12h37. Já estou em casa. Sem saco para fazer nada. Acho que
vou tirar um cochilo. Estou ouvindo Mução. Não acho tanta graça como costumava
achar.
317 – O conhecimento
espelha a realidade?
Como acho que já disse é um reflexo ainda embaçado, sem
definição, pois há ainda muito a se conhecer. Mas a ciência tenta espelhar a
realidade, sim, com relativa e limitada eficácia. A Singularidade será a mais
poderosa ferramenta científica já criada pela humanidade e nos fará traçar uma
imagem bem mais detalhada da realidade.
316 – A ignorância traz
felicidade?
A ignorância pode evitar uma série de dilemas existenciais,
mas acredito que até os ignorantes os tenham. O conhecimento também pode trazer
dádivas maravilhosos, como a habilidade de ler e escrever.
311 – O que é uma
vida boa e como a podemos alcançar?
É uma vida agradável de ser vivida. Eu alcancei isso depois
de várias depressões, abuso de drogas, tentativas de suicídio e burnouts por causa do trabalho. Aí
obtive a curatela, o que me livrou dos burnouts
e subsequentes depressões, isso com o auxílio de medicamentos psiquiátricos, que
tomo até hoje, e terapia. Hoje frequento o CAPS/Espaço Rizoma, o que acho que
me faz bem. Hoje gosto de cada dia, hoje gosto um pouco de mim. É bom ser quem
eu sou ultimamente, no mais das vezes. Ainda estou trabalhando a questão da
autoestima, isso não está bem resolvido para mim, ainda me acho alguém aquém do
que poderia ser em termos morais e éticos. Se bem que só cometo basicamente um
desvio atualmente. E estou com uma tendência ao isolamento que me agrada e ao
mesmo tempo me preocupa por ser um comportamento alienante. Estou me tornando
um alienado do mundo que só faz escrever e responder perguntas filosóficas para
as quais não tenho nenhum embasamento senão o meu bom senso. Pelo menos não me
considero o maior dos canalhas, como um dia me considerei. Se meu destino é a
reclusão que seja. Mas se fosse dar a minha receita para ter uma vida boa seria
evitar todos os estresses desnecessários e apreciar os pequenos prazeres e
belezas da existência. E buscar fazer mais o que se gosta, pois a vida é uma só
e finita, pelo menos até o advento da Singularidade Tecnológica.
310 – O que faz com
que a vida valha a pena ser vivida?
Ter uma vontade sincera de viver. De preferência sendo feliz
honestamente.
308 – Seria bom que a
nossa vida se repetisse eternamente?
Para mim seria um eterno pesadelo, pois passei a maior parte
da minha vida sofrendo.
307 – A verdade é um
ponto de vista?
É um ponto de vista, mas quanto mais pessoas percebem a
mesma coisa de forma semelhante, mais aquilo se aproxima do verdadeiro.
306 – As coisas são
verdadeiras?
Tão verdadeiras quanto os nossos sentidos as provem, se
acreditarmos nos nossos sentidos, que certamente não percebem as coisas
totalmente, visto que há animais com sentidos muito mais aguçados que nós e com
sentidos outros até. Logo o que percebemos é uma simplificação das coisas.
305 – O que é a
Verdade?
Aquilo que ninguém detém de fato. O mais próximo que
chegaremos da Verdade será com o advento da Singularidade. E, mesmo assim, será
uma verdade limitada pela capacidade da Singularidade. Embora haja coisas na
ciência que foram comprovadas empiricamente e que possam ser consideradas
verdades, descrições acuradas do comportamento do universo. Mas a verdade sobre
a mente humana ainda é um mistério. Sobre o eu, sobre a “alma”, dentre várias
outras continuam irresolutas.
304 – O que nos faz
felizes?
Isso é subjetivo. Para uns pode ser o fim de uma guerra,
para outros o começo de uma.
303 – A sabedoria
conduz à felicidade?
