Eu não sei o que escrever nem se quero escrever, mas como
acabou-se a temporada de “The Walking Dead” e eu não tenho nada para fazer e a
coisa mais fácil, cômoda e agradável para mim é digitar palavras, aqui estou.
Minha mãe reclamou comigo que eu não tinha feito nada para o seu aniversário,
nem um cartão. Isso me deixou para baixo, por mais que tenha discutido o
assunto no CAPS e lá tenha me convencido de que era uma coisa aceitável a se
fazer, não fazer nada. Não havia mais nada que eu pudesse escrever e temia que
outra carta soaria redundante e poderia trazer em seu conteúdo coisas pesadas
ou negativas, como a outra trouxe. Então me decidi em não fazê-lo. Sobre um
cartão, como ela explicitamente mencionou, o que mais fiz na vida profissional
foi fazer cartões ou anúncios de datas comemorativas e, por isso, peguei um
abuso enorme por isso. Não disse isso a mamãe, nem acho que ela fosse
compreender como uma justificativa plausível. O Infected Mushroom tem um som
que se confunde muito com o som ambiente. Não sei se ouvi mamãe conversando com
alguém ou se foi barulho da música. Isso importa porque eu quero comprar Coca,
mas só posso fazê-lo quando meu padrasto acordar. 21h04. Ouvi a voz do meu
padrasto.
22h42. Estou percebendo que ando desistindo de coisas quando
começam a me desagradar ou por não serem como imaginei. Ou seja, estou mais
intolerante. Talvez amanhã tenha celebração do aniversário do meu primo que
morou aqui no prédio aqui na piscina. Tomara que realmente ocorra. Seria ótimo
reencontrar essa turma. É também o dia que meu amigo cineasta ficou de combinar
os detalhes do documentário. Acho que quero me deitar e dormir.
0h07. Peguei a chave para o mestre do dungeon no Zeldinha. Acho que vou me preparar para dormir levando
em conta que pode haver a festa do meu primo amanhã. Não sei nem por que estou
escrevendo isso se nem sei se vou publicar. Ou posso publicar e não divulgar.
Estou com uma leve inclinação para assistir “The AO” (ou “OA”, sei lá). Mamãe
disse que era de ficção científica e que era interessante. E parece que tem até
o final, mas não dou certeza disso.
-x-x-x-x-
21h02. Acabei de ver um vídeo impressionante de Amon Tobin,
“Islam Live” cuja iluminação do placo, todo formado por cubos, utiliza essas
modernas técnicas de projeção com mapeamento tridimensional e computação
gráfica. Sinceramente achei a música meio chata, mas o visual é deslumbrante, a
música serve como trilha para o que ocorre com o palco, ou melhor, com o que é
projetado no palco, visto que o palco é estático, o que se movem são as
imagens, por mais que haja a ilusão de que o palco está se movendo em diversos
momentos. Muito interessante. O aniversário foi divertido, gostei. Vi gente que
há muito não via e isso foi bom. Acho que consegui interagir bem. Bem mais que
na última ida à Casa Astral, sem dúvida, mas fiz mais o papel de entrevistador
do que de entrevistado devido ao pouco conteúdo que tenho a acrescentar, pois
minha vida é composta por um ciclo de atividades muito restrito. Não ia ficar
falando do que debati no CAPS, muito menos sobre o que escrevo, então não
tinha, nem tenho, muito a dizer. Peguei algumas dicas de música, estou ouvindo
agora Aphex Twin, “Syro” o nome do disco, e estou achando muito mais
interessante que Amon Tobin. É bem relaxante e viajado. Bom para escutar tendo
fumado unzinho. Como assistir pela primeira vez o show de Amon Tobin também
seria. Talvez, se a ocasião se apresentar, eu encare uma segunda assistida ao
show nesse estado. Mas acho difícil. A ocasião se apresentar, digo. Assistir
tudo de novo de cara acho mais difícil ainda. Não sei. Veremos. Depois de ouvir
esse disco e os outros dois que meu primo me indicou, eu tento Wilco. Ouvi
falar muito bem da banda. Perguntei como impulsionar o meu blog e a namorada do
