei de ter e manifestar em forma de texto, ela está agora materializada na realidade. Ela é uma parte da realidade mesmo sendo de algo muito improvável de existir na forma física, assim como um teorema matemático. Até as ideias abstratas são reais, pois fazem parte, ampliam a realidade.

43 – Qual a realidade das ideias?
Qual o problema com as ideias em detrimentos a outros tipos de pensamento? Elas têm graus de materialidade diversos, podem ser mais abstratas como um cálculo matemático até ideias mais materiais como a do David de Michelangelo.

42 – As ideias reflectem a realidade?
Nem sempre, como as ideias da Matemática mais abstrata onde se trabalha com inúmeras dimensões, por exemplo, mas todas acrescentam algo à realidade posto que manifestas na realidade. Mesmo que ainda apenas dentro da cabeça de quem as imaginou, elas já possuem um certo grau de materialidade na minha opinião, da mesma forma que um sentimento, que qualquer um que sente pode atestar que é real.

41 – Existem verdades absolutas?
Devem existir, mas não as conheço. A verdade mais absoluta que eu tenho conhecimento é que penso, logo existo, visto que eu sou o meu pensamento.

40 – Existem verdades morais?
Não sei se é uma verdade moral, mas eu diria que o que me fere, fere da mesma forma o outro é um fato donde se pode derivar o valor moral mais básico que é o respeito ao próximo.

22h02. Deixarei as 39 questões restantes para uma outra e última ocasião. Este post já está longo demais e estou cansado de pensar filosoficamente por hoje. Cheguei agora há pouco do aniversário da minha mãe e não estou disposto. Se bem que penso em revisar tudo isso hoje, pois não tenho nada de mais interessante a fazer. Bem, talvez ver o bendito episódio de “The Walking Dead”. Mas tentarei revisar primeiro.

22h43. Revisei mal e porcamente. Falei para a minha mãe da ideia de adquirir uma câmera, a mais barata, para ajudar a compor o documentário do meu amigo de Sampa durante nossa viagem, minha e da minha mãe, para a Alemanha. Ela a princípio concordou. Mas disse antes para eu consultar o meu amigo cineasta. Acho que amigo cineasta fica melhor que amigo de Sampa. Passarei a nomeá-lo assim no meu blog, então. Não sei porque não pensei nisso desde o princípio. É algo que o define muito melhor que a cidade onde mora atualmente.

23h13. Eu sei que poderia em vez de escrevendo, estar respondendo mais questões filosóficas, mas estou receoso delas acabarem e eu ficar só comigo mesmo de novo, por isso resolvi guardar 39 para um último post de questões. Minha mente vem se cansando mais rapidamente nesses últimos dias, não sei por quê. O que quer que seja me desestimula a responder mais filosofia de botequim como a minha. E estou com mais vontade de dizer o que me vem à mente. Espero que meu amigo se manifeste mesmo no domingo. Meu primo que morou aqui no prédio disse que planeja fazer um encontro na piscina no domingo. Espero que aconteça. Sinto que tomar uma cervejinha nesse encontro não atrapalharia o meu tratamento, mas geraria apreensão em todos e é melhor não arriscar. A bebida me deixa mais sociável, mas sociável demais, o que é deveras temerário. Falo tudo o que meu id liberto pela embriaguez deseja e isso pode ser causador de problemas, como sempre foi. Fora a ressaca e o fato de que minha mãe perceberia facilmente que estou bêbado. Então não tem razão nem jeito de eu beber nesse encontro, por mais seguro que seja em relação ao crack. Melhor deixar quieto. O encontro de celebração do aniversário da minha mãe foi bem mais agradável do que poderia supor. Tive bons momentos ouvindo as histórias e vendo a família reunida se divertindo. Foi bem bom. Dei um abraço afetuoso na minha irmã, filha do meu padrasto. Achei que deveria. Ela retribuiu. É tão bom trocar carinho com quem se gosta. Não por mera formalidade, mas por um sentimento sincero. No caso, fraternal. E o melhor é que não fazia muito tempo que havia feito isso. No grande encontro da quarta, também troquei afetuosos abraços com minhas amigas psicólogas. Fiquei feliz em ver quão bem resolvidos são os meus amigos, quão saudáveis são. Isso de alguma forma me contagia para o bem. Não sou tão bem resolvido quanto eles e principalmente quanto elas. São duas mulheres adultas, mas de bem com suas vidas. Eu sou um adolescente num corpo de adulto que, graças a esforços diversos, inclusive meus, também está de bem com a vida. É verdade que ainda tenho que me entender com o meu superego e com a minha mãe. Mas vejo dias melhores se aproximando. Estou vivendo uma maré positiva e isso me dá medo. Quando a esmola é grande, o santo desconfia. Mas não vou dar uma de santo desconfiado, vou aproveitar o agora enquanto tudo está bem. Pode ser que esse estar bem perdure até o final da minha vida, não sei e não posso fazer previsões em relação a isso. Mas a possibilidade existe. Acho que vou dar uma pausa aqui e jogar um pouco do Zeldinha e ver um episódio de “The Walking Dead”.

