O Zeldinha! |
1h19. Acabei de publicar dois posts e já emendo começando um
novo. Me sinto meio Neo de Matrix ouvindo Infected Mushroom e usando o
computador. Não que eu seja hacker nem nada, não sei nem usar as
funcionalidades do Word além do muito básico. Hahahaha. Mas pelo que em lembro
ele escutava Techno enquanto usava o computador. Acho que psytrance é um tipo
de Techno. Não conheço nada dessa cena. Ela se descortina agora para mim e, por
enquanto estou concentrado apenas em IM. Estou batendo um papo com um dos meus
amigos entrevistadores que também passa por um momento de isolamento social.
Tentando marcar um encontro aqui na Praça para a gente trocar umas ideias. Só
que ele demora uma lenda para responder. Já eu respondo rápido demais e sai
cheio de erros de digitação. Aposto que amanhã não terá ninguém na piscina, vai
ser ótimo para escrever. Como era previsto pelo Vate, meu amigo da piscina não
deu notícia de vida hoje. Também, o alertei que provavelmente não desceria, mas
acho que foi mais porque ele não precisou. Não me mandar nenhuma mensagem é
estranho, não tem sido sua rotina ultimamente. De toda forma, pretendo ir para
a piscina amanhã se não estiver chuvoso o tempo. Espero que não, que dê
piscina. Gostei da experiência. Montei a cadeira que minha avó comprou para
mim, mas não sei se o fiz certo. Ela está com o assento meio bambo, se me
inclino para trás, ela bambeia para trás, a mesma coisa para a frente. “Meduzz”
do IM tem um começo que parece com o som que faz na minha cabeça quando cheiro
cola, eu acho. Vou colocar de novo, só para checar. Lembra um pouco, a primeira
batida que rola na música. Gostei dela só por causa disso. Mas não dou garantia
que seja o mesmo som que eu ouço quando cheiro cola, mas que me remeteu a isso,
remeteu. Como pequenos trechos da introdução de “Téo E A Gaivota” de Camelo
também lembram. 1h55. Espero que tenha apertado suficientemente bem os
parafusos da cadeira. Pelo que compreendi ela ainda está desmontável em três
partes, o assento com os braços, a base com as rodinhas, e a haste que une uma
coisa à outra, então, se eu erguer a cadeira ela provavelmente se separará,
visto que não aparafusei nem foi mandado aparafusar nenhuma dessas partes umas
com as outras. Nem mandaram parafusos para isso. Dentro em breve pegarei mais
um copo. Continuo trocando uma conversa com o meu amigo entrevistador que
também vive uma certa crise de ostracismo.
2h05. Pronto, marcamos para que, se ele souber de algum
programa da minha outra turma, a nossa turma, ele me avisar. Melhor impossível.
Pois, como disse a ele, eu mal falo com o meu primo dessa turma hoje em dia. O
filtro do meu Vaporfi já está começando a ficar fraco, meu amigo da piscina me
deu a dica de limpar com álcool para ver se melhora. Mas acho que há uma parte
que não é de metal que só se vê abrindo o filtro sei lá como. Se formos nos
encontrar mais uma vez, levo um para mostrar a ele. Acho já estando dando
problema tão cedo porque não limpei o líquido quando tive oportunidade. Não
queria desperdiçar o meu último líquido “Reserve”. Não gosto das músicas do IM
quando são cantadas, gosto das mais eletrônicas possíveis. E das mais cheias de
mixagens e alterações. Não sei por que Björk ainda não fez parceria com eles.
Será que eles defendem o fim do estado palestino ou algo do gênero, visto que
são israelenses? Ainda bem que não entendo quase nada do que é dito nas
músicas. Me deu uma vontadezinha de bater um Zelda. Me deu uma “vontadezona” de
ficar acordado até amanhã. Mas já estou com traços de sono. Não sei. Vamos ver
o que a noite vai me trazendo. Gostei de “Ballerium” do IM. É mais relaxante,
embora me pareça que usem o mesmo sampler de “U R So Fucked”. Vou ouvir o
conselho do meu amigo e procurar por “lounge”
2h27. Coloquei “lounge top 100” do Spotify. A primeira
música é uma música cantada por uma mulher e embora bem relaxante e o arranjo
ser eletrônico, não tem as mixagens loucas do IM, estou achando muito normal.
Vou ouvir mais cinco músicas para formar uma opinião mais compreensiva. Está em
modo aleatório. Vou mudar essa, para mim já deu, parece balada dos anos 80.
