sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Dragão e luzinhas





Meu irmão me disse em um dos comentários deste blog que eu sou um dragão adormecido, que precisa acordar, abrir as asas e voar com a mesma mágica que ele já presenciara tantas vezes. Bem, ele não disse exatamente assim, mas o sentido é o mesmo. O que posso dizer é que o sono é profundo e pesado, embora, ultimamente, para a felicidade de uns e outros, a dormência às vezes desapareça e o dragão ponha suas asinhas de fora, mesmo que tímida e desconfiadamente. Pena que, mesmo como essas pequeninas ousadias ele se recuse a sair do ninho onde se sente seguro e protegido, onde pode existir com o mínimo de dor possível. Sem a liberdade dos céus, mas também sem os perigos da negra floresta que o cerca até chegar lá.


P.S.: Paulete, segundo os psiquiatras quanto mais dragão eu era, mais profundo era o meu estado de mania. Ou de bebedeira! Hehehehehehehe...

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O coração bate manco
Queria rimar com branco
Hahahahahahahaha!

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Sem ideia nenhuma. 19h25. Café e cigarro. O estoque de Coca-Cola está no fim, 1/3 de uma garrafa de 2 litros e mais uma de 1,5 litro de Coca Zero. A madrugada sem estes líquidos me assusta.

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20h25. Horizonte Distante, Los Hermanos. Disse a minha mãe que estava sem ideias sobre o que escrever e ela retorquiu “por que você não cria uma ficção?”. Acho que desaprendi. Vamos ver.



Ele abriu a porta, cansado do trabalho, querendo chuveiro e cama, quando se deparou com a cena: sua casa repleta de vaga-lumes. Ele tentou capturar um com a mão e percebeu que não havia inseto carregando a luzinha, eram pontos de luz que sumiam e reapareciam sem matéria que os sustentasse ou produzisse. Abismado, achando que só podia ser coisa de sua cabeça cansada de tanto escritório, tocou na casa do vizinho. Este abriu a porta com a cara mais estranha do mundo, pois sua casa estava tomada por pontinhos luminosos vermelhos, resolveram ir à terceira moradora do andar, uma velha senhora. Ela abriu a porta e em seu apartamento não havia pontos de luz nem nada de anormal. Ela olhou para os rostos espantados dos dois sujeitos e com graça perguntou: “- São as luzinhas?” Os dois homens entreolharam-se incrédulos e confirmaram com a cabeça. “- Não se preocupem” – disse a velha senhora – “Elas aparecem sempre que alguém do andar vai morrer. Acho que chegou o meu dia, elas não vieram me visitar”.

E assim foi, a velhinha morreu dormindo, na tranquila escuridão de seu quarto, sem luzinhas para iluminar sua partida.

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21h06. Tô fraco de contos, viu?

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