Recebi três beijos na festa: um de mulher e dois de homem. O primeiro foi dado, esfuziante, pela amiga de meu primo-irmão e, por que não dizer, já minha amiga também. O segundo foi dado por um amigo que “quase” me adora. O terceiro foi dado na minha bochecha por um gay em agradecimento por um cigarro que eu havia lhe cedido. Não, com certeza não foi um dia bom para beijos.
Entreguei vários papéis com o endereço deste blog a várias gatas – e havia várias – que coabitavam a festa. Escolhi só as que achei mais lindas para entregar. Houve uma, entretanto, que fez meu coração entrar em descompasso, bater diferente. O jeito dela, um ar de Alessandra Negrini. Não sei dizer, ela tinha um quê, um elã que me encantou profundamente, que nenhuma das outras tinha e que enlevou meus sentimentos. Ela passou certo tempo no mesmo lugar depois a perdi de vista. Me coloquei então na missão de reencontrá-la e entregar o papelzinho do blog.
De repente a vi, um pouco mais atrás de onde estava anteriormente. Não tive dúvida, saquei um papel e fui diretamente de encontro a ela. Entreguei o bilhete, expliquei do que se tratava, depois acho puxei seu rosto – quero crer que fiz isso, pois me lembro claramente da sensação de maciez de seus cabelos sedosos, levemente ondulados, nos meus dedos – e falei-lhe ao ouvido: “você é muito linda.”No que ela perguntou se eu não a estava reconhecendo. Disse-lhe que seu rosto me era ligeiramente familiar (embora isso não fosse inteiramente verdade), no que ela replicou ser a ex-namorada de um conhecido meu. Pense como fiquei sem graça. Pedi desculpas pelo elogio e que esperava não ter caído mal, no que recebi um sorriso de volta. Sem muito mais, dei meia volta e fui de encontro aos meus amigos.
Ao reencontrá-los, para piorar as coisas, meu primo-irmão disse que o cara que estava com ela (que julgava ser um amigo próximo ou uma ficada casual) era seu namorado de vários meses. Que papelão. Me senti superconstrangido. Mas confesso que não arrependido. Definitivamente a Clementine da noite. Ganhando inclusive para uma loira absolutamente perfeita, mais linda até do que ela, com quem cruzei no bar quando fomos comprar Coca-Cola e cerveja.
Alessandra Negrini em esnaio para a Playboy. Coloquei esta esta foto porque é belíssima e para ver se atraio mais marmanjos para este blog! |
Cruzei na festa com vários amigos de longa data, que não via há meses ou mais de ano, o que foi muito revigorante e prazeroso, mas passamos pouco tempo juntos, não conseguimos formar um grupo sólido e meu primo-irmão e seu amigo perfeitinho tiveram resistência em se mesclar à trupe do meu outro primo-irmão o que me deixou meio dividido entre uns e outros, permanecendo mais na companhia do grupo do amigo perfeitinho.
Por ter chegado cedo, não encontrei fila pra ir ao banheiro ou comprar a primeira leva de bebidas. Com o avançar da festa, entretanto, disseram que a situação ficou insustentável para ambas as coisas. Um bar e um banheiro apenas para cerca de mil pessoas gerou caos e filas imensas. No mais, o local era uma maravilha. Enorme, ventilado e com uma vista lindíssima da cidade. Só não entendi umas projeções de vídeo quase pornô de mulheres de peito e bunda de fora dançando que ficava sendo projetado numa parede do espaço. A música foi legal, bem eclética. De Gonzaguinha a Portishead.
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Esta Clementine me calou tanto no peito que ouvi esta música e tudo o que pensei foi nela:
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Este é o 140º post deste blog. Putz. Quanta besteira uma só mente pode produzir!
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