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domingo, 6 de agosto de 2017

FILMAGEM, BONECOS E ANIVERSÁRIO

Entendi errado a hora de lançamento da boneca que quero emplacar como link afiliado no grupo da Sideshow. Acho que vai ser por volta realmente das 16h00. Estarei em plena filmagem, visto que meu amigo disse que apareceria aqui por volta das 14h30. Passei as últimas filmagens que fiz com a GoPro para o computador e assisti. Ficaram uma porcaria. A GoPro é meio olho de peixe, distorce a imagem e não capta som quase nenhum. Ainda bem que não me aventurei a comprar uma para essa empreitada cinematográfica. Ficaria extremamente frustrado com a aquisição. Melhor comprar um celular bom. A única vantagem é filmar dentro d’água e em outros ambientes molhados por causa do casulo de plástico em que ela vem envolvida e que ferra a captação de som, na minha opinião. Hoje, embora não vá dar para ele captar, vai ser um dia com uma movimentação ligeiramente diferente no computador por conta do bendito link afiliado da boneca. Meu foco será muito mais nisso do que na escrita, pelo menos até as 16h00. Estou com medo de ficar escrevendo aqui e perder a boquinha da boneca. O celular vai avisar provavelmente se eu receber a mensagem da pre-order, mas com um pequeno atraso que é o suficiente para eu perder a chance de postar no blog mais numeroso de todos. A internet pelo menos está rápida hoje. Também fechei o máximo de abas possível do Chrome, acho que isso ajudou. 13h54. Dentro em breve o meu amigo estará aportando por aqui. Estão serrando algum metal na construção aqui em frente ao prédio, que roubará toda a nossa vista, e fico pensando que é a campainha. Acho que meu amigo vai comunicar quando estiver subindo. Estou com medo de me perder aqui e perder a abertura da pre-order. O nome da boneca? Lady Deadpool. Não faz a mínima ideia de quem seja? Bom, eu só sabia que existia Deadpool, essa eu fiquei sabendo só por causa do maravilhoso mundo dos bonecos. Se conseguir emplacar o post nos dois grupos com mais integrantes, afora os outros menores que tenho mais tempo, pois não são visados pelos tubarões, eu posso até fazer uma graninha em comissões. Acho que só de 16h00 mesmo. Ou então de 15h00 para os RSVP. A cada virada de hora eu tenho que ficar atento. 14h12. A hora do meu amigo chegar se aproxima. Acho que não vou conseguir ser o primeiro a postar Lady Deadpool. Vou acabar me embananando todo e não vou conseguir postar em tempo hábil. Espero que não. Eu diria que a chance é de 1 em 10, embora eu não sei o que essa estimativa queira dizer. O que quero dizer é que há 10 concorrentes tentando fazer a mesma coisa que eu o mais rápido possível. E que provavelmente eles serão mais rápidos do que eu. E estarão especialmente atentos a esse lançamento pelo potencial de converter comissões. Agora acho que muitas delas serão canceladas depois. Muita gente vai comprar no calor da emoção e depois desistir quando o “tesão” esfriar. Por falar nisso, onde estará o meu tesão? Estou meio de saco cheio de me utilizar do xvideos como forma de saciar as minhas parcas necessidades sexuais. Coisa da idade, provavelmente, como foi sugerido pelo psicólogo. Estou de saco cheio de atualizar a página de lançamentos dos afiliados e dar de cara com Akuma e Baby Groot. Vixe, acho que vou acabar sonhando com isso. Hahahahaha. 14h31. A hora do meu amigo chegar chegou. Acho que daqui a pouco ele me manda uma mensagem pelo WhatsApp dizendo que está subindo. Já deixei os posts preparados com as informações da boneca faltando apenas receber o link afiliado e ser colocado no ar. Deixei nos dois grupos com mais membros. Não quero abrir todos os grupos em que pretendo postar, pois tenho medo de a internet ficar devagar, sobrecarregada e eu ter um atraso de sinal e não conseguir postar a tempo. Estou me dedicando tanto a esse negócio da Lady Deadpool que se fracassar, ficarei muito fulo da vida. Tanto esforço e atenção por nada. Um constante estado de alerta desde a uma da tarde. Que possivelmente perdurará até às quatro, que é o horário oficial de lançamento. Espero que os demais urubus estejam passando pelo mesmo nível de ansiedade que eu. Hahahahaha. Mas é um saco, sério. Não sei nem se vale a pena. Se conseguisse 500 dólares aí valeria. Mas teria que converter muita comissão para isso acontecer. 14h53 e nada do meu amigo cineasta. Bom, o que será, será. Mas com ou sem filmagem, vou tentar ganhar essa corrida. Mas é bom preparar meu espírito para o fato de que não conseguirei. Talvez eles tenham usado do mesmo expediente que eu e preparado todo o post com antecedência para não perderem preciosos segundos digitando. Procurei até o mouse de mamãe porque o meu está com a roda de descer a página travando. Mas estou desacostumado com a alta mobilidade do ponteiro do dela e isso me atrapalharia mais do que ajudaria.

15h52. Meu amigo cineasta já está aqui, filmando, não sei se já para valer ou não, de uma maneira diferente, com a câmera montada sobre o seu ombro para dar mobilidade. Mas os minutos para o lançamento oficial da Lady Deadpool se aproximam. Estou brincando com o perigo digitando aqui. Vou voltar para a paranoia de ficar dando refresh na página de afiliados.

17h16. Converti uma comissão da Lady Deadpool. Estou no meio das filmagens. Não consegui ser o primeiro no grupo da Sideshow. Inacreditável. Acho que o cara não espera o preview se formar na tela para postar, só pode ser isso. Preciso fazer o teste de publicar sem esperar o preview para ver se a imagem aparece. Farei isso depois. Agora basta de postar links afiliados. Ainda apareceram mais três novos produtos que não sabia que seriam lançados hoje e perdi a boquinha nos sites principais.

18h10. Meu amigo cineasta acabou suas filmagens por hoje e já foi. Pretende me filmar saindo para o CAPS amanhã cedo e voltando de lá no final da manhã. Como disse, converti uma comissão da Lady Deadpool. Queria era vender o Batman que acabou de lançar e que eu vacilei de postar porque parei de acompanhar o site dos afiliados depois que a Lady Deadpool apareceu. Mas como imaginar? Impossível. Agora que já estou mais esperto, ficarei ligado nesses lançamentos “póstumos”. A cadeira começa a ficar meio bamba, mas não muito. Minha mãe foi à terapia pela primeira vez, disse que falou a sessão inteira. Ótimo. Parece que traçou um perfil de como me vê e deixou a terapeuta preocupada com o meu caso, tanto que esta disse que gostaria de retomar o assunto nas próximas sessões. Mamãe apareceu no vídeo também. Parece que ficou feliz com isso. Gostou de eu estar arrumando uma forma de ganhar uns trocados com os links afiliados. Mas a imagem que ela pintou de mim para a psicóloga e os desdobramentos disso me preocupam. Acho que abri uma brecha com mamãe com essa história dos links afiliados para falar dos bonecos que pretendo comprar. Tomara que retomem os voos da American Airlines diretamente de Boston para Recife. É a única forma de trazer o meu busto do Hulk para cá. A forma economicamente viável. Ou pedir que a Sideshow envie diretamente para cá, o que vai custar uma pequena fortuna. Principalmente pelas tarifas alfandegárias. Mas é mais barato do que enviar para cá por alguma companhia. Eu acho. Se a Sideshow pudesse declarar um valor mais baixo pela estátua, seria perfeito. Quando o tamanho da caixa estiver disponível no site, eu mando um e-mail perguntando o valor do frete para o Brasil e para a casa do meu irmão e se ela declararia um valor menor pela estátua. Acho que mandar direto para o Brasil pela Sideshow talvez seja a solução mais barata para receber a figura. A não ser que eles viajassem pela American Airlines para cá. Tenho até dezembro para decidir. Saco. O Hulk se afigura como um grande elefante branco. Ou verde. Hahahahaha. Eu não sei nem se o cartão tem limite suficiente para pagar o envio, que dirá as tarifas alfandegárias da figura com preço cheio. Mas o Hulk vir para o Brasil sem passar pela casa do meu irmão seria perfeito. Não queria que ele recebesse um trambolho tão grande, o que ia o deixar muito indignado, e seria uma complicação para trazer mesmo com o voo direto. O perfeito mesmo seria enviar direto para cá pela Sideshow, o que é muito mais barato do que enviar por qualquer companhia, com o preço reduzido a um terço, mais ou menos. Ainda sairia uma pequena fortuna, mas iria ser pelo menos viável.

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12h42. Estou de volta. Houve lágrimas no grupo AD. Voltei logo depois do grupo para que meu amigo cineasta pudesse filmar a minha chegada ao prédio. Ele deu a sorte de fazer um take massa, pegando o prédio, descendo pelo jardim e calhando com a minha chegada no prédio. Foi muita sorte. Eu cheguei na hora exata. Foi realmente incrível a coincidência. Um bom sinal de que o projeto vai dar certo. Hahahahaha. Encontrei um cara com quem estive internado, acompanhado de um cuidador, no caminho de volta. Ele disse que em seis dias iria completar um ano e meio de internação. Fiquei com um dó danado, mas parece que ele foi institucionalizado. Desaprendeu a viver de outra forma. Está bem mais magro, pelo menos e com uma aparência mais bem cuidada. Isso reflete que está bem, com a autoestima mais elevada. Será que o meu aspecto desleixado revela o oposto disso? Em verdade quis deixar a barba e o cabelo (no qual ainda não quero mexer) maiores para que a passagem de tempo ficasse mais aparente nas filmagens. Mas preciso fazer a barba. Poderia pedir ajuda à fantástica faxineira para fazer, mas ela acabou de limpar o meu banheiro, seria uma baita sacanagem com o trabalho que ela teve, encher o banheiro de pelos. “Pelos” não tem mais acento e vi na Veja que bem-vindo agora é benvindo. Quantas atrocidades ao português. Verdadeiro estupro linguístico. Acho que a história do frete do eBay está equivocada, pois a cotação barata que obtive foi com a USPS e no site da companhia, ela não aceita encomendas tão grandes. Além disso, a cotação com as demais empresas ultrapassava os mil dólares também. Talvez o Hulk eu tenha que enviar para cá mesmo. Com as demais acho que dá para fazer o truque do eBay. O eBay era a minha estratégia para enviar os bonecos para cá de forma econômica. Acho que se meu irmão chegar com a caixa do Hulk, que excede os tamanhos permitidos pela USPS, mesmo tendo o adesivo do eBay pregado ela não deixará enviar. Ele voltará com o Hulk para casa e ele se tornará novamente um elefante branco. E esse elefante branco quem tem que abater (sou contra matar elefantes, vale ressaltar) sou eu. Acho que vou ter que me enviar pela Sideshow mesmo e rezar para que declarem um valor menor pela estátua. Ou pagar o valor cheio da história toda. Que, em verdade, não sei como vou pagar. Sairia quase o valor da minha pensão todo. Mas eu acredito que durante todos esses meses que não fiz contabilidade, eu teria angariado tal quantia. Vou voltar a fazer a contabilidade esse mês. Para ver se acumulo daqui para janeiro a grana para pagar o envio do Hulk. Espero que mamãe não precise comprar remédios esse mês. Setembro vai ser um mês perdido por causa da viagem e do que vou gastar lá, seria injusto mamãe arcar com a viagem toda e eu manter a minha pensão intacta. Então retomarei a contabilidade em outubro e torcer para que sobre o suficiente daqui para janeiro para bancar o frete do Hulk. O que acho que não será o caso. Mas eu cubro com o que sobrar dos meses posteriores. De alguma forma esse Hulk vai ter que chegar ao Brasil. E só vejo a Sideshow como opção. Peguei o cacoete de ficar recarregando a página de lançamentos dos links afiliados para ver se emplaco outra postagem no grupo da Sideshow. Que ozzy. É um cacoete muito chato e que gera uma ansiedade desnecessária na minha vida. Vou tentar deixar dessa mania. Mas é só falar que me coço a fazê-lo. Resistirei. Só olharei a página quando der 14h. Hahahahaha. São 13h44, por sinal. Estou pensando em ver a fatura do meu cartão por telefone. Ouvi minha fatura, mas não sei se ela é a do mês de junho ou julho. Esperava ter zero de dívida por causa do cancelamento do boneco. Bom, vou esperar a fatura impressa chegar para ver isso direito. E acho que vou pedir para Sideshow entregar o bicho no Brasil mesmo. Não consigo largar o cacoete. Vai e volta estou lá dando refresh na página de afiliados. Saco. Mas se conseguir, bem, é bom. Senão, não tem problema também. Mas que queria conseguir queria. Não é possível que a Sideshow não lance nada hoje. Aliás, é, mas acho improvável. Embora acredite que o que vá lançar não seja nada caro. Ou um lançamento que gere muitas comissões. Com a Lady Deadpool só consegui uma. Talvez com posts eu consiga mais. Talvez seja de lá que advém essas compras não relacionadas com nenhum boneco anunciado por mim. Sei lá, mas também estou sem assunto para posts. Reclamar de preços sempre é um assunto que chama a atenção, mas já usei e abusei desse expediente. Porém nunca é demais apelar mais uma vez para ele. Acho que vou tentar criar um post sobre isso para ver o que sai. Inté. 14h18.