Coloquei “L.A. Nightdrive, já é bem mais Techno, mas até agora sem a maestria
do Infected Mushroom. Segunda música, não estou gostando muito, mas irei até a
quinta música. Estou achando essa muito repetitiva. Não sei se irei até a
quinta ouvindo-as inteiras.
2h36. Desisti, resolvi procurar os 10 melhores discos psytrance. Encontrei uma lista, mas
parece ser antiga. Entretanto no que apareceu de cara no Google, havia dois discos
do IM, “Classical Mushroom” e “B.P. Empire”. Estou ouvindo um disco de 1999 de
Hux Flux. Que foi o disco número 1 da lista do cara do fórum. Não estou achando
tão criativo quanto IM. Estou dando uma passeada pelo psytrance. Ouvi uma de Walter Ego, agora estou ouvindo Sphongle.
Até agora nenhum bateu a criatividade e a maestria do IM. Esse Sphongle usa samplers mais orgânicos. Não gostei.
Acho que me acostumei com o estilo do IM e não consigo ouvir outro tipo de
psytrance. Acho que já vou com preconceito com os demais ou já ouvi o melhor de
cara. É um som mais dinâmico, vibrante e criativo.
2h57. Me perdi vendo e-mails de propaganda na internet.
Estou com sono. Vou pegar um copo de Coca.
3h01. Estou de volta. Comi o resto das bananas fritas, além
de pegar a Coca, claro. Mamãe disse que precisamos resolver o problema do
cartão. Para tanto, é necessário ligar para o cartão e dizer para que eles
tenham como transações válidas as que são feitas em meu nome. Deve haver uma
forma de programar isso no sistema. Espero que sim. Seria uma ótima notícia.
Uma notícia que estou realmente precisando ouvir. Ou então terei de mudar o
nome dos titulares de todas as minhas contas que estou pagando parcelas. Bom,
espero que mamãe chegue a bom termo com a mulher do cartão. Acho IM tão
superior ao pouco que ouvi dos demais. Acho que desenvolvi certo fanatismo por
Infected Mushroom. Não sei se isso é algum traço de mania se manifestando.
Espero que não. Acho que simplesmente me encantei por uma coisa nova. Pela
novidade.
3h16. Vou e acabo voltando para IM. Vou deixar como está, já
rodei demais por um dia. Ou melhor, uma noite. O que estou sentindo agora. Um
desconforto no estômago, não sei se porque comi as bananas. Mas não é vontade
de ir no banheiro é como uma dor. Pode ser a Coca, espero que não. Só me
ocorreu agora, a doidinha que está comigo no dungeon do Zelda pode voar, logo ela pode voar para o outro lado da
sala em segurança. Talvez. Se não for muito alto nem muito longe. Boa ideia.
Vale a tentativa. De lá quem sabe ela não possa inclusive desfazer a fumaça que
me “amaldiçoada” que me impede de usar qualquer arma, fico completamente
indefeso. É possível soprar a fumaça venenosa com a folha que tenho como item,
mas não sei se dá tempo de matar a mão amaldiçoada que me puxa para um buraco
mágico no chão e me faz surgir no começo do dungeon.
Pois é, o Zelda é cheio de desafios muito loucos. É muito criativo também, uma
aventura. Espero não estar entrando realmente em estado de mania. Estou achando
quase tudo interessante. Quase. Isso pode ser um sinal de mania. De começo de
hipomania. Preciso ficar atento. Se começar a viver num mundo muito “Poliana”
demais é bom pedir uma visita à Doutora. E sobre Björk fazer uma parceria com
IM, parece que Lady Gaga chegou lá primeiro. Agora acho quase impossível minha
musa fazer algo com eles. 3h36. Começo a ficar com sono, mas acho que vou
apelar para o virote. Amanhã, quarta-feira, tenho CAPS e com esse virote posso
dormir cedo na véspera. Ou não dou o virote? Queria dormir um pouco, mas não
agora. Quem sabe não resolvamos esta questão do cartão amanhã ou na quinta? Se
resolvermos. A mulher vai querer me empurrar um de dependente como da outra
vez. É necessário que ela entenda que eu não posso ter cartão de crédito de
dependente. Ou será que posso, temos que ligar para o advogado da família para
nos informarmos. Acho que é a primeira coisa a se fazer antes de ligar para a
operadora de cartão de crédito. Boa ideia. Pode ser que meu padrasto esteja
enganado. Que se for um cartão de dependente eu possa ter. Veremos, veremos.
