Meu irmão me disse em um dos comentários deste blog que eu
sou um dragão adormecido, que precisa acordar, abrir as asas e voar com a mesma
mágica que ele já presenciara tantas vezes. Bem, ele não disse exatamente
assim, mas o sentido é o mesmo. O que posso dizer é que o sono é profundo e
pesado, embora, ultimamente, para a felicidade de uns e outros, a dormência às
vezes desapareça e o dragão ponha suas asinhas de fora, mesmo que tímida e desconfiadamente.
Pena que, mesmo como essas pequeninas ousadias ele se recuse a sair do ninho
onde se sente seguro e protegido, onde pode existir com o mínimo de dor possível.
Sem a liberdade dos céus, mas também sem os perigos da negra floresta que o
cerca até chegar lá.
P.S.: Paulete, segundo os psiquiatras quanto mais dragão eu
era, mais profundo era o meu estado de mania. Ou de bebedeira!
Hehehehehehehe...
-X-X-X-
O coração bate manco
Queria rimar com branco
Hahahahahahahaha!
Queria rimar com branco
Hahahahahahahaha!
-X-X-X-
Sem ideia nenhuma. 19h25. Café e cigarro. O estoque de
Coca-Cola está no fim, 1/3 de uma garrafa de 2 litros e mais uma de 1,5 litro
de Coca Zero. A madrugada sem estes líquidos me assusta.
-X-X-X-
20h25. Horizonte
Distante, Los Hermanos. Disse a minha mãe que estava sem ideias sobre o que
escrever e ela retorquiu “por que você não cria uma ficção?”. Acho que
desaprendi. Vamos ver.
Ele abriu a porta, cansado do trabalho, querendo chuveiro e
cama, quando se deparou com a cena: sua casa repleta de vaga-lumes. Ele tentou
capturar um com a mão e percebeu que não havia inseto carregando a luzinha,
eram pontos de luz que sumiam e reapareciam sem matéria que os sustentasse ou
produzisse. Abismado, achando que só podia ser coisa de sua cabeça cansada de
tanto escritório, tocou na casa do vizinho. Este abriu a porta com a cara mais
estranha do mundo, pois sua casa estava tomada por pontinhos luminosos
vermelhos, resolveram ir à terceira moradora do andar, uma velha senhora. Ela
abriu a porta e em seu apartamento não havia pontos de luz nem nada de anormal.
Ela olhou para os rostos espantados dos dois sujeitos e com graça perguntou: “-
São as luzinhas?” Os dois homens entreolharam-se incrédulos e confirmaram com a
cabeça. “- Não se preocupem” – disse a velha senhora – “Elas aparecem sempre
que alguém do andar vai morrer. Acho que chegou o meu dia, elas não vieram me
visitar”.
E assim foi, a velhinha morreu dormindo, na tranquila escuridão
de seu quarto, sem luzinhas para iluminar sua partida.
-X-X-X-
21h06. Tô fraco de contos, viu?
Nenhum comentário:
Postar um comentário