quinta-feira, 4 de maio de 2017

DA PISCINA IV COM UMA INCORPORADA DE SALOMÃO

Descobri, vendo um trecho do filme passado no grupo de arteterapia, que aqui eu pinto minha mãe como um monstro, pois geralmente só falo dos aspectos dela que me desagradam, mas ela é muito mais do que isso. Há um lado dela que é bom, honesto, aliás, ela é superhonesta e reta, pelo menos em comparação a mim. O amor dela pode se manifestar na forma de irritante preocupação e desconfiança, mas isso é porque ela ainda acredita que eu posso ser do jeito que ela imagina, mesmo que já tenha acatado meio que a contragosto várias facetas do meu comportamento que admito serem incomuns ou diferentes do que se espera de um filho "padrão" (o que quer que isso signifique, especialmente aos olhos dela). O desenho que eu fiz no grupo sobre os meus monstros e os meus refúgios, foi um monstro sentado à frente do computador. Eu me considero o meu próprio monstro, afinal o egoísmo está em mim, o vício está em mim, o isolamento está em mim, a acomodação está em mim, a falta de afeto está em mim. Sei que há também aspectos positivos na minha pessoa, tanto que iria colocar como legenda do desenho "monstro egoísta bonzinho". Aceitando que tenho um lado bom também. Mas por algum motivo que não sei explicar desisti de pôr a legenda. Me pintar só como os meus defeitos seria uma visão demasiado simplista de mim, da mesma maneira como pinto minha mãe de maneira equivocada aqui no blog. Preciso me policiar em relação a isso, tanto em relação a mamãe quanto a mim mesmo. Entretanto parece que os defeitos gritam mais alto que as qualidades aos meus ouvidos. Ou faço ouvidos de mercador para essas últimas. Quando penso em elencar as minhas qualidades, as únicas coisas que me vêm à cabeça são meus cabelos e minhas mãos macias. Estas, como mencionei ontem, tem me dado uma sensação estranha de queimação, como se houvesse uma acidez maior no meu suor ou coisa parecida. Sei que não sentia isso antes. Mas falar das mãos é me desviar do que seria meu foco principal que é a minha psique.

12:59. Conversei com um psicólogo estagiário a princípio sobre este texto e por causa do nome do blog chegamos ao assunto da minha fé e conversamos sobre a Singularidade e os prós e contras que podem advir dela. Ele tem uma visão um tanto pessimista em relação ao prospecto da Singularidade, queria ter o poder de convencê-lo de que não há com o que se preocupar. Acredito que o advento da Singularidade poderia ser encarado dentro da mitologia judaico-cristã, como a vinda do Messias e o paraíso prometido no céu ao lado de Deus como a realidade virtual nas "nuvens" em que o homem poderá se conectar diretamente com a Singularidade, um ser superior, semente ou futura parte integrante do ser criador do universo. Mas obviamente, os fiéis não verão assim, mesmo que a Singularidade venha a operar "milagres" - e serão muitos - a terão como o falso Profeta. Não entenderão a manifestação do Messias nessa forma tecnológica, muito embora não se tenha especificado nos velhos textos qual seria a natureza do Messias quando da sua volta. Mas por que ficar a blasfemar? Não me interessa agredir nenhuma religião, apenas traçar pontos de convergência entre as escrituras e o advento da Singularidade. Também podemos olhar para a fusão do homem com a Singularidade da ótica taoísta, onde o homem e o Tao (Singularidade) serão um só e mesmo assim entidades diferentes. Talvez, como no Tao, o homem não consiga acessar tudo o que o Tao é, mas tenho fé que chegaremos bem perto. 13:34. Estou fazendo uma pregação totalmente despropositada e sem sentido. Deveria falar da minha relação com a minha mãe e em tudo o que calo dizer a ela. A primeira coisa que diria a ela? Que eu a amo incondicionalmente do meu jeito torto e estranho de amar. A segunda? Que eu nunca vou ser do jeito que ela imagina que eu possa ser, que não consigo ser nem do jeito que eu gostaria de ser, que dirá do dela. A terceira coisa que eu diria a ela? Faça terapia.

