sexta-feira, 30 de junho de 2017

POST CHATO SOBRE BONECOS




Tudo esclarecido com Sofia, tivemos uma boa conversa virtual. 21h13. Só venho aqui agora pois, além de acordar tarde, encontrei um tema polêmico para debater no blog de bonecos, então estava elaborando um post para lá. Acabei de postar, faz uns dez minutos. E já tem 74 visualizações! Hahahahaha. Aparentemente todos detestaram o busto do Hulk que eu adorei, isso deu a deixa para eu elaborar o post nadando contra a corrente. 91 Visualizações. Como eu disse, a diferença de acessos do meu blog de bonecos para este é mais gigantesca que o Hulk. Hahahahahaha. Me dá uma satisfação muito grande saber que há esse número – e haverá muito mais, tenho certeza – lendo um post meu, mesmo que sobre um assunto bobo como bonecos de colecionador. Mas essa galera leva muito a sério. Quando chegar ao final desse post, digo quantas visualizações o post do Hulk terá. Comecei a ler “O Mundo de Sofia” e estou achando bem interessante. Vamos ver se ele vai abrir meus horizontes filosóficos o suficiente para me motivar a responder as 700 perguntas filosóficas de novo. E, mesmo que abra, será que terei coragem? Acho dificílimo, mas veremos. Preciso escrever menos e ler mais, em primeiro lugar. Ainda estou nas cartas introdutórias à Filosofia que alguém manda para Sofia. Na parte do coelho, sem querer dar muito spoiler. Não tenho muito o que escrever aqui, afinal, o que fiz desde que acordei foi o que narrei aqui. Agora estamos em águas inexploradas ou, em outras palavras, à deriva da total falta de conteúdo. Vou pegar um copo de Coca. 21h29.

21h33. Tive que pegar umas frutas para minha mãe comer e me delonguei mais um pouco. O meu post anterior no Profeta teve uma curtida. Para o Jornal do Profeta, é uma grande vitória. Não sei se teve mais, pois estou como o meu alter ego de bonecos no Facebook, mas duvido. Uma já é o suficiente. Sei das dimensões desse blog em relação ao de bonecos. E sei que as pessoas preferem descobrir em que casa de Harry Potter elas estão num gerador aleatório de resultados do que ler um post. Mas ainda leem. Tive um acesso ótimo do último. Também tratava de amor e amor é um tema que chama a atenção. Já querem me dar os remédios. Também são 21h42. Está tarde, eu é que estou fora de horário. Daqui a pouco vou parar para assistir o Jornal das 10. Está virando uma tradição. De três dias. Hahahahaha. Mas é assim que começa. Vamos ver se vai ter greve amanhã.

21h49. Me perdi vendo bonecos. Estou sem conteúdo ou saco para escrever aqui. Mas não posso esmorecer. Dez minutos para o J10. O que estou sentindo agora? Alívio pelo papo que tive com Sofia. Alívio por não ter CAPS amanhã e uma certa apreensão por ser um psicólogo que me desafia que vai tirar as férias da psicóloga que coordena os grupos AD da segunda e da sexta. Oito encontros com ele... vamos ver. Ele me intimida um pouco, o que não deveria ser. Não sei porque isso. Acho que houve algum momento que gerou esse ruído na relação, da minha parte, só não me lembro qual. Como queria que duas coisas acontecessem amanhã, aliás, três, primeiro que não chovesse, isso seria indispensável para a consecução da segunda, que não posso revelar aqui, e a terceira seria uma saída com meu primo-irmão. Mas em clima de greve geral, se tiver mesmo, acho que não haverá muitas opções de saída à noite. Veremos tudo isso amanhã. Inclusive para a saída seria bom que não estivesse chovendo. Um minuto para o jornal. Inté já.