16h34. Acabei o post, falta revisar. Desci o pau. Não sei nem se publique. Os fãs da Prime 1 vão me odiar.

22h12. Tive uma longa conversa com alguém do grupo AD no Facebook agora. Foi uma conversa cheia de frases misteriosas que acabou abruptamente, acho que porque o meu posicionamento pareceu grosseiro. É nisso que dá a sinceridade. Mas melhor do que me comprometer com mentiras. Postei o texto do blog de bonecos no meu canal no início da conversa, que rendeu bastante, e depois tomei coragem e postei nos demais grupos. A recepção está sendo moderadamente polêmica. Mas estão acessando bem.

22h44. 406 visualizações, quase cem a cada dez minutos. Mas isso logo tenderá a diminuir, entretanto acho que cruze a linha das mil visualizações. Reclamar dos preços, como disse, sempre atrai pessoas. Não sei como consegui transformar uma frase que comentei alguns dias atrás – e que diz tudo, é inclusive o título do texto – em um post do meu blog. Acho que graças à minha prolixidade. E muita gente está gostando, outros riem, alguns me apresentam fatos que desconhecia. Estou com sono. Vou pegar uma Coca. O fato da pessoa do grupo AD ter ficado ofendida com o meu comentário me incomoda, não gosto de ferir sentimentalidades alheias. 22h58. 448 hits. Já está diminuindo o número de visualizações. Criei esse post só para ver se convertia alguma comissão através do meu blog, mas acho que nisso dei um tiro no pé, pois falar mal de preços acho que desestimula as pessoas a comprarem.

23h09. Meu primo-irmão me convidou para a celebração do aniversário dele. Massa. Acho que vai ser divertido. Tem tudo para ser. Só a única coisa chata é acordar cedo, mas se dormir agora, consigo dormir bastante. Vou tentar.

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Miraculosamente consegui me isolar na festa, portanto, escrevo. Escreverei até a bateria chegar na metade, pois preciso chamar o Uber. A turma da festa está bem variada. Os diversos círculos sociais do meu primo-irmão formam núcleos separados. Não vejo como seria diferente, pois são bastante heterogêneos. Falei muito pouco enquanto estava inserido nos diversos grupos, pois circulo por todos. Só não sentei perto do meu tio, pai do aniversariante. Não estou conseguindo me concentrar. Estão dançando. Algum ritmo caribenho. Falaram de Black Mirror, a melhor série que já assisti, pois o tema me cala fundo. Melhor que The West Wing. Melhor que Breaking Bad. Quase melhor que Matrix. Vou parar de escrever.

18h48. Voltei a escrever porque continuo isolado. Ouvi os papos da galera sobre cinema. Há dois amigos da área aqui. Estão falando de memória, da capacidade de memorizar e esse é um tema que me incomoda pelos meus problemas de memória. Não consigo me concentrar. Os papos me atraem.

20h13. A galera começa a derrubar cervejas com frequência, sinal do teor etílico geral. É difícil me concentrar. A bateria está quase na metade. Deixei em modo avião para economizar. Dessa vez me isolei por vontade própria. Queria estar em casa, ver os acessos do meu blog, escrever no computador, ouvir minhas músicas. Vou comprar uma Coca na pizzaria em frente à minha casa. Acho que dentro em breve partirei. A turma com quem eu mais saio chegou quase agora. Muito tarde. Quero comprar outra carteira de cigarros. Eu não estou me sentindo confortável aqui. 20h24. Minha mãe ainda estará acordada. Isso não me agrada. Quero fazer uma coisa ainda hoje. Não sei se vou conseguir. A bateria está praticamente na metade. Como faço para pegar o Uber daqui? Não faço ideia. Terei que pedir ajuda. A outra alternativa é andar até a casa da minha tia e chamar de lá. A bateria chegou à metade vou parar.

23h21. Estou em casa. Minha mãe foi deixar um presente para o meu primo-irmão e eu peguei uma carona com ela de volta. Foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. No final da festa até que interagi legal com a galera, praticamente normal. Falei abertamente que estava antissocial e quando perguntavam o que fazia respondi que escrevia e visitava o mundo dos bonecos. Me envergonhava um pouco de confessar meus hábitos, mas não via por que mentir. Não é nada ilegal ou imoral. É apenas, para a maioria dos demais seres humanos, tedioso. Fiquei feliz também com mamãe estar mais disposta e se locomovendo melhor. Acho que a viagem para a Alemanha está a motivando a investir na sua recuperação. E psicologicamente isto a está dando mais energia, o que acho ótimo, me deixa menos preocupado. Embora ache que ela vai ter vários momentos de exaustão lá. De ficar prostrada na cama para se recuperar. Andar pelas imensas lojas da Marienplatz certamente vai esgotá-la. Mas vai ser menos penoso do que costumava crer. Ela disse que vai andar de novo no parque amanhã, o que é um bom sinal. Sobre o que eu ia fazer, não sei ainda se vou. Quem está muito cansado hoje sou eu. Festas me esgotam ultimamente. Acho que é muito dispendioso mentalmente. Como eu disse, interajo com certo esforço, se bem que hoje não muito, pois estava entre pessoas queridas. Acho que foi acordar cedo mesmo que me deixou com o sono que trago agora. E não me alimento praticamente há dois dias. Comi biscoitos e duas fatias de bolo nesse interregno, o que não alimenta bem ninguém. Acho que vou comer um macarrão que fizeram aí na sexta. Espero que ainda esteja bom. Estou com bastante sono. Já são 23h37. As horas voaram hoje. Fui averiguar o que tinha na cozinha para comer, mas meu padrasto estava lá sem camisa, certamente se preparando para dormir e matando a fome da noite, então recuei e voltei para cá. Espero que o meu novo post de bonecos não entre no meu Top 10 do blog. Gosto que as entrevistas fiquem lá. Mas foi um sucesso. Mais de 1.400 visualizações. Poucas críticas. O meu post do Profeta também foi bom, 41 hits. Estou bêbado de sono. Mas vou comer primeiro.

0h37. Parece que o sono passou mais, mas vou me deitar daqui a pouco. Estou encantado com a figura do Monstro do Pântano da Sideshow. Finalmente ela me conquistou. Preciso comunicar a mamãe o quanto antes das minhas duas compras e da ideia de mandar o busto do Hulk diretamente para o Brasil.

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13h17. É domingo. Acordei há pouco tempo, por mais que tenha ido dormir cedo. Precisava de um sono reparador. Meu amigo cineasta não deu sinal de vida. Meu amigo Marinheiro respondeu à resposta que dei a ele ontem, assim como meu amigo gordinho. Com este estamos planejamos uma ida mensal ao cinema. O que vai ser massa. Ele se mudou recentemente de volta para Recife e será uma boa forma de nos reaproximarmos. Ele me pareceu tão mudado da última vez que nos cruzamos numa loja de conveniência de um posto aqui da rua. O post dos bonecos ainda gera alguns hits, está com 1.523. Amanhã, passa-se exatamente um mês desde que fui banido do maior grupo de bonecos do Facebook. Falarei com o administrador para ver se posso ser reintroduzido ao grupo. Se acreditasse em sincronicidade como Jung, acharia que quase toda vez que o som do Spotify pula seria um evento dessa natureza, pois ocorre geralmente quando faço um movimento fora do comum, quando boto a cadeira para trás para me levantar, por exemplo. E outras coisas menores, quando paro de digitar e pego o Vaporfi para dar umas baforadas. Bom, esse post já está gigante, acho que vou ficando por aqui. Como vejo o meu comportamento na festa depois de uma boa noite de sono e um certo distanciamento do evento? Acho a mesma coisa, passei a maior parte da festa calado. Só quando o meu colega tão calado quanto eu sentou perto de mim, foi que me soltei e começamos ambos a conversar e envolvi um terceiro amigo, meu colega cinéfilo, pontualmente na discussão. Aí minha mãe chegou e me resgatou. Chamo de resgate, pois mesmo assim estava me sentido desconfortável naquela situação social. Falei com a minha irmã pelo celular hoje e não foi difícil. Mas já a alertei que não estou falando muito. Descobri com o meu colega calado que o vocalista do Soundgarden/Audioslave se suicidou e que o do Linkin Park também. A geladeira está com muito gelo e a casa com pouca Coca. Gostaria de sair para encontrar as meninas hoje com o meu amigo cineasta, mas não vou perguntar a ele, não quero forçar a barra, ele já teve uma série de afazeres nesses poucos dias aqui que não acho certo importuná-lo com mais um. Deixa para lá. Vou postar. Antes, vou descobri com o vocalista do Audioslave morreu. Parece que tanto ele quanto o vocalista do Linkin Park se enforcaram. Sinistro. Para se ver que nada, nem fama, nem dinheiro podem blindar as pessoas das fortes dores da alma.  