meu primo me falou para eu pesquisar sobre SEO, que parece que significa Search Engine Optimization. Acho que,
pelo que significa o acrônimo, não vai funcionar para o meu caso, visto que
escrevo sobre mim, não saberia que palavras-chave utilizar para atrair mais
público. Mas vou dar uma pesquisada. Achei o documento da Google que a namorada
do meu primo indicou, mas confesso que não tive saco para ler. Achei que era
algo complexo e chato demais para investir o meu tempo. De qualquer forma,
deixei a aba aberta (mais uma!) para, quem sabe, futuras consultas. Embora ache
que o que vai acontecer é que não lerei e não utilizarei nenhum artifício para
maximizar o número de hits do meu blog. Vou continuar a fazer da maneira que
sempre fiz, afinal isso não é um espaço comercial, isso é simplesmente eu e
minha escassa vida social. Esse post, por exemplo, nem vou divulgar nos grupos,
nem sei bem por quê. Meu amigo cineasta, que também estava na festa de
aniversário, reiterou a veracidade do documentário e disse que talvez viesse no
São João, quando, pelo que entendi, começaríamos. Falei com a minha irmã hoje e
ela me incentivou a fazer a viagem à Alemanha. Acho que vai ser melhor do que
estou esperando. Sobre encontrar com os vizinhos, confesso que não estou nenhum
pouco motivado a isso. Se pudesse simplesmente não cruzar com eles seria
melhor. Muito melhor. Tremendamente melhor.
22h45. Acabei de tomar os remédios e já penso em me deitar.
Amanhã é dia de CAPS. Gostaria de saber a natureza da mudança de uma pessoa
para comigo, mas é uma questão para a qual não vejo meio de obter resposta,
visto que não posso perguntar a ninguém, nem a pessoa. Queria entender também
como me tornei assim tão recluso, não consigo fazer o caminho inverso e
perceber quando esse movimento começou pois me falta memória para isso. Eu
costumava ser alegre e falante, hoje tenho dificuldade em me posicionar
(fisicamente mesmo) dentro de uma roda de conversa, como aconteceu diversas
vezes na minha última ida à Casa Astral. Fiquei de fora de várias rodas de
conversa, com o mesmo núcleo de pessoas – algumas variavam – que se formavam e
se diluíam quando as ditas pessoas iam se locomover de um ponto para o outro da
festa. Fiquei intrigado comigo mesmo e principalmente com eles que me sabendo
parte do grupo, não abriam espaço para eu adentrar. Agora vejo que a culpa não
foi exclusivamente minha, eles se fechavam como se eu não estivesse ali. Isso
me incomodou um pouco, mas não muito, não queria realmente fazer parte daquelas
rodas. Não querer fazer parte das rodas me incomoda bem mais. Mas fato é também
que não possuía intimidade com nenhuma das pessoas, a não ser o meu
primo-irmão. O contrário aconteceu hoje na festa onde poucos eram os que eu
desconhecia. A maioria eu conhecia superficialmente, mas havia aqueles com quem
realmente me dou bem e fazia questão de estar próximo a essas pessoas. Acho que
meu desempenho social hoje foi aceitável. A namorada do meu primo falou do irmão
deste, em como ele trata todos da mesma forma e como todos sempre tem ótimas
impressões dele. Eu só pensava “um dia já fui assim, o que aconteceu comigo?”.
Eu não sei a resposta, só sei que hoje não sou nem sombra do ser social que um
dia fui. O mais estranho é que me sinto bem como sou agora, não estou deprimido
ou coisa do gênero, pelo contrário, acho que nunca me senti tão bem comigo
mesmo. É como se eu me bastasse, mas isso não é completamente verdade, pois
ainda gosto de interagir com os meus amigos. Mas é como se eu me bastasse mais
do que jamais me bastei. Esse eterno diálogo comigo mesmo através destas
palavras muito me apraz e, por vezes, várias vezes, prefiro estar aqui que
estar numa balada. Acho que estou ficando velho para baladas. Cansado delas.