Mas o que mais me passa pela cabeça? Ouxe, me veio agora Aurora, como me
costumava vir quando ficava sem assunto na internação. Isso me lembra que tenho
que digitar os meus diários. Voltar a fazer isso. Posso começar a fazer isso
hoje, eu acho. É uma coisa que dá sono. Vou fazer isso agora.
6h53. Digitei parte do diário, tive que recontar o omitido
das artimanhas para a minha recaída de cola lá dentro, pois arranquei as
páginas com medo de que pedissem meus escritos para ler e acabasse queimando o
filme de quem não deveria, o que foi meio inevitável acontecer no final das
contas. E essa culpa carregarei comigo para o túmulo. Os diários serão a minha
grande obra em e-book, se chegar a publicá-los algum dia. Essa é a minha
esperança. Mas acho que minha obra maior ainda é este blog. E é livre gratuito
e público. Não que tenha muito público, mas que é aberto para qualquer ser
humano da Terra com internet e compreensão de Português – o que já não é lá
muita gente – poder ler. Um dia o Google vai oferecer tradução instantânea de
alta precisão para diversos idiomas e o meu blog poderá ser lido por toda a
humanidade. E mesmo assim será pouco lido. Porque caudaloso. E porque
desinteressante. Mas é a obra que deixo, o meu legado. Quando não dever mais nada
a ninguém, ponho o Desabafos do Vate em modo público também. Por enquanto, não.
Não tenho coragem de me pôr assim completamente desnudo. Deixem-me as cuecas
pelo menos! Hahahahaha. Mas é, já me mostro tanto aqui que me sinto com a alma
seminua. E não sei fazer diferente. O pior ou melhor é isso. Para quem lê,
encontra aqui um retrato muito transparente e verdadeiro de mim. Eu exibo aqui
o que não tenho coragem de repartir na minha página pessoal de Facebook, pois
tenho vergonha do que os meus amigos vão achar. Divulgo para anônimos, pessoas
com quem eu tenho quase certeza de que nunca vou cruzar. Já não tenho mais
sono. Vou receber um belo esporro matinal de mamãe. Que seja. Mais um. E por
uma boa causa, dormir cedo hoje para acordar cedo amanhã e encarar o CAPS. Mas percebo
que estou com a mente cansada. Cometendo erros bestas de digitação. Coloquei IM
para ver se me anima. A fantástica empregada sempre faz uma cagada com as
tomadas dos meus diversos aparelhos eletrônicos e acaba por desplugar algum, no
caso dessa semana foi a tomada do carregador do controle do Wii U, o que me
levou, ao recolocá-la, a cometer outra cagada e desliguei sem querer o
computador, que sem ter bateria plugada desliga automaticamente e o fiz sem
salvar tudo o que digitei nos diários, por sorte o salvamento automático do
Word me ajudou e salvou exatamente de onde eu havia parado. O mesmo eu não sei
se aconteceu com esse texto, mas acho que sim. Não lembro de ter voltado a ele
depois de ter me voltado para os diários. Estou ficando com sono por não saber
o que escrever e não quero enfrentar agora o mestre do dungeon de Zelda, nem ter que voltar até a sala onde ele se
esconde. A obra das duas torres de apartamento que roubarão a privilegiada
visão da nossa varanda já iniciou, é um som que combina com o que estou
ouvindo. Engraçado isso. As marteladas ou marretadas, os gritos, as serras,
tudo se harmoniza com psytrance. Uma coisa que percebi respondendo a entrevista
dos meus amigos foi que me esquivei das
perguntas que exigiam que eu assumisse uma responsabilidade que eu não me
sentia capaz de arcar, ou seja, a pergunta do trem assassino e a do terrorista
a ser torturado. A música é tão louca que não sei se está dando engasgo no
Spotify porque abri o Chrome ou se é mixagem mesmo. Hahahahaha. O que sinto agora?
Sinto que podia evitar o esporro da minha mãe se fosse dormir. Mas aí não sei
que horas eu iria acordar. Quero ver se corto o cabelo hoje. Por isso não posso
dormir até muito tarde. E quero ver se vou para a piscina escrever hoje à
noite, das 18h às 22h. Acho que vou tirar um cochilo.
7h55. Na fumada de cigarro para a dormida, meu padrasto
ligou aqui para casa e eu fui atender e mamãe acordou. Não ficou feliz em me
ver acordado, se disse preocupada. Mas não levei o esporro que pensei que
levaria. Em parte, talvez, porque tenha montado a cadeira. Quando formos tomar
café, que ela demandou que o fizesse com ela, direi que quando estiver me
sentindo mal, a primeira coisa que vou pedir é ajuda. Vou querer ver a Doutora.