terça-feira, 14 de março de 2017

PEDESTAL




Eu coloco as mulheres, as que me interessam afetivamente, num pedestal. Como se estivesse abaixo delas e isso me é extremamente prejudicial no jogo da sedução, onde me dizem que o homem deve demonstrar segurança e controle da situação e não a insegurança de uma criança em busca da mamãe. Não sei se isso é em parte por culpa da mamãe e da relação que construímos um com um outro. Não sei quanto disso vem do meu lado ultra-romântico (não sei usar hífens com essa mudança das normas do Português) que me faz me apaixonar pelas garotas mais improváveis e inacessíveis. Essa tendência ao platonismo, a desejar mulheres que oferecem um obstáculo real para poder tê-las, como, por exemplo X, que é estagiária do lugar onde sou tratado, é algo que não sei de onde vem. Sempre gostei de desafios estimulantes, do mais difícil e do que quebra regras, do que transgride. Mas há algo há mais nisso. Björk canta “He believes in beauty Is Venus as a boy”. Talvez eu tenha um pouco desse Venus as a boy que ela canta. Talvez eu tenha um olhar muito feminino sobre as mulheres. Não sei. Estou vomitando possibilidades para este meu estado de solidão permanente em que me encontro. Ontem, quase elogiei o sapato de uma garota, objeto que realmente me chamou a atenção. Foi o salto alto mais bonito e delicado que já vi, tipo minha imagem arquetípica de um sapato de salto alto, muito delicado, preto, com tiras e salto muito finos, com cerca de 12 cm (se é que existe saltos de tal altura) e ficaram perfeitos em seus pés, que não eram grandes. Não sei por que mencionei isso, talvez para mostrar um pouco do meu lado Venus as a boy. Se é que isso é algo de uma alma feminina, ou apenas de alguém observador. Percebi também que havia muitos mauricinhos com corte semelhante ao meu, o que me desagradou um pouco, pois gosto da exclusividade. Mas, se bem que ter um corte mauricinho pode ser muito útil nessa de conquistar mulheres. Afinal, inconscientemente e, muitas vezes, conscientemente até demais, elas procuram um homem provedor e mauricinhos têm mais essa aura de provedor que alternativos cabeludos. Mas não queria namorar uma patricinha, porque se preocupam em geral muito com o material, mais do que com o emocional. Queria namorar A. Ou X. Ambas impossibilidades. Há outra estagiária do CAPS com a qual acho que me daria muito bem, mas que incide justamente no mesmo problema de X. E há ainda a questão que não sei se alguma das duas ou as duas são lésbicas ou não. Percebo que há muitos homossexuais trabalhando ou estagiando no CAPS. Posso estar enganado, mas algumas pessoas não se esforçam muito em esconder, na minha deseducada opinião. Meu radar para isso é péssimo, até porque são gente como a gente, não tem muito como perceber para mim, a não ser que dê muita pinta. Acho que alguns dão e que, por isso, extrapolo a estatística para os/as demais. Sei lá. Não quero parecer homofóbico nem nada. Só quero dizer que existe ainda esta variável para a impossibilidade de uma relação afetiva, além dos papéis incompatíveis que desempenhamos no CAPS. Este é um daqueles posts desconexos. Em que falo um monte de asneira sem sentido. Certamente o papel dominador, extremamente reativo da minha mãe, afeta o meu lidar com o sexo feminino. Por mais que muitas vezes, ele aparentemente não esteja presente, deve estar em segundo plano. Hoje foi o aniversário de uma tia amada, que mora com Maria de Buria e levantei tarde demais para ligar e felicitá-la. Preciso me lembrar de fazer isso amanhã. Lembrei-me agora de uma menina pela qual me apaixonei quando estava na terceira ou quarta séries, em São Paulo. Ela me abraçou num jogo que estávamos jogando, disse que o movimento fazia parte do jogo, mas não fazia de fato, acho que ela talvez tivesse um crush por mim também. E eu não soube aproveitar. Como aconteceu algumas outras poucas vezes na minha vida. Sempre fui muito ingênuo nas artes da sedução. Mal sabia ela que tal atitude ficaria marcada para sempre dentro de mim. Lembro como se fosse hoje, ela disse que iria me “prender como uma naja”. Hahahahaha. Bons tempos aqueles. Ótimos tempos. Antes de tudo dar errado na minha vida. Antes de eu virar essa coisa desgovernada que sou hoje. Embora bem menos desgovernada do que já fui. Eu tenho quase tudo o que quero em termos materiais, falta uma boneca e um jogo. E alguns CDs que foram lançados ou que serão. Não muita coisa realmente. Emocionalmente, entretanto há um abismo enorme. Um rombo na minha alma que insisto em preencher com o impossível. Ah, por que as coisas para mim têm que ser assim? De onde tirei essa mania dos amores improváveis? Só quero crer que foi de ouvir muito The Cure e Legião Urbana. Não vejo outra explicação. Todas as namoradas que tive, a exceção das ficadas, foram figuras extremamente difíceis de conquistar pelos mais diversos fatores. Sempre havia um complicador. Ou a concorrência era grande, ou a família era problemática e preconceituosa ao extremo ou estavam num meio de um relacionamento. Enfim, nada simples, acho que meu coração, meu ser, gosta de desafios acima da média na conquista de mulheres. Como se fosse algo para dar uma adrenalina a mais à paixão. Ou sei lá por quê. Só sei que foi e é assim. Estou sem saco de escrever. Acho que vou jogar mais uma fase do Yoshi. Ou fumar um cigarro de verdade.

0h00. Fumei um cigarro. Perdi a vontade logo nas primeiras baforadas, mas resolvi seguir adiante e fumar todo. Pelo adiantado da hora acho que vou jogar uma fase do Yoshi e ir me deitar. Dormir é outra história. Pois dormi ou fiquei prostrado na cama quase o dia inteiro.

0h26. Passei por mais uma fase do Yoshi, mas achar todos os itens da fase se torna tarefa cada vez mais difícil, como é a progressão normal de um jogo de videogame. Preferia que todos os estágios tivessem o mesmo nível de dificuldade, quero relaxar, curtir e explorar. Ainda bem que Yoshi foi feito pensando no público mais infantil, então o jogo não é muito difícil, os objetos se movem mais lentamente, o que até me motiva, mas não muito, a revisitar as fases tentando pegar tudo. Detesto fases com contagens regressivas e tem umas fases especiais dentro do estágio do Yoshi que usam desse expediente. É aí que me complico e onde devo ter perdido a maioria dos itens escondidos. O tempo é muito exíguo e mal dá para chegar ao final da fase. Odeio. Já estou prevendo que essa semana será tediosa. Não me apeguei como gostaria a “Sherlock”, tampouco ao Yoshi, mas não vou mudar de jogo até zerar, mesmo que não seja a zerada completa com todos os itens pegos. Eu dou o meu melhor em cada fase, mesmo que não pegue tudo, eu acho o suficiente. Não vou ficar entrando e reentrando em fases até pegar tudo. O jogo não me cativa a esse ponto. Como disse, essa semana vai ser um tédio. E o pior é que estou perdendo o gosto por escrever. Isso é o mais preocupante de tudo. Se bem que não sou obrigado a escrever quando não quero. Posso muito bem dar uma pausa no blog. E eu que comecei a falar de amores e desamores, findei falando dos meus passatempos virtuais como sempre. Deve ser muito chato ler minhas impressões sobre os games. 0h44. Hora de ir para a caminha, mas antes mais um copo de Coca e umas baforadas. Amanhã vai ser duro acordar. Dois dias dormindo de quatro da manhã e acordando de três da tarde certamente deram uma revirada no meu relógio biológico. O cabinho que eu usava para conectar os HDs externos ao meu computador sumiu. Espero que a faxineira que vem na quinta saiba onde raios está esse apetrecho que uso bastante. Tive de tirar o da TV para usar hoje e não gosto disso. Não gosto de forçar os conectores da TV pondo e tirando cabos. Droga, já tomei o copo de Coca todo no automático, estou comendo o resto do gelo e não dei baforada sequer no Vaporfi. Que vacilo. Mamãe voltou a falar da reforma do meu quarto quando da chegada do boneco do Wolverine. Mas acho que não vá se dar esse ano. Espero que não se dê esse ano. Não sei como gostaria que o meu quarto ficasse. Não sei se vale trocar os livros por espaço para bonecos. Parece algo alienante demais. Trocar conhecimento por uma apreciação estética, uma “arte” que só eu aprecio. Por outro lado, queria ver minhas estátuas e bonecos expostos e poder apreciá-los todos os dias. Vou fechar esse computador ou não vou parar de escrever. Já são 1h02. Tenho sete horas de sono. Eu sei que se houvesse um banco de sono, com estas dormidas do final de semana eu teria um crédito extra, mas, infelizmente não é assim que a coisa procede. Troquei o atomizer do meu Vaporfi. Está fazendo fumaça legal e isso é bom. O que é ruim é que mais uma caixa de atomizers se foi. E não há mais atomizers do meu modelo para vender na Vaporfi. Ou seja, acabando-se os que tenho aqui, acaba-se a utilidade do meu cigarro eletrônico, o que é uma baita sacanagem do fabricante. Gostaria que com o estoque que eu tenho, eu conseguisse usar esse modelo até o final de 2018, mas acho impossível. Não sei se comprarei outro, de outro modelo e da Vaporfi ou não. Pelo menos eles são duráveis. Tenho o meu há quase dois anos, se dois anos já não faz, e até agora só tive que trocar uma bateria, que estava com vida útil muito baixa, e um tanque que ficava vazando o líquido pelos buracos de entrada de ar. Este último talvez porque apertasse demais a rosca do tanque quando o fechava, o que acabou danificando a vedação. As baterias que uso hoje têm cerca de um ano e estão funcionando perfeitamente. Isso é muita falta de assunto. É que agora não quero me desvencilhar do texto e ir deitar. Mas daqui a pouco vem minha mãe aqui para me passar dar um piti porque ainda estou acordado. Vou fechar logo o computador e ficar só baforando para minimizar o drama que ela vai fazer. Amanhã, se quiser, continuo. 1h15.

14h11. Minha mãe não gostou muito do postal que fiz hoje. Melhor dizendo, do postal ela gostou, não gostou do conteúdo agregado ao postal. Uma mini-árvore genealógica com descrições através de cores das relações com os parentes em três categorias: boas, neutras e complicadas. Além de um texto sobre o cartão. Como coloquei a relação com ela como sendo metade boa, metade complicada ela ficou magoada e o que escrevi no cartão também a incomodou. Mas acho que a árvore genealógica, que fazia menção a ela, a chateou mais. Perguntou se havia sido por causa do esporro de ontem e respondi que isso nem havia me passado pela cabeça quando elaborei o trabalho, o que a deixou ainda mais desgostosa. Ela verbalizou isso para mim, que havia ficado magoada (ou qualquer palavra similar) com o que fiz, perguntou se isso queria dizer que eu levava uma vida ruim aqui em casa no que retorqui que não, que apenas queria dizer que quão mais próxima é a relação, mais passível de haver complicações ela é. Mas sei que já-já ela esquece isso. E eu vou perguntar no CAPS se é válido ou saudável repartir as produções com a mãe, principalmente com a minha que leva tudo para o pior caminho possível.

14h35. Foi só eu elogiar o Vaporfi para dar um pau nas duas baterias. Uma descarregou e não queria desligar de jeito nenhum e a outra que deixei carregando desde de noite até agora está dando sinal de como se não houvesse carga e não faz fumaça. É como se algum curto tivesse dado em alguma parte do equipamento, que eu não sei qual, e agora as baterias ficam dando esse problema. A ziguezeira foi no atomizer que troque ontem! Que ozzy. Não sei o que é, mas botei o atomizer antigo – guardo os atomizers que funcionam bem, não sei por quê, mas veio bem a calhar agora – e a bateria voltou a funcionar.

14h48. Recoloquei o novo e o problema se deu novamente. Joguei fora e tive que abrir um novo pack de atomizers e pegar um novo, o que parece ter solucionado o problema. Não entendo, de manhã estava funcionando perfeitamente. Este, por sua vez, já está com leve gosto de queimado. Vai entender. Pelo menos está fazendo bastante fumaça. Estou me preparando para tirar um cochilo. Afinal amanhã tenho o dia livre. Sem CAPS, sem nada. Pode ser um dia bom ou um dia tedioso. Vamos torcer pelo primeiro. Não sei se seguirei vendo “Sherlock”. É muito longo e não me cativou tanto. Poderia ver os documentários de Amy Winehouse e Kurt Cobain. Estou mais interessado nesse segundo, pois acompanhei na época em que ocorreu sua ascensão meteórica, loucuras e suicídio. Gostaria de ver todos os detalhes do quebra-cabeças. Pegar só mais um copo de Coca antes do cochilo. Mas eu comecei falando de amor. Paixão. Platônica. De pôr a mulher num pedestal. Tem vezes em que faço isso realmente, mas noutras, não. Mas só as trato como iguais quando não me interessam. Basta que haja uma fagulha de interesse para que elas ascendam a um patamar que não sinto alcançar. Minto. As vezes algumas me despertam o interesse e não desgrudam do chão. Só quando minha imaginação começa a fantasiar sobre elas é que o pedestal surge. Havendo interação constante, isso não ocorre. Me vem logo à cabeça A quando penso em pedestal e X quando penso em garotas que me interessam mas permanecem no mesmo patamar de gente, não de anjo encantado. Isso porque vejo X cotidianamente e conversamos abertamente. Quase que tudo. Exceto da minha queda por ela. Mas vou acabar abrindo o jogo. Eu acho. Algum dia.

16h10. Estava conversando com meu amigo que faz aniversário hoje e descobri que ele se separou há cerca de um ano! Fiquei chocado. Principalmente com o tempo que a gente não se falava. Se bem que acho que nos falamos esse ano. Ele que esqueceu de mencionar o fato ou teve pudores de fazê-lo.

16h59. Falei com minha tia de Natal que fez aniversário ontem e com Maria de Buria. Foi bom, fazia tempo que não falava com as duas. Esqueci de falar das cinzas de papai. Pode ser que minha prima, filha dessa minha tia, ainda esteja trabalhando e morando em Recife e pode ser que vá para Natal nalgum fim de semana desses e meu primo – irmão dela – venha buscá-la. Eu poderia pegar uma carona com eles. Isso se minha mãe deixasse. Acho que tal permissão só virá depois que ela começar a terapia e discutir o assunto com o(a) psicólogo(a). Até lá, nem adianta planejar, acredito.

17h07. Acho que vou tirar um cochilo... depois do próximo copo de Coca.