Gostaria muito mais de sentar num lugar e trocar uma ideia, conversar, como em
parte fiz hoje. Na mesa estava meio impraticável, pois estavam tocando músicas
sem parar, mas na roda de fumantes na calçada era ótimo para bater um papo, até
que a chuva chegou e atrapalhou bastante essa dinâmica. Mas interagi bem, eu
acho. E gostei de ter interagido. Gostei de Aphex Twin, é realmente um som
eletrônico bem trabalhado. Estou ouvindo agora Flying Lotus que é meio jazz e
bem acelerado, até o momento. É definitivamente black music. Acho que mistura
elementos eletrônicos com instrumentos convencionais, a duração das músicas é
curtíssima, principalmente em se comparando com os demais expoentes de
eletrônica que ouvi, cuja média de duração de uma música é de mais de seis
minutos. Era black music, até a quinta ou sexta faixa, agora ficou mais
eletrônico. É curioso e não me desagrada. Meu primo detonou o Infected
Mushroom, como se fosse música de segunda categoria comparado aos discos que me
recomendou. Confesso que até agora o que mais gostei foi Aphex Twin. O Flying
Lotus não é ruim, mas me parece mais jazz e hip-hop que música eletrônica. O
disco tem 18 músicas, mas não deve ter muito mais que meia hora, 40 minutos, no
máximo. O último que falta é Terry Riley, “A Rainbow Curved In C”, que meu
primo disse que “é o começo dessa porra toda”. Estou curioso para ouvir esse. O
Flying Lotus é outro bom som para ouvir depois de ter fumado unzinho. Nenhum
deles parece propaganda de celular, como o meu amigo da piscina definiu o Infected
Mushroom. Hahahaha. Entretanto, apesar da posse desses novos conhecimentos
musicais, não desisti de comprar o(s) CD(s) do IM. Pretendo comprar o “Army Of
Mushrooms” com certeza e provavelmente o “Friends Of The Mushrooms Deluxe
Edition”. Gosto dos Mushrooms e pronto.
23h44. Estou ouvindo agora Terry Riley. Não achei o disco a
“A Rainbow Curved In C”, vi que há o “In C” e que há o “A Rainbow In Curved
Air”. Optei por ouvir esse último. É mais orgânico que a música eletrônica de
hoje. Ou assim me parece. Embora ache que ele só esteja usando elementos
eletrônicos. E tem a repetição de temas da música eletrônica. De todos os
discos, o menos interessante para mim até o momento. Mas também não é ruim. Só
estou achando um pouco agudo demais. O disco é composto de duas músicas, uma de
cerca de 19 minutos e outra de cerca de 22 minutos. O que menos gostei de tudo
foi Amon Tobin. Aliás, não gostei de Amon Tobin. Pelo menos das músicas do
show. Achei chato, cansativo. Mas não sou entendido de música como o meu primo
é. Ele está num estágio de evolução musical muito mais elevado do que eu. A
julgar pelo que ouvi de Terry Riley até agora, as duas coisas que ouviria
novamente seriam Aphex Twin e Flying Lotus. Mas estou curioso para ouvir de
Terry Riley ainda, o In C, que é 1968, para ver se o cara já flertava com
eletrônica dessa forma desde aquela época. Mas não o farei hoje, o disco tem
uma música de 42 minutos. Assim vou dormir depois de uma da manhã e não quero
fazer isso. Mas amanhã sem dúvida escutarei. E com as impressões dessa audição,
fecharei este post. Vou pegar Coca.
0h07. O problema de Terry Riley, que não é de forma alguma
uma música inacessível para mim, é a duração das faixas. Eu sei que isso é
frescura da minha parte, mas é o que me chega. E eu acolho. Estou gostando até mais
da segunda que da primeira. Mas continuo achando muito agudo, embora menos que
a primeira. Talvez seja a ausência de baixo que me cause essa impressão por
mais que tenha um som constante e grave bem lá no fundo. Agora ficou parecida
com a primeira música. Estou curioso para ver o que esse cara vai inventar para
encher mais de 40 minutos de música. Começo a achar o som chato e repetitivo.
Tem gosto para tudo mesmo. O meu é muito pouco elaborado eu creio, acho que
gosto das coisas mais básicas mesmo.
