segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Reencontrando as palavras

Meu cabelo daqui a 4,5 meses?


Quase um ano sem escrever para cá. Quase um ano internado. Finalmente vendo a luz no fim do túnel, pelo menos em relação à adicção de psicotrópicos não prescritos por médicos. Entrando no sexto ano, acho eu, sem um novo par... e sem saber direito com reverter esse quadro. Nesse hiato entre o último post e este, tanta coisa aconteceu. A principal delas, na minha vida, foi a decisão interior de me tornar abstêmio. Ela permanece, pelo menos até agora – e é tão pouco tempo – inabalável. Sei que fissuras virão e morro de medo delas, mas a minha cabeça não é mais a mesma, não há mais a devoção pela droga, pelo menos – novamente -, por ora. Mas estou confiante. Como jamais estive (pois nunca estive antes). Outra mudança essencial – e que para a maioria dos leitores parecerá ridícula – foi que ganhei um novo videogame, um PS3 (pois é, abandonei a Nintendo [mais uma vez, por enquanto]) e ele tem sido a minha grande alegria, minha grande fonte de prazer. Já consegui acumular uma coleção que me garantirá, por alto, umas 4 a 5 mil horas-jogo (ou seja, tenho muitas aventuras e desafios a enfrentar por um bom tempo, o que não me impedirá de aumentar minha coleção com os downloads grátis do Playstation Plus – do qual sou membro – e com as ofertas imperdíveis da Black Friday dos Estados Unidos, estas últimas financiadas por minha mãe e minha avó, espero, tendo em vista o Natal). Acho que estou falando tanto de videogame porque estou louco para jogar e não posso no momento, pois o lugar onde se encontrava a TV e os consoles é bem em cima do ar condicionado e este, do formato antigo, quadradão, deu prego, fazendo mamãe, cansada de tantos consertos do bicho, resolveu substituir por um split, logo, sendo necessário fechar o buraco do velho, colocar nova tomada, para, enfim poder instalar o novato, o que me fez desmontar meu refúgio virtual, a fim de evitar danos irreversíveis aos meus bens mais preciosos e adorados. Aliás, foi o videogame que prorrogou ainda mais minha volta a este espaço, além, claro da visita dos meus irmãos e sobrinhos que moram no estrangeiro e vieram passar o final de ano aqui em casa, o que foi uma gloriosa alegria para todos, acredito eu. Até Maria de Buria veio e me deu de natal uma corrente com Jesus Cristo (na versão Cristo Redentor) e Nossa Senhora de Aparecida. Prometi a ela que a corrente só sairia do meu pescoço no dia em que quebrasse, por mais ateu (ou Singularitarian) que eu seja (e por mais que a corrente me dê a maior pinta de malandro!).

Outra novidade é que, finalmente deixei meus cabelos crescerem com o objetivo de atingirem o mesmo tamanho que os de Bono à época da turnê de The Joshua Tree, desejo que tenho desde que vi no cinema, em 1988, o filme sobre a mesma, quando ainda morava em São Paulo. Em parte a internação e, devido a ela, o contato esporádico com a minha mãe, me permitiram deixar as madeixas crescerem, pois não havia como ela me pressionar a cortar insistentemente, como fez em todas as minhas outras tentativas.

Só to escrevendo besteiras, mas não sou nem um Osho ou Buda e aqui, como diz o subtítulo do blog, eu faço o que quiser. E neste momento, estou tentando desenferrujar os dedos e a cabeça para esse negócio que é escrever (vocês não imaginam quantos “backspaces” eu já dei por apertar a(s) tecla(s) errada(s). Mas quem sabe, se continuar praticando, minha mira e meu conteúdo não melhoram? Vamos ver. Vontade não tenho muita, mas também não estou completamente seco dela. É bem provável que mesmo depois que o videogame voltar a funcionar eu ainda dedique algumas horinhas da minha semana a este velho hábito que eu acho e dizem ser tão saudável para a cuca. Pra mim serve como um desfragmentador de disco junto com um “esvaziar lixeira”. Vou acabar pó aqui este post, pois acho que vou escrever um outro dedicado às recentes e antigas Clementines. Ah, como de hábito (que eu havia esquecido) são 17h12. Vou procurar uma foto da capa de The Joshua Tree para ilustrar este post. Por sinal, quem nunca ouviu este disco do U2, deem uma chance.

P.S.: acabei de ver, minha postagem anterior foi 18/02/2013....

P.S. 2: procurando as fotos do The Joshua Tree eu acabei descobrindo que eles lançaram uma versão remasterizada “super deluxe” que vem com o CD mais um CD de inéditas da época, mais um DVD com um show inteiro daquela época em Paris (meu sonho sempre foi ver novos vídeos daquela época, para mim a época áurea do U2...). Bom, comprei – usado (um novo é mais 80 dólares!) – por US$ 35.00 no cartão do meu irmão. Só tinha um em estoque, eu não resisti... maldito consumista dos infernos!! Agora devo ao meu irmão nada menos que 272 doletas... L