sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Dia D, Sons da Cidade e Muitas Fotos


Isso foi ontem, dia 29 de novembro de 2012.

Eis o melhor e o pior de mim, o meu termômetro, o meu quilate...
Infinito Particular
(Marisa Monte)

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Hoje é realmente o Dia D, o cardiologista é hoje e peguei o raio-X do tórax (que não deu nenhuma anomalia nos pulmões, o que não deixa de ser curioso, posto que o de função pulmonar deu resultados tão pífios).

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Bem-vindos ao meu infinito particular nesta praticamente ensolarada quinta-feira! Ouvindo Conchise do Audioslave agora, para animar as coisas. Estou muito mais animado hoje que estava ontem/no post anterior. Talvez pelo resultado do raio-X, talvez porque as neuras de ontem ficaram para trás, abrandadas ou diminuídas pelo tempo e pelo sono. Vou tirar logo Britney Spears desta lista, nem um pouco a fim. Estou pensando quase seriamente em colocar os 15 Dias de Ócio em 50 Páginas para concorrer ao concurso da Fundarpe. A mim não custará nada, só escrever mais algumas páginas. A mamãe vai custar a impressão, encadernação e Sedex. E eu poderia inserir Algo0003 no texto! Se o fizer, apago o que já postei dos 15 Dias aqui no blog e ele se torna original de novo. Vou formatar agora o arquivo para os padrões requeridos pelo concurso para ver quantas páginas realmente faltam ser escritas. Péra. 11h33.

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13h25. Com a formatação os 15 Dias ficaram com 73 páginas! Já está do tamanho bom para ser enviado (entre 50 e 300 páginas)! Que bom. Mas não queria que mamãe lesse. Há muitos detalhes que ela não precisa saber. Detalhes sórdidos e transgressões. Não estou passando muito bem do estômago, meio enjoado. Comi um pouco para ver se isso fará alguma diferença, pois só tomei Coca e café hoje e estava de jejum desde as 20h30 de ontem. Dentro de duas horas me arrumarei para a Hora H do Dia D. Eu sou tão desobediente, como obedecerei à negação ao meu vício por cigarros? É... vai ser dureza. Batalha ferrenha. Mas a outra opção dada pelo outro médico é tão nefasta e assustadora que eu me vejo forçado a abandonar o vício. Mas, sem precipitações, vamos ver o que o cardiologista vai dizer (como se restasse alguma dúvida...). Se bem que o raio-X deu ok... Tá bom, vou deixar de me enganar... Fumar enquanto ainda posso. 13h38.

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13h51. Da minha varanda eu consigo ouvir a sinfonia da cidade, seu burburinho, seu murmurar, a prova de que é quase um organismo vivo composto de diversos pequeninos órgãos, tambores, trompetes que unem-se numa suave melodia, pelo menos a esta hora da tarde. À noite, ela dorme, mas não de todo. Há quebras, geralmente bruscas no silêncio, dos que querem chamar a atenção, de cachorros bravios a gritos e carros com volume no máximo, a motos uivando. Nas horas de pico, obviamente se destacam as buzinas, muito mais que o zunido baixo dos motores dos carros trafegando. A cidade vive, vive de nós todos. Da união de nossas vidas. E ecoa da minha varanda.

13h58. E quando a chuva vem? Um poder maior que a cidade se derrama sobre ela, impondo sua melodia própria e grandiosa, sem conseguir, entretanto, calar de todo o som que vem de baixo. Se você tiver tempo, pare e ouça com atenção. Você perceberá que a cidade canta para você. Uma música muito humana. Muito diferente da música natural e bucólica que se houve fora da cidade, nos lugares verdes e cheio de pássaros e animais. Sons estes que nem me lembro de quando ouvi, tão citadino me tornei.

14h07. E há diversas músicas para cada parte da cidade, a música que ouço do décimo primeiro andar do meu prédio, na melhor parte da Zona Norte da cidade, é muito diferente do som das favelas, do centro da cidade, das grandes avenidas, de onde papai morava. Cada parte da cidade tem uma canção particular. 14h11. Fumar.

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16h09. Estou de banho tomado, pronto para a consulta. Pronto como quem vai se encontrar com o carrasco. J

Quando voltar conto o resultado.

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Isso foi hoje, 30 de novembro de 2012
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12h31. Já é outro dia, cheguei cansado em casa, tomei meus remédios e fui dormir. Vou passar de domingo a sexta na casa da minha tia amada, mãe do meu primo-irmão, pois minha mãe vai para um congresso e meu padrasto passa geralmente os dias (e parte das noites) fora, na universidade, trabalhando. Bom, na minha opinião o cardiologista olhou tudo muito rápido, mas disse que na radiografia não havia mancha ainda visível de qualquer dano, mas que eu deveria parar de fumar. O problema é que o remédio que ele indicou foi justamente um que a minha psiquiatra disse para não tomar, pois entraria em conflito com os que já tomo, então o cardio disse que nós deveríamos resolver com ela, quem sabe uma substituição de um pelo outro posto que o do cigarro é um antidepressivo e eu tomo outro antidepressivo. Sugeri os adesivos de nicotina, que meu primo-irmão usou com grande sucesso, e ele acabou me encaminhando para um pneumologista. Enquanto isso minha mãe sugeriu diminuir dois cigarros a cada três dias. Eu disse que era demais. Principalmente sem uma contrapartida farmacológica. Ela pareceu entender. Bem, diminuir mesmo, dadas as circunstâncias, só depois que ela voltar do congresso. Vamos ver o que ela vai combinar com a minha amada tia no domingo. Só sei que já tomei seis xícaras de café com seis cigarros para despertar. Embora tenha dormido até o sono acabar, das 22h00, às 11h15. Qualquer coisa, tenho o meu estoque particular de cigarros que foi de novo reabastecido pelo que não fumei ontem à noite. E pronto, no mais, meu coração e sistema circulatório estão em ótimas condições, sou, do ponto de vista cardiológico, saudável.

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Meu primo-irmão mandou um link para ganhar dinheiro em casa via internet, só tem que comprar o curso Online Trabalho. Quero saber se ele vai comprar. E, antes disso, oferecer nome CEP e e-mail. Eu, de burro, ainda dei, mas tudo parece a maior enrolação. Pelo menos neste site. Eu sei que online jobs existem, mas não sei como procurá-los. Aliás me cadastrei um dia num online que realmente funcionava, eu dizia minhas skills e eles me mandavam jobs compatíveis, mas nunca concorri em nenhum... Preguiça ou medo de não conseguir fazer algo bom o suficiente, sabe? Eu nem sei mais em que e-mail me cadastrei nisso... só sei que nunca vi mais nenhum job chegando para mim. 

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 Aproveitei que peguei a câmera de mommy para tirar a foto da teia de poeira e acabei tirando outras fotos mais, para repartir um pouco do meu cotidiano com vocês.

Se mamãe visse, Jô ia ouvir...


Me deixa perplexo que algo não inteligente como poeira possa se organizar assim de forma tão “aparentemente inteligente”. É quase contra a teoria do caos. Espero que dê pra ver na foto alguma coisa, foi a melhor que consegui tirar.

Presentes made in USA

Presentes enviados pelo meu irmão. Um quebra-cabeças 3D em forma de dragão que brilha no escuro. (Se conseguir montar, posto uma foto no blog!), o livro The Secret (que acho que não vou ler pois já sei que a mensagem dele é “você atrai o que você deseja” e “o que você faz de bom atrai mais coisas boas para você e o que você faz de mal atrai o que é ruim”) e, por fim, as cartas de hanafuda (baralho japonês, que foi a primeira coisa que a Nintendo fabricou antes de videogames) com personagens da Nintendo que custaram quase todos os meus pontos do Club Nintendo. Não tive coragem de romper o lacre e abrir o baralho. Vou deixar como está.

Nintendo Hanafuda Cards! Mira, morra de inveja!


No mais, um pouco do universo ao meu redor.

Vista de onde o profeta fuma e toma seu café 1.

Vista de onde o profeta fuma e toma o seu café 2.

Coisas inusitadas da bancada do profeta.

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14h48. Já fumei mais de metade da carteira de cigarros do dia e tomei uma garrafa e meia de café. Vou ver se consigo passar pelo menos uma hora sem fumar (ou tomar café) agora, para ver se os cigarros duram até a noite. Só de pensar nessa limitação auto-imposta me dá vontade danada de fumar. Mas vamos segurar a onda, à moda de Lulu Santos.

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14h50. Sem muito o que dizer, meu primo-irmão disse que sai hoje, então provavelmente vai ter night. Isso me anima, embora não saiba para onde iremos. Eita, vou ver se faço o papel do profeta em formato Word para a minha mãe imprimir e recortar. Muito mais fácil que escrever à mão. Ainda mais porque minha caligrafia está cada vez pior. (Também, usando muito mais teclas que canetas e/ou lápis.) J

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15h09. Pronto, fiz. Botei até o gatinho do Boto de Gatas no layout. Ficou simples e direto:

Quem recebe este papel ou é legal ou é muito gata ou pode até ser uma potencial Clementine.


