Hoje me peguei sendo mais sensível comigo mesmo, em termos
de sensações mesmo, especialmente o tato. A forma das coisas, suas
temperaturas, texturas. Não sei por que acordei assim mais atento ao meu tato,
fato é que muitas experiências do tato me passavam despercebidas. Não quero
também permanecer com esse foco no tato, mas me ajuda a perceber pequenos
desconfortos, agora mesmo, em relação a posição dos meus pés, por exemplo, que
antes passavam batido. Se isso me ajudar a viver uma vida mais confortável
ainda, posso sempre me dar um momento para observar meu tato e ver o que está
me desagradando e adequar minha posição de modo a torná-la o mais confortável
possível.
179 – O que é que os
terroristas ganham com o terrorismo?
Além das 70 virgens no além? Bem, eles estão numa guerra
contra a cultura ocidental, que eles veem como opressores do seu povo. Como
dispõem de recursos bélicos relativamente limitados, eles atacam pontualmente
os seus inimigos, visto que não podem lançar uma ofensiva mais portentosa. Acho
que ganham também os EUA principalmente, talvez a Rússia, que são países
belicosos, pois o antiterrorismo movimenta suas indústrias bélicas.
178 – A guerra é algo
mau?
A menos injustificável para mim é uma guerra civil onde a
maioria está em desacordo com o poder. Infelizmente em países onde a democracia
não está devidamente implementada, essa é a única maneira que encontram de
fazer uma reforma política. Mas nenhuma guerra é boa, poucas são as vezes em
que uma causa vale mais que a vida de um ser humano. Ou, pior ainda de vários. Me
lembro que o primeiro grande medo que tive na vida foi da guerra. Recordo que
com quatro ou cinco anos eu perguntava aterrorizado a meu pai se haveria guerra
aqui. E meu pai me tranquilizava dizendo que o Brasil é um país que não entra
em guerras. Em verdade, eu acho a guerra algo extremamente mau. Uma aberração
do comportamento humano. Algo medieval que não deveria mais ocorrer no século
XXI. Ainda acho que ocorrem muito mais para alimentar as grandes indústrias
bélicas que por quaisquer outras razões. E sempre as grandes potências do
ocidente têm um dedinho nos conflitos, seja apoiando o governo que a população
de um país lascado quer depor, seja atacando os fanáticos religiosos para
evitar que se disseminem. Temos ainda muito a caminhar rumo a um planeta
democrático. Mas a Singularidade Tecnológica virar para pôr fim a todas essas
querelas, pelo menos assim eu creio.
177 – Quando é que
uma imagem vale mais do que mil palavras?
Via de regra uma imagem é um relato mais detalhado e preciso
da realidade que as palavras. Pego o exemplo das fotos de abertura do Windows
10. São fotos belíssimas que teria extrema dificuldade em descrever com
detalhes suficientes para que o leitor tivesse uma ideia tão clara quanto a que
a imagem me apresenta. Uma figura de linguagem como uma metáfora muitas vezes
facilita muito a compreensão do que está sendo explicado. Mas voltando à imagem
de fato, ela descreve o mundo objetivo, a realidade de forma mais precisa que
quaisquer descrições orais ou verbais que façamos, pois estas nunca serão
imaginadas da mesma forma por pessoas diferentes, nunca refletirão com a
precisão de uma imagem o que está sendo exposto.
176 – Um criminoso é
livre para não cometer um crime?
Sim. Ele é dotado de livre-arbítrio, infelizmente a formação
que teve ao longo da vida o levou a crer que cometer o crime é algo válido,
então ele não vai ter impedimentos muitos para cometê-lo, mesmo que no seu
íntimo ele saiba que está prejudicando a outrem. Mas a escolha sempre há. Acho
que a única coisa que não se tem muita escolha é amar ou não amar alguém.
175 – É perigoso
seguir regras?
Depende das regras. Se for algo como a tal Baleia Azul que
induz através de suas regras que a pessoa cometa suicídio, é extremamente
perigoso. Como o são as regras de ir para a guerra. Mas comumente, tirando os
casos extremos de regras prejudiciais ao indivíduo, seguir as regras é a maneira
mais tranquila e segura de viver em sociedade.