17h13. Minha tia, irmã da minha mãe, ligou para ela. Espero que não seja nada de errado com vovó. Mas creio que não. Vovó é uma guerreira, a pulsão de vida em pessoa. Como essa tia minha de Natal que tem uma doença degenerativa incurável e, mesmo cheia de sequelas, leva a vida de forma leve e alegre. Um exemplo. Eu no lugar dela, já teria entregado os pontos há muito tempo. Ainda bem que o novo atomizer resolveu o problema. Não sei até agora o que se deu com o outro, que estava funcionando perfeitamente e, de uma hora para outra, deu zebra. Espero que este suporte uma semana de uso ao menos.

17h21. Na verdade, não quero tirar cochilo, é que não tenho mais nada que queira fazer agora.  Nem ver os documentários, nem jogar o Yoshi. Por isso a ideia do cochilo. O líquido do Vaporfi está acabando muito rápido. E não está havendo vazamento, pelo menos não pelos buracos de ventilação.

17h36. Como queria ter um game que prendesse minha atenção como o FarCry3. Que tédio danado. A essa hora, um cochilo seria improdutivo. Acho que vou encarar outra fase do Yoshi e rezar para que não tenha desafio com tempo.

17h45. Fui jogar o Yoshi agora e quando ele morreu o Wii U travou de um jeito que tive de tirá-lo da tomada para poder desligar e sair da tela. Espero que seja um defeito do jogo não do Wii U. Não sei se o quarto está muito quente – 26 graus – e o console superaqueceu, mas acho difícil ele acabara de ser ligado, não ia dar tempo para isso. Espero que o console não esteja com defeito. Isso seria muito ozzy. Tô até com medo de ligar de novo. Sistemas da Nintendo não costumam dar pau assim. São os mais duradouros e resistentes de todos. Ou costumavam ser. Sinistro. Por causa do ocorrido, vou tentar tirar um cochilo mesmo agora. Depois volto a tentar o Yoshi com o ar ligado para ver se não trava.

19h05. Passei da fase do Yoshi e não travou. Nem liguei o ar. Mas é um jogo que começa a me dar nos nervos. Quase não encontrei nenhum dos itens. E agora há as infames tartarugas com seus cascos girando prontos para me acertar. Raios. Morri três vezes nessa fase das tartarugas e resolvi voltar para cá, onde também não estou me sentindo bem. E pensar que tenho o Donkey Kong para zerar que é um platformer hiperdifícil... ai, ai... como disse ao meu velho amigo, acho que estou ficando velho também para games. Quero combinar comigo mesmo que quando terminar o Yoshi eu vou tentar o “Assassin’s Creed IV Black Flag”, mas não sinto ânimo verdadeiro para isso. Massa seria uma namorada gamer, que revezasse comigo quando eu enchesse o saco. Por que, meu deus, com tanto jogo bom para jogar eu vou enjoar de games logo agora? Não podia ser antes? Ou, melhor ainda, depois? Espero que seja uma fase passageira. Eu estou realmente ficando velho. Velho e chato. Ranzinza. Nunca pensei... meu limiar de tolerância está cada vez menor. Não sei se é efeito colateral de longo prazo dos remédios, pois há uma moça lá do CAPS que é bem intolerante e impaciente, pode ser que use medicação controlada há mais tempo do que eu e que nela o efeito colateral já esteja num estágio bem mais avançado. Mas nem sei se ela toma medicação, tampouco há quanto tempo e não tenho coragem de perguntar, pois não tenho essa intimidade com ela. Talvez os ansiolíticos, quando se ganha tolerância a eles, me tornem mais impaciente, como uma abstinência ou como se o organismo pedisse mais daquilo para ficar equilibrado, sei lá. Só sei que antes entrava com unhas e dentes nos jogos e só relaxava quando pegava todos os seus segredos. Hoje, jogo uma fase, encho o saco. Morro três vezes, encho o saco. Colocar “Post” de Björk, que é melhor. Pode ser que o jogo seja medíocre também. No FarCry3, eu fiz tudinho. Não sei. Realmente é um mistério para mim. Um jogo fácil, para crianças, e eu morrendo três vezes numa fase e desistindo? É tão não-eu isso. Se eu tivesse certeza de que o Assassin’s Creed não começa comigo já no navio tendo os sete mares para singrar, mas em uma ilha me ensinando como controlar o meu boneco, acho que começaria a jogá-lo. Não queria já começar o jogo com o mundo inteiro em minhas mãos. Queria jogar um pouco da clássica mecânica de Assassin's Creed, que nem sei como é, mas sei que é escalando prédios e assassinando gente na surdina ou algo do gênero. O contraditório é que comprei esse Assassin’s Creed específico porque tinha essa mecânica de pegar um navio e sair navegando por aí descobrindo lugares inusitados. Vai entender porque agora eu quero jogar a parte clássica. Acho que é menos acachapante que ter o oceano inteiro logo de cara, é muita coisa para começar um jogo. Acho que não devem começar dando tamanha liberdade ao jogador. Bom só vou saber quando abrir o jogo e botar no PS3 para jogar. E não estou com a mínima coragem de fazer isso. O jogo que está dentro do PS3 é “God of War II”. Depois de ter jogado dois jogos e meio de GoW, não aguento mais. Embora algum dia planeje jogar o III, que dizem ser o melhor da série e é o outro feito para o PS3, então deve ter gráficos fenomenais. O “Ascension” tinha. Só pelos gráficos valeu a pena jogar. O mesmo deve ocorrer com o III, mas queria, a priori, zerar o II primeiro que é um porte HD do jogo de PS2. Agora, a posteriori, penso em pular essa etapa, embora digam que o II também é excelente e percorri apenas ¼ dele, no máximo. Acho que nem isso. Lembro que um cara lá da Clínica de Drogados zerou o jogo internado lá. Permitiam que levássemos videogames, filmes e computadores para lá. Permitiam inclusive que nos conectássemos à internet. Preciso começar a botar imagens nos posts daqui. O de hoje já tem uma imagem que foi o postal que fiz hoje e que gerou toda a querela com a minha mãe. Nossa, quanta inutilidade estou escrevendo hoje. Discorrendo sobre games endlessly, para variar. Preciso escanear o bendito postal. Mas não vou fazê-lo agora, pois nem isso estou com disposição para fazer. Só tenho disposição – e muito pouca – para apertar essas teclas e produzir esse torvelinho de palavras entediantes como o tédio que sinto agora. Como queria que a sexta temporada de “The Walking Dead” tivesse sido lançada. Talvez comece a assistir “Mad Men” que tem todas as temporadas – até a última – já lançadas no Netflix. Se é que ainda está disponível. É dos roteiristas de “The West Wing”, então tem tudo para ser boa.  Ah, mas hoje iria assistir o documentário sobre Kurt Cobain. Quero bem mais. Espero ter passado para o HD externo. Tenho vaga lembrança de que fi-lo. Vou ouvir “Post” mais uma vez e acho que depois passo para o filme. Talvez com uma nova tentativa de “Yoshi’s Woolly World”. 20h33. Vou escanear logo o postal.

20h39. Pronto. Imagem devidamente digitalizada, redimensionada e com cores calibradas. Já posso postar isso – por falar nisso, colocar “Post” outra vez –, mas não postarei agora, ainda não estou no pique de assistir o filme ou seriado ou jogar videogame ou whatever. Queria era ter o disco novo de Sandy para ouvir para não chegar lá sem conhecer música sequer do repertório. A não ser “Me Espera” que certamente ela vai cantar. Ainda penso na fortuna que paguei por isso. Espero poder vê-la relativamente de perto. Ao menos da mesma distância que vi Zizi quando fui ao seu último show. Pelo menos é uma cadeira relativamente de frente para o meio do palco. Uma solitária cadeira que restava e que me saltou aos olhos. Podia ter pego algumas fileiras mais à frente mas bem para os lados do teatro. Preferi esta. Como disse, me saltou aos olhos. Como gostaria de poder falar com a artista depois do show, como fiz com Zizi. Mas acho que isso é privilégio dos integrantes do seu fã-clube. É uma pena, mas, depois do show, vou tentar. Não tem ninguém comigo, então posso esperar o tempo que for necessário. Foi assim com Zizi, mas Zizi não tem a paranoia de Sandy nem fãs tão fanáticos quanto esta. Então desde já acho impossível, mas uma selfie com Sandy seria algo sem preço para mim. Foto de capa do meu Facebook por anos. E um autógrafo atrás do ingresso. Tenho quase certeza que as pessoas mais de trás sentarão nas escadas à beira do palco. Eu teria vontade, se ficasse muito atrás. Certamente cantarão as músicas em coro. Exatamente como fiz no último show dela. Nesse, serei um espectador silencioso e acredito que permanecerei sentado no meu lugar. Como disse, velho e ranzinza. Não me incomodarei, entretanto, em como os outros irão se comportar. Cada um na sua vibe. E já ir esperando por tais movimentações de lugar e vocais é o mais realista a se fazer. Talvez quando ela fizer 50 anos e o seu séquito tiver 40 como eu, todos permaneçam em seus lugares. Estou curioso para ouvir as músicas novas, disseram que são boas. Melhores que a do disco de estreia. E mais alegres. Interessante. Por mais que não ache “Me Espera” um poço de felicidade e da própria Sandy dizer que tem uma afinidade com a melancolia. Gostaria de escrever sem olhar para o teclado. Não estou muito distante disso. Consegui até escrever algumas palavras sem olhar para ele. Com mais alguns anos de prática talvez consiga. Poderia digitar o meu enfadonho diário. 21h07. Está começando a ficar tarde para assistir o filme. Para os parâmetros da minha mãe, digo.

21h13. Yoshi time!

22h03. Kurt Cobain time, I hope!

0h30. Acabei de ver o documentário sobre Kurt Cobain. Não é o filme mais alegre do mundo. Ele era uma pessoa infeliz desde os primórdios. Me identifiquei um bocado com ele, embora minha vida não tenha sido nem um centésimo tão conturbada quanto a dele, tanto familiarmente quanto em termos de personalidade e abuso de drogas. Nunca fui expulso de casas de familiares por não me aguentarem. Inclusive mãe e pai. Com certeza vou comprar “In Utero” e os discos novos de Sandy assim que tiver oportunidade, queria muito ir na Cultura essa semana fazer isso. Amanhã, se possível. Eita, amanhã a Gatinha vem aqui para desabafar e desestressar, só se eu fosse à tarde. Ou fosse com ela. Mas aí iria ser um compromisso para ela, não um momento de relaxamento. Queria ir o mais cedo possível para ver se me acostumo com as músicas de Sandy antes do show, mas acho que isso será impossível. Principalmente minha mãe estando vulnerável emocionalmente (mais até que fisicamente) como está. Ela está se dando conta dos seus esquecimentos e está ficando sinceramente preocupada. Isso é o primeiro passo para procurar ajuda. Chorou porque esqueceu de tomar o antibiótico, algo que tem que ser tomado nas horas exatas, segundo o meu padrasto. Não sei até onde isso é verdade, só sei que ela ficou muito abalada. E chorando disse que estava ficando maluca. Espero sinceramente que quando ela melhorar da quimioterapia, ela vá procurar uma psicóloga ou psicólogo e este a encaminhe a quem entende desse tipo de esquecimento. Mas desejo também que ela faça terapia para ficar menos paranoide em relação a mim e à vida em geral. Sei lá, acho que terapia a ajudaria muito, como já me ajudou. Quem não se ajuda sou eu. Há um certo limite até onde o terapeuta pode me guiar, o resto do caminho eu preciso trilhar sozinho. O terapeuta não opera a mudança em mim, eu opero a mudança em mim, ele pode até sinalizar caminhos. Cabe a mim segui-los e/ou aceitá-los. O meu grande problema é não me aceitar, como Cobain não se aceitava. Era uma alma quebrada e quebradiça, frágil. Eu sou um pouco mais resistente, mas carrego em mim uma rejeição a mim mesmo. Não a toda hora e a todo instante, mas em muitos momentos. Eu me rejeito, pois me acho dejeto. Não-válido, não-valioso, não merecedor de tudo o que tenho. A verdade é que eu não gosto de mim. Mas já falei sobre isso diversas vezes aqui, não vou ficar me repetindo. E cada vez mais as pessoas também gostam menos de mim porque cada vez mais me distancio delas. Tenho que exercer uma força contrária a esse movimento e me reaproximar das pessoas. Acho que esse final de semana, minha mãe só vai me deixar ir ao show de Sandy, o resto do tempo vai requerer minha presença em casa. Já estou vendo. É quando estará mais fragilizada da quimioterapia, eu acho, e não vai querer se estressar com o filho adicto solto no mundo. Só falta ter show do meu amigo no sábado no Antigo tocando Legião e a galera ir. Era a oportunidade de comprar os CDs na Cultura. Isso se gostar das músicas de Sandy. O “In Utero” compro de qualquer jeito. Sempre tive vontade, mas mais agora que vi esse documentário. Não tenho o “Nevermind”, mas o “In Utero” me parece uma obra mais densa, mais experimental e mais pessoal. Quase como “Blackstar” de Bowie. Pelo menos essa é a impressão que me deixaram as pouquíssimas audições que fiz do CD na casa do meu primo-ex-vizinho. Nos distanciamos tanto um do outro nesses últimos anos. É uma pena e é a vida. Que segue. Espero que ele volte a tocar em algum lugar, é uma forma de rever ele e a nossa galera. 1h32. Espero que minha mãe não acorde hoje para me mandar dormir, estou tendo prazer em escrever, não gostaria de ser interrompido. O filme de Kurt Cobain causou forte impressão em mim. Me deixou pensativo e um tanto deprê. Um cara com uma infância e juventude superfodidas do ponto de vista familiar e afetivo. Mas pelo menos aumentou minha convicção sobre uma decisão minha. E me fez abandonar outra convicção que eu tinha. Ou quase. Estou quase dando uma chance para GoW II, mas não, não é o que realmente quero fazer. Muito menos Yoshi. Colocar “Blackstar” para rolar em homenagem a Kurt Cobain.