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Eita, que acho que este é o post com mais imagens que coloco sem estar na categoria Visuais. Meu astral está muito melhor hoje do que esteve nos últimos dias. A mente é realmente um mistério. Mas acho que a neurose de neguinho é que estava vindo e estragando tudo. Ouvindo Neguinho, com Gal. 15h17. Ainda faltam 21 minutos para eu fumar o próximo cigarro... Vamos lá cabeça, me ajude a achar algo para encher este tempo com palavras! Foi bom ter meu blog acessado mesmo sem divulgá-lo no Facebook. Obrigado aos que o fizeram.

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15h26. Tentei falar com minha tia amada de Natal pelo Facebook, mas ela não me respondeu. Tentei ligar pelo Skype para meu irmão para agradecer pelos presentes, mas ele também não atendeu. Estou isolado em mim mesmo, mesmo. E quando queremos que o relógio ande, ele fica com uma preguiça danada, parece que o tempo entra naquele modo de câmera lenta de Matrix. Tenho pensando em passar uma temporada em Natal no começo do ano que vem, depois do carnaval, talvez. Espero que daqui para lá minha vida esteja mais organizada e a confiança tenha retornado mais completamente. Não espero estar trabalhando, não é isso, mas de repente, sem parecer um problema, uma bomba-relógio ambulante. Que todos estejam mais em paz comigo. Que eu esteja limpo. Quem sabe já podendo tomar uma cervejinha. Sem fumar, quem sabe? É esperar para ver. A maioria das coisas depende de mim. Aliás, tudo depende de mim. Emagrecer, parar de fumar, ficar limpo, resgatar a confiança. Para mim, tão averso a mudanças, são grandes desafios. E espero superá-los todos. Pelo menos hoje, que estou de alto astral. A cabeça ficando bem, no lugar, o resto vai junto, eu creio. Vai ser necessário esforço, inclusive físico, mas é uma questão de adaptação e disciplina e desejo, principalmente desejo. E hoje, com o astral que eu tô, eu desejo tudo isso e buscar tudo isso. O que é bom, bem diferente do eu de alguns meses ou dias atrás. 15h39. Ainda faltam nove minutos! ARRRGH! Mas é um começo, um gostinho do que está por vir. Segurar a secura, a fissura por cigarro. Vou ter que enfrentá-las mais cedo ou mais tarde mesmo. (Nossa, até eu estou impressionado com minha disposição agora.) Ouvindo Legião e Little Joy. Tomara que haja uma night que eu curta hoje. Como sempre, estou nas mãos e na disposição e nas inclinações do meu primo-irmão. Se é que ele vai querer sair mesmo. Espero que sim. Distribuir meus novos papeizinhos do blog. Consertaram a impressora aqui de casa, aí vou poder produzir sempre que o estoque acabar (e mommy, que tem a chave do covio do meu padrasto e a impressora instalada em seu computador, estiver em casa e à disposição). Eita, 15h48. Vou fumar! Êêêê!

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16h01. Fumei “apenas” dois cigarros com duas xícaras de café. Será que aguento mais uma hora sem fumar? Acho que não, mas bora tentar. O que eu poderia fazer para preencher esta hora? Já sei! Vou tentar montar o quebra-cabeças do dragão que meu irmão me mandou, aí dá tempo de colocar ainda neste post! Vou lá, aliás, trazê-lo para cá, pois quero continuar a ouvir o som.
Ainda bem que vem com um pequeno manual.

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16h55. Infelizmente fui fechar a porta para Dona Carmelita, que lava e engoma nossas roupas, e acabei fumando mais dois cigarros antes do prazo estipulado... Ainda ferrei dois cigarros de Nice, que trabalha aqui do lado, ficando outra vez com cinco cigarros. Por causa dessa falha no compromisso, me comprometo a só fumar agora quando completar o quebra-cabeças do dragão (que é muito mais difícil do que imaginava. Ainda estou na cabeça do bicho, mas pegando as manhas. 16h57.

17h46. Acabei as pernas do bicho, eu acho. Mas houve uma pequena interrupção para fazer uma versão em Português do arquivo do trabalho de mamãe.

18h11. Fumei um cigarro às 17h55, uma hora depois do outro, quando finalmente consegui consertar o arquivo que mamãe pediu e depois de receber da Microsoft a resposta de que eu não consegui reaver meu e-mail e que eu criasse uma nova conta. Filhos da puta! Voltar ao bicho agora.

19h17. Quase lá.

Para o livro Mania de Explicação:
"paciência é aquilo que a gente perde quanto mais precisa ter."


20h18. Finalmente acabei o dragão. Fumei dois cigarros para comemorar. Esqueci até da fissura pela fumaça na briga que tive para juntar as partes montadas num todo, mas aí está:

Olha ele aí, minha gente!

Dragão no único cantinho do quarto que achei para ele.

Infelizmente estas partes ficaram/caíram no meio do caminho...


Também tentei capturar a lua cheia ou quase da minha janela, mas a câmera de mamãe não ajudou (tão pouco o fotógrafo). Vou comer “senão não saio”. Depois reviso e posto.

Não dá nem para ver a lua...:(



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Este eu nem vou compartilhar no Facebook...

Clique na imagem para vê-la grande



Palavras são amigas, geralmente submissas, mas às vezes se rebelam, às vezes brincam de esconde-esconde. Palavras vêm sabe-se lá de onde, vão sabe-se lá para quem. Às vezes saem em gotas, às vezes em enxurrada. Às vezes ferem, noutras dão porrada. Palavras são minhas, são suas, são de qualquer um. E cabem para fazer todo tipo de coisa: tratados, poemas, petições, repartir conselhos, despertar emoções. Juras de amor. Juro que amo as palavras e sei que elas de mim gostam também, pois se apresentam sempre solícitas quando as busco, quando as moldo, quando as distribuo. Palavras são minhas melhores amigas. Nunca me traem (a não ser que eu queira me trair). Aí não é culpa das palavras, mas de quem as usou para esse fim.

Ficou uma merda, mas é um começo diferente de post, ao menos. 12h08. Fumar tomando uma xícara de café (feito por mim mesmo [e ficou bom, visse?]).

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12h21. Mas fora de brincadeira, as palavras têm sido minha âncora, meu refúgio, meu esconderijo, meu abrigo, meu escape, meu prazer. Elas têm sido a minha melhor terapia, a única que tenho por enquanto. Mas preciso de uma terapia de fato, isso é fato. Ou não é, quero ver a terapeuta me convencer a me mover de um lugar do qual eu não quero sair. Mas tudo é possível. Se até Deus é possível, o que mais pode não ser? Botar um Coltranezinho para ouvir. Ontem me caiu como uma luva para escrever.

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Estou por fora do que acontece no mundo e isso não me incomoda, pois acredito que tudo segue como deveria seguir, pois esta é a forma do universo se comportar e ela é imutável. Claro que nossos livres-arbítrios devem ser levados em consideração, mas digamos que eles fazem parte da equação universal. São um elemento necessário. Porque Deus ele mesmo precisará ter livre-arbítrio. Por mais que ele vá ser invariavelmente bom, posto que será uma evolução de nós e porque se não formos todos bons até lá não conseguiremos nos unir para formar a consciência suprema universal que é Deus. Então, se seremos todos bons, o resultado da soma de todos nós – Deus – vai ser boa também. Todos nós que digo são todos os seres de razão que se unirem em Consciências Coletivas, consciências estas que se unirão na consciência suprema que é Deus. Se você não sabe do que estou falando, esta é a maior das profecias do profeta e está explicada concisamente em Algo 0003. Aliás, Algo 0003 é, em verdade, o único post que importa neste site. Foi por causa dele que este espaço existe, para divulgar esta boa nova, de que o futuro será melhor, de que haverá um paraíso na Terra (mesmo que virtual) e que a humanidade se unirá numa grande nação quando as desigualdades sociais mais gritantes tenderão a desaparecer e todos terão uma vida confortável e repleta de prazeres, agora, inimagináveis. A natureza será deixada mais em paz, o dinheiro perderá parte do seu grande interesse e o poder será mais dividido entre todos os cidadãos do planeta. Isso tudo levando ao surgimento de uma Consciência Coletiva onde os homens unidos à tecnologia serão muito maiores que a soma de suas partes individuais. Impensavelmente maiores. Magnânimos. Este será o tempo da bondade e da prosperidade, além da imaginação de qualquer um de nós. Não sei se eu chegarei a pegar este tempo, tudo depende de quando a singularidade tecnológica acontecer. Mas certamente, mesmo fora do mundo como estou, estou certo de que ele caminha para frente e que cada vez, as coisas se tornam melhores do que já foram. A natureza antes desprezada têm ganhado sua relevância como parte essencial da cadeia de eventos que leva o homem a existir e sua preservação vem sido tomada cada vez mais a sério. Ambições à parte, em geral das grandes corporações, o homem médio tem ficado muito mais educado em relação à interdependência da natureza consigo mesmo e o quanto a degradação dela resultará na degradação dele próprio. Eu sei que ainda falta muito a caminhar, mas também sei que já demos grandes passos, impensáveis há algumas décadas. E o pior, eu sei que isso tudo é lugar comum e todo mundo já sabe, então vou mudar de assunto.