Mas, como disse a minha mãe, com total sinceridade, me sinto bem, muito bem,
por sinal. O muito bem me preocupa um pouco, mas não acho que seja hipomania.
Acho só que é uma fase boa que atravesso. Por vários motivos. O primeiro, a
isenção de preocupações, exceto a do cartão de crédito. Taí um assunto para
tratar também com ela no café da manhã. No que estou pensando agora? No corte
de cabelo, se o faço logo agora pela manhã ou à tarde. Estou mais inclinado a
ir logo pela manhã, se a chuva der uma trégua. Hoje o dia parece que vai ser
chuvoso. Era tudo o que não queria. Também não queria um dia de verão, mas
chuviscando é mal. Mas não se pode ter tudo, não é? Pelo menos não até o
advento da Singularidade. A vontade que me dá é ir aumentando o som. Quando
mamãe sair vou ouvir Infected Mushroom como numa rave. No talo. Acho que vou
ver o filme de Cristo de Mel Gibson hoje à tarde. Tomara que a chuva ceda, não
quero ir até a cabeleireira na chuva. O filme hoje se me afigura como uma boa
pedida. Interessante. Tudo tem dia para acontecer.
9h41. Por falar em dia para acontecer, hoje mamãe resolveu
parcialmente, porque definitivamente só quando o novo cartão chegar, todas a
pendengas do cartão e aparentemente ela pode me cadastrar como usuário do
cartão ou coisa parecida, assim não bloquearão as compras que eu fizer com o
dito cujo. Pela data em que foi emitida a carta de cancelamento, eu acho que
não foram as compras que eu efetivei que bloquearam o cartão, a não ser que
tenham enviado no mesmo dia em que ocorreram, muito embora eu ache que só tenha
tentado comprar o jogo e o CD na madrugada do dia seguinte ao meu aniversário e
a carta de cancelamento foi produzida no dia do meu aniversário. Sei lá, posso
ter comprado antes da meia-noite e a carta ter sido gerada automaticamente. De
qualquer forma tudo vai ser solucionado e meu nome vai ter carta branca para
comprar no cartão. Yes! Mamãe também pediu as Cocas e elas chegarão hoje. Acho
que IM é meio viciante. E ainda por cima mamãe ainda deu o toque na malícia
para a cadeira não ficar mais bambeando para frente, rodar uma peça em forma de
torneira que tem embaixo, na parte frontal da cadeira. Pronto, mais uma coisa
boa aconteceu. Como disse um dia desses, é da valorização dessas pequenas
alegrias que a malha da felicidade é feita. É usufruir o contentamento dos
pequeninos prazeres que a vida nos dá a cada dia. Prestar atenção neles mais
que nos estresses. Só de colocar a palavra estresse já penso no estresse de
trazer todas as minhas bonecas para cá dos States e em como fazer com as
caixas, mas não quero nem pensar nisso. Me concentrar no agora. O futuro, no
futuro, quando a bronca vier, a gente resolve. Dá um jeito ou, se não tem
solução, como dizia meu bom e velho pai, solucionado está. Acho que vou dar uma
chance no Zelda e ir enfrentar o mestre. Não, ainda não estou com saco. Podia
assistir o filme, mas está tão bonzinho aqui sentado dando minhas baforadas,
escrevendo e ouvindo IM. É o epicentro da minha zona de conforto e com a
cadeira nova, bem confortável, não dá vontade de parar. Mas só estou escrevendo
água. Foi bom ter tomado o café da manhã com a minha mãe, acho que conversamos
bem e acho que um pouco das preocupações a meu respeito se dissipou, pois me
mostrei, na minha opinião, bem, centrado, de bem com a vida que levo. Decidi só
sair quando estiver de posse do Uber novamente. Isso só acontecerá com a
chegada do novo cartão. Em oito dias úteis. A não ser que minha mãe me deixe na
casa do meu primo e eu durma lá e ele me deixe em casa no outro dia. Ou ela me
dê 40 reais a mais do que me dá, o que é um aumento gritante na quantia que
recebo para saídas. Lembrei de uma garota linda agora que conheci num dos
encontros de família no Albergue de Drogados. Não sei por que me veio. E não
vale a menção aqui. Foi algo que nunca ultrapassou um olhar. Lembrei de outra
que era estagiária do mesmo lugar. Ela abandonou o estágio. Talvez por minha
causa. Espero que não, que esteja sendo prepotente nesse caso. Era uma garota
muito bonita. Linda. Queria que o IM utilizasse menos o já batido efeito de
acelerar a batida bem muito, até o infinitamente rápido para transformá-la em
outro tempo ou ritmo. Mas isso é um pecado menor.