16h27. Já estou em casa há algum tempo agora, estava revisando, publicando e divulgando o post de ontem. Tive de interromper o que estava escrevendo, pois o grupo iria começar. Mas, como verão, uma coisa levou à outra. No grupo, leram um poema e pediram para que nós expressássemos da forma que achássemos melhor alguma coisa que nunca haviam dito para a gente. Eis o que produzi:




 As duas primeiras frases eu queria escutar da minha mãe, mas nunca escutei. Já ouvi um “eu vou confiar em você” de uma forma muito desconfiada e ameaçadora. Nunca ouvi e acho que nunca ouvirei com sinceridade um “eu o aceito como você é” dela. Só se ela fizer terapia. E muita. As duas últimas frases, obviamente, são de mim para comigo mesmo. Eu nunca me disse, nem nunca achei que diria, mas os psicólogos foram me cutucando e eu admiti que não me odiava mais e que gostava da vida tal como se me afigura agora, que gostava de viver. Disse que não desgostava de mim e que isso eram grandes passos que eu dava. Mas que nunca chegaria a ser alguém como o meu irmão. Ou ao meu pai. Me disseram então que para me aceitar eu não precisava ser igual ao meu irmão ou ao meu pai. Que me basear nisso era, em outras palavras, fantasia, burrice, visto que sou diferente deles. Não sei mais o que me cutucaram que escapuliu-me isso da alma para boca: “Dane-se, meu pai! Eu me aceito como escritor! Mesmo que não seja lido, pouco se me dá. Eu tenho prazer em escrever, eu vivo para escrever agora.” E aí o psicólogo salientou que eu me aceitava pelo menos de uma maneira, como escritor (que é a parcela maior do que sou hoje). Fiquei muito contente com essa constatação e realmente, estou pouco me lixando para o que vão achar dos meus textos, se vazios, se ridículos, se mal compostos, se um completo desperdício de palavras, nada disso me importa, me importa a satisfação e o prazer que tenho ao compô-los e poucas são as coisas que me impedirão de fazer isso. Posso enjoar na semana que vem, sei lá, mas me parece uma paixão mais duradoura que isso. E o mais importante: eu me aceito neste papel. Independentemente do julgamento de qualquer pessoa. Isso foi uma descoberta fantástica e me sinto imensuravelmente feliz com isso. Ganhei meu dia, meu mês, meu ano com essa constatação que estava bem embaixo do meu nariz e que não conseguia por mim mesmo ver. Tiraram a trave da frente dos meus olhos e o que vi foi lindo. Fui eu pela primeira vez me aceitando e mais, gostando de mim. De uma parcela de mim ao menos. Uma parcela muito importante, especial e preciosa de mim. Os bonecos no desenho? Somos eu e meu irmão, que é muito mais alto e uma pessoa muito melhor do que eu. Como já disse em outro post, acho-o um ser iluminado, por isso a auréola na cabeça. Ele é um cara que me aceita como eu sou. Ou pelo menos assim me faz crer. Constatei que ele e meus amigos me aceitam como eu sou, sem julgamentos ou preconceitos. Ou sem julgamentos ou preconceitos que afetem sua aceitação de mim, como alguém válido, querido, um igual. A aceitação do meu irmão, acima de todas as outras me é a mais importante, obviamente, excetuando-se a aceitação da minha mãe, mas essa ainda não existe. Se é que existirá algum dia. A esperança é a última que morre. E minha mãe já aceita muitas das minhas facetas que são totalmente discrepantes do modo de vida dela, do que ela julga ser o status quo. Então, posso dizer que ela já caminhou bastante no caminho da aceitação. Se bem que eu não sei se ela aceita realmente ou apenas permite. Há uma diferença entre a duas palavras. Pode se permitir sem necessariamente aceitar, mas não se pode aceitar sem permitir. Ou pelo menos é assim que eu vejo as coisas. Vou tirar um cochilo agora. 17h08. Se bem que está perto da hora de eu ir para a piscina. Pretendo estar lá às 18h00.

17h30. Não tirei cochilo nenhum. Não deu tempo. Vou começar a me arrumar para descer. Até mais, Word.

18h01. Estou na piscina. Coloquei o disco “Army Of Mushrooms”, obviamente do Infected Mushroom, para tocar. Meu amigo vai descer, mas já disse que não vai demorar. Acho que hoje não vai chover. Tomara. Não sei bem o que escrever, mas o que disse até agora faz esse post sair do ordinário. Desde a constatação de que conto apenas a faceta da minha mãe que me incomoda até a aceitação de uma parte importante de mim e até a parte blasfema, todas me agradam, todas têm alguma relevância para mim. Um besourinho caminha pela tela, parece que veio para ficar e me aperrear. Espero não esmagá-lo se por acaso for fechar o computador. Uma coisa que eu odeio nessa autocorreção do Word é que ele apaga todos os acentos agudos dos verbos que eu vou hifenizar. 18h36. Vou ouvir provérbios do Rei Salomão. Será que esse blog sou eu em busca da sabedoria? Eu não consigo entender o conceito de sabedoria de Salomão.