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Minha mãe me intimou a comer mesmo sem estar com fome. Que Ozzy... vou fritar uns dois ovos daqui a pouco para comer com arroz. Fumando e tomando café, não sinto fome alguma. Ela já fica me chantageando emocionalmente, dizendo que isso significa que eu não estou bem e isso e aquilo, depressão etc. e tal. Ozzy...

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12h58. Caso meu padrasto não volte eu vou acochar unzinho para fumar. Assim, certamente a fome virá. Fumar unzinho e ouvir Coltrane... (Leila, do Legião Urbana)
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 13h02. Acho que tenho alguns leitores fiéis e isso me enche de orgulho. Estou agora falando com Maria, empregada de papai, pelo Facebook, a quem disse que daria metade da herança que recebesse do espólio dele.

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15h10. Pursuance, de Coltrane, ao vivo é muito louca.

Para Atanaia, existem apenas três assuntos: trabalho, família e TV (talvez fé/religião).

Viajei na de Contrane: é como se houvesse um fraseado, mas ele vive fugindo, só às vezes se entrega. Ele é livre para fazer o que quiser. Aí vem a doideira, o cara falando “A Love Supreme, A Love Supreme, A Love Supreme”. (Desculpe se isso foi um spoiler para alguém). Deus deu ao cara o poder se expressar pela música da forma mais completa possível. O teclado parece duas coisas querendo se encontrar na harmonia e na melodia, mas sempre falhando, nenhuma consegue, até que finalmente conseguem e Coltrane volta à cena para um dueto com esse teclado que está mais comportado.

Depois do conselho da Legião Urbana sobre John Coltrane, eu posso dizer que chapei no cara. Este disco já entrou para um dos melhores de todos os tempos. Eu chapei como eu chapei com Disintegration do The Cure, como eu chapei com a Nona Sinfonia de Beethoven, como eu chapei com Medúlla de Björk. Eles estão um patamar acima, eles abrem sua mente para as possibilidades da música. Porra o batera é incansável, deu outro solo de bateria no final. E agora ficou só contrabaixo pirando. E para finalizar botando para foder, a música com mais melodia e harmonia e grandiloquência, Psalm. Ela tem um certo pesar. Coltrane está mais contido. Mostrando apenas o que de mais belo o instrumento pode produzir não tudo o que ele pode produzir.

Depois desse, só botando o Medúlla de Björk que é do mesmo top. É muita doideira também. Pleasure Is All Mine parece ter uma orquestra de vozes. Aí vem Show Me Forgiveness e parece que Björk está sozinha num enorme galpão branco e vazio ou na vastidão de um deserto. Aí vem Where Is The Line que é quase um heavy metal com vozes. Vokuro parece que ela entrou numa catedral de gelo onde as paredes cantam como monges. Oll Birtain é doideira. Who Is It  é ela provando que é possível fazer música pop, que soe pop, só com vozes. Desired Constallation (se essa for acompanhada por vozes elas estão altamente distorcidas em algo que não é mais um som humano. Eu acho a mais bonita do disco, mas é eletrônica eu acho, não vozes. A única.

(Parece que uma teia de poeira – não pode ser de aranha, é muito frágil, se eu soprar forte ela de desmancha, já testei – se formou entre o boneco articulado para desenho, a lava lamp e a parede. Incrível a poeira se organizar numa teia. Amanhã tiro uma foto. Agora, 16h45, acho que está muito escuro).

Passaram umas músicas e não falei nada. Oceania que é maravilhosa, parece que há cardumes de peixinhos ou de golfinhos mergulhando e a letra é superinteligente. Aí vem Sonnets/Unrealities XI e depois Ancestor a mais terrível do disco, intencionalmente horrível. Mouth’s Cradle outra prova de pop, mas além de ser menos pop é menos bonita que Who Is It. Vou fumar. 16h54. The Triumph of a Heart, a última, uma tentativa de fazer meio que uma dance music só com vozes.

Agora vou ouvir o Disintegration. Plainsong, a primeira, já começa grandiosa e melancólica. É um das minhas favoritas de todos os tempos. Pictures of You, foi por muito tempo “a” minha música favorita de todos os tempos (empatada com All I Want Is You do U2). Fumar.

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17h25. Sem saco de continuar fazendo isso... quem quiser que ouça os discos e tirem suas próprias conclusões que as minhas não valem de nada mesmo. Só faço contar o que acontece em cada música. Que coisa inútil a se fazer.

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17h55. Vou fumar de novo. 18h15. Continuo sem nada a acrescentar ao desperdício de palavras acima. Nem vou compartilhar esse post no Facebook... fumar tomando água com muito gelo que é só o que tem.

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18h23. Minhas tias estão lendo o boraver de Pedro e me elogiando, pensando que o texto é meu, só porque compartilho no Facebook. Mas né fogo? Roubando minhas leitoras mais assíduas!

http://boraver.blogspot.com.br/ (porra, errei no Crtl C de novo) -X-X-X-
Coloquei Coltrane ao vivo. Viajei mesmo no som. Mas sobre o quê falarei? Meu amigo me criticou num comment de A Love Supreme... por racionalizar demais as coisas. O pior é que eu não sei fazer de outro jeito. Acho que aprendi com meu velho pai. Eu não entendo como se age sem racionalizar. Eu nem entendo direito o que é racionalizar nem sei como agir sem racionalizar ou quando estou racionalizando ou não. É complicado para mim. Queria ouvir a opinião dos demais leitores sobre o tema.

-X-X-X- (Agora!)

O que busco trazer aqui é o que sai de mim, da forma mais nua e crua possível. Não sei como isso possa ser a tal da “racionalização”. Minha terapeuta anterior também me disse que eu racionalizo muito. Por isso tenho esta neura. Não sei de onde o meu amigo tirou este termo, psicológico eu acho, para comentar. Ele disse que eu vivo dizendo nos posts que estou desconfortável com a situação. E estou (não tenho uma Clementine, para dizer o mínimo). Mas estou mais confortável nessa situação do que em qualquer outra que eu possa vislumbrar. Talvez o monstro do ócio me tape os olhos. Mas acredito que estou exercendo um ofício escrevendo isso por aqui. Dedico mais horas a este blog que muitos trabalhadores aos empregos de verdade por aí. Se quero continuar a fazê-lo e se me é permitido fazê-lo por que não fazê-lo? Mas tudo bem, vai entrar o CAPS, de repente uma terapia e uma academia, eu provavelmente vou ter que parar de fumar, há uma série de mudanças boas aos olhos de todos para acontecer comigo. Talvez elas me levem a uma mudança de paradigma. Esse solo de bateria de Pursuance ao vivo é demais. Aí entra a galera toda de novo tocando, porra. 18h50. Vou fumar. (Quero ver como vou dar intervalos no meu texto quando eu parar de fumar, o desejo de fumar é que dá toda a cadência dos meus escritos!)


Lembrei da Clementine da Festa do Filme dançando uma dança bem sensual para o seu parceiro com os braços erguidos no ar e um molejo lento, lânguido e depois olhando para mim, sorrindo, lábios bem vermelhos, bem dentro dos meus olhos. Parecia me desejar em vez dele, foi como se soubesse que me provocava também com aquela dança. Mas na verdade não era nada disso, ela só sorriu porque me reconheceu como amigo de um ex-namorado. Que viagem a minha. Depois da foto no La Greca em que eu vi como eu me pareço visto assim como um alguém desconhecido, eu caí na real. Precisaria além de emagrecer deixar o cabelo crescer, bem mais, ganhar alguns músculos e manter barba bem aparada para ter o mínimo de chance com alguma Clementine. Ou então só atrairei pessoas ainda mais sem graça que eu ou mais velhas. Se elas sequer. Sem dúvida não vou compartilhar no Facebook este texto. Só me passam abobrinhas pela cabeça. 19h20. Fumar.

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Uma das coisas mais lindas que acho são nébulas. Vou ver se acho umas três imagens para colocar aqui. 19h29.

Por favor clique em todas para vê-las ampliadas!








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19h36. Já estou entrando na quinta página de Word, mas como não vou compartilhar no Face, ninguém vai acessar, então não tem a mínima importância. Estou envergonhado deste post e não sei bem por quê. Se me envergonho deste por que não me envergonhar dos outros? Acho que este está com besteira demais. Não sou crítico musical para começo de conversa. E o resto, bem o resto não tem valor intrínseco suficiente. Meu amigo me mandou o link para um concurso de escritores. Pensei em mandar os meus 15 dias de Ócio em 50 páginas. O mínimo são 50 páginas ele tem um pouco menos, mas eu posso escrever o resto. Vou falar com minha mãe. Se ela paga a postagem, a encadernação etc. e tal. (“Etc. e tal” sempre me lembra uma música de Sandy e Junior.) 

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20h12. Levei um esporro do meu primo-irmão (o outro) por minha atitude. Ele só não explicou que atitude é esta. Onde eu estou sendo inconveniente ou chato. Agora fiquei preocupado. Mas deixa isso para lá. Eu preciso seguir adiante, apesar das críticas. Foi o que me propus a fazer. Nossa, como estou sensível a críticas, passei os últimos cinco minutos matutando.

20h20. Vou fumar um cigarro.