10h33. Na página do grupo de Facebook Leitores Anônimos, um
membro postou “A Fantasia é um direito nosso, pois ela existe como reflexo do
reflexo de Deus no homem. Se somos feitos à imagem e semelhança de um Criador,
nós subcriamos. Sobre isso e tantas outras questões relacionadas aos contos de
fadas, como sua natureza, origem e função, escreve Tolkien”. Eu confesso que
fiquei um pouco triste com essa frase por dois fatores, pois acho que perdi a
criatividade fantástica e por não acreditar em Deus da forma sobrenatural a que
Tolkien certamente se refere. Minhas maiores fantasias são emulações em
realidade virtual, onde a fantasia em verdade não tem limite, mas não consigo
ou tenho preguiça de elaborar que tipos de fantasia pode-se ter até porque acho
que cabe a cada um fantasiar suas próprias fantasias. Mas poderia citar alguns
exemplos: gravidade alterada, para dar superpulos que se vá à estratosfera e chegue
ao chão sem dano nenhum ao cidadão, ou um dragão líquido, ou uma viagem
misturando os efeitos de mescalina com absinto, ou cantar para uma plateia de
um bilhão de fãs, enfim, há tantas possibilidades... infinitas possibilidades,
o limite é o desejo e a criatividade do usuário que pode inclusive pesquisar
fantasias alheias que sejam públicas, pois como no Facebook, você poderá postar
fantasias para todos verem, só seus amigos ou só você. Não sei se o Facebook
permita que eu publique algo só para eu ver, mas deve poder. Não sei mexer no
Facebook e não me esforço para mudar esse quadro. Vi que agora se pode publicar
textos com um fundo colorido, mas não faço a mínima ideia de como se faz. E
pouco se me dá. Será que porque creio num “Deus” material, minha criatividade esteja
assim tão mais limitada? É uma possibilidade que nunca me passou pela cabeça
antes dessa frase de Tolkien. Para quem leu o Apocalipse sabe que o livro é
cheio de alegorias para lá de fantásticas. Eu confesso que li muito rápido e
não entendi patavinas dos bichos que vão surgir por aí. Só sei que a bronca vai
ser pesada. Alguém pode recriar virtualmente, através da Singularidade, o
Apocalipse só para vivenciar a experiência, para isto basta pensar recriar
Apocalipse da Bíblia. Escolhe com áudio-texto, pode escolher ser observador ou
participante e por aí vai, o limite percebo agora é mais que a própria
imaginação é a imaginação da humanidade ao longo da história documentada. Fora
o que vai se desenvolver, quem nos anos 60 iria imaginar algo como Infected
Mushroom? Ou antes ainda, na época da música clássica? Era algo imaginável,
pois as tecnologias ainda não existiam. Começo a perceber padrões que se
repetem no trabalho do IM, mas digamos que, olhando com bons olhos, possamos
dizer que seja o “estilo” da banda (ou sei lá como é que chamam grupos que
fazem música eletrônica). Estou meio abestalhado porque minha mente está muito
cansada. Acho que dentro em breve vou ver o filme de Jesus. Fecho a janela e as
persianas e ligo o ar para dar um clima mais cinema à sessão. Não, não gosto de
pipocas. Mas a Coca vai ter. Espero que o cara venha entregar logo, pois acho
que só tenho mais um litro de Coca para beber. E é da normal, deliciosa, nem
estou sentindo muito a pasta que ela deixa na língua ou que eu sinto assim. Vai
ser uma transição incômoda voltar para a Zero, mas sei que será uma transição
tão incômoda quanto será rápida.
11h21. Estou servindo novamente de ombro amigo para uma
pessoa do Facebook.
12h01. Bom, a pessoa ficou offline. Então posso voltar para
cá. O máximo que posso fazer é ouvir. E às vezes, a imensa maioria das vezes, é
o suficiente. Então é o que fiz, ouvi, ou melhor, li. Quando a pessoa se ouve,
consegue pensar melhor sobre as coisas.
12h15. A pessoa dos cotovelos doloridos voltou.
12h28. Sumiu do Facebook de novo. Repareceu.