0h18. Vou falar de outra coisa que como comentarista musical
eu sou uma negação. Mas ficam aí as dicas do meu primo para música eletrônica,
quem quiser sacar, tem no Spotify. Queria fazer uma coisa outra que escrever
nesse momento, mas não há nada que deseje de fato. Queria fazer as minhas
compras na Amazon, mas minha mãe ainda não desbloqueou o meu cartão. E reativar
o meu Uber.
0h25. Coloquei o “In C” para ouvir. Ele usa muito delay ou
reverb, sei lá, algo que faz o mesmo trecho musical se repetir indefinidamente.
Acho que era o recurso eletrônico que havia na época. Realmente parece com os
primórdios das músicas eletrônicas de hoje. Pela repetição e pequenas variações
sobre o tema. Vi a nova lista dos cem melhores jogos de todos os tempos da IGN.
Há muitos jogos que gosto, achei a lista justa, só não na parte das colocações,
mas sempre vai haver dilema e debate em relação aos melhores jogos de todos os
tempos. Vale ressaltar que a maioria eu não joguei. Quero ver “Ex Machina” de
novo. Deu vontade. Mas o site de onde baixo está fazendo aparecer uma página
muito ozzy simultaneamente, muito difícil de sair dela e com muita cara de ser
algo que instale um vírus no meu computador.
0h54. Consegui. A música interminável de Terry Riley é ótima
para escrever visto que altamente repetitiva, com porquíssimas variações.
Consegui colocar “Ex Machina” e “A Cure For Wellness” para baixar. Achei a
resenha desse último curiosa e me deu vontade de assistir. Com isso vou
enchendo o meu HD de filmes. Preciso assisti-los e apagá-los. Vou pegar mais um
copo de Coca e comer um pouco de farinha láctea. Estou com uma fome da murrinha.
1h01. Comi duas boas colheradas de farinha láctea. É por
isso que não emagreço. Por isso e talvez pelos remédios. E talvez por causa da
retenção de líquidos, uma vez que tomo vários litros de Coca por dia. Sei lá.
Algo me impede de emagrecer. O sedentarismo ajuda, sem dúvida. Espero que a
chuva pare daqui para amanhã senão não poderei ir ao CAPS, minha rua está
completamente alagada. E não vou me meter nessa água imunda e chegar lá todo
molhado. Acabou-se a música de Terry Riley. Vou voltar para IM um pouco. Vou
também ligar o ar para ir dormir. Fumar o último cigarro do dia, encher a Coca
e ir para cama.
-x-x-x-x-
14h17. Já fui e voltei do CAPS. Há algum tempo, mas fui
almoçar com mamãe e, antes, ela foi me mostrar tudo sobre o meu cartão de
crédito. Parece estar tudo operacional. Cadastrei no Uber e realizei uma compra
na Amazon, só dos CDs, meu amigo cineasta disse que não precisava comprar
câmera, que ele iria arrumar uma para mim, o que me desonerou bastante. Como
havia dito comprei os dois CDs do Infected Mushroom e dois do Nirvana, pois
saía o mesmo preço comprar o “Nevermind” (que também não tenho) e o “In Utero” que
só comprar o “In Utero”. E ainda, pelo que entendi, seria uma compra direta da
Amazon, não de um fornecedor terceirizado. Confio mais. Meu amigo cineasta me
confessou que gostaria de voltar a ser criança. Eu entendo e compartilho o
mesmo desejo, o que de certa forma alcancei com a curatela, com todos os bônus
e ônus da situação. Os ônus sendo me submeter às vontades da minha curadora,
minha mãe, que disse que ligaria para o psicólogo hoje, mas foi tirar um
cochilo que provavelmente impossibilitará a marcação do atendimento. É a vida.