174 – Como sabemos
que regras seguir?
Usando o bom-senso e baseando-nos em nossos valores morais.
173 – Há beleza sem
seres humanos?
Acredito que haja, mesmo que de forma rudimentar, em animais
que selecionam quem será o seu parceiro de procriação dentre tantos outros da
mesma espécie. E as galinhas, por exemplo, protegem suas crias, é porque algo
de belo, de especial há naquelas criaturas que não há nas outras. Mas o ser
humano tem uma noção de belo deveras mais complexa e elaborada através dos
milênios que nenhum animal possui.
172 – Qual o
interesse em conhecer pessoas belas?
Me interesso em conhecer mulheres belas, porque muito me
apraz a beleza feminina, acho a beleza mor dentre todas as belezas que há no
mundo, provavelmente por eu ser um ser humano macho heterossexual. Já não faço
essa distinção em relação aos homens. O interesse é de ordem afetiva, nasce do
desejo de trocar afeto com a bela mulher. Bela aos meus olhos, vale ressaltar.
171 – Temos o direito
de castigar quem nos faz mal?
Não tenho esse direito. O maior castigo que me dou o direito
de infligir é evitar o convívio com tal pessoa. Posso pedir medidas
legais/criminais dependendo do agravo cometido. Mas me vingar, de forma alguma.
170 – Há verdade na
música?
Há muita verdade na música, principalmente quando não é
feita com intuito meramente comercial, quando não é encarada como um produto,
mas como uma manifestação do ser, do que ele acha que é belo e do que ele
acredita.
16h17. Mais dez respondidas. Desde ontem não me sinto tão
bem emocionalmente quanto era de praxe me sentir. Acho que sei a explicação
para isso e isso me preocupa. Não acredito que esteja em depressão, não é nada
disso. É apenas uma privação pela qual estou passando e com a qual vou ter que
me acostumar. Minha vida se tornará um pouco menos prazerosa e preciso me
acostumar com essa nova realidade. Estou interagindo tão pouco com outras
pessoas que algumas vezes tenho dificuldade de entender o que dizem. Isso não é
bom. Uma das muitas arestas a aparar. Que bom que as haja, pois significa que a
minha vida pode melhorar em certos âmbitos e talvez suprir a ausência do que
vinha deixando a vida mais interessante. Vou responder mais dez questões,
embora esteja sem motivação para isso agora. Vou pegar Coca, isso sim. 16h29.
19h34. Minha mãe me avisou que já comprou as passagens para
a Alemanha para visitarmos a minha irmã em setembro. Pense numa coisa que vai
precisar de muita preparação emocional para aceitar de boa. Ainda bem que ainda
há tempo para me acostumar com a ideia. Eu sei que parece ingratidão, afinal,
quem não gostaria de fazer uma viagem à magnífica Munique? Em pleno outono e
ainda participar da animadíssima Oktoberfest? Tomar Cherry Coke? Ir ao museu de
impressionismo, que eu espero que desta vez eu vá? Pensar nas coisas boas
ajuda-me a me acomodar com a ideia. Já estou menos apreensivo do que quando
soube das passagens. Mas vamos a mais questões filosóficas.
169 – Podemos alguma
vez ser cruéis?
Sim. Falo de mim aqui, não posso falar pelos outros. Mas há
personagens históricos e povos que foram extremamente cruéis. Entretanto, se a
pergunta é se devemos alguma vez sermos cruéis, eu diria que, embora haja
várias oportunidades de sê-lo, todas elas deveriam ser reprimidas. A crueldade
é algo que destoa em absoluto da civilidade. Eu gosto da civilidade, portanto
repudio a crueldade, muito embora algumas vezes tenha sido bastante cruel, do
que me arrependo profundamente. Podemos ser cruéis, mas não devemos ser cruéis.
Não devemos exercer esse poder porque ele sempre prejudica o alvo da crueldade
praticada, logo é inválido segundo o meu código de conduta de não fazer com os
demais o que não quero que seja feito comigo.