12h49. Tive que interromper o papo, pois não ia fazer a
desfeita de, estando acordado, não almoçar com mamãe e meu padrasto. A comida
me deu sono. Esqueci desse efeito colateral de comer. Mas quando mamãe acabar
disse que me deixa na cabeleireira. Certamente vai querer pagar o corte para
que eu não fique com dinheiro na mão. Queria que ela pagasse o cabelo e a
barba. Aí ia ser o bicho. Daí a caminhada da volta já vai me despertar mais. Aí
tomo um banho e vou ver “A Paixão de Cristo” se minha vontade permanecer a
mesma. A minha vontade mesmo é deitar na cama e dormir, mas não farei isso.
Mamãe disse que pagaria o cabelo e a barba. Dependendo do valor. Nossa como é
gostoso digitar, pense numa ação que eu gosto de fazer, teclar os meus textos,
o que me sai da cabeça, mas falo também da parte táctil de escrever no
computador. Adoro. Quando estou acertando as teclas, como agora, fica melhor
ainda. Eu tenho muita sorte na minha vida, mas também o que eu já sofri, não
falo de miséria física, isso nunca passei, mas miséria emocional, psicológica,
isso eu já sofri para caramba. Acho que já deu a minha cota de sofrimento por
uma vida, mas tenho impressão que ainda passarei por mais sofrimento, desta vez
físico, na minha velhice, quando a morte vier se aproximando para me levar. Mas
já tratei disso em outros posts. Não vou mais falar nisso por ora, mas é uma
preocupação que eu tenho e que não faço nada para prevenir. Caraca, como estou
com sono. 13h27. Dei altas pescadas agora.
13h33. Mamãe diz que está quase pronta para partir. Estou
mais desperto agora. Espero continuar assim. Se o tempo não estivesse tão
chuvoso, se abrisse, eu desceria à noite. Mas estou tão, tão cansado, tão
esgotado, tão querendo desligar que nem sei. Só se esse corte de cabelo
levantar mesmo o meu ânimo.
17h31. Cortei o cabelo, mas não ficou nada igual ao que eu
queria. Eu queria o mesmo corte só que mais curto, a mulher cortou demais e
ficou um corte supercareta. E o pior que meu cabelo tende a ficar arrepiado,
quando curto, aí é que piora tudo. E eu disse à cabeleireira, eu quero o mesmo
corte da outra vez, acho que ainda mencionei “em camadas” que foi o que ela me
disse que iria fazer da outra vez. Que nada, ferrou meu cabelo. Ainda bem que
cresce. Mas até crescer para ficar do jeito que estava vai demorar um pouco.
Isso é uma das frustrações com as quais o acaso às vezes nos presenteia. Se eu
tivesse alguma ideia de corte de cabelos iria saber que os cortes que ela
estava fazendo levariam a isso, mas não entendo nada e deu no que deu.
Paciência, a vida segue. Estou parecendo mais velho com esse corte, mas, como o
meu amigo da piscina disse, por que fingir a idade? Admite a idade que tem e
pronto. Vou tentar fazer isso. Por influência dele também acabei de assistir
pela terceira vez “A Paixão de Cristo” de Mel Gibson. Não é um filme ruim, quis
mostrar o calvário de Cristo com a maior plasticidade e ultrarrealismo
possíveis. Nisso, o filme é perfeito. Dá na gente aquela sensação de “que
sacanagem estão fazendo com o filho de Deus”. A representação do demo é bem
criativa, como sendo um ser andrógino e limpo, sem expressões, apenas um olhar
penetrante, dá uma impressão de ser ao mesmo tempo poderoso e perverso. Passa
algumas coisas dos ensinamentos de Jesus, dos milagres e das profecias, mas o
foco é realmente no sofrimento e no calvário dele, muito pouco há além disso.
Por essa razão achei o filme mais vazio que da última vez. Coloquei IM
novamente, mas confesso que não é o meu estilo de música para agora. Acho que
quero ouvir “Moon Shaped Pool” do Radiohead. Botei “Hail To The Thief”, mas não
passei da primeira música, quero silêncio agora. Continuo exausto, até para ser
ombro amigo. Não vou entrar no Facebook. Minha mão apresenta uma espécie de
acidez, uma ardência curiosa. É bem branda, mas é sensível. Não sei o que é.