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20h34. Bati um rango, agora tenho de ficar de jejum para o exame de sangue de amanhã. Ainda na neura do que o meu primo quis dizer. Será que inconscientemente eu estou afastando as pessoas de mim? Não seria estranho. Vou mudar o set list. Cansei de Coltrane por ora. Quer saber, foda-se, já tenho neuras demais para carregar mais uma. Embora duas críticas severas de dois grandes bróderes no mesmo dia seja foda. Mas vamos em frente no post. Deve ser um sinal que estou falhando com ambos. Ou com todos. Que Ozzy... Ficar limpo é o suficiente por enquanto. As mudanças virão. E se eu me aceitar desse jeito, os outros, infelizmente, que vão catar coquinhos. Ou será que as traves vão ser retiradas dos meus olhos e verei um novo modo de viver e experimentar a vida, muito melhor que este? Bote fé que as traves estão travadas mesmo. Para retirar, vai ser caixão. 20h50. Melhor tomar meus remédios logo. Podem afetar o exame de sangue.

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21h02. Não tomei, senão minha mãe não vai me dar a meia carteira de cigarros da noite. Estou meio deprê, deve ser bode.
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21h30. Conversei superficialmente com minha mãe. Pedi e recebi os dez cigarros. E já tomei a medicação. Não estou me sentindo bem por dentro. Vou postar logo essa porra. Tem nada que eu queira dizer mais não. Ou tem? Queria que tivesse. Queria que esse sentimento fosse embora. Será que foi por que me cortaram um Rivotril que venho tendo essas pequenas deprês? Espero que não. Queria que meu primo-irmão-guardião entrasse no Facebook para conversar com ele. Queria era que o sono batesse logo – eu tomei o Dalmadorm – para a realidade para um pouquinho de existir para mim. Amanhã certamente estarei melhor.Não deveria ter fumado aquele unzinho, mas valeu a deprê só pela viagem com Coltrane e Medúlla.

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21h38. Vou escrever até o sono bater aí tomo um banho quente e vou dormir. Vou ligar o ar condicionado já. Espera. Liguei. Vou fumar agora para ver se algo surge para eu escrever.

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22h14. É incrível o poder dos remédios em anestesiar minha angústia. Tomei um banho quente agora, estou mais relaxado. O sono já me alcança vou revisar e postar logo this piece of crap.

Eu e meu blog

Esta é a imagem que transmite melhor a minha relação com este blog.


Hemorrágico, verborrágico, mágico.
Que vem das entranhas, das coisas estranhas, de dores, prazeres e manhas.
Este é o meu blog.

Natal no Manicômio





Não, os internos não participaram do evento, apenas “adictos em recuperação” (são os termos utilizados para gente como eu) e seus parentes. Havia cerca de vinte ou trinta pessoas. E, me parece que ao contrário das outras vezes, a voz foi dada aos adictos e cada um contou um pouco (ou um muito) sobre o seu estado atual e a trajetória até ficarem “limpos” (outro jargão entre nós). Não houve nenhum momento de maior comoção que eu tenha percebido, mas os parentes ficavam sempre felizes ao ouvir os depoimentos de seus pares. Esta me pareceu a parte mais positiva do encontro, ver a esperança, a confiança, retornando ao coração de pais, esposas e maridos. Minha mãe disse que adorou o que falei, mesmo que eu tenha sido o de fala mais curta.

Para a surpresa de todos, a chefona do manicômio compareceu à reunião e comandou o evento para o espanto e deleite de todos. Como foi minha primeira reunião deste tipo, não me espantei com nada, pois tudo era novo para mim. Quando interno ficava recluso e nunca via o que acontecia ou quem participava. Aliás, por uma fresta de porta era possível olhar fragmentos da reunião. E vi minha mãe (achei que era ela) um dia lá o que me deixou muito feliz.

Depois houve uma troca de presentes num ligeiro amigo secreto e os comes e bebes. Para fechar a noite todos deram-se as mãos e juntos repetiram em uníssono uma versão adaptada da Oração da Serenidade do AA (Alcólicos Anônimos) e do NA (Narcóticos Anônimos). A maioria dos usuários era adepta dos 12 Passos dessas instituições. Infelizmente eu não consegui por causa da história do Poder Superior. E eu não acredito nele. Simplesmente não acredito, então nunca passaria do Terceiro Passo.

Eu ganhei um chaveirinho com aquele olho que espanta mal olhado. Minha mãe disse para eu guardá-lo para colocar minhas chaves quando ela tiver confiança suficiente em mim para tal feito.

Em resumo foi isso. Ah, dentre os usuários em recuperação que estavam lá havia dois que ficaram internos comigo: uma no manicômio (onde a beijei de língua com piercing [o último beijo de língua que dei na vida, no ano passado]) e um no albergue de drogados. Os dois pareciam muito melhores que nos dias idos. Ainda bem. Taí uma coisa que me fez bem lá.

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Nada a ver com o tema acima, mas não poderia deixar de postar.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Iurrú! Mais de 7.000 visualizações!


A Love Supreme – John Coltrane (e lavagem de roupa suja)





Como prometi ao meu outro primo-irmão, ouvi de uma sentada só A Love Supreme de John Coltrane, sem escrever nada. Gostei mais não é um disco facilmente palatável, parece ter várias notas dissonantes e muita improvisação. A de mais fácil acesso é justamente a última, Psalm, a mais melodiosa e com uma bateria grandiloquente e o saxofone é mais calmo e mais contínuo (nas outras músicas ele parece entrar como pequenas inserções de bisturi, cortante e preciso). Há muito espaço para improvisação e cada um dos três músicos faz sua parte solo ao longo do álbum. Me impressionou o fato de haver um pequeno trecho cantado-falado no final da primeira faixa. Realmente não esperava. Enfim, não é um disco que ganha você na primeira audição. Vou escrever o resto do post ouvindo a versão ao vivo do disco para ver o que acontece, mas, primeiro, fumar. (Ah, o dia D, quando levarei os exames para o cardiologista foi adiado e remarcado para a quinta-feira, posto que os raios-X do tórax só ficarão prontos amanhã à tarde.)

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14h46. Estou de volta após três e meia xícaras de café e três cigarros. Ouvindo o mesmo disco de Coltrane só que ao vivo agora. Há mais improvisação e, mesmo assim, agora o som do sax parece mais contínuo. Estou até curtindo mais esta versão ao vivo. Talvez porque já tenha escutado uma vez o original e esteja mais ou menos acostumado com o som. Estou achando mais harmônico. E ele bota o sax para gemer visse?

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Hoje provavelmente voltarei ao manicômio para a confraternização de Natal. Estou com sentimentos misturados em relação a esta ida. Não sei se todos os internos vão participar ou só os ex-internos e seus parentes. Nem sei qual seria a melhor das condições para mim. Provavelmente a com todos os internos. Sinto saudades da galera do meu quarto e de outros velhos habituais do manicômio. Além da galera que trabalha lá. Pensando bem, meus sentimentos são positivos em relação a este evento. Mal não vai me fazer, isto é praticamente certo.

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15h01. O ao vivo é muito mais irado que o de estúdio, ele faz miséria com o sax.

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15h18. Meu amigo Pedro voltou a escrever em seu blog, não percam (principalmente se vocês têm dificuldade com Filosofia)! Para ver o boraver clique aqui.

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15h20. Fumar que a cabeça tá mais vazia que bexiga murcha. Porra, peraí que entrou um violoncelo irado na música agora (final Pursuance ao vivo).

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Queria ter a criatividade de Pedro para bolar temas criativos e divertidos de ler, mas algo na minha cabeça se quebrou e só consigo escrever sobre o que sinto e penso, baseado no pouco conhecimento que tenho. É só o que me interessa escrever, minha vida, meu eu e o que está ao meu redor. A mão de madeira que coloquei segurando uma caneta. Pelo menos dei-lhe alguma utilidade.

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15h29. Jô vem limpar meu quarto. Tempo para uma pausa.

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15h55. Mais três cigarros e três xícaras de café. (fiquei apenas com 4 cigarros na carteira, mais 8 do meu estoque especial [graças a deus tenho este estoque {que não terei amanhã}]). Psalm entrou muito mais agressiva que na versão do disco, o cara tá endiabrado no sax. Jô me parou aqui para ouvir MC Sheldon (ou seja lá qual for a grafia). Pense numa mudança brusca de som, de jazz enlouquecido para “mete o fio dental e passa óleo no bumbum”...