1h43. Coloquei. Vou ligar o ar que o calor tá pegando aqui no quarto. 29 graus, segundo o termostato do controle do ar. Tenho que me lembrar de avisar a mamãe da vinda da Gatinha quando acordar. Também só revisarei isso quando acordar, eu acho. Ou reviso logo e posto.


2h18. Revisei. Vou postar. E que as mulheres da minha vida desçam dos seus pedestais. Ou que eu remova tais pedestais debaixo delas.

domingo, 12 de março de 2017

BLOGANDO DO BODEGA ESTELITA

Saímos da Budega do Eduardo e viemos para a Bodega Estelita do Futuro, que de bodega não tem nada. Há inclusive uma área de dança lotada e com música altíssima, um inferno para quem prefere uma mesa de bar e se aposentou de boates há mais de 15 anos. E o dancing daqui, como está, parece uma ladeira de Olinda no ápice do Carnaval, só que em vez de frevo, ouve-se música eletrônica. E em vez de fantasias, todos estão vestidos como playboys ou patricinhas. Enfim, não é o ambiente para mim, não durei nem um minuto lá e vim para o local das mesas, que tem música quase da mesma altura e pessoas se esgoelando para se comunicar. Graças aos céus, trouxe o meu iPod. São 0:17 e ouço "Vilarejo" de Marisa Monte. Estamos aqui meu primo-irmão, uma amiga dele, uma amiga dela e eu. Quando ouvi que iríamos para uma "bodega" jamais imaginaria o inferninho onde o resto dos meus acompanhantes estão. De qualquer forma, se essa era a ideia deles, se é assim que querem usar este momento de suas vidas, que seja. Entendo que seja uma forma de diversão aceitável. Já o foi para mim um dia, há muito ido, mas já foi. As meninas me pareceram simpáticas, uma inclusive está prestes a se formar em Publicidade na Federal. Uma supergata, que sabe disso pelas roupas provocantes que usa, devidamente acompanhada de seu macho, desfila a sua exuberância na minha frente. Realmente uma garota estonteante. Fazia tempo que não via uma de tal quilate. Tanto o rosto quanto o corpo maravilhosos. Parabéns para o carinha que a acompanha, que deve ser um cara extremamente legal e sedutor ou extremamente rico. Aposto mais na segunda alternativa, mas talvez seja despeito meu.

0:47. O restante da trupe chegou à mesa. Meu primo tenta se chegar na menina de todas as formas, nem sempre as mais sutis. Não consigo aferir se a menina está afim. A mim me parece em cima do muro, aceita algumas investidas e recua outras. Um novo integrante se juntou ao grupo, acho que amigo das meninas. Tem uma camisa legal de "V de Vingança". Vou perguntar se ele leu a HQ. Ele disse que leu e que tem a HQ. Já gostei dele por causa disso. Hahahaha.

1:32. O bróder leu e entende de HQs. A minha musa da noite passou por aqui novamente. É estonteante. Confesso que o namorado é bem apessoado. Espero vê-la mais vezes. Um deleite visual desses é uma raridade. É realmente um belíssimo espécime da raça humana, poderia muito bem ser modelo ou atriz. Meus amigos, assim como a beldade voltaram para o inferninho. Cá estou eu sozinho novamente. Uma TV passa UFC bem à minha frente e às vezes capta minha atenção. Acredito que agora seja o momento decisivo para meu primo agarrar a moça, o bróder das HQs parece já ter um rolo anterior com a outra garota, mas não tenho certeza de nada disso, visto que não entendo dos jogos de sedução e das fugazes relações de hoje. A Coca aqui é R$ 5,50 a latinha, ou seja, absurdamente cara. Posso tomar oito se houver os 10%. Acho que outra beldade passou para o banheiro. Só a vi de costas e o que vi foi bastante promissor. Vou ficar atento.

Ela passou de volta e é bonita, mas não é deslumbrante como a musa da night. Deve ser até chato namorar uma mulher que deve ser tão cortejada onde quer que esteja.

Meu primo veio aqui tomar um ar e fumar um cigarro. Disse que está passando technobrega, o que quer que isso signifique. Não estou nem um pouco disposto a entrar lá para descobrir. Se bem que valeria ir lá apenas para ver a beldade. Aliás, isso seria outro desperdício de tempo. Idiota. Além de ser comprometida, é muita areia para o seu caminhãozinho. Sim, mas gosto de apreciar o que é belo, ainda mais o que é belíssimo e além disso, na forma de uma mulher. Acho que vou fumar um cigarro e depois dar uma olhada lá dentro. Não estou fazendo nada mesmo. Espero não perder a mesa. 2:12. Vou lá.

Entrei, ouvi o technobrega e não vi a minha musa. Acho que ela já partiu, que pena. Mas é um local repleto de beldades, nenhuma para o meu bico, acredito. Deveria acreditar diferente. Toca The Cure e não é no meu iPod. "Just Like Heaven". Massa. Eu gostaria de saber qual o estrago que as letras ultra-românticas do Cure fizeram no homem que sou hoje. Acho que acabaram sendo prejudiciais, não sei bem por quê. Meu primo pegou a sua garota e partiu. Ficamos eu e o casal restante, o que significa que é hora de ir. Aliás, todos estão tendo a mesma ideia, pois a fila para pagar está enorme. Vai ver que o DJ Val - o do technobrega - acabou de tocar. Assim que a fila diminuir, serei eu a zarpar.

3:00. Já deveria estar em casa há muito. Meu primo não foi com a menina. Voltaremos juntos, então. Uma garota bêbada grita estridentemente. É irritante. Voz chata. Incrível, escrevi quase o post todo do celular. Terei pouca coisa a acrescentar em casa, se algo. Não estou com sono. Encararia um Yoshi ainda. Ou encararei, sei lá.

16h56. Cheguei em casa e minha mãe me esperava acordada na sala. Havia ligado para meu primo minutos antes quando este estava parando em casa para descer do nosso Uber e fez o seu interrogatório de praxe a ele. Quando cheguei, quis olhar os meus olhos, provavelmente para ver se estavam vermelhos por um possível uso de maconha. Fez seu drama e me fez prometer que iria dormir imediatamente, por isso não finalizei este post logo que cheguei em aqui. Nem joguei o Yoshi.

All in all a noite foi boa, a Budega Estelita é um lugar elitizado e dá muita mulher bonita. Embora não saiba se a idade delas é compatível com a minha. Do ponto de vista delas, digo, pois do meu, elas eram bastante aprazíveis e de idade totalmente aceitável. A Budega do Eduardo estava um tanto quanto desanimada. Acho que vou tentar tirar um cochilo de novo. Depois volto aqui.

19h46. Não dormi, apenas me deixei estar na cama, relaxando, relaxando... vou encarar um Yoshi agora. Talvez um episódio de “Sherlock”. Estou digitando muito mal. Errando letras a torto e a direito. Será porque me condicionei ao celular de tanto digitar ontem? Creio que não. Acho que é porque estou meio leso e preguiçoso hoje. E não, não tomei ou fumei ou inalei nada que me causasse tais efeitos. Só bebi Coca Zero.


21h57. Acabei de ver um episódio de “Sherlock”. Após passar de uma fase do Yoshi. Só consegui pegar todos os itens em uma fase das sete que já passei. Acho que vou publicar isso. Se quiser escrever mais, crio outro arquivo.

sábado, 11 de março de 2017

NÃO SEI O QUE ESCREVER

Não sei o que escrever. Como se isso fosse uma grande novidade aqui. Encarei mais uma fase do Yoshi e, aos poucos, vou me afeiçoando ao jogo. Ainda não ao ponto de jogar duas fases seguidas, ou mais, mas quem sabe eu não chego lá? Numa radical decisão, resolvi cortar meu cabelo. Não só aparar, mas cortar, ou seja, não tenho mais cabelos longos. Deixei a critério da cabeleireira que corte fazer e ela acabou podando meu cabelo de uma forma que nunca usei antes. A minha mãe e a faxineira acharam “lindo” e que eu fiquei com uma aparência bem mais jovem. Espero que as demais mulheres achem o mesmo! Hahahahaha. Fui duas vezes ao shopping comprar o ingresso para o show de Sandy e não consegui. Os astros parecem que não querem que eu vá a esse show. Da primeira vez, disseram que a máquina de cartões estava quebrada... há mais de 20 dias! Difícil de engolir essa desculpa, mas voltei em casa e peguei a quantia relativa ao show em dinheiro. Quando retornei haviam novos vendedores e a desculpa dessa vez era a de que o sistema havia caído e que isso só seria resolvido amanhã às 10h. Vou dar mais uma chance amanhã quando sair do CAPS. Se não conseguir, desisto. A atendente da minha primeira ida disse que os ingressos para os lugares mais perto do palco já haviam sido vendidos. Mas espero ainda comprar um ingresso “Plateia A” mais ou menos no meio do teatro. Senão vou de “Plateia B” mesmo. Só não quero no poleiro lá em cima do teatro, acho muito longe. Quero ver minha querida Sandy o mais próximo possível, como nunca tive oportunidade de ver. Senão, nem vou. Bom, amanhã saberei. Ou não. Vai que tudo dê errado de novo.