Será excesso de Coca? Hahahahaha. Estou pensando em descer quando a minha mãe
for para a reunião, mas além da preguiça de desarmar e armar e desarmar e armar
o circo todo, tenho medo que caia um toró como o que me pegou justamente quando
saía da cabeleireira, me acompanhou por toda a caminhada e acabou quando estava
a alguns metros da entrada do estacionamento coberto. Irônico. Mas não foi
ruim. Aproveitei e tomei um banho quando cheguei em casa. E fazia tempo que não
tomava banho de chuva. O iPod que esqueci de levar e que me parecia ter sido um
grande vacilo não ter comigo certamente não sobreviveria a esse toró, então
além do banho de chuva praticamente ganhei meu iPod de novo. O que me frustrou
mais foi o corte de cabelo mesmo, mas sendo repetitivo, eu sei que cresce. Para
variar, não estou com saco de ir para o CAPS amanhã, ainda mais depois de tanto
tempo de feriadão. E novamente eu sei que quando chegar lá, eu no mínimo não
vou desgostar. Em verdade é bem possível que goste. Quase sempre gosto de algo.
Então, não vai ser problema, a não ser que esteja chovendo, aí se a rua
inundar, não vou. Torço quase secretamente por isso. Para passar mais dois dias
seguidos em casa. Mas vai dar tudo ao contrário e vou para o CAPS como sempre.
O que quer que der, chuva ou sol, tentarei aproveitar o momento. Agora estou
sem sono nenhum. Coloquei o CD do “No Line On The Horizon” que não sai do
toca-CDs do som, mais por preguiça de trocar, mas também porque gosto de
ouvi-lo quando vou dormir. É um disco meio monotônico, na minha opinião, que
não acrescenta muita coisa à obra do U2, que já não acho uma grande obra como
achava antigamente. É estou ficando velho e rabugento, rejeitando os heróis da
adolescência. Hahahahaha. Mas é sério! Estou espantado comigo mesmo, ter tecido
essa frase sobre o U2. Mas acho que a longevidade da banda atrapalha. Não tem
como não se tornar formulaico e repetir certos recursos, o que generosamente
chamei de estilo no caso do Infected Mushroom em vez de autoplágio. Terei a
mesma generosidade com o U2. 18h50. Troquei o atomizer do meu Vaporfi, pois, se
for lá para baixo, só usarei o cigarro eletrônico e quero ele fazendo fumaça
forte, valendo, como está agora depois da mudança. Preciso lembrar de botar um
atomizer na mochila para mostrar ao meu amigo do prédio. Acabei de arrematar um
boneco raro e pouco valorizado por metade do seu preço de eBay já com frete
incluso e que tem um valor sentimental para mim, pois foi uma das raras
criações próprias de Randy Bowen (que fazia bonecos da Marvel, o pioneiro no
ramo de bonecos de colecionador) e que ele mencionou na primeira entrevista que
consegui no meu blog sobre esse tipo de boneco. Foi muita sorte começar logo
entrevistando o, digamos, “Stan Lee” das figuras colecionáveis. Esse boneco
representa essa conquista que tenho como um momento muito precioso da minha
vida como blogueiro, o que é quase toda a minha vida agora. Pena que já tenha
entrevistado praticamente todos de todos os grandes fabricantes, até a
indústria se fechar para mim. Mas as entrevistas permanecerão lá enquanto a
Google existir. E o link para elas no grupo que criei, homônimo ao blog, que
por sinal tinha dois novos membros querendo entrar. Sou relapso com o grupo
como me tornei relapso em relação ao blog de bonecos porque parei de
colecionar. Só comprarei mais um boneco que pode ser Malavestros ou She-Ra para
gastar os reward points que acumulei enquanto colecionava hardcore. Esse boneco
que arrematei hoje eu venho namorando há muito tempo, mas só agora apareceu
essa oportunidade imperdível. Dei o lance sem nem esperar ganhar o leilão. Mas
ganhei. Coisas do acaso. Ou do destino, como queira. Os dois para mim são como
a cara e a coroa de uma mesma moeda. Alguns acham que o que vai acontecer está
predestinado a acontecer, no que não deixam de estar certos visto que todas as
partículas se comportam segundo as leis do universo e isso, embora imprevisível
para a limitada humanidade, talvez possa ser calculado e determinado por algo
com extremo poder de processamento de dados e profundo conhecimento de tudo o
que o cerca. Mas não acredito que nem a Singularidade no seu estágio mais
evoluído vá poder determinar todo o comportamento do universo com precisão,
pois acredito que precisaria utilizar toda a energia do universo para processar
todas as interações das partículas que o compõem e mesmo toda a energia
utilizável do universo fosse insuficiente. Quem viver até lá, se não houver só
máquinas nesse até lá, verá. Eu faria meu upload para Singularidade quando a
hora de morrer chegasse. Se não o fizesse antes! Hahahahaha. Acho que antes
não, só se me tornasse um velho muito incapacitado ou em profundo sofrimento.