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16h01. Ouvindo agora os alternative takes das músicas de A Love Supreme. É um som bom para escrever. Se fosse falar de Filosofia, como Pedro, o que poderia dizer se toda a minha filosofia já está em Algo 0003? Penso que a natureza do homem, embora egoísta, seja também gregária, ou seja, vivemos o eterno dilema entre querermos tudo só para nós e o desejo de estarmos em contato com o outro, o que obrigatoriamente implica em repartir nem que seja tempo ou atenção. Mas esse repartir com o outro também é um ato egoísta, posto que satisfaz a necessidade gregária do próprio ego. Sobre o eterno vazio que nos move, não posso falar muito dele. Ou posso falar demais. Há momentos, não sei se por causa deste blog ou dos ansiolíticos – ou da soma dos dois – em que me sinto completo no meu atual estado e não abriria mão dele por nada nesse mundo (a não ser por [uma] Clementine). O vazio não me move. Eu não quero me mover. Eu tenho medo de me mover. Medo e preguiça. E eles me são mais insuportáveis que o vazio. O vazio já me é costumeiro. Tudo bem que aproveite qualquer oportunidade que tenha para sair na night. Mas, em geral, eu e minhas palavras me bastam. O ruim é quando elas me faltam, elas me fogem, se escondem de mim. Aí o vazio aflora. Aí o desespero bate. O vazio deve ser continuamente preenchido por ambições e desejos a realizar, mas a minha ambição é continuar exatamente como estou e que ninguém interfira nisso. Esse é o porquê o meu vazio às vezes não parece existir e me sinto plenamente realizado. Eu não preciso nem produzir o vil metal, pois minha mãe me provê tudo o que para mim é mais essencial. Claro que gostaria de comprar Pitanga, o novo CD de Mallu Magalhães ou um PS3, mas eu não preciso realmente dessas coisas, tendo minhas palavras, a capacidade de divulgá-las, casa, comida e roupa lavada; café, Coca e cigarro (esse três deverão sair da lista nos próximos meses [ou semanas {ou, o que é assustador ao extremo, dias}]). Além disso, repito, só Clementine. Rever meus amigos, a galera das antigas, de vez em quando seria muito bom também. Mas aprendi nesses últimos cinco, seis anos a viver sem isso. Aprendi a viver só olhando para uma tela de computador, escrevendo e fumando cigarros. E aprendi a me bastar nisso. Em troca de não ter todo o resto e ter de trabalhar para ter todo o resto, aprendi a me bastar nisso. Aprendi a amar isso. Sincera e verdadeiramente. Quando eu vejo que um post teve mais de 15 visitas é um regozijo para mim. Eu sei que é raro, mas vez por outra acontece e faz este meu “trabalho” valer ainda mais a pena. Pois o faço primeiramente para mim, para meu contentamento. Mas quando vejo que um texto é acolhido pelas pessoas isso faz um bem danado ao danado do ego.

Eu sou o mais egoísta dentre todos os egoístas, meu comportamento não poderia ser mais egoísta e egocêntrico e eu não sei por que eu me tornei assim. Ou sempre fui e decidi me revelar, me despir das máscaras, assumir meu verdadeiro eu. 16h31. Meu olhos estão ardendo e lacrimejando de olhar para a tela. Vou fumar.

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16h53. Acabou John Coltrane. Coloquei American Beauty do Grateful Dead, outro presente do meu primo. É meio country, pelo menos a primeira música, country com bluegrass. Mas, tentando voltar ao tema do egoísmo (do qual voei agora), eu simplesmente bati meu pé e disse não faço mais nada e vocês vão me sustentar, inclusive meus vícios. É isso ou eu virar mendigo (que eu ainda acredito que vá ser meu destino quando minha mãe se for). Por causa dos papéis de pais, os meus não tiveram opção senão aquiescer e me sustentar. Primeiro foi meu pai (que talvez gostasse mais desse Grateful Dead do que eu), que morreu dentre outras causas pelos desgostos que lho causei. (Mas eu fui a menor das causas, quero deixar isso bem claro.) Agora, estou com minha mãe. Até quando não sei. Eu me encontrei nesse papel social que construí para mim, é onde me sinto seguro e confortável, é uma pena que seja um papel extremamente malvisto pela sociedade em geral e principalmente por um casal que adora trabalhar. Não dá para ser mais egoísta que isso. Só se eu usar cola. Aí é o egoísmo mor, ainda bem que o inferno que habitava minha cabeça e me obrigava a fugir para a cola se aquietou. Eu não esperava mais que isso pudesse acontecer, já tinha perdido as esperanças. Mas o mundo deu suas voltas e cá estou eu sem fissura há mais de quatro meses. Foda vai ser lidar com a fissura do cigarro se as profecias catastróficas do médico que aferiu minha capacidade pulmonar forem verdadeiras. Aí quem se ferra é o profeta aqui. E eu que queria morrer fumando como Tio Benito. Morreu fumando e tomando uma cervejinha. Bem não foi tão idílico assim, mas foi quase isso. A morte raramente é idílica se é que pode ser. Eu pensei que tinha o espírito de Tio Benito em mim. Só se for a pior parte dele. Eu queria mudar o mundo, criar o paraíso na Terra e o máximo que consegui foi ter meu e-mail bloqueado. Que ridículo, eu queria ser o emissário de Deus, o homem a trazer as boas novas, a espalhar a palavra, e a média de visualizações dos meus posts é de quatro, cinco pessoas. Ha... ha... ha... Ripple, esta do Grateful Dead eu gostei. Mas definitivamente eu tenho um certo preconceito contra música country que desconhecia.

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17h20. A noite vai se derramando sobre o céu, engolindo o resto de luz que o sol deixou para trás. Logo, logo, minha mãe vai chegar e terei que me preparar para a ida ao manicômio. Não sei por que me bateu ansiedade agora que o momento se aproxima. Mas acredito que seja natural. Passei quase quatro meses lá. E o pior (ou melhor), não achando ruim, muitas vezes achando bom, geralmente achando bom. Pensar dessa forma diminui minha ansiedade. É só pura frescura, fricote meu mesmo. Profeta fricoteiro de uma figa. Vai fumar, profeta, vai!

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17h33. Pois é, o profeta aqui é um dos mais egoístas dos mortais a caminhar na face deste planeta. E até para caminhar ele tem preguiça. Pois é além de ser um dos mais egoístas é um dos mais preguiçosos dos mortais a existir na face desta Terra. E quer continuar assim e arrumar uma Clementine. Tá certo. É bem compatível uma coisa com a outra. Compatível como água e óleo. Homenzinho desprezível e ridículo procura por mulher linda, cheia de vida e amor para oferecer, para ser sua companheira de intimidade e risadas e namoro bem carinhoso e demorado. Quem se disponibiliza? O quê, só ouço o som de grilos a cricrilar? Mas eu quero uma humana, não uma gafanhota! É, tá difícil para você profeta. Tirando escrever isso, você não serve mais para nada. Ou não quer servir. 
- É, não quero servir, por que, alguma objeção? 
- Tenho várias, mas de nada adiantaria enumerá-las. 
- Ainda bem que você tem bom senso e não vai encher meu saco com besteiras. 
- E o seu bom senso, ó profeta, onde foi parar? 
- Sei lá, deixei por aí, dentro de uma lata de cola do caminho. 
- E vai ficar nessa até quando? 
- Até quando der, campeão. 
- Olhe que cigarro já vai morgar, o CAPS tá para começar (mas tá demorando pacas, será que não te querem lá?), você disse que ia entrar numa academia... você vai ter que se mexer profetinha de meia tigela.
- Ai, saco, você tem que me lembrar disso tudo? 
- Você é que não se deixa esquecer, tá lembrado?
- É vero, é vero, meu chapa... eu é que não consigo tirar essas coisas da cabeça.
- Então?
- Então... Então eu vou acabar essa discussão com você (que sou eu) por aqui, fumar e postar isso. O Natal no manicômio fica para o próximo post que este já está com quatro páginas. 17h52.    

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Dia D... ou F





Amanhã será o dia da consulta com o cardiologista, quando levarei a batelada de exames passada por ele, incluindo o raio-X de tórax que deve mostrar a quantas anda o meu pulmão, além do da capacidade pulmonar minha que tá nas últimas. Ou seja, amanhã ele provavelmente me fará optar entre fumar ou morrer uma morte lenta e dolorosa. Estou fodido. Mas já resoluto de que não quero parar de supetão. Quero uma transição a mais lenta e gradativa possível. (Vixe como tô repetitivo ultimamente.) Minha mãe, claro, vai querer cortar o mal logo pela raiz. E pode. É só parar de comprar cigarros. Eu não tenho dinheiro algum para comprar, logo, me fodo. Mas espero que o médico seja mais condescendente e me ajude nessa. Já disse a ela que hoje, em vez de me dar a carteira inteira da noite, me dê apenas meia, como demonstração do meu interesse também em parar. Fumar. 20h02.

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Meu padrasto recebeu uma encomenda da Saraiva pelo correio. Isso me deu uma certa nostalgia da época em que eu tinha grana e recebia as minhas encomendas, geralmente bonecos e bonecas americanos e japoneses, que encomendava de sites como eBay e Hobbyfan. Pena que nunca arrumei um local apropriado para expô-los, mas é um sonho que não abandonei, uma prateleira, não sei se com vidro na frente para que não peguem poeira, onde colocaria a minha coleção, que está toda encaixotada e enfiada nos armários aqui de casa. Eu tenho uma Rei Ayanami, do Evangelion, com uns 50 cm de altura. Uma estátua do Coisa, do Quarteto Fantástico que pesa uns 3kg. Bom, deixa para lá. Eles estão todos guardadinhos esperando o dia em que verão a luz do dia.

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Vendo as fotos que tenho aqui no quarto me fez pensar que só verei meus irmãos anualmente ou bianualmente e isso me deixou, não sei, um pouco triste. Algo me deixou um pouco triste agora. Talvez seja essa história de não ter grana e de ter de parar de fumar. Não sei. 20h42. Sem nada para escrever. Tomar meus remédios encher o refil de Coca (normal, oba!) e fumar.