22h29. Nossa querida faxineira também abriu a caixa do Wolverine e ele é muito mais invocado ao vivo do que nas fotos. É pesado e grande e a pintura é perfeita. Orgulho do custom nacional. A caixa também é bem transada. Minha mãe gostou, o que eu achei que não aconteceria. Achei que ela iria reclamar de eu ter comprado mais um boneco. Expliquei-lhe de pronto que este boneco já estava comprado há muito tempo, o que é um fato, acho que o encomendei no meio do ano passado. A produção, por ser um custom (um boneco produzido de forma independente, praticamente artesanal, com edição bastante limitada, sem ter nenhum grande fabricante patrocinando e que não paga os royalties pelo uso da imagem do personagem, o que obriga os produtores a fazerem a venda na surdina, geralmente através das redes sociais) leva mais tempo. Se bem que esse saiu dentro do tempo de uma produção de um fabricante oficial, que lança seus produtos de seis meses a um ano depois de aberta a pré-venda. Raramente menos que isso. Não sei se foi porque já peguei o bonde andando, o boneco já estava num estágio avançado de desenvolvimento, tenha levado relativamente pouco tempo para recebê-lo. Eu havia me arrependido desta compra, mas ao olhar a figura finalizada em mãos, mudei completamente de ideia. Os customs, por seus custos de produção por unidade serem altos, têm preço bem mais salgado que um produto de um grande fabricante. Com o Wolverine não foi diferente. Mas acho que valeu o investimento. Desde que descobri o mercado de customs, eu fiquei com vontade de ter um na coleção. O que mais me chamou a atenção foi esse Wolverine e calhou de ser integralmente produzido no Brasil, unindo o útil ao agradável; eu receberia meu boneco aqui, não na casa do meu irmão, por um frete razoável e ainda teria uma obra de arte (considero essas estátuas pequenas obras de arte modernas, ainda mais quando modeladas à mão e não em programas 3D, nova tendência do mercado, pois agiliza a produção e permite pôr uma infinidade de detalhes que um escultor não seria capaz de modelar a mão livre). Confesso que olhei o boneco muito rápido e nem cheguei a montá-lo para ver como ficava, só fiz conferir se não veio nada danificado e lacrei a caixa novamente. Nem examinei a base, pois estava na camada inferior da caixa e não quis tirar o corpo, os braços e as cabeças (com e sem máscara) da caixa, com medo de fazer alguma besteira. 23h20. Havia começado a assistir o primeiro episódio de “Sherlock” e me pareceu interessante, só que minha mãe veio me dar o remédio e combinar o dia de amanhã e aí me desmotivei e desliguei a TV. Mas assistirei. O primeiro caso é bastante interessante: suicídios em série de pessoas completamente desconexas a priori. Não sei se são desconexas mesmo porque assisti menos de dez minutos. Sherlock nem apareceu em cena ainda. Talvez ainda assista hoje, não sei. O primeiro episódio tem quase a duração de um filme, cerca de uma hora e meia e já é tarde. Tenho CAPS amanhã cedo. Quem sabe uma dose de X. E a descoberta se ela leu ou não este blog e qual a opinião a respeito de mim ela carrega agora caso o tenha feito. Acho que não leu. É muito texto e é uma coisa irrelevante para o todo que é a vida dela, ela nem deve lembrar. Certamente não decorou o nome do blog. Tanto melhor. Eu acho. Aliás, eu acho que acho. Eu acho que vou ver mais um pouco de “Sherlock”.  Ou dormir. São 23h40. Se fosse assistir acabaria mais de uma da manhã. Talvez jogue uma fase de Yoshi. Mamãe quando veio me trazer os remédios disse que leu toda a biblioteca de vovô e depois a coleção que uma mãe de uma amiga tinha de livros que tinham ganhado o prêmio Nobel. Ah, esse seria um sonho meu. Mas tenho muito pouca literatura para chegar aos “píncaros da fama” como dizia a triste canção. Como a arteterapeuta disse sobre desenho, que é preciso primeiro aprender a desenhar certo para depois poder inventar ou desconstruir as formas. No meu caso, seria necessária muita leitura para que um dia encontrasse uma voz relevante e inovadora para os meus escritos. Não estou disposto a isso, logo, nada de prêmio Nobel para mim. Relembrando que estou achando o meu diário – que nunca mais digitei – bastante enfadonho. Yoshi, Sherlock ou cama. Veremos para onde minha alma aponta dentro de instantes. Não estou com o mínimo de sono. Dormi até umas duas da tarde hoje. E fui dormir cedo. Relativamente cedo. Cedo para os meus parâmetros.

1h51. Acabei de ver o primeiro episódio de “Sherlock” depois de ter jogado uma fase do Yoshi. Ambas as coisas foram bastante satisfatórias. Comecei a ver o segundo episódio, mas só para marcá-lo no Netflix. Ele também tem uma hora e meia de duração. Deve ser o padrão da série. Não sei quantos episódios há por temporada, mas espero que não muitos. Não deve haver muitos como “The Walking Dead” por causa da duração de cada um. Vou ligar o ar. Estou começando a ficar desmotivado a ver Sandy. Os locais que sobraram são nas extremidades das fileiras pelo que eu vi no site que comercializa os ingressos pela internet. Se eu conseguir pegar o que selecionei no site amanhã no shopping eu vou. Senão, não sei.

11h53. X está atendendo alguém, não sei se terei tempo de falar com ela hoje. Provavelmente não. Falei rapidamente com ela agora, pois veio pegar água no bebedouro aqui ao lado. Mencionei que havia assistido "Sherlock" e ela mencionou meu corte de cabelo. Disse que "ficou legal". Queria mais tempo de conversa, mas acho difícil. Quando um usuário pega um psicólogo para conversar, não larga. Pelo menos eu sou assim. Novamente, estou digitando para passar o tempo. Não participo do grupo de dança e não sei se há algum outro grupo agora. Deve haver, mas não sei do que é, nem me interessa participar. Estou fazendo hora para ir tentar comprar o ingresso para Sandy uma vez mais. A última vez. Queria comprar uma carteira de Marlboro vermelho. Ficar sem cigarros me angustia. Vamos ver se sobra algum dinheiro para eu comprar. Ou se rola no cartão. Parece que o posto perto do shopping aceita cigarros no cartão. Tomara. Tomara também que não haja entraves para comprar o ingresso hoje. Se algum lugar bom restar. Se só tiver no poleiro, nem compro. Mas já escrevi isso ontem, só não postei ainda. Acho que somarei este texto ao outro. X acaba de passar por aqui. A sensação é de que ela me ignora, mas posso estar enganado, paranoico e pessimista.

15h06. Comprei o ingresso para o show de Sandy. Plateia B. Mais ou menos no meio do teatro. Tive que pagar a mesma taxa que se tivesse comprado na internet. Um roubo. Esses shows de hoje em dia em teatro estão um assalto. Mas uma vez na vida, vá lá. Conversei com X na hora do almoço. Ela não leu nem pretende ler o blog pelo que entendi. Prefere que eu a diga o que escrevi. Disse a ela que seria muito difícil, porém que tudo é possível. Dois outros estagiários sentaram-se à mesa para almoçar e ficamos falando do seriado “Sherlock”. Foi bom. Melhor interação social da semana. E mesmo com o final de semana batendo à porta, acho que continuará sendo a melhor interação da semana. Não sei. Depende se vou sair e para onde iremos. E depende de mim, principalmente, me exprimir mais. Espero que vamos a um lugar que venda brigadeiros ou brownies. Hahahahaha. Ou pelo menos um lugar onde seja possível conversar. Espero também que o meu corte de cabelo, que recebeu diversos elogios no CAPS, faça sucesso na night também. Parece que desta vez, a cabeleireira acertou em cheio. Sorte minha. E mérito total dela. Não dei a ela nenhum parâmetro. Ela cortou do jeito que achou mais razoável, levando em conta a minha relutância em cortar minhas madeixas, por isso não deixou meu cabelo extremamente curto. Quero tirar um cochilo agora. Mamãe acabou de chegar. Nos comunicamos rapidamente. Ela parece bem, mas vai comer e descansar. Disse-lhe que não estava com fome e que vou tirar um cochilo. Depois. Analisarei se vai ter night hoje com o meu primo. Senão, vou jogar e assistir “Sherlock”. De repente escrever mais um pouco aqui. Mas o queria mesmo era sair. Tomara que meu primo tenha algum programa para hoje.

18h29. Meu primo me chamou para visitar a Cibrew, projeto de um amigo nosso que vende cervejas artesanais e insumos para produzi-las. Minha mãe acordou, mas meu padrasto agora debate algo com ela, quando ele acabar, peço a ela para ir.

3h13. Outro palíndromo numérico. Mamãe deixou eu ir ao Cibrew e chego agora em casa. Depois que o Cibrew fechou, fomo encontrar com um amigo do meu primo-irmão em Água Fria. Consegui interagir bastante hoje em ambas as ocasiões. Na primeira – o Cibrew – bem mais, pois na segunda o amigo do meu primo-irmão dominou a conversa, que foi bastante agradável, por mais que tenhamos abordado muitos problemas do cotidiano. Até meu primo, que costuma ser bem falante, ficou mais ouvindo o amigo. No Cibrew eu puxei assunto e cheguei até a conversar com um dos músicos, um excelente tecladista, com um estilo muito próprio e com forte inclinação ao improviso. A música foi ótima e fiz questão de repartir essa opinião com ele e fazer algumas perguntas. Conversei também com um amigo que encontramos lá, com o qual não tenho muita intimidade, mas ele, muito desenvolto guiou a conversa e elucidou vários pontos sobre a complexa arte de fabricar cerveja. É um apaixonado pelo assunto, assim como o é por música. Insistiu que eu deveria ouvir Rolling Stones até gostar, mas disse a ele que era uma banda que não me tocava. Ele não se deu por vencido e me contou sobre um documentário com Keith Richards, o qual, admito não tenho o mínimo interesse em assistir, até porque as partes mais marcantes já me foram narradas por ele. Pretendo, aliás, ver os documentários sobre Amy Winehouse e Kurt Cobain que baixei e ainda não assisti. São dois personagens que me despertam muito mais interesse que o guitarrista dos Stones. Fiquei surpreso com a variedade de cervejas oferecidas no Cibrew, havia dez torneiras de chope cada um de uma cor, formulação e teor alcoólico diferentes. Como previ que lá não venderiam Coca-Cola ou algo além de cerveja, comprei três litros de Coca Zero no posto, junto com uma carteira de Marlboro e, contando com uma esmola de dois reais que dei a um senhor resumiu-se a todo o meu gasto da noite. Quando seguimos para Água Fria ainda tinha quase um litro de Coca sobrando e não precisei consumir nada no bar. Resumindo hoje foi um dia bastante agradável e de muita socialização, praticamente como nos velhos tempos. Isso é bom e me fez bem, mostrando que retomo minhas habilidades sociais. Em termos de garotas, realmente não houve nenhuma oportunidade em ambos os lugares de interação. A garota com quem mais conversei – e que tinha o seu charme – foi a atendente do Cibrew, que fez a gentileza de guardar as Cocas na geladeira do local. Espero voltar lá e travar novo contato com ela. Talvez até cometa a indiscrição de perguntar se é solteira. É uma galeguinha simpática e bem apessoada. O único porém são quadris muito largos, mas não se pode ter tudo. Hoje, sábado, haverá Budega do Eduardo. Só não sei se minha mãe me permitirá outra noite de diversão, mas não vejo por que não. Ou assim espero. Ela disse que eu vou controlar os remédios dela ou ajudá-la nisso daqui por diante porque parece que se desentendeu com meu padrasto a respeito desse assunto e ele se eximiu da responsabilidade. Ela estava especialmente sentimental hoje, o que certamente culminou nessa intempestiva reação do meu padrasto. Gostaria muito que ele voltasse atrás da sua decisão. Não queria essa responsabilidade para mim, pois não sei se darei conta. Mas farei o meu melhor. Espero que seja o suficiente. E que mamãe ajude, seguindo sei lá que orientações necessárias. Espero também que não precise aplicar injeções nela e que o meu trabalho se resuma a separar os medicamentos. Não sei se terei também que administrar os horários em que ela os toma, visto que seu celular toca alertando-a do horário de cada remédio. Estou com uma fome danada, comi muito pouco hoje. Acho que apelarei para a farinha láctea. Não estou disposto a cortar e esquentar o resto de picanha que está na geladeira. Fora a farinha láctea, posso tomar um copo de leite e comer uns biscoitinhos de limão que mamãe fez a gentileza de comprar para mim. Bem, estou muito cansado. São 3h51 da manhã e preciso dormir. Quando acordar, reviso este post e publico. Vou fazer minha boquinha agora. Obrigado pela ótima noite, universo.


Curiosidade: Por que a Hello Kitty não tem boca? “A explicação é simples: ela não tem emoção específica. Ela sente o que você estiver sentindo. Não é bonitinho?”

sábado, 4 de março de 2017

DESMASCARADO POR X?