168 – As vacas são
brancas e pretas?
Que pergunta é essa? Não entendi qual o aspecto filosófico
disso, mas existem vacas de outras cores e nem todas as vacas são malhadas. E
há as que são malhadas de outras cores. Se a vaca tem a maior parte do seu
corpo branca e uma parte menor preta, eu diria que ela seria branca com manchas
pretas, se fosse o inverso, diria o inverso. Realmente não alcancei a pergunta.
167 – A água é
indispensável ao ser humano?
Sim, sem sombra de dúvida. Somos 70% água e perdemos
líquido, logo precisamos repor. Sem água, morremos. Isso é uma questão mais
fisiológica que filosófica. Dito isso, acho de uma desumanidade inominável
ainda haver gente passando fome e sede no mundo. Mas a Singularidade está
chegando ainda neste século, segundo Ray Kurzweil.
166 – A religião é
uma filosofia?
Boa pergunta. Mas se ensina um modo de pensar, agir e ser no
mundo, creio que seja uma filosofia, sim.
165 – A vida precisa
de um sentido?
Precisa de propósitos, de desejos e vontades realizáveis,
sem isso a vida se torna tediosa, o que pode levar à depressão e, desta, ao
suicídio. Viver de acordo com os seus princípios também dá um certo norte à
vida, mas isso por si só não é suficiente. É necessário ter-se algo a se fazer,
algo que preencha o ser. Um sentido maior, transcendente, para a vida me parece
dispensável. Mas muitos se apoiam nisso como sendo o sentido de suas vidas. Eu
tenho a crença no surgimento de uma Singularidade Tecnológica que vai nos levar
ao paraíso na Terra, mas posso passar muito bem se isso não acontecer.
164 – Pode o sentido
da vida parecer sem sentido?
A vida não tem sentido, na minha opinião, não há um sentido
intrínseco à vida de uma pessoa, nós é que buscamos afazeres que preencham o
vazio existencial de que a vida não tem sentido e que todos rumamos para a
morte, para o nada. Ou a depender da crença de cada um para um destino
diferente após a morte.
163 – Qual o poder
dos sentidos sobre a vontade?
O mais básico é dado pelo tato que é tomar atitudes para
evitar a dor. Ou tocar ou ser tocado de forma agradável. Há também a visão de
algo miserável, belo, cruel, bom, ruim etc. que impacta a nossa vontade e em
como agir de acordo com cada situação. Isso sem falar nas leituras que podem
inclusive moldar as nossas vontades. A audição também influencia as nossas
vontades, a depender do que nos é dito ou se ouvimos uma música que amamos ou
outra que detestamos. O paladar e o olfato em menor escala também moldam nossas
vontades, faremos o máximo para evitar comer o que está podre ou o que
detestamos e procuraremos nos saciar com aquilo que nos agrade o paladar e o
olfato. Em uma palavra, os sentidos têm influência direta e contínua sobre
nossas vontades.
161 – A suma bondade
(de Deus) é compatível com a punição da maldade?
É interessante que Deus nos tenha dado a capacidade de fazer
o mal, poderíamos ter um livre-arbítrio que não abrangesse a capacidade de
fazer mal, visto que isso é mau para o ser humano e para os seus concidadãos.
Não entendo porque ele colocou o fruto proibido no Jardim do Éden e ainda criou
um ser que é a personificação da maldade e da mentira para persuadir Eva a
provar da fruta do bem e do mal, dando origem a todo o machismo que há no mundo
ocidental. Se não entendo isso, como vou entender que um Deus amoroso e bondoso
nos puna, ou seja, faça maldades com os seres que ama? É tudo folclore para
mim.
160 – As sombras
existem?
Sim, mas é claro. São o efeito da luz projetada sobre um
objeto. Enquanto houver luz e objetos no universo haverá sombras, depois,
quando da entropia absoluta, tudo serão trevas.
17h38. Acho que dá para responder mais dez antes de partir
com minha mãe para a radioterapia. Vou tentar.