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Deprezinha chata. Acho que bate em todo mundo, vez ou outra. 21h02. Demorei porque fumei três cigarros. Espero que bata em todo mundo vez ou outra, não quero pensar que meu inferno emocional/existencial vá recomeçar. Já tomei os remédios, inclusive o de dormir hoje. Amanhã, terei de estar de pé às 7h00, o mais tardar. A cárie no meu dente começa a incomodar. Mas dentista só em dezembro e depois de mamãe chegar da viagem que fará para algum dos seus inúmeros congressos. Amanhã, após a consulta com o cardiologista, irei para a confraternização de final de ano no manicômio. Astral zero para o evento no momento. Astral para nada no momento. Estou escrevendo para o tempo passar e o sono bater. Ver na minha conta do gmail se consegui reaver meu Hotmail.

21h13. Nada de resposta do Hotmail. E o pior é que meu último post fica desaparecendo do meu blog. Que Ozzy.

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21h28. “Faceando” sem nada para fazer ou dizer. Vi a pegadinha de Sílvio Santos do elevador. Acho que é minha mente se esvaziando por causa do Dalmadorm.

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Como uma coisa, alguém pode parecer tão linda aos olhos de outro alguém? É indescritível, não verbalizável, é apenas sensível. Sente-se este encantamento profundo, completo, pleno. É um sentimento bom, sem dúvida e melhor seria se os dois se vissem assim. Cadê a outra metade de mim? Quando vamos finalmente formar um todo maior que nós dois? Quem será? Como será? Queria que me parecesse tão linda quanto aquela da foto. Mais é impossível. Impensável, inimaginável. Coisa mais bonita é você, assim, justinho você/Eu juro, eu não sei por que você/Você é mais bonita que a flor, quem dera a primavera da flor tivesse todo esse aroma de beleza que é o amor perfumando a natureza numa forma de mulher/Porque tão linda assim não existe a flor, nem mesmo a cor não existe e o amor, nem mesmo amor existe. Pronto e o resto todo da letra eu não lembro, mas é a canção que descreve mais o que quero expressar e não consigo com minhas próprias palavras. Espero sentir isso de novo e, se possível, logo! Fumar!

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Será que no CAPS eu encontro alguém? Onde mais poderia encontrar? Na noite? Na noite tudo é tão breve e tem que ser tão direto... que post mais desnecessário esse. Vou acabar por aqui mesmo. Sem cérebro nem para sonhos.

Mais cigarro, exames e vagabundagem

O covio do profeta
(clique para ver grande)

11h10. Mais um exame hoje: ecocardiograma. Amanhã, mais vários de sangue, raio-X do tórax e ultrassom da tireoide. Ficará faltando só, para o dia 21/12 o ultrassom completo do abdômen. Estão me escrutinando de cabo a rabo (rabo não, pois ainda não estou na idade para fazer o de próstata, mas mesmo assim). Quando levar os resultados para o cardiologista... ai, ai, será o fim dos meus cigarros. Eu, desde já escolho a estratégia do desmame lento e gradativo. Nada de radicalismos! Please!

Mommy “esqueceu” de novo de deixar minha carteira da manhã... o cerco começa a se fechar. Ainda bem que sobraram muitos de ontem à noite, o que ela deve ter conferido antes de “esquecer” de me deixar a carteira da manhã. Vou fumar e tomar um cafezinho aqui do lado. Péra. 11h21.

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11h52. Pedi para as meninas aí ao lado fazerem um café para a minha garrafinha e fiquei proseando com elas. Uma está rouca de dar dó, mas felicíssima porque todos elogiaram os quitutes preparados para o almoço em família no domingo. Estou relativamente com poucos cigarros, não poderei fumar no meu ritmo normal (frenético-compulsivo), vou ter que maneirar. Vamos falar de algo mais relevante. O quê é o problema. Vou colocar o Xs e ver se rola alguma coisa.

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11h57. Vou fumar e tomar um café para ver se algo me aventa a mente. Peraí, deixa eu acabar de ouvir The Last Remaining Light do Audioslave. Depois vem uma seqüência de Britney Spears que vou pular. É o tempo do café com cigarro. 12h00. Vou lá.

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12h07. Tá rolando a última de Britney, Lucky... vou ouvir, está na metade, empata muito não. A única coisa que me veio á mente enquanto fumava foi Clementine... a eterna impossibilidade, que para mim ecoa como a eterna possibilidade. É uma batalha em que o racional perde para o emocional de nocaute. É a burrice das burrices. É aquela coisa bem século XVIII, bem romântica, de sofrer por amor etc. e tal. Não sei por que meu coração insiste nesse masoquismo sentimental. Ainda bem que quando encontro uma nova Clementine nalguma quebrada da vida, esse sentimento evanesce. A última Clementine que encontrei era também uma impossibilidade, mas pense numa figura linda, lindíssima, seu rosto era perfeito. Esculpido por Deus com carinho e dedicação especiais, com certeza. E seu pai era um cara até mais feioso que eu. Isso me animou a pensar que um filho meu – uma filha, eu preferiria –poderia ser belo. Mas não quero ter filhos, não por ora, não sirvo de exemplo positivo para nada. E os pais são as grandes referências para os filhos no começo de suas vidas. Pelo menos é o que todo mundo diz. Meu filho, por ora, é esse blog, que trato com carinho e dedicação absolutos, mesmo que ninguém leia. Mas há quem leia, eu tenho o Google Analytics que não me deixa mentir.

Por falar em internet, meu e-mail continua bloqueado. Acho que foi minha campanha de divulgação de Algo 0003, ou melhor Bible ofthe New Millennium, que me ferrou. Acharam que eu era um spamer (ou sei lá como chamam esse negócio de mandar o mesmo e-mail de uma só vez para vários destinatários diferentes). Não esperava por essa. Uso este endereço de e-mail há quase dez anos. Não queria perdê-lo. Ele é utilizado no meu login de vários sites... e é com ele que todos se comunicam comigo. E tem salvo vários e-mails que recebi que tem valor sentimental para mim lá (inclusive de Clementine num passado bem remoto). Mas isso também não é um assunto interessante. 12h26.

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The Killing Moon, do Echo & The Bunnymen. Crianças, ouçam Echo & The Bunnymen, sugestão do profeta. 12h37. Sem ideias e me proibindo de falar de Clementine. Nós não merecemos. Se eu estivesse lendo pelo menos a NewScientist... eu teria algum assunto para discutir. Sobre a violência em São Paulo, o que posso dizer, estão fazendo um barulhão na mídia por causa disso, parece que os índices de homicídio aumentaram, mas é praticamente impossível a polícia prever onde um crime vai acontecer. Só se houvesse uma viatura para cada rua de São Paulo ou coisa do gênero, o que é impossível. Não sei se é revanchismo dos criminosos, mas, aparentemente, parte dos crimes é. O que é aterrador para os policiais que, muitas vezes, moram nas proximidades de onde os bandidos moram. Espero que eles tenham treinamento para perceber se estão sendo seguidos, como se defender etc. e tal. Acho que recebem este tipo de preparo. Acho que só estou falando merda sobre um assunto que não conheço. Então vou parar com essa embromação. Não sei se os mensaleiros foram para a cadeia, mas espero que todos vão. Isto seria um grande passo para a justiça no Brasil. Se não forem vai ser uma desmoralização do sistema judiciário, tanto quanto já é do legislativo. Queria muito, muito, muito que eles fossem para cadeia. Eu sei que é crueldade desejar o mal a outras pessoas, mas neste caso fico ao lado da justiça e do cumprimento desta. 12h51. Café e fumar. Dar pause aqui no Player que tá rolando Por Enquanto do Legião.

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13h13. Cometi a ousadia de fumar três cigarros seguidos mesmo tendo tão poucos. Esta ousadia se justifica porque lembrei que, quando fui fazer o exame capacidade pulmonar, havia uma placa em cima do café dizendo “Não beba café se for fazer ecocardiograma”, logo precisei detonar todo o café que tinha, além do restinho de Coca Zero, que também tem cafeína, o quanto antes para não me ferrar neste exame também. Não podia deixar o café e a Coca sem cigarros para acompanhar. Agora só me restam quatro até a hora de mommy chegar, se ela subir. Senão vou ter que convencê-la, a duras penas, a comprar uma carteira no caminho (o que acho que não vai acontecer de jeito maneira). Vamos ver, um futuro incerto e perturbador se afigura. Mas acho que ela vai subir sim. Desculpem-me por falar tanto em cigarro ultimamente é porque o assunto realmente tem me aperreado. Não estava preparado para deixar meu vício mais arraigado e predileto. Espero que os adesivos ou o que quer que seja que me passem, me ajude. E mais que tudo, repito (e repetirei mil vezes, se necessário), espero um desmame, não uma parada brusca. Fico com medo de voltar a pensar em cola de sapateiro se parar de vez. A ter fissura da cola. Espero que não. E o CAPS que ainda não deu resposta? Ainda vai haver isso e talvez academia. Minha rotina de blogueiro sedentário vai mudar bruscamente a partir do próximo mês, dos próximos meses. Perdi vinte em vinte e nove amizades por conta de uma pedra em minhas mãos... e aos vinte e nove, com o retorno de Saturno, decidi começar a viver... Vinte e Nove, da Legião. Meu primo-irmão deve achar o ápice do pop show. Quando vou decidir começar a viver? Como posso decidir viver uma vida que não quero, pois quero esta vida que levo? É uma boa pergunta. Eu levo a vida que quero levar, mas esta vida que levo não agrada aos demais. E este desagrado dos demais me leva a me sentir desgostoso, ou melhor, constrangido, por levar a vida que levo, o que é desconfortável para a alma. Espero que entrar no CAPS e na academia empreste-me a aparência de alguém mais produtivo, ocupado. Porque é preciso ter uma ocupação para ser válido como cidadão. E parece que ninguém considera escrever um blog uma ocupação, posto que não gera rendimentos... Venha que o vem é perfeição...