A sabedoria no mínimo nos ensina que caminhos não dão na
felicidade.
302 – O prazer conduz
à felicidade?
O prazer por si só não conduz à felicidade, pode inclusive
nos levar ao vício e à miséria.
301 – A felicidade é
alcançável?
Eu a alcancei, para os meus parâmetros. E sou grato a tudo e
todos que contribuíram para isso.
300 – É preferível a
verdade ou a felicidade?
Eu prefiro a felicidade, já sofri demais, não gostaria de
deter a verdade e viver em depressão profunda. Como dizia o poeta “a coisa mais
certa de todas as coisas não vale uma caminho sob o sol”.
299 – O que faz com
que uma vida valha a pena ser vivida?
Novamente, gostar de vivê-la, de preferência sendo feliz
honestamente.
298- Preferias viver
só com a razão ou só com as emoções?
Hoje, por mais estéril que seja, eu preferia viver só com a
razão. Já vivi mais pela emoção e me dei mal. Minhas emoções não são boas
conselheiras. Mas não seria uma vida feliz, desprovida de sentimentos,
inclusive o próprio sentimento de felicidade.
297 – O “bom” é o que
dá prazer?
Nem sempre, o mau também dá prazer. As drogas dão prazer mas
podem custar muito caro à vida de alguém com predisposição à compulsão e ao
vício, por exemplo. Acredito, entretanto, que o bom sempre dê prazer, embora
talvez requeira um certo esforço para ser praticado.
296 – A moral opõe-se
ao emocional?
Não, quando fazemos algo que julgamos moralmente válido
sentimos uma emoção positiva, recompensadora por tal ato.
295 – É pior sofrer
um mal ou infligi-lo?
Eu acho pior praticá-lo. Me fere mais. Sinto muita culpa
quando faço algo errado.
294 – Seria bom
termos tudo o que queremos?
Eu tenho quase tudo o que quero em termos materiais e isso
me faz bem. O que me falta não me é imprescindível. Estou satisfeito com o que
tenho. E isso me dá uma sentimento bom, o de não precisar de mais nada (de
material). Mas se tudo o que quero englobasse a paz e a equidade dos seres
humanos na Terra, o advento da Singularidade Tecnológica e ter Aurora, seria
muito bom eu ter tudo o que queria.
293 – A filosofia é
uma arte?
Tudo que é feito com paixão, dedicação e afinco é uma arte
para mim.
292 – A filosofia é
uma ciência?
É a mãe de todas as ciências, mas não é ciência no sentindo
estrito do sentido, pois a ciência necessita de provas empíricas, coisas que
raramente a filosofia pode oferecer.
291 – Os animais
sabem que existem?
Os mais evoluídos, eu creio que sim. Se sabem que a cria
existe, é bem provável que saibam que existem também.
290 – A filosofia
conduz à verdade?
É um dos caminhos, mas acredito mais na ciência.
289 – Para que serve
a filosofia?
Para sondar o abstrato, para questionar o que há de mais
humano e essencial entre os homens e suas relações uns com os outros e dos
homens com a natureza e a realidade.
288 – A filosofia
conduz à liberdade?
Não acho, mas pode apresentar vários conceitos de liberdade
que certamente aumentarão a percepção sobre as potencialidades da liberdade. A
liberdade em sociedade não existe, devido às leis da sociedade. A liberdade à
parte da sociedade é uma escravização a si mesmo.
287 – É legítimo
acreditar em Deus sem provas?
Não sei o que a palavra “legítimo” quer dizer nessa pergunta
e para os fiéis, as escrituras sagradas de cada religião ou sua tradição oral
são provas suficientes. O Deus em que acredito possui evidências fortes, mas
inconclusivas, não dão certeza do surgimento da Singularidade ou não. A
pergunta acho que seria “é legítimo ter fé?” Acho que é legítimo ter fé, quem a
tem a tem geralmente como uma certeza. A fé na ciência também é bem arraigada e
bem pia. É legítimo acreditar na igualdade entre os homens quando não se tem
provas disso?