Mas estou mais que satisfeito com o cartão, já foi uma grande conquista. Ter de
volta a liberdade de ir e vir com o Uber e ainda ser mais difícil ter o cartão
bloqueado, pois o meu nome é o mesmo do cartão. Estou ouvindo Wilco, o álbum “Yankee
Hotel Foxtrot”, sugestão do meu amigo cineasta. Não me tocou. E tem uma música,
“Pot Kettle Black”, cujo violão da introdução é chupado descaradamente de “In
Between Days” do The Cure, tanto que pensei que era uma cover, mas depois a
música muda bastante. Achei que têm influência de Beatles e não gostei dos
vocais. Nada contra os Beatles, entretanto. Aliás acho quase impossível alguém
não gostar de algo dos Beatles, visto que fizeram músicas as mais variadas. Mas
o Wilco achei fraco. Acho que vou de Interpol depois de Wilco, acho que ouvi a
banda durante o último internamento no Manicômio e achei a minha cara. Gostava
das músicas de primeira. Se Wilco é bom, entende-se porque Radiohead é tão
cultuado. Está léguas além, muito embora sinta saudades do Radiohead do “OK Computer”,
do Radiohead que fazia músicas com a energia de “My Iron Lung”, mas, como meu
amigo cineasta pontuou, essa não é mais a viagem dos caras. Pegar Coca. 14h53.
14h55. Minha leitora número um, Carmem, disse que continuaria
a ler meus posts mesmo depois que as perguntas filosóficas acabassem, para a
minha grande alegria. Disse que quer assistir o documentário, mas está pensando
grande demais se acha que vai entrar no circuito cinematográfico. Se for
realizado, o que para mim ainda é uma incógnita, será disponibilizado no
YouTube. No máximo! Hahahaha. Ou assim creio. A resolução HD (1080 por 720) não
é grande o suficiente para as telas de cinema e duvido que passe na TV as well. É um projeto caseiro do meu
amigo. Entrou o disco anterior ao “Yankee Hotel Foxtrot”, o “Mermaid Avenue
Vol. II” e o vocal do cara está bem melhor, além de ser um disco mais acessível
que o outro. Ainda lembra muito Beatles, mas sem o brilho desses. Realmente não
acrescenta nada ao que já ouvi e até agora não veio aquela canção linda ou
viajante que me arrebate. Vou tentar o Interpol. Acho que esse era o nome da
banda que ouvi quando internado. Vamos ver.
15h09. Coloquei o “El Pintor” do Interpol e não estou
gostando muito, porém estou gostando mais que do Wilco. Estou achando que este
disco tem mais influência do Pink Floyd. Gosto mais dos arranjos. Não gosto
tanto de Pink Floyd. Também conheço muito pouco, o que é um vexame, eu sei.
Também conheço quase nada de Led Zeppelin. E se for citar os medalhões do rock
que desconheço, passo vergonha aqui. Conheço muito pouco de Rolling Stones e o
pouco que conheço não me atrai. Gosto bem mais de Interpol que Wilco até agora.
É mais rock de arena, mas tem mais alma que Coldplay. Coldplay não me desce
também, não sei por quê. Tinha tudo para eu gostar, mas falta algo à banda que
não sei especificar o que é. Hoje no grupo AD pediram para ilustrar como eu sou
recaído. Desenhei Hannibal Lecter, o psicopata de “O Silêncio dos Inocentes” todo
amordaçado e preso, mas com o pin da caneta escondido na boca, pois é assim que
me sinto recaído. Um psicopata, totalmente desprovido de valores morais que
sempre encontra uma maneira de conseguir o que quer, qual seja, a liberdade de
usar a cola. Se não tivesse saído tão rapidamente do CAPS, poderia ter trazido
o desenho e escaneá-lo para ilustrar esse post. É uma pena que não tenha
considerado isso. A priori só havia eu e mais outro na sala, mas chegou a usuária
que talvez leia meu blog (pelo menos já leu). E acho que vou acabar o post por
aqui. Estou gostando de Interpol. Acredito que os trabalhos mais antigos possam
ser ainda mais agradáveis aos ouvidos.
15h55. Por que sempre me dá um anticlímax depois de cada
compra online que realizo? É porque isso não lhe preenche, idiota! É vero. Mas
comprei os únicos CDs que eu desejava comprar, a não ser que Björk, The Cure,
Strokes, Caetano, Camelo, Amarante ou Mallu lancem algum CD novo. Ah e New
Order e Depeche Mode. Já Chico, não me agradei muito dos últimos dois discos.
Gosto de vê-lo mais de bem com a vida e mais descontraído, mas gostava mais da
sua poesia do passado. Ainda não tenho certeza se foi Interpol que ouvi no
internamento. Por falar em internamento, preciso digitar os diários. Vou
terminar esse post por aqui. Revisar, postar e digitar.
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