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13h35. Pois é, ser vagabundo tem todo um peso, uma carga social agregada à condição. Você é mal visto, sofre preconceito e, mesmo que silencioso, é perceptível como se fosse gritado aos quatro ventos. O pior é que as pessoas ainda acreditam que eu vou sair desta condição de comodismo absoluto. Mas eu me pergunto, quem gostaria de sair de uma situação de comodismo absoluto. Com tudo o que se quer – menos uma Clementine – à mão? Sem precisar fazer esforço, ou fazendo um esforço mínimo para isso? Só os workaholics negariam isso. E é exatamente isso que minha mãe e meu padrasto são, completamente workaholics. Daí tu tira. Vou fumar um cigarro e me aprontar para não ouvir quando mamãe ligar. Aliás, vou fumar, revisar isso, postar e daí tomo banho. 13h45.

domingo, 25 de novembro de 2012

Domingão no La Greca

O profeta sentado sob o guarda-sol aproveitando o Praia do La Greca




21h53. Gostei do Praia do La Greca hoje. Um pouco menos do que da outra vez, talvez, mas só um pouquinho menos. Não houve a dança doida das garotas desta vez (não houve aquelas garotas), nem nada relacionado à pintura. O pessoal demorou mais a chegar, depois das 16h00 eu diria. Houve, entretanto, o clima família, com muita gente levando seus filhos e muita gente bonita. Definitivamente, inegavelmente, inexoravelmente houve a Clementine do dia, ou da noitinha, pois ela chegou tarde e pouco se demorou por lá. Ao cumprimentá-la, instintivamente beijei sua mão, algo que nem eu esperava fazer.

Chegamos meu primo-irmão e eu ao Praia por volta da uma da tarde e havia apenas três ou quatro guarda-sóis com pessoas, não mais do que duas por guarda-sol, tirando um casal que trouxe seus dois filhos para brincar na piscina enquanto tomavam uma gelada. Nossa ilustríssima amiga, com sua filha chegou por volta da 15h30, 16h00. Nosso amigo perfeitinho chegou cerca de duas horas depois. Foi bom porque eu e meu primo tivemos tempo de batermos um papo como há tempos não fazíamos. A presença dos amigos, porém, tornou as coisas muito mais animadas e a filhinha da ilustríssima que me fez o desenho aí em cima é um doce de menina, o que, com suas brincadeiras, deixou as coisas ainda mais leves. E mais leves ficaram com a interação que tive com uma rodinha de meninas, com as quais reparti o endereço do blog e outras coisitas mais (porém nada de cunho sexual, seus mentes sujas, até porque era uma impossibilidade!).

Rolaram como atrações desta vez, um grupo de chorinho (com uma queda para o forró) e a mesma banda da outra vez, além do passeio de barco (que novamente não fiz) e de um documentário bastante realista sobre o Capibaribe, sua atual situação, seu passado e possíveis soluções para o rio. Bem, em suma, foi isso. Outra destas só no ano que vem, pois eles não realizarão o encontro no mês de dezembro devido às férias e festas de final de ano.

O que mais me marcou? Como sempre e todas as vezes Clementine. Encontrar Clementines é o prazer maior que posso ter num dia. O eterno desejo de ser aceito por uma delas é o que mais me move para sair e me mexer. Por sinal, estou parando de entregar o papel do blog apenas para gatinhas. Entreguei a um senhor, que o guardou na carteira e, apontando para a esposa, disse: “é ela quem mexe em computador lá em casa”. Entreguei também a um dos organizadores da festa (não sei se entreguei a Tila, mas deveria ter entregue), a um garoto que tinha um Darth Vader tocando guitarra estampado na camisa e a um amigo da minha cunhada. Não entreguei a Clementine porque não achei uma boa. Nem deu tempo. Ouvindo The Blower’s Daughter... I can’t take my eyes of youI can’t take my mind of you… Eita, Fragile Tension, tudo a ver. Este set list é mágico. Combina com o que estou escrevendo!

Bom é isso, espero que alguém que foi ao Praia do La Greca acesse, compartilhe, comente!


P.S.: entreguei o bilhete também para aquele cara de bigodes do século passado que encontro em todos os lugares que vou! Ele prometeu dar uma sacada. E de perto, ele me pareceu mais simpático que de longe.

Viagens





Vivo hoje das reminiscências de ontem. São 17h00. Acordei agora há pouco, uma hora, hora e meia atrás e, por absoluta falta do que fazer, volto às palavras. As imagens que mais me vêm a mente são a da Clementine de ontem (cruzei com “a” Clementine hoje, dei um susto nela, que estava de costas distraída e eu fiz “bu”). Também ficou na cabeça o contragosto com que meu primo-irmão foi à festa do Capibar, sempre com a Clementine dele na cabeça. É certo que no finalzinho, após os tunados, nós nos divertimos um pouco mais. E, antes de me deixar em casa, conversamos (eu ouvi mais do que falei) sobre relacionamentos entre homem e mulher. Para mim não tem muita fórmula não, mas concordo com ele eu há um jogo de sedução envolvido em cada conquista. Se um não quiser jogar, então é porque daquele mato não sai coelho. O problema é que eu tenho uma facilidade enorme em fazer amigas, não namoradas. De alguma forma, meu jogo de sedução passa do ponto e pula direto para a amizade. Talvez não enxerguem em mim alguém atraente ou sedutor, talvez eu as trate com calor humano demais, sem deixar espaço para mistérios e meias-intenções. Sei lá. Só sei que elas geralmente se interessam por mim como fonte de amizade não de saciedade de seus desejos sexuais/passionais. Enfim, preciso melhorar nesse aspecto.

O bom é que amanhã tem Praia do La Greca e vou ver várias mulheres bonitas e atraentes em trajes de verão (quem sabe até...), estar rodeado de amigos, tomando Coca-Cola a R$ 2,00 e distribuindo meus bilhetinhos (que cada vez acho que não servem de nada).

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Será que existem universos paralelos? Se existirem, o número deve ser infinito, pois há infinitas formas de um universo se manifestar, desde a mais breve, onde ele é engolido por si mesmo logo após surgir, até a que ele se expande rápido demais, sem haver tempo para a formação dos astros, até a forma em que eu fiz as escolhas certas na vida e sou bem sucedido aos olhos da sociedade. Nesse caso – dos multiversos, como chamam – realmente não vejo necessidade de um Deus, tudo é devido a infinitos processos quânticos que se manifestam todos em realidade. Se só houver um universo – este, no caso – a necessidade de uma ação criadora inteligente se faz necessária, imprescindível, no meu ponto de vista.

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Sem saco para escrever. Vou postar uma profecia que já tenho escrita.

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19h08. Postei e ainda bati um papo com a galera pelo Facebook. Parece que vai ter tributo a Chico Buarque no Tebas. É uma pena que tenha gastado a bala da saída ontem, acho que gostaria mais desta festa que da de Tim Maia.

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19h26. Fui fumar e falar com mainha que foi ver com meu padrasto o filme de Luiz Gonzaga. (Podia aproveitar para fumar unzinho mofado.)

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19h27. Acho que vou dar um tempinho aqui. Já, já eu volto.
(19h58. Quem diz que pozal não faz a cabeça, está mentindo. A minha tá feita.)

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20h00. Se em Legend of Zelda Skyward Sword o pássaro pudesse ser chamada nos mundos/zonas do jogo, muitos obstáculos e quebra-cabeças seriam facilmente alcançáveis, perdendo o sentido. Por isso, a ave simplesmente desaparece após deixar-nos lá na área.