286 – A vida é
simples?
Depende da vida que se leva. Quanto mais poder de qualquer
natureza, mais complexa é a vida. Pelo é assim que vejo. Os pobres e ignorantes
levam uma vida muito mais simples que o CEO da Google.
285 – O pensamento
tem regras?
Tem condições, não regras. Talvez o pensamento científico ou
filosófico possua regras, mas o pensamento de forma geral não possui regras. É
livre. A não ser por conta do superego.
284 – Criamos as
nossas próprias regras?
Algumas delas criamos outras assimilamos do meio onde
estamos inseridos.
283 – Quem deve fazer
as regras?
A Singularidade Tecnológica.
282 – O que é ser
racional?
Um indivíduo absolutamente racional não existe. Todos nós
somos tomados por sentimentos e subsentimentos o tempo todo. Mas ser racional é
usar a razão e o bom senso.
281 – O que é estar
enganado?
É perceber que uma crença que se tem é falsa. O exemplo mais
chocante de engano para mim até hoje foi o vestido azul e preto que eu insisto
em ver branco e dourado. Eu sei racionalmente que ele é azul e preto, mas meus
olhos mentem para mim o tempo todo.
280 – É possível
sermos autênticos?
Sim, podem até nos chamar de excêntricos, mas podemos ser
autênticos, sim. Dentro dos limites da lei, é claro. Aliás todos somos
autênticos, ninguém é igual a ninguém, há apenas os que destoam um pouco mais
do que socialmente é tido como “padrão”.
279 – A filosofia é
subjectiva?
Acredito que sim, mas há muita coisa pensada pelos filósofos
que são aplicáveis e úteis. Acho que a lógica é a mais objetiva das partes da
Filosofia, mesmo assim, é uma abstração.
277 – As emoções
libertam-nos?
As emoções são manifestações do id, logo são libertadoras de
uma parte que geralmente é reprimida em nós, mas não conduz à liberdade de fato,
pois esta não existe. Mas podem ser a força motriz para libertarmo-nos daquilo
que nos faz mal ou prejudica.
276 – A razão
liberta-nos?
A razão mais aprisiona que liberta. Mas geralmente o que é
reprimido pela razão é algo de inútil para nós. A razão no liberta do que nos é
desnecessário.
275 – O que é a
perfeição?
A perfeição é algo inatingível pelo ser humano, posto que
somos limitados e imperfeitos.
274 – A perfeição
existe?
Existe no mundo virtual, em alguns aspectos. Por exemplo, é
possível criar um círculo perfeito virtualmente.
273 – Há seres
humanos perfeitos?
Ou todos ou nenhum. Tendo mais para o nenhum.
272 – Por que são
precisas regras?
Para que o ordenamento social seja mantido. Isso não quer
dizer que as regras reflitam a vontade da maioria e a maioria é ignorante
demais, por ora, para se mobilizar e tornar as leis mais justas para si.
271 – Quando é que
precisamos de regras?
Quando estamos em comunidade, por menor que seja, mesmo que
seja um lar com apenas um casal.
270 – Quando é permitido
mentir?
Não deveria ser nunca, mas a mentira é uma ferramenta social
que talvez seja necessária. Não gosto de mentir, me faz sentir mal e culpado.
Prefiro omitir, que, para mim, é uma forma mais branda de mentir. Mesmo assim
também não gosto de omitir. Mas acho que às vezes se faz necessário pois a
(minha) verdade não traria nada de benéfico para mim ou para a pessoa, podendo
até ser prejudicial. Por exemplo dizer que acho a uma pessoa que ela é feia.
Mesmo sendo uma verdade para mim, não há porque repartir isso com a pessoa, não
faria bem nem a mim nem a ela.
Da pra passar no ITA sem fazer cursinho?
ResponderExcluirDa sim... Conheço gente pqe passou kkkkk
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