6h06. Não consegui parar de assistir “TWD”, então não dormi. Acho que não dormirei mais, embora o sono esteja batendo agora. Fui ver se haviam surgido novos hits no meu post, mas parece que o único membro dos grupos que virou a noite e está acordado e sóbrio às 6h11 da manhã de um sábado sou eu. Hahahaha. Coloquei no carrinho de compra da Amazon a câmera, os CDs e um cartão de memória de 64 GB. A soma deu um preço meio salgado, mas acho que dentro do meu orçamento. O chato é que o dólar está em alta. Mas acho que está dentro dos limites do cartão e não há mais nada no mundo que eu deseje possuir, além do Zelda novo que meu irmão disse que me daria de aniversário. Talvez o “Persona 5” falte, mas, para descobrir, preciso jogar o “Persona 4” primeiro para ver se gosto do estilo de jogo. Haverá tempo para comprar o “Persona 5”, inclusive para esperar o seu preço baixar. Acho que dentro de alguns meses ele vai estar sendo oferecido por menos de 30 dólares. Acho que vou jogar o Zeldinha. Não, minhas costas estão muito doloridas, acho que vou tentar deitar e dormir. Mas antes, um último copo de Coca.


6h50. Já estou comendo o gelo da Coca. Saco, queria que o copo ainda estivesse cheio. É claro que posso enchê-lo novamente, mas a cada ida à cozinha eu posso acordar e receber um esporro de mamãe. Não sei se encaro o virote e fico acordado até a noite. 

5 comentários:

  1. Para o seu questionamento sem resposta :)
    Sim... Na verdade as teorias e pensamentos filosóficos nascem do empirismo e da sua observação. Filosofar, nada mais é do que questionar o sentido das coisas que observamos cotidianamente, claro que hj é uma ciência, e como tal, se utiliza de métodos científicos. Entretanto, ainda se baseia na mais pura e simples observação :)
    E outra coisa a pontuar: é interessante discutir ideias ( filosóficas) c outras pessoas, pois na divergência de opiniões podemos avaliar melhor cada questão... Pois tudo na vida é como um prisma, em cada faceta podemos ver um reflexo diferente da mesma luz... E é isso o que torna a vida tão interessante

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Querida Carmen, obrigado pela luz (trocadilho infame) sobre o empirismo na filosofia. Sobre debater ideias acho que meu trauma em fazer trabalhos/discussões em grupo remonta à infância e tem também a ver com a minha natureza de querer resolver minhas coisas sozinho. Sei que sem a menor sombra de dúvida debater com outros é enriquecedor, mas confesso que não tenho muita paciência, talvez porque geralmente os debates dos quais participo (aliás, observo) são com amigos que estão bebendo (eu não bebo) quando todos viram senhores absolutos da razão. Hahahaha. Infelizmente para mim, você provavelmente vá deixar de ler o meu blog, pois só me restam mais 39 questionamentos filosóficos para responder e você já mencionou o seu desinteresse pelos outros conteúdos que escrevo. De toda sorte, foi um prazer tê-la como acompanhante dessa pequena empreitada em que resolvi me meter. Acho incrível que não tenha achado todas as minhas respostas duvidosas, dado o meu completo desconhecimento sobre o tema. Respondi a todas tendo como ferramenta apenas o meu bom-senso. Obrigado por todo o apoio e os sempre bem-vindos conselhos e explicações. Tudo de bom pra você.

      Excluir
    2. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    3. Oiii :)
      Não deixarei de ler seu blog só pelo fim das questões filosóficas, só não as comento, pq acho invasivo demais da minha parte ( TB sou bem antissocial :D)... Quanto a não ter o conhecimento "cientifico" em filosofia, não se preocupe, até nosso sábio Sócrates nada sabia rsrrsrsrsrs (TB faço trocadilhos infames)... Como eu disse em comentários anteriores, gosto do que VC escreve e da forma como o faz, e sim, leio tudo o que VC escreve, mesmo que não sejam questões ... Fiquei bem feliz c a possibilidade do documentário, e se possível irei vê-lo... No mais, espero que VC fique bem... Um abraço

      Excluir
    4. Que ótima notícia! Não perderei a minha leitora número um, então! Só me entristece um pouco o fato de você também ser ou estar antissocial. Não é o melhor jeito de se viver segundo todos. Embora eu esteja satisfeito assim, então espero que você também esteja. Pode comentar o que quiser e o documentário acho que, se sair, vai ser só no YouTube mesmo. Caso seja finalizado, posto o link no blog. Abraço.

      Excluir