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20h48. Comi demais, meu irmão... dei uma superdetonada no sorvete de chocolate e depois... ai não fala isso, por favor. Esse é só o começo do fim da nossa vida. Prepara uma avenida que a gente vai passar. Eu tinha até sonhado uma vez em que houvesse um CD duplo dos Los Hermanos chamado o A e o C, num o... deixa para lá. Imaginem só, nove horas da noite, a família reunida para fumar um beque. Os pais e os filhos juntos queimando unzinho e trocando uma ideia. Mais ou menos como fazem com cerveja. Ia ser uma onda. Será que isso acontece em algum lar? Talvez na Jamaica. Stop whispering, start shouting! É a mais baladinha do Pablo Honey, do Radiohead, mas eu gosto, talvez até por isso. É um disco muito mais pop/acessível, básico que os subsequentes. Aí vem Thinking About You, ainda mais baladinha que a outra. A guitarra que aparece numa parte é bem U2. Eles emularam um pouco U2 no segundo disco com aquela que tem o clipe, como é o nome mesmo?... High and Dry, eu acho. Aí entra Bloom do King Of Limbs, o último deles, é uma viagem muito diferente. Tem um som muito mais complexo, dissonante e harmônico ao mesmo tempo e muito mais rico. É menos acessível, mais hermético, mas é massa, uma viagem. A outra música tem também esse elemento repetitivo que acaba enchendo o saco. É um som para ser ouvido com fone de ouvido para poder captar todas as nuances, as várias camadas sonoras, bem minimalistas, geralmente. Vou fumar. Mudei de som, estava me deixando meio angustiado. Botei em Radiosong, do REM. Fumar

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21h56. Esta história de parar de fumar está me noiando. Estou conversando com Prisci no Facebook e escrevendo aqui.

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21h59. Minha mãe acaba de ligar para checar se está tudo bem. Digo-lhe que vou tomar os remédios pois pretendo dormir logo para acordar cedo e ira à Praia do La Greca.

http://www.facebook.com/events/432363300158965/ (Ctrl V errado mais uma vez! PooOoorra!)
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Sem muito na cabeça agora. Aliás tem uma coisa, mas não posso dizer, então não importa para o blog. Não é um pensamento ruim, embora ele tenha um lado perverso, egoísta. Eu sou um egoísta e, o pior, um egoísta bem sucedido, pois levo a vida como quero. Por enquanto, minha mãe me provem de, além de casa, comida e roupa lavada, pequenos mimos como salada de frutas só para mim todos os dias, a grandes importância como cigarro e Coca-Cola. Tirando onda aqui da cara de Prisci no Facebook. Eu sou um egoísta que abusa do seu primo-irmão. Abusa da enorme generosidade dele. Eu já disse em algum lugar, mas vou repetir nós somos egoístas, de Hitler a Gandhi à Madre Tereza de Calcutá, tudo o que fazemos visa obedecer, saciar ou acariciar, satisfazer de alguma forma, nossos egos. Porra, tá rolando Britney Spears, to sem saco para ela. 22h23. Falando com meu irmão no Skype, mas por chat.

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23h29. Falei com meu irmão e minha cunhada pelo vídeo agora. Tenho só cerca de quatro cigarros na carteira, o que significa, além de desespero, que vou ter que ir dormir logo mais. Ou me segurar com quatro cigarros até mamãe voltar do filme, o que se dará, eu creio, por volta de 0h15 ou 0h30. Sem nada a dizer, com sono e vontade de fumar. Vou fumar. E já ligar o quarto, preparar para dormir.

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00h10. Será que eles chegarão no tempo que previ? Aí o cigarro daria, de qualquer forma, já botei o pijama e liguei o ar condicionado. E eu não tinha quatro cigarros, tinha apenas 3, então agora tenho só dois e uma vontade danada de fumar. Vou fumar, dane-se.

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Recife, 25 de novembro de 2012.
Não me lembro o que aconteceu depois, depois reviso e posto. Vou escrever sobre o Paraia do La Greca hoje.

sábado, 24 de novembro de 2012

PROFECIAS VI – TEORIA DO CANUDINHO OU DO AQUECIMENTO GLOBAL




Se porventura o aquecimento global gerar as catástrofes aquáticas que se preveem, a solução mais prática para nos livrarmos do excesso de água despejada nos oceanos, na minha opinião, é despejá-la no vácuo espacial. Como? Uma grande mangueira que vá das profundezas do oceano até a estratosfera (ou qualquer esfera em que não haja mais atmosfera, só vácuo). A(s) mangueira(s) seria(m) lançada(s) por foguete(s) acoplada a algo como um satélite estacionário. até o espaço sideral. A mangueira deveria ser comsposta de um material ser leve, bastante resistente e que absorvesse calor do sol para que a água não congelasse no caminho. O peso das várias pressões de atmosfera das profundezas do oceano com o vácuo faria a água subir como quando a gente chupa refrigerante com canudinho e ela seria lançada no espaço. Haveria ainda a possibilidade desta água, de alguma forma vagar pelo universo e quem sabe polinizar um planeta com vida, posto que junto com a água marinha iriam vários micro-organismos. Só falta sabe se a diferença de pressão seria suficiente para que a água chegasse até o vácuo, mas não sei fazer esse cálculo. De qualquer forma, profetizado está.

Tunados! Caricatura e Capibar





19h29. Ainda não fumei (mas vou já, já). Esquematizando a noite. Eu queria ir pro Capibar para a Homenagem a Tim Maia. Prisci (a amiga-arengueira-que-não-quer-ser-chamada-assim, então vou chamá-la de Prisci mesmo porque dá muito trabalho escrever esse apelido) quer ir para um tal de Caricatura do Chicão. Tudo depende do meu primo-irmão. Ou de Prisci convencer minha mãe a sair com ela como “acompanhante”. Do jeito que eu vejo a coisa toda, meu primo-irmão vai sair sozinho com a mina dele para tratar de assuntos particulares, Prisci vai convencer minha mãe a liberar que eu saia com ela. Aí, com o poder nas mãos, Prisci vai me arrastar para o Caricatura do Chicão. Logo, a probabilidade de ir ao Capibar é mínima. Justo o lugar que meu outro primo-irmão disse que vai estar cheio de gatinhas... É a vida. Só quero sair. Fumar! 19h37.

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Acabou que fomos para o Caricatura do Chicão, Prisci, a dos seios (foi para tirar onda mesmo!) e eu, a pé daqui de casa até lá. (Não foi tão difícil quanto eu imaginei.) Lá encontramos dois casais amigos de Prisci em momentos diferentes: um quando chegamos e o outro quando esses partiram ou estavam de partida. Obviamente entreguei os bilhetes do site a todos. É, minha cara de pau já anda assim. Tomei suco de laranja natural, de fruta, feito na hora, não Coca-Cola! Coca-Cola a R$ 4,20? Vá se lascar. O suco rendia bem mais (mais graças a Prisci que foi generosa e solícita comigo, do que pela quantidade que vinha). O fato é que eu não bebi do precioso líquido negro. E ainda por cima curti o suco. (Meu suco preferido é maracujá com laranja, Maria fazia para mim. É a única bebida que se aproxima da Coca-Cola, que me deixaria em dúvida entre qual escolher.)

Enfim, todos partiram do bar e partimos eu e meu primo-irmão para o Capibar. Como havíamos combinado, mas meio a contragosto dele.

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Chegamos ao Capibar e, realmente, como meu outro primo-irmão havia dito, estava dando altas gatinhas no pedaço. Entreguei o bilhete do site a várias. Dessa vez entreguei a alguns homens com quem mantive contato. Principalmente o da galera dos tunados que espero que visite este blog aqui. Passamos bons minutos trocando sensações e experiências, digamos assim. Para quem não sabe, estar tunado é estar na carga total, botando pra foder legal, gerando com força, detonando tudo. Algo bem absoluto assim. No pico do volume, talvez seja a melhor metáfora. Foi massa compartilhar esse momento tunado com eles. Eles tinham tanta vida, tanta alegria de estarem vivos e ali que me contaminaram com esse sentimento tão prazeroso.

Entreguei a Polly (ou Poli?) o endereço também. Não acreditei que não tivesse entregue ainda. Ela eu espero que entre. Mas esperanças às vezes são vãs. Entreguei a uma menina a quem já tinha entregue no Ocupando a Aurora. Inclusive ela foi a Clementine do dia, se não me engano, mas ela me confessou não ter acessado o blog daquela vez, me garantiu acessar nessa. Outra esperança vã?
Houve uma, pelo menos, –e era gata – que pegou o iPhone dela assim que entreguei o papel e foi acessar, vi que ela dava uma olhada no post que tinha o rosto de Natalie Portman (que, pelo que me lembro é uma merda). Esta foi lá e conferiu o blog, mesmo que rápido. Meu muito obrigado a ela. Ou obrigado a você, caso você me acesse novamente.

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Houve uma Clementine na noite, infelizmente... ou felizmente, acho que ela não acessará, mas pegou o bilhete. Não foi difícil escolher entre as várias gatinhas que eu vi na noite. Ela tinha o tchans. Tunada total. Não, soa muito grosseiro para ela. Muito perfeita do ponto de vista estético. Seria a descrição mais fria e precisa. Mas não é a que queria dar. Deixa para lá. Houve uma Clementine esta noite e ponto. Boa noite, ou bom dia são 4h10. Vou postar e dormir

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Ah, a banda era legal, o cantor se garantia. Houve momentos em que era quase impossível pegar cerveja no bar. Graças a deus as pessoas podiam sair e comprar no isopor do tio logo em frente à entrada (por um preço mais em conta, inclusive) e dar uma relaxada do aperto enquanto isso. E distribuir bilhetinhos enquanto isso também. E encontrar uma galera tunada.

Bom, agora eu vou mesmo revisar, postar e dormir. Boa madrugada universo.