O que poderia eu falar do Bem depois de ter falado no post
anterior do Mal. Eu acho o bem uma ideia mais igual na mente das pessoas. O bem
é tudo que é virtuoso, benigno, que agrada, que ajuda, que é caridoso e amoroso
(por mais que haja amores errados, que fazem mal). Não sei muito o que falar
sobre o bem, acho um conceito já tão bem compreendido por todos. Não sei se é o
remédio esvaziando minha cabeça. Talvez devesse haver mais pessoas que
praticassem o bem, mas bastando que essa pessoas não façam o mal, já é, mas
deveria ser, o suficiente. Eu estou entrando para este grupo de pessoas que não
fazem mal a ninguém. Enquanto estiver em abstinência, em tese, não estarei
fazendo mal a ninguém. O bem que faço, o único que me esforço fazer é obedecer
minha mãe e estes posts. Às vezes minha companhia pode ser benéfica, mas não
tenho um tostão furado para ajudar ninguém, não há nenhuma causa que eu abrace,
além da minha, Algo e minhas profecias. Mas lembro de uma época
em que era generoso e prestativo. Em um passado distante. Era uma época em que
eu queria agradar a todos. Esse tempo passou, hoje estou mais egoísta, quero me
agradar. Redescobrir o que é isso. O bem que faço são essas palavras. É o
suficiente, por enquanto. Invejo meu irmão que é naturalmente bom e ajuda a
todos é sempre superprestativo. Não consigo, não nasci com isso. Para chegar
perto disso é preciso que eu me esforce, um esforço que não estou disposto a
fazer agora. Nem sei se voltarei a querer em algum momento. Pensar que não
voltarei a ter a generosidade e a presteza de antes me incomoda, meu egoísmo
atual me incomoda, mas é, ao mesmo tempo, confortável. E preciso me sentir bem.
Preciso muito continuar me sentindo bem, passei muito, muito tempo me sentindo
mal. Não odeio a vida como ela se afigura agora. Não queria que ela mudasse.
Vamos ver o que o CAPS vai fazer dessa nova promessa que sou eu. Talvez eu me
torne mais produtivo. Por mais que me ache produtivo passando mais de doze
horas na frente do computador produzindo conteúdo. Eu me sinto contribuindo
mesmo que só alguns gatos pingados leiam. Eu sinto que faço a coisa mais útil
que eu poderia fazer, por mais ridículo que isso possa soar para o resto da
humanidade. Queria que minhas ideias ecoassem por todo o mundo, mas por
enquanto permanecem apenas disponíveis a todo o mundo. Há poucas visitas.
Queria que fossem debatidas, consideradas. Mas, voltando ao Bem. O Bem muitas
vezes exige uma forma de sacrifício e eu não estou querendo sacrificar nada
agora. Porque está funcionando, estou me sentindo bem assim. E quero que este
sentimento perdure. Já sofri demais. O sofrimento era apenas dentro da minha
cabeça, mas sofri.
Chega, não vou ficar me lamuriando aqui. Vamos ver outro
assunto: queria muito ter ido para o Lesbian Bar com meu outro primo. Quem sabe
noutra oportunidade, dessa vez com meu primo-irmão. Vocês querem ver onde passo
a maior parte do meu dia escrevendo esse blog? Acho que há uma seqüência de
fotos que tirei dos quatro cantos do meu aposento cheio de cacarecos que posso
repartir.
Lava lamp, copo de coca gelada e meu notebook |
O computador em que estou escrevendo está nesse espaço preto que sobra entre as coisas |
Controles. Gosto de ouvir o som da concha de vez emquando |
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