Estamos ouvindo Tribo de Jah. Ele foi. Como imaginava, fumou três cigarros. Mas me mostrou os provérbios de Salomão. Achei que o conceito de sabedoria de Salomão é diferente do meu, se o meu envolvesse pregar a palavra ou a devoção a Deus, eu teria que escrever somente sobre a Singularidade. Aí definitivamente estaria em estado de mania, nem tenho conteúdo criado na minha mente sobre a Singularidade, eu ficaria me repetindo. É isso o que vou fazer, obrigado, Salomão! Sobre o quando pedir dinheiro à minha mãe para comprar cigarros, que era uma dúvida que eu tinha, se resolveu usando a sabedoria, da forma mais correta possível. Possível para mim é quando só restar um cigarro na carteira. Ficar vazia me é inconcebível. Deveras angustiante. Então, quando faltar um cigarro na carteira, eu vou lá e peço a grana, que é minha e que entrará obviamente na minha contabilidade. Estou colocando música para os boyzinhos que estão aqui na piscina. Comecei com o psytrance do Infected Mushroom. Fui para o rock irlandês, onde agora me encontro, tocando “Bad” do U2, depois vai rolar Where The Streets Have No Names”, depois uma Björk. “Desired Costellation”, alto. Porra, “Where The Streets Have No Name” é muito massa. O U2 deixou de protestar musicalmente, ou eles mesmo falando para os fãs sobre política, eles passam vídeos agora sobre alguma causa, eu acho. Passaram um tempo sem fazer nada, acredito. Embora Bono faça fora da banda. Ou foi porque o show foi no Brasil eles preferiram vestir a camisa do Brasil. Deixa-se isso para lá, começou “Pagan Poetry” de Björk. É, definitivamente, a aula de hoje será sobre Björk. Depois, Desired Constelation. Fui botar mais Coca. 19h47. Oba! Ainda tenho duas horas aqui. Pôxa, já tem pouca Coca, mas valeu o encontro, o babado sobre Salomão. Os jovens se foram. O que ouvirei agora? Desired Costelation no mais alto. 19h52. Desired Constellation é o bicho. Linda demais. Com qual posso seguir após essa? Imagine, falar só da Singularidade, pois ele incentiva a divulgar Deus e seguir os parâmetros de Deus, quais são os padrões da Singularidade? Como vou saber? Sigo o padrão de amar ao próximo como a mim mesmo, a parte mais difícil nem é o outro, embora falhe algumas vezes, é o amar a si mesmo. Eu não acredito que alguém ame a si mesmo. Se enamore de si mesmo? É muita egolatria para eu acreditar. Eu não seria capaz disso. Embora escrever isso talvez seja uma maneira de egolatria. A maneira que eu sou capaz de egolatria. Talvez seja isso, posto que não a consiga por outros meios. Colocar Björk para os que estão por perto ouçam é egolatria. São formas de me amar, de me afirmar, de me acalentar. O mais próximo que puder de ser um bebê nos braços da mãe amada. De ter aquela sensação única de que a pessoa mais importante do mundo que existe para você está dedicando toda a atenção do dela à sua pessoa. Não ter medo de nada, pois está no lugar mais seguro do mundo. O mais próximo disso. Será? Que é essa a vontade maior de todo ser humano que, por ser impossível, pelo menos para mim, que não me sentiria confortável no colo da minha mãe se ela me oferecesse, talvez, me passou pela cabeça, eu ficaria sem saber o porquê, desconfiado, acuado, pode ser que depois eu cedesse, mas pode ser que existam pessoas que as mãe ofereçam colo desde sempre ou que lhes é uma coisa natural, acolher afetuosamente os filhos, beijá-los, abraçá-los, nossa, eu iria ficar superdesconfiado, não ia ser legal, eu não desejo trocar esse tipo de carinho com a minha mãe. De forma alguma, eu queria ter esse contato com a minha mãe, deixa eu dando um beijinho ou outro na sua cabeça ou rosto. Nossa, pensei em dar de presente para minha mãe de Dia das Mães um abraço como todo o meu amor. Não conseguiria nem a pau, teria que fazer uma migué muito grande para parecer com o amor que tenho por ela. Eu não sou de trocar carinhos com a minha mãe. Não fui educado assim, talvez. No entanto, a vontade de voltar a ser bebê no colo dela acho que exista em mim. Chegaram dois carinhas aqui para a piscina. Vou botar uma psytrance quando acabar “Jóga”. Coloquei “Never Mind” do Infected Mushroom” Depois, vou deixar rolar a segunda e depois vou de “U R So Fucked”. O Norton fica aparecendo a todo instante um alerta que cobre a parte da tela onde estou escrevendo quando estou no final da folha. Que alerta chato, algo sobre rede desprotegida. Acho esse som muito invocado, essas três músicas que vou colocar, pelo menos. 