Hoje, depois de um longo hiato, tive uma nova conversa com X. Não sei o que me deu – ou sei, liguei o seja lá o que deus quiser – e disse-lhe que ela aparecia em diversos dos meus posts, todos os que tinham o marcador X. Ela perguntou se podia ler no que respondi que sim, afinal era um blog público. Ela perguntou de uma forma que a mim ficou subentendida uma certa preocupação de que a leitura dela afetaria a nossa relação psicóloga/usuário. Isso vai depender dela. Isso se ela realmente ler, o que acho um tanto improvável, mas não impossível. Se ela ler, ficará a par das minhas fantasias românticas a respeito dela. Fantasias estas que evanesceram, mas não por completo. Se ela conseguir lidar ainda comigo de posse do conhecimento dessa minha realidade interior, estará se provando profissionalmente e enfrentando um dos casos que mais acontecerá em sua vida, que é este tipo de transferência afetiva. Ou quem sabe eu me dê bem e ela corresponda aos meus sentimentos! Hahahahahahaha. Nada mais ridículo que assumir tal possibilidade. Esta sim, completamente improvável. Ficarei feliz, entretanto, se ela ler e tiver coragem de falar comigo depois disso ou a respeito disso. Acabei de ligar para a minha mãe. Ela não fez a quimioterapia, sua saúde não permitiu. Ficou remarcada para a próxima terça-feira, caso esteja melhor. A prudência é fundamental no tratamento dela e enfraquecer o sistema imunológico de quem já o tem comprometido no momento não parece realmente uma grande ideia. Voltando a X; o que cometi foi imprudente e só o fiz porque meus sentimentos pouco importam no momento. Se os levasse tão a sério quanto quando escrevi os demais posts relativos a ela, não me exporia dessa forma. É claro que se ela se mostrasse receptiva a tais sentimentos eu seria só felicidade, mas revelei os posts certo de que isso é uma impossibilidade. Uma impossibilidade que já não me fere tanto quanto há algumas semanas. Nem sei se me fere mais. Acho que consegui sublimar minha paixão platônica por ela, colocá-la em estado comatoso. Dormente, adormecido, porém latente.  Não é que tenha deixado de existir, deixou apenas de se manifestar com a intensidade de outrora. O tempo é realmente senhor de todas as coisas. Não sei se escrevo isso pensando que X vai ler. Talvez um pouco, talvez mais que um pouco, talvez metade de mim ache que ela lerá. A outra metade não acha que ela perderá seu tempo com as vãs palavras de um usuário do lugar onde estagia. Uma coisa que me marcou em nossa conversa de hoje, foi a preocupação dela com a sua futura carreira, se o universo conspirar nesse sentido e ela não mudar de ideia de tratar pacientes enfermos em hospitais. O caso de descaso – gosto da ambiguidade dessas duas palavras juntas – de um médico para com uma paciente do HC foi chocante, o que me faz crer que talvez o seu trabalho tenha que ser não só com os pacientes, mas também com os profissionais que lidam com eles. Como ela disse, ela fará parte de uma equipe multidisciplinar e que essa equipe deve fazer reuniões periódicas para afinar os ponteiros. Será um grande desafio. E eu acho que ela está sedenta por ele. Espero só que ela não se contamine com a insensibilidade reinante em tais lugares, pois acredito que seja contagiosa aos de alma mais fraca. Mas acho que isso não acontecerá. Ela é uma pessoa que sabe o que quer e me parece bastante determinada a alcançar seus objetivos. Mas chega de falar de X. Pelo menos, por ora. Hoje é sexta-feira, dia de possível saída com o meu primo, se este não estiver exaurido demais por conta do carnaval. Creio que não. Mamãe chegou já afirmando que eu estava cheirando cola que estava sentindo o cheiro, que havia cheiro no quarto dela, completamente paranoica. O pior foi saber que não poderei sair hoje, pois a missa de vovô é amanhã às 11h. Quando saio, geralmente só acordo bem depois do meio-dia. Que saco, isso é muito frustrante. Parece que há uma mão invisível me guiando para o isolamento. Só falta amanhã ninguém sair, ou irem para um lugar muito ozzy, como algum show bagaceira. Tomara que não. Eita! Amanhã comemorarão o aniversário de um amigo nosso! Agora que me lembrei! Ele não escolherá um lugar bagaceira para ir, pois não é a vibe dele. Queria um lugar onde pudéssemos sentar e conversar, mas também não sei se esta é a vibe dele também. Algo no meio termo para mim está bom. Algo que não cobrasse entrada para mim estaria perfeito. O pior que ele gosta do Downtown, dependendo do que estiver tocando lá. Acho que vou tirar um cochilo. 14h59. Esqueci de colocar o horário em que comecei a escrever isto. Aposto que quando acordar estarei arrependido de ter contado a X dos posts em que a menciono. Dormir sempre me faz ter umas mudanças de opinião radicais como esta. Saco. Será que fiz besteira? Se fiz, está feita. Não tenho mais como reverter o quadro, aliás, teria, revertendo todos os posts que a mencionam para rascunho, mas, para ser sincero, agora, neste exato momento, não acho que deva fazê-lo. E espero não querer fazê-lo quando acordar. Deixar as coisas seguirem seu curso. Se ela porventura ler e porventura começar a me evitar, será um fato da vida. Pelo menos ela soube do que me fez sentir. E o que me fez sentir foi uma coisa boa, que me encheu com pulsão de vida. Que me deu uma razão a mais para existir. Que mal há nisso? Vamos ver o que o eu depois do cochilo vai achar. 15h10. Agora vou me deitar mesmo.

17h17. Acabo de acordar de um sono leve, cheio de sobressaltos. Pelo menos não mudei de ideia quanto a X e aos textos. Mas também não foi um sono desses de desfragmentar disco. Que ela leia se tem curiosidade. Vai ler mais ou menos a mesma coisa dita de várias maneiras diferentes. Acho que vou começar minha maratona “The Walking Dead” logo, pois não vou dormir muito tarde hoje, visto que temos a missa de vovô amanhã. Se bem que neste exato momento, talvez porque ainda despertando, não esteja com saco nenhum de ver “TWD”. Poderia dar uma jogada de Wii U.


0h07. Acabei de ver o final da última temporada disponível no Netflix de “The Walking Dead”. Não posso negar que a sexta temporada promete. Fiquei com gostinho de quero mais no final desta, muitas coisas ficaram no ar. Amanhã, como já disse, é a missa de vovô. Vou revisar isso para postar.

quinta-feira, 2 de março de 2017

FRIO E CRUEL



Eu devo ter aparentado ser frio e cruel em relação à morte do meu avô. Será que me tornei realmente frio e cruel? Será que já tenho tantas mortes nas costas que mais uma não me pesa mais? Será que me tornei insensível à indesejada das gentes? Não consegui fazer um texto como o do meu irmão, enaltecendo as qualidades do meu avô e relembrando momentos e ensinamentos muito particulares dele. Ao invés disso, mergulhei num oceano frio e distante, tratando a morte dele como uma eventualidade qualquer. Talvez a ficha não tenha caído para mim, mas no fundo sei que não é isso. O que realmente ocorre é que eu acho que ele não estava vivendo uma vida com dignidade e consciência suficientes para que eu pudesse considerar uma vida válida de ser vivida. Embora ele a enfrentasse com particular bom humor. Um humor que certamente eu não teria se estivesse nas mesmas condições que ele. Seu motorista dizia que para ele, eu era o neto predileto, talvez porque o primeiro, não sei. Só sei que foi uma péssima escolha. Um neto perdido, que não consegue se encontrar no mundo, lugar que vovô estava tão bem acostumado a ocupar. Ele sabia o seu lugar no mundo e sorvia cada momento de sua existência com vitalidade e alegria. Até os percalços. Lembro – aliás, Tia Z me lembrou – que fiz uma capa para um livreto que escreveu quando de sua operação de aneurisma. Um negócio grave, que ele tratou com profunda leveza e bom-humor. Eu não sou assim. A cada dia me torno uma figura mais sorumbática e vazia. De sentimentos, de alma. Tem um verso de Fernando Pessoa que diz que tudo vale a pena se a alma não é pequena. Pois para mim, nada deveria valer a pena, pois minha alma encolheu, murchou, está minúscula. Particularmente hoje nessa madrugada de primeiro de março, às 3h50 da manhã. Minha alma quase nunca esteve tão pequena como agora. É menos que um sopro, é quase nada, é praticamente só invalidades. Quem deveria ter ido era eu, que pouca ou nenhuma contribuição ou alegria tenho trazido ao mundo. Esse mundo que tanto me dá. Estou me sentindo mal hoje. Com a morte de vovô, em como a encarei, com a frieza que tomou conta do meu ser.

Minha alma é de uma pequenez tão aguda e tão grave que nem digno de pena ou piedade eu sou. Só de repúdio e escárnio. Eu não mereço a vida que tenho e mesmo assim, injustamente, a vou levando, quando outros como meu avô padecem. É tudo tão sem sentido. Tudo tão sem justiça. Tudo tão arbitrário. Minha pequenina alma grita porque sofre, mas meu sofrimento é um sofrimento menor, digno da pequenez dela. Minha culpa é gigantesca. Por ter tudo o que tenho. Sou um sortudo e isso me tortura porque não me sinto merecedor dessa sorte. É certo que já tive um bom quinhão de sofrimento nessa existência. Que pensei e tentei desistir dela diversas vezes, mas até nisso sou incompetente. Tomara que essa existência acabe quando o corpo parar de funcionar. Que o meu materialismo esteja correto. Só se, em vez da morte, me fundir à Singularidade. Mas isso é apenas outra fé idiota como as demais. É uma fé materialista, ao menos. Foi a melhor que consegui encontrar para justificar a existência, como todos os seus maravilhosos pormenores. Com este pormenor que sou. Realmente não estou no melhor dos meus humores hoje. Hahahahaha. É um saco. Um chute nos testículos ser eu nesse exato momento. Mas não é tão dilacerante quanto quando me encontro em depressão profunda. Perdi o meu avô e me sinto frio e egoísta e mau por não estar sofrendo um grande luto. Porque não chorei no velório. Porque não me emocionei com nada. A sociedade cobra, acho eu, tal sofrimento. O problema é que eu não o possuo para oferecer. Isso me faz sentir deslocado do mundo e com a alma defeituosa. 4h18. É melhor eu me deitar. Sei que não vou conseguir dormir, pois estou sem o mínimo sono. Estou é com o máximo de culpa. Realmente hoje não é bom dia para ser eu. Ah, hoje é Quarta-Feira de Cinzas. Talvez esteja aí a explicação do meu humor. Estou na ressaca do meu Carnaval, o qual, quando não com meu avô – vivo ou morto – estava nesse quarto, assistindo “The Walking Dead” ou digitando palavras tortas aqui. Tomara que as coisas não piorem mais tarde. Pois podem piorar sempre. Porque minha mãe foi me parir? Qual o sentido da minha existência? É um extremo desperdício de recursos. Não ofereço nada de bom à humanidade ou ao ecossistema global. Não faço a mínima diferença nesse universo. O que diabos estou fazendo aqui? Acho que me sentindo levemente deprimido. E a culpa me consome. E minha alma se apequena cada vez mais. O oco dentro de mim é enorme. Acho que só preciso de amor. Acho que preciso manter minha cabeça no lugar que isso vai passar. Senão hoje, Quarta-Feira de Cinzas, amanhã. Meu deus, amanhã talvez tenha que enfrentar a Doutora. Queria que fosse só necessário passar no Manicômio e pegar as prescrições com a recepcionista e secretária. Não queria ter com a Doutora. Ela me intimida deveras. Espero já estar mais recomposto daqui para lá.

Meu avô morreu. Isto é um fato. Minha resposta emocional a este fato foi e é praticamente nula. Preciso botar a cabeça no lugar. Preciso me recompor. Preciso de tanta coisa que não é coisa. Preciso parar de me sentir culpado pelo que tenho. Preciso aceitar quem eu sou. Preciso entender que o meu modo de reagir à morte não significa que ame menos tal ou qual pessoas. Apenas não vejo na morte a tragédia que a sociedade foi educada a ver. Eu vejo como libertação. Quando ela vem, ela simplesmente põe fim à miserável condição humana. Ou de qualquer outro ser vivo. Mas de todos, o mais miserável é o ser humano, por ter consciência de sua própria miséria, de sua fragilidade, de seu egoísmo. Temos consciência que a vida não tem propósito a menos que lhe fantasiemos algum. É apenas uma curva que começa ascendente, que chega ao ápice e depois começa a decair – fase em que me encontro – de novo ao nada. Éramos todos poeira cósmica que por algum evento miraculoso se organizou como gente. Voltaremos a ser poeira cósmica quando nossos corpos se decompuserem. O que fazer nesse ínterim em que estamos organizados como gente é escolha de cada um. Se escolha há. Pois há aqueles, como meu padrasto, que não acredita no livre-arbítrio. Ele acha que nós somos uma engrenagem bioquímica que responde a estímulos externos e internos de forma quimicamente previsível, caso tivéssemos poder de processamento para calcular todas as infindas variáveis envolvidas. Tais incontáveis variáveis é que nos dão a impressão de que temos escolha, mas, na visão dele, as escolhas já estão tomadas. Na minha opinião, se assim fosse, não haveria dúvida. Algumas muito cruéis, como as que me deparei ultimamente. Mas assim é a vida, um grande mistério (ou algo inevitável em um universo repleto de hidrogênio oxigênio e carbono). Tem dias que não merecem ser vividos. Este é um deles para mim. Mas o enfrentarei com o pouco de dignidade que me resta. Se resta alguma. Queria que nada desse tremendamente errado hoje. Seria um grande presente para minha alma dorida. Falo tanto em alma, mas é só para ser poético. Acredito que sou um monte de sinapses disparando dentro de um corpo gordo e feio para os padrões estéticos atuais, que me inunda de estímulos, estímulos estes aos quais vou respondendo com maior ou menor sucesso de acordo com os meus paradigmas. Somando-se às coações da sociedade micro e macro em que estou inserido. Não sei se o que estou escrevendo faz algum sentido. Não estou preocupado com isso. Estou apenas vomitando o que me vem à cabeça. E eu sei que não está vindo muita coisa boa. Tem dias em que o cidadão não está numa boa. Este é um dia assim para mim. Não tenho do que reclamar, entretanto, têm sido raros os dias em que não gosto de viver. Raríssimos. Espero que atravesse o dia de hoje sem maiores problemas. Quero dormir bastante. Muito, muito, muito. Para que esse dia passe logo. 5h00. Faltam ainda 19. Saco. Hoje tem tudo para ser um dia ruim. Mas nem tudo são flores na vida, não é mesmo?  Vou tentar me deitar. Se não conseguir dormir volto para cá. Estou com medo da minha mãe acordar e me dar o maior esporro. 5h05. Dando as últimas baforadas antes de me deitar. Espero que quando acordar meu astral esteja melhor.