159 – Quando é que o
silêncio é conflituoso?
Não entendi muito bem a pergunta, mas quando eu calo alguma
coisa que necessitava muito manifestar, mas as circunstâncias na minha opinião
não o permitem. Ou quando o meu pai me lançava um silencioso olhar de
reprovação, isso também me incomodava deveras.
158 – O que significa
ter razão?
Não muita coisa, todos acham que têm razão mesmo que com
opiniões completamente divergentes. Se torna mais válido se se produzirem
provas as mais inquestionáveis possíveis da dita razão.
157 – Amamos o que é
belo ou consideramos belo o que amamos?
As duas coisas. Depende da situação. Eu amo o que é belo,
mas, por outro lado acho belo coisas que amo, como um quadro que pintei e
fiquei particularmente satisfeito com o resultado (isso quando pintava).
156 – O que é a
satisfação?
É a saciedade de uma vontade ou desejo. É o contentamento de
ter feito uma coisa boa ou uma coisa bem-feita. Ou ainda a alegria quando nos
fazem algo de bom.
155 – O que é a
insatisfação?
É um desconforto na alma que se dá quando as coisas não saem
ou não são do jeito que se quer.
154 – A filosofia conduz-nos
à verdade?
Como percursora de quase todas as ciências acho que ela
conduz a verdade, pois conduziu ao surgimento das ciências, que são as
metodologias/ferramentas mais evoluídas que o homem possui para descrever a
verdade. De outra forma, acho que não, embora ela tenha sido fundamental para
formar os valores e comportamentos das sociedades, de tudo o que é da dimensão
estritamente humana e abstrata ou intangível.
153 – A vida humana
pode ter um preço?
Não. Infelizmente sou onívoro senão diria que nenhuma vida
tem preço ou que todas são de valor inestimável.
152 – O que é a
justiça?
É uma abstração criada pelos homens que serve para
solucionar disputas entre eles. É um mecanismo social de nivelamento dos
direitos e deveres dos membros de uma sociedade. Justiça é valorizar as boas
ações e repreender as más. Não sei responder melhor do que isso. É uma pergunta
muito complexa.
151 – Para que servem
os mortos?
Adubo ou para estudos de anatomia.
150 – Os sentimentos
são conhecimento?
Qualquer tipo de estímulo é conhecimento. Pode ser
equivocado ou não, mas amplia os limites do ser. Conhecer o amor recíproco é
uma delícia e me faz uma falta danada. Eu que o conheci profundamente. Até a
ira há de ensinar algo ao irado, mesmo que algo ruim. Então sim, os sentimentos
são conhecimento, principalmente autoconhecimento.
21h41. Já chegamos da radioterapia, já comi, embora a fome
do remédio ainda venha. Preciso tomar banho antes de dormir. Estou com
preguiça. Preguiça de tudo, menos do que eu não posso que é fumar um cigarro de
verdade agora porque o meu padrasto está zanzando pelo corredor e ele odeia
cheiro de cigarro. O meu computador me avisou que vai reiniciar às 22h02 para
instalação das atualizações. Quando ele reiniciar, eu vou tomar banho. 21h50. Contagem
regressiva. Não quero jogar Zelda, nem assistir a nova temporada de “The
Walking Dead”, estou sem vontade de fazer nada. Só fumar um cigarro, o que não
posso ainda. Preciso pegar um sabonete novo na despensa antes de entrar no
chuveiro. Eu sou atraído pelo proibido. E isso não é uma qualidade, pelo
contrário, é um grande defeito. Já fui bem pior, é verdade. Mas isso não quer
dizer que não burle mais nenhuma regra. Cinco minutos para a reinicialização.
Espero que essas mudanças do Windows não sejam muito invasivas da minha
privacidade. Ou, o que seria pior, bloqueiem meu Word por não ser uma cópia
ativada. Só me resta torcer. Três minutos para a reinicialização. Vou salvar
isso daqui e fechar o Spotify.
0h04. Finalmente a atualização acabou. Deu para eu ver o primeiro
episódio da sexta temporada de “The Walking Dead” inteiro e ainda tomar banho.