Se estiver vivo quando a Singularidade for capaz de fazer isso, digo. Como o
assunto veio descambar em Singularidade eu não sei. Ah, foi do debate destino
vs. acaso. Por hora tudo tem aparência de acaso para mim, por mais que se
formos pensar em termos essencialmente físico-químicos talvez esteja tudo
pré-determinado. Se tirarmos da equação o livre-arbítrio, que muitos julgam uma
ilusão (os mesmos que defendem o determinismo físico-químico) e que eu julgo
muito verdadeiro. Não só em humanos, mas até em formigas ou plantas – sim,
acredito que haja inteligência nas plantas –, mas graus gradativamente menores
de livre-arbítrio quanto menos complexos são os seres. Porém não quero viajar
demais para não parecer mais ridículo do que já estou parecendo. Meu argumento
é que, se há dúvida, há livre-arbítrio. E um monte de livre-arbítrio junto gera
acaso. E quanto mais livre arbítrio junto, mais acaso é gerado. Estou quase a
fim de jogar o mestre de Zelda. Mas estou em dúvida em relação a isso. É
fantástico ter dúvida. Eu a deixo maturar, às vezes pondero os prós e os
contras dos possíveis resultados do que estou em dúvida. Por exemplo, eu não
devia ter comprado o boneco pelo simples fato que isso vai deixar o meu irmão e
minha cunhada putos da vida com mais “a damn statue” na casa deles. Mas se eles
soubessem da história pessoal por trás desse boneco, a minha visão do boneco,
talvez entendessem. Ou não. Acho que mais “ou não”, infelizmente. E é um boneco
feio. Só comprei porque ganhei um leilão que não esperava e porque tem uma
forte correlação com uma fase da minha vida que foi muito boa. Tem tudo a ver
com o blog de bonecos, quando ele realmente começou a fazer barulho na
comunidade de colecionadores. Foi o ponto de partida para eu ter uma média de
600 leitores por post. E, não raro, mais de mil. Quando penso que neste do
Profeta eu batalho para ter 50 me dá um aperto no peito, pois esse eu acho tão
mais interessante, mergulhar tão profundamente no universo de um semelhante é
algo que não se lê muito por aí, ainda mais com a sinceridade muitas vezes
contundente de algumas palavras. Nos diários é que não meço palavra nenhuma.
Mas não tenho condições mentais de digitá-lo agora. A minha preguiça devida à minha
fadiga mental é enorme. Por isso a dúvida de encarar o Zeldinha. Ainda continuo
em cima do muro. Vou pegar uma Coca. 19h53. Hoje não deu piscina, que pena, está
chovendo ou chuviscando sem parar por aqui. Ambiente totalmente incompatível
com objetos eletrônicos. Senão teria descido. Parece que finalmente começou a
temporada de chuva por essas bandas. Adoro chuva, quando estou em casa ou
quando vou tomar um banho de piscina, mas para me deslocar andando é muito
chato. Tomara que amanhã nos horários de deslocamento da casa para o CAPS e
vice-versa a coisa não esteja assim. Ou que a coisa esteja muito pior que hoje
e a rua esteja inundada. Ou tudo ou nada. Só para não andar na chuva. Não gosto
de ficar todo molhado no lugar que eu vou chegar. É incômodo. Mas vamos falar
de coisa boa. Vamos ver se amanhã eu consigo comprar o meu jogo e CD de
aniversário. Isso até deu uma instigadinha para enfrentar o mestre de Zelda. Ma non tropo. Agora foi que o atomizer
novo pegou para valer, tive até que diminuir a potência do Vaporfi para não
ficar tossindo a toda tragada, o que além de chato pode despertar suspeitas do
meu padrasto. 20h28. Liguei o Zeldinha.
21h24. Passei do mestre fui no outro dungeon, mas preciso achar o meu companheiro para enfrentar esse
desafio, como aconteceu com o Earth Temple. Só não sei onde achar. Talvez tenha
que entrar no desafio de aguar todas as mudinhas da Deku Tree para achar o meu
amiguinho. Que saco. Mas o farei, não hoje. Vim aqui só para me despedir e
dizer que amanhã eu reviso e publico esse megapost. Isso é que dar virar a
noite sem dormir. Hahahaha.
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