15h20. O sono é um santo remédio. Estou muito menos infeliz do que estava quando fui dormir. Às vezes o sono faz evanescer meus maiores ímpetos, ímpetos que achava válidos na noite/madrugada anterior. Dessa vez, entretanto, ele me curou do peso na alma que eu carregava ou pelo menos, o amenizou. Bastante. Estou doente, gripado. Dor na garganta, catarro, moleza. A febre cedeu. Vou pegar mais um copo de Coca, depois de bebê-lo vou deitar e relaxar. Quem sabe sonhar um sonho bom e, quem sabe, me lembrar dele... Quando acordar, vou encarar mais alguns episódios de “The Walking Dead”, eu acho. A vida agora não me parece nem boa nem ruim, mas, sem dúvida, está muito melhor do que se me apresentava durante a madrugada. Mil vezes melhor. Ontem estava carregado de culpa pelas minhas insensibilidades. Hoje nem tanto. O tempo é um senhor remédio e, embora ele nem sempre esteja do meu lado, hoje resolveu me estender a mão e me impingir com seu unguento. Estou mole. Detesto quando os meus textos ficam truncados como este, mas estava com alma truncada quando escrevi. Isto é apenas um reflexo de mim. Bem ou mal pintado é um autorretrato que dou forma e cor com as palavras. É o que eu sou e o que eu sinto do melhor até o pior. Toda a minha ampla mesquinhez e escassa magnanimidade. O cheiro do líquido do Vaporfi que derramei ontem está impregnando o ambiente aqui. Espero que a faxineira venha amanhã e troque o pano que me serve de porta-copos. Pois o odor é muito ativo e enjoativo. Não comecei a jogar Assassin’s Creed e parece que a tia da minha cunhada já está vindo para o Brasil. Ou seja, talvez os jogos já estejam aqui no Brasil, pois vi um post dela no Facebook mostrando um trajeto de vôo de Boston para Nova Iorque. Não sei como vou saber que ela voltou. Só perguntando ao meu irmão. Mas minha mãe está doente também e vai passar pela quimioterapia acho que na sexta-feira, então não tem nem quem pegar os jogos.

16h07. Me perdi olhando os e-mails de propaganda que recebo. Só recebo e-mails de propaganda, muito raro receber e-mail de alguém (geralmente minha mãe pedindo para imprimir algum arquivo ou meu irmão querendo mais detalhes do e-mail que lhe enviei ou mandando as informações que pedi). Coloquei mais um copo de Coca. Meu sono foi quase todo embora. Estou com uma coriza chata e me sinto ainda mole, mas não estou com saco de deitar nesse exato momento. Quando o copo acabar acho que querendo ou não, vou dar uma relaxada. Já era para eu ter limpado o tanque do Vaporfi, mas enchi de líquido de novo sem limpá-lo, então está saindo menos fumaça do que o que estou habituado. O copo de Coca acabou. Vou botar só mais um pouquinho para não desperdiçar o gelo que sobrou. Estou realmente adoentado, a moleza no corpo e a coriza não negam. Não é nada de grave, só uma gripe que eu e mamãe pegamos. Não gosto, pois ela e meu padrasto ficam me enchendo de remédios sem prescrição médica. Acho isso absurdo, mas não posso dizer não. Ou não sei qual a forma certa, me esqueço o termo agora, de negar. Lembrei: a forma assertiva de negar. A Coca e o gelo acabaram, vou dar mais umas baforadas para me deitar.

16h38. Tentei me deitar, mas fiquei impaciente e com frio, então desliguei o ar e vim assistir o episódio em que parei de TWD.

0h09. Assisto “The Walking Dead” desde aquela hora. Acho que devida botas aspas também quando escrevo apenas o acrônimo. Mas deixa para lá. Estou no primeiro episódio da quinta temporada, a última disponível no Netflix. Ainda bem. Mas essa começou bem mais empolgante do que a outra. Tensão pura no ar. Acho que vou fazer um sanduíche para mim e ir me deitar. Ainda não estou completamente recuperado da gripe. Vou revisar e publicar isso. Aliás, hoje não. Amanhã o faço.

Recife, 2 de março de 2017.

16h03. Pediram para cada membro da família escrever um texto sobre vovô para a missa de sétimo dia. O meu saiu mal e porcamente assim: “Criativo, alegre e cheio de energia como o Carnaval. É assim que lembro de vovô. Sempre com mil projetos e ideias que sua inesgotável criatividade fazia pipocar em sua cabeça. Cabeça muito boa, com memória de elefante. Sempre tinha um causo para contar alegremente de sua rica história de vida. Ele me foi e será eterna fonte de inspiração de como levar a vida como se todo dia fosse especial. Como se a vida fosse uma perpétua folia de Carnaval.”


Minha mãe adorou. Espero que dê para o gasto. Espero que agrade os demais. É péssimo criar textos no WhatsApp. E eu não estava lá como muita inspiração, não vou mentir. Escrevi o que me veio e o que me pareceu sincero. Esta é a imagem que guardo e guardarei dele. Vou publicar logo isso.

quarta-feira, 1 de março de 2017

TELA DE ENTRADA

Minha grande companheira de carnaval.



Que irônico. Eu aqui na maior solidão e a tela de abertura do Windows é a foto de um grupo de pessoas, amigos em tese, na proa de um barco having a good time. Liberdade, interação com outras pessoas, aventuras em grupo, tudo o que eu não tive e não terei nesse Carnaval. Pelo menos pude acordar quando o meu corpo pediu. São 13h47 e faz cerca de meia-hora que acordei. O que tive nesse Carnaval foi um acontecimento bem triste; a morte do meu avô. Ainda bem que foi tudo muito rápido. Ele não sofreu muito e o velório e enterro passaram num flash. Estou preocupado com a minha avó, que não quer morar com nenhum filho, prefere ficar sozinha no apartamento em que morava com o meu avô. Não sei se esta decisão vai permanecer, mas, conhecendo vovó, acredito que sim. Também acredito que ela vá parar de tomar os seus remédios, numa pulsão de morte gerada pela perda do marido. Fato, que eu acho que ninguém ainda se deu conta, é que agora, sem vovô, ela é capaz de viajar. E, como a família vive viajando, poderia levá-la a tiracolo. Talvez isso trouxesse nova vida a ela que acho que sempre gostou de viajar. Principalmente uma ida aos Estados Unidos, país que ela ama e idolatra. Posso eu estar viajando aqui. Mas acho que meus pensamentos têm certo fundamento na realidade. 14h00.

Estou sem saco e sem conteúdo para escrever. Só faço assistir “The Walking Dead”. Que por sinal é o que farei dentro em pouco. Estava suando aqui, acho que preciso tomar um banho, mas, como contramedida, liguei o ar. Disse que iria digitar o diário, jogar Assassin’s Creed e não fiz nada disso. Já é terça de carnaval e tudo o que faço ver TWD e escrever no Word. Teve também todo o lance de vovô. Mas isso não foi uma escolha minha. Acho que estou meio doente. Minha garganta dói e me sinto meio mole. Pode ser por ter dormido demais. A moleza, pois a garganta é fato.

17h04. Assisti TWD até agora e chega uma hora que tem que se dar uma parada, a quarta temporada não é tão boa ou não está sendo tão boa quanto a terceira. Ainda não cheguei no ápice da história, mas duvido que seja tão interessante quanto a anterior. Não estou com vontade de escrever também. Estava chovendo ainda agora, mas parou. Melhor para os foliões, pior para mim que gosto – do conforto do meu lar – ver a chuva se derramar. Estou quase com vontade de encarar “Assassin’s Creed”, mas só quase. Estou ficando com calor de novo. Vou ligar o ar. Até de beber Coca estou meio de saco cheio. Isso é incrível. Devo estar ficando doente mesmo. Me sinto meio mole, mas isso pode ter sido o excesso de sono. A vontade que tenho é de me deitar e tirar um cochilo e acho que vou obedecê-la.

17h47. Não sei como o tempo pulou 40 minutos, mas aconteceu. O que fiz desde que parei de assistir o seriado, foi olhar a chuva da varanda por poucos minutos, pois estava me molhando; pegar um copo de Coca e vir para cá escrever. Não escrevi muito. A quantidade que preencha 40 minutos. Para onde esse tempo foi eu não sei... estou acabando de comer o gelo do copo para me deitar. Estou com vontade de parar de assistir TWD. Está meio chata essa quarta temporada, mas depois dessa só tem mais uma e eu acabo de assistir. Pode ser que o caldo engrosse nos próximos episódios, mas esse que estou vendo está muito chato, arrastado.

19h50. Tirei um leve cochilo até agora há pouco quando o meu padrasto bateu na porta do quarto dizendo que minha mãe queria me ver. De 20h45, vou pedir os meus remédios e aceitar o Benegripe que me foi ofertado. Estou me sentindo meio mole e com dor de garganta. Sutilmente adoentado, com sintomas parecidos com os de mamãe. Se bem que ela tem catarro nos seios nasais e febre pouca, mas tem. Eu não sei se estou com febre pois não medi minha temperatura, mas estou com um pouco de frio. Também o ar está ligado há algumas horas.

19h58. Desliguei o ar, subi as persianas e abri a janela para o ar do meu quarto circular. Acho que vou ver o resto do episódio de TWD e depois pedir os remédios para mamãe.

20h01. Sem saco de escrever. Vou ver TWD.

23h28. Depois de três horas seguidas de “The Walking Dead” é bom dar um tempo. Já estou no oitavo episódio da quarta temporada. Ainda bem que as coisas se tornaram mais interessantes, mas ainda fica devendo à terceira temporada. Se bem que devo estar na metade da temporada agora, a julgar pela quantidade da anterior.

23h39. Meu avô morreu. Gostaria de ter algum sinal dele de que existe o além.


23h42. Os outros habitantes da casa ainda não foram dormir. Há luzes no quarto. Isso deve ser algum tipo de recorde. Bom, pouco se me dá, se não vierem me mandar dormir. Estou com dor de garganta e o Vaporfi agride a minha garganta muito mais que os cigarros normais. Será que morrerei ou terei câncer de garganta? Deve ser uma morte ou um padecimento péssimo, provavelmente ficarei mudo, se o câncer for nas cordas vocais. Mas não quero pensar nisso. Dizem que atrai. Mas faço por onde. Preciso ir a uma otorrinolaringologista. Há muito venho protelando a ida a este tipo de especialista. Vou esperar a minha mãe ficar boa, ou seja, passar por toda as sessões de radioterapia que virão depois das quimios, para marcar. É bom que ela esteja. Espero não precisar do expediente da traqueostomia. Mas peço por algo assim, levando a vida que levo. Tenho medo dessa ser uma etapa da vida que o destino reserva para mim. Me deu vontade de ver Rattle & Hum novamente. Mas não vou fazê-lo agora ou hoje.