Não sei mais o que fazer. Se for assistir TWD viro a noite e não quero fazer
isso logo no dia em que vou encontrar com o meu amigo que mora em São Paulo. Se
ele não chegar estropiado da viagem e resolver fazer o encontro na quinta-feira.
Um outro amigo meu quer eu passe o São João indo em sua casa aguar as plantas e
dar comida ao cachorro. E eu concordei. Parece que foi só eu escrever sobre a
ojeriza a obrigações que me surgiram obrigações ozzy. Se ele ainda morasse aqui
no prédio, limpeza, mas ele mora relativamente longe, então vai ser uma longa
caminhada. Vou responder mais algumas questões filosóficas já que esse papo de
obrigações está me deixando um pouco irritado. Aí toda vez que for viajar agora
eu serei babá do seu cachorro e de suas plantas, é? Terei que por um limite
nisso. Tenho que dizer que não vou fazer isso todo feriadão em que ele quiser
viajar, não. Que ele faça um revezamento de amigos. E vou cobrar os meus
presentes de Natal que até agora, ele prometeu e nada. Bem, já assumi a
obrigação, então terei de levá-la a cabo. Outra obrigação que estou
negligenciando é a digitação dos meus diários. Droga. Vou ver se amanhã eu
digito alguma coisa. Hoje não estou com saco nenhum. Ou quase. Quem sabe eu não
digite depois de responder mais dez questões filosóficas? Vamos às perguntas.
149 – Só os seres
humanos falam?
Não sei se há seres inteligentes em outras partes do
universo e que método eles usam para se comunicar. Embora acredita que existam.
Voltando à Terra, a maioria dos animais mais evoluídos se comunica de alguma
forma, foi aventado inclusive, se não me engano que golfinhos têm uma linguagem
rudimentar.
148 – Só os seres
humanos conhecem?
Não. Acredito que todos os seres vivos conhecem algo, as
suas próprias naturezas.
147 – Podemos
conhecer algo inconscientemente?
Talvez, é bem provável que sim. Mas o inconsciente nos é,
mais das vezes, inacessível.
146 – É importante
conhecermo-nos a nós mesmos?
Não sei se é importante, mas é uma coisa que me esforço em
fazer, especialmente através desse blog.
145 – A certeza é a
verdade?
É a verdade subjetiva, não a verdade de fato, visto que essa
é maior que as nossas capacidades cognitivas.
144 – O óbvio é a
verdade?
Não, embora dê essa impressão. Até porque o que é óbvio para
você, pode não ser óbvio para o outro, e aí?
143 – Podemos ver uma
coisa sem a ver?
Pergunte a um cego. Ele “vê” as coisas através dos outros
sentidos.
142- É importante
conhecermos a verdade?
É impossível conhecermos a verdade. Só chegaremos muito mais
próximos dela com o advento da Singularidade Tecnológica terrestre.
141 – O que é a
vergonha?
É uma coisa que tenho em excesso na minha vida social. É um
pudor que se tem em revelar certos aspectos de si para outras pessoas com medo
do julgamento do outro. É o que se sente quando faz-se algo de embaraçoso na
sua percepção também.
140 – O que é a
culpa?
A culpa é o ressentimento por uma falha/falta cometida. É um
sentimento pungente que me consome.
2h01. Minha mãe se levantou só para dizer que estou proibido
de cuidar do cachorro e das plantas do meu amigo, que ela não vê com muitos
bons olhos. Acha que eu possa me drogar de alguma forma, usar cola, sei lá. Só
sei que me proibiu. E falou num tom agressivo, que saco, viu? Depois diz que
confia no meu tratamento. Eu devia dar graças a deus por ter essa obrigação a
menos, mas o cerceamento de liberdade cala mais forte agora. Maldita curatela.
Bendita no aspecto financeiro, o que sempre para mim vai ser uma bênção, mas
limitante em todos os outros aspectos, principalmente por ter uma mãe
extremamente dominadora e paranoica como a minha. Dá vontade de mandar essas
viagens pra puta que o pariu.
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