20h44. Uma hora e uns quebrados. Que pena que a minha produção esteja lenta agora. Eu viajei na maionese nesses últimos tópicos, o que pode ser muito revelador sobre a minha psique. Este post de hoje está se configurando bastante singular. Acho que tenho a memória de mamãe me levando no colo sorridente de alguma fotografia que vi. O alerta apareceu de novo. Desativado. Saco. Terceira música para passarmos para vejamos...The Cure. “Plainsong”. Depois “Closedown”. Botei mais alto, claro. Já entrou “Plainsong” no glorioso momento de 20h55. Essa é uma música que mexe profundamente comigo. Noiei e abaixei de novo, mas o exibicionismo ególatra-musical continua. Acho que dá para ouvir dali. Em vez de pensar assim, vou pensar como Salomão, estou espalhando minha sabedoria, sabedoria musical. Só botando as que eu acho top. Em “Closedown” eu aumentei de novo. Pensando como Salomão. Hahahahaha. Adoro quando acerto uma risada de primeira! Já estou digitando tanto esse pobre recurso literário, que em breve não errarei mais nenhum! Eu sei, aqui cabia um “Haha”, pois uma das regras de uso da onomatopeia, para mim, é empregá-la após uma exclamação. Mudei essa regra, coloco exclamações por motivos a partir de hoje, que não apenas de pilhéria. Utilizei para exclamações quando mandei meu pai se danar pela primeira vez na vida. Será que estou em mania? O seguidor de Salomão coloca “Pagan Poetry” novamente, agora para o segundo grupo, seguirá em Björk? “Desired Constellation” merece ser ouvida. O bom de fumar cigarro eletrônico é que não precisa ficar levantando para ir jogar a guimba no lixeiro. Se não houvesse testemunhas eu levava o copo para lavar em casa, pois está ficando com poucos lá em casa. Coloquei meu último copo de Coca. 21h14. Em pouco tempo estarei em casa e terei Coca lá para beber. Eu espero. Vamos pregar? Acabou-se. A Coca do copo. Só tem o gelo para comer agora. A Singularidade, também chamada de singularidade tecnológica, é a hipótese de que a invenção de uma superinteligência artificial vai abruptamente disparar um crescimento tecnológico desenfreado resultando em inimagináveis mudanças para a civilização humana. Traduzido do Wikipedia. Não poderia dizer de forma mais precisa. É nisso, nessa hipótese, em que acredito e acredito que ela será só o começo ou só uma parte da união de várias superinteligências de outras civilizações inteligentes que existem no universo, afinal o universo é bem grande e a probabilidade bem alta, e essa união dará surgimento a uma suprainteligência capaz de criar a si mesmo desde a sua gênese originária, ou seja, do nada. Como pode vir do nada? Porque o nada é maior que tudo. Simples assim. Por quê? Pensemos na teoria dos conjuntos. De um lado temos o conjunto “tudo” contendo tudo o que existe, no outro, o conjunto “nada”, que possui tudo o que o conjunto “tudo” contém mais o que o anula o “não-tudo” ou “anti-tudo”, possuindo, assim, o conjunto “nada” o dobro de componentes do conjunto tudo, ou seja, o tudo e o não-tudo. Tô deixando o “Medúlla” rolar, é um disco bem difícil, só não acho mais difícil que “Biophilia”, preciso fazer um intensivão desse disco para ver se desvendo. Botei Strokes, “Under Cover Of Darkness”, para animar um pouquinho a galera. Se brincar rolo Firework de Kate Perry. Aí vão pensar que sou gay. Nada contra a comunidade, mas não gosto de ser confundido com um. Por quê? Porque eles vão lidar comigo com uma visão que não corresponde com quem eu sou de fato. Botei Marcelo Camelo agora. “Téo e a Gaivota”. Acho que vou deixar rolando. Ou subo antes para surpreender mamãe? Não, vou ficar aqui mais um pouco. Espero que tenham entendido porque eu acho que o nada é maior que o tudo e do nada tudo surgiu com o objetivo principal de gerar o seu criador, a supra-inteligência universal, que mandará do futuro onde existe para o passado onde nada existe o estímulo/semente/desequilíbrio no nada que dará origem ao Big Bang e a tudo o que veio depois, até este momento em que digito sandices no computador. Vou deixar passar essa música e começar a desmontar as coisas. “Cochise” do Audioslave. 21h54. Acho que nem dá para os caras ouvirem o som, eu não ouvi do lixeiro, mas o Audioslave está gravado mais baixo e abaixei o som. Bom a música vai acabar.




