ESCREVENDO SEM QUERER ESCREVER

Acabo de divulgar o post de ontem, centrado na Singularidade Tecnológica, realizado na forma de autoquestionamentos. Não sei por que insisto em divulgar essa minha fé idiota. Tão idiota quanto qualquer outra religião. Pelo menos não vejo a minha motivando guerras santas. Talvez a revolta aconteça por parte de outros religiosos, de outras crenças, talvez dos puristas se a Singularidade realmente se der. Incrível, não estou com saco de fazer nada, nem de escrever. Escuto Infected Mushroom para variar. Estou curioso para ver o que produzo não tendo absolutamente nada a dizer. Acho que, de alguma forma, o meu amigo da piscina vai me passar a perna na negociação que estamos fazendo. Não gosto de tédio. Odeio tédio, pois acaba me levando à minha droga de preferência e não quero isso. Acho que realmente preciso de um tapete embaixo da minha cadeira, as rodinhas ficam enganchando nos espaços entre os azulejos, além de fazer barulho no teto do apartamento de baixo. Um tapete grande o suficiente resolveria ambos os problemas. Não tenho nada na cabeça para dizer. Preciso tomar um bom banho hoje para não ter que acordar mais cedo amanhã para fazê-lo antes do CAPS. Preciso aparar a minha barba, mas só o farei na quinta. Preferia que minha mãe me desse dinheiro para ir fazer a barba na cabeleireira. Ficaria muito mais bem-feita. A verdade é que estou com preguiça de tudo. Talvez isso seja um reflexo do meu sedentarismo. Acho que estou aos poucos me deixando entregar à depressão. Espero que não. Mas essa vontade de fazer nada é um sintoma. Até essas palavras me saem difíceis e forçadas. Sem a espontaneidade e o vigor de antes. De sempre. Deste sempre que me acompanha há alguns poucos anos. Preciso de uma fonte de adrenalina. Ela não está nos videogames, como confirmei ontem enfrentando o mestre do Zeldinha. Ela deveria estar na escrita, mas não está. Talvez se retomar meus escritos lá embaixo, um pouco do prazer volte. Hoje, infelizmente, há pouco gelo para a empreitada. Deveria ter posto para fazer mais gelo ontem. Não contei com a possibilidade de escrever hoje lá embaixo, pois ontem estava chovendo muito. Hoje São Pedro deu uma trégua. Não sei se pela noite inteira. Ainda estou receoso de descer com o computador e o céu decidir desabar de novo. Desço ou não desço? Não desço. Não há nada que possa fazer lá que não possa fazer melhor aqui. Se pelo menos estivesse com vontade de escrever, desceria. Mas não estou. Não sei nem por que estou escrevendo. Acho que seria isso ou me deitar na cama e ficar esperando o tempo passar, o que já seria uma postura deveras depressiva. Então prefiro resistir e escrever, mesmo que forçado, mesmo que sem conteúdo, mesmo que sendo desconfortável. Escrever ainda é o melhor escape. Se minha mãe me pegasse deitado na cama, seria o maior drama. Não quero isso. Mas do que não querer fazer nada, não quero estresse. Pelo menos isso, eu não estou estressado. Se estou é só com essa situação meio verminosa em que me encontro. Não quero procurar os pedaços de sei-lá-o-que no Zeldinha. Poderia tomar o banho, mas estou com preguiça disso também. Queria pegar outro copo de Coca e acho que vou pegá-lo. 18h26. Os gelos que botei para fazer com água da torneira estão com um gosto de cloro ou água sanitária muito acentuado. Espero que mamãe não invente de pegá-los. Que pegue dos antigos. Espero que peça a mim para pegar gelo para ela, pois aí, escolho as caçambas mais antigas. 18h41. Sem motivação para escrever, olhando a esmo a internet. Assistir um filme seria um passatempo mais passivo, mas o que quero mesmo assistir é “Logan”. Tenho um pequeno interesse na “Bela e a Fera” versão cinematográfica, que também baixei e coloquei no HD externo. Queria ver um de ficção científica novo. Encararia sem medo de ser feliz “Ghost In The Shell”, mas acho que ainda não lançou no site que baixo filmes. 18h45. Eita, lançou “John Wick: Chapter 2”, já botei para baixar. É o que vou assistir hoje. Se tudo correr certo, acho que dentro de uma hora terei o filme aqui para assistir. Isso me animou. Não tenho grandes expectativas em relação ao filme, achei o primeiro medíocre, mas despertou curiosidade suficiente para assistir o segundo. Vou ver a nota que tem no IMDb. 7,9. Nada mal. Acho que é uma nota maior que a do primeiro. Vou ver o tempo de esperado de download. Uma hora e dez. Tá ótimo. Keanu Reeves é o foda no filme, é uma espécie de Jack Reacher (Tom Cruise) mais dark e underground. Só que ele não investiga, ele apenas detona. Hahahahaha. Já me sinto mais animado por ter uma coisa legal a fazer nesse domingo modorrento. Terei que apagar “A Cabana” do HD para ele caber. Mas todos já vimos aqui em casa, então acho que não tem problema. Se minha irmã quiser assistir, baixo de novo.

19h09. Mamãe acordou e disse que quer assistir “Logan”, logo agora que estou com a alma toda preparada para assistir “John Wick: Chapter 2”. Mas o que vier é lucro. Estou a fim de ver “Logan” também. Poderia aproveitar que mamãe acordou e pegar os dados bancários para me cadastrar no Kindle publishing. Acho que vou ter outra crise de proctalgia fulgax, que ozzy. Tomara que não. Mas se não for hoje, também não tarda, sinto a área do cóccix já dar algumas pontadas. Queria muito me cadastrar hoje no Kindle. Vou revisar a minha primeira publicação.

21h45. Revisei 31 páginas e dei uma pausa. Minha mãe quer que eu tome banho. Vou tomar banho e assistir “John Wick: Chapter 2”. Ou reviso mais um pouco? Acho que vou revisar mais um pouco.    

0h03. Revisei o texto todo. Deve ter passado algum erro, mas ninguém é perfeito. Não vai dar mais tempo para John Wick. Agora só depois do CAPS. Para variar, como em toda véspera, não estou com o mínimo saco de ir ao CAPS. Mesmo assim irei. No texto que estava revisando, minha paixão pela escrita era bem mais pulsante que agora. Será que vou pegar abuso disso também? O que me restará fazer então? Não posso e não quero me entediar das palavras. Por mais que nesses últimos dias, esse seja o meu terceiro post o que meio que prova que eu continuo produzindo, mesmo que emperrado, mesmo que travado, meio que a contragosto.