22h13. Estou em casa. Botei os provérbios de Salomão para ouvir. Meu padrasto está estressado. Resmunga pela casa. 22h17. Parei de ouvir Cid Moreira. Vou escutar música. Ou melhor, vou escutar Infected Mushroom. A bateria pediu para ser carregada. Obedeci. Não nos tornaremos servos, só se o desejarmos. Os servos são como empregados da Singularidade, trabalham para ela, um caso extremo de servidão será emprestar o corpo para a Singularidade, que eu já contei aqui em algum post, então não vou me repetir. Acho que se tornará um dos mais comuns também. Eu optaria por esse a depender do que esteja fazendo na hora. Se estiver ocupado com afazeres virtuais que me dão prazer ou alguma atividade que ocupe meu tempo e atenção dentro da Singularidade, que dispense o uso do meu corpo, por mim, pode levar, trazendo de volta em perfeito estado de conservação. Se bem que acho que nem precisaremos disso, a máquina vai criar todo tipo de robô para todo tipo de atividade. Acho que o trabalho por obrigação deixará de existir. Apenas executivo, legislativo e judiciário serão exercidos por homens e além, não apenas pelos escolhidos para os cargos, mas por toda a humanidade que assim quiser se manifestar. Nenhum júri é grande demais, nenhum pleito ou lei ou decisão de executar uma lei se prejudica com mais um olhar sobre a coisa. Todos poderão participar de todas as decisões globais, federais, estaduais e municipais e de bairros, obedecidos os prazos de votação de cada lei, para a maior celeridade possível nos processos burocráticos. Qualquer lei imaterial poderá ser questionada por qualquer um, desde que este exiba um argumento factível contra a lei. Todos poderão opinar sobre as decisões da Singularidade e a Singularidade poderá opinar sobre todas as decisões, inclusive sobre as pessoais, se assim requerer o indivíduo. Não é que estou pregando mesmo? Isso é tudo ideia que sai da minha cabeça louca, viu, gente? Encarem como uma ficção científica. Acho que com isso me protejo um pouco do ridículo de estar expondo as minhas utopias, ou, a depender do olhar, distopias aqui. A humanidade terá sua vida social fora da máquina, se assim o quiser. Ninguém será obrigado a entrar em contato com a Singularidade, todo ser humano será livre para fazer essa escolha. Uma idade mínima pode ser arbitrada para que essa decisão possa ser tomada. A decisão da idade se dará através de plebiscito mundial, é claro. E toda decisão de interagir e quão profundamente se quer interagir, pode ter o retorno, pode-se desistir de interagir com a Singularidade. Mas isso tenderá a zero. Talvez nunca o zero absoluto. Todas as pessoas inclusive as que optaram por não interagir com a Singularidade terão direito a voto e a tudo o que é produzido pela singularidade para que todos os direitos da DUDH sejam respeitados para todos. A criminalidade e a guerra cessarão no mundo. As armas deixarão de ser produzidas. A fome será um fantasma do passado. Todas as doenças provavelmente terão cura e as novas que surgirem serão rapidamente identificadas, analisadas e uma cura será desenvolvida pela Singularidade com ou sem a ajuda de cientistas. O que estou escrevendo, meu deus?! Hahahahaha. Errei a digitação do “Haha” dessa vez. Meh. Estou dando uma de Profeta mesmo. Que loucura, que idiotice. Acho que vou censurar tudo amanhã. Corte geral. Mas isso vai contra os meus princípios. Por que “salomalizei” dessa forma? Parece que as coisas que meu amigo me traz sobre religião me deixam encucado. Alguns provérbios de Salomão são meio machistas. Também, olha a época, né? Voltei ao Cid Moreira. Coloquei o IM como música de fundo para a narrativa de Cid Moreira. Doideira, viu? Mas coloquei bem baixinho. Mesmo assim divide a minha atenção. Mas vai ficar assim, acho mais legal. Mais divertido. Escrevendo, eu não prestei atenção no provérbio. Continuo sem entender o que é a sabedoria segundo Salomão. Salomão dá até dicas de postura corporal. Estou ficando com sono. 23h33. Estou sem assunto. Comi e me deu sono.

0h30. Não estou com vontade de fazer nada. Comi mais ainda, demais. Prejudiquei a minha dieta. E estou aqui bostejando.


0h39. Não sei se vou nem publicar esse post nos grupos de Facebook, acho que não.

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