22h48. Depois que o assunto política passou, fiquei sem saco de ver o resto do jornal. Achei estranho ninguém mencionar a suposta greve geral de amanhã, mas é uma emissora da Globo, talvez seja essa a razão. Vamos ver o que vão mostrar no de amanhã caso haja mesmo a paralização. Estou pensando em ver um filme agora. Não tenho nada a dizer no momento. Ah, vou ver a quantidade de hits. Exatas 444 visualizações. Vê-se que, pelo menos, em termos de bonecos, eu consigo gerar algum barulho. Vamos ver depois do filme em quantos hits estará, mas creio que agora vá dar uma diminuída no número, pois o post vai descendo e as pessoas nem sempre têm saco de rolar até embaixo para ver. Ah, houve até comentários sobre o post e uma série de likes. Interessante que não houve nenhuma crítica. Impressionante ainda não diminuiu o ritmo. 462 visualizações. Também peguei o próximo grande lançamento da Sideshow e pus na berlinda. Fiz tudo como o manda o figurino para ter visibilidade nesse nicho. Hahahahaha. Ainda tenho “Arrival” no HD para ver, mas estava pensando em ver “Europa Report”, pois meu irmão sugeriu há algum tempo atrás. Na verdade, agora estou meio sem saco de ver filme, a vontade passou. Acho que é a comida – jantei – pesando no bucho. Estou um pouco a fim de ver também “Errors Of The Human Body”. Talvez veja esse, daqui a uns dois copos de Coca. Se amanhã fizesse sol, eu poderia gravar a entrada do CAPS, pois não vai ter ninguém lá, porém, se houver greve da polícia, não vou me arriscar com uma GoPro que não é minha na rua. Veremos. Mas acho que não vai parar de chover. Estava desacostumado ao inverno daqui. Essa chuva incessante. 498 visualizações às 23h12. Como queria que o Jornal do Profeta chegasse a metade disso um dia. Mas escrevendo posts como esse em que só faço comentar o número de visualizações de outro blog fica difícil. Acho que esse post nem vou divulgar. Eu poderia começar a jogar “Persona 4”, mas eu sempre fico nesse poderia. Eu poderia ler o livro, mas agora me daria sono. E não quero dormir agora, quero a noite só para mim. Dormi até quase 15h hoje. Não estou com sono. Aliás, estou com um pouco. Mas acho que isso é por causa da digestão. Daqui a pouco passa. Pegar um copo de Coca.

23h19. Ouvindo New Order em modo aleatório. Discografia completa. É uma música que fica bem de background, como Infected Mushroom. Como não queria ter namorada agora. Estou tão bem do jeito que estou no momento que não preciso de nada. A não ser o busto do Hulk. Hahahahaha. Eu não paro de ver o número de visualizações. 545 às 23h28. É um post que tem potencial de chegar a 800, mil hits. Não sei, pode ser que daqui a pouco as visualizações caiam, afinal já está ficando tarde, é natural. E ele vai ficando para baixo na lista de publicações. “Superheated” é uma música do novo disco do New Order que gosto, tanto quanto “Waiting For The Siren’s Call”. O Spotify leu meus pensamentos! Botou “Waiting For The Siren’s Call” e percebo que gosto mais dessa do que da outra, talvez porque tenha muito mais intimidade com esta, está no meu iPod desde sempre. Colocaria a outra se soubesse baixar e houvesse espaço no meu iPod. Mas antes dela colocaria o novo disco de Mallu, mas só posso fazer isso se apagar o anterior, que não sei se quero fazer. Quando for recarregar a bateria do aparelinho, decido. Estou com fome ainda. Acho que agora por conta dos remédios. Vou ver se como frutas com mel. A depender das frutas que estiverem cortadas. 23h44, 582 hits. Começa a diminuir o ritmo de acessos. Vou lá ver as frutas.

23h54. Mamão, melão, abacaxi e morango. Boa seleção. Nenhuma me desagrada, principalmente com mel. Espero que isso aplaque a minha fome. Como queria que já tivesse chegado a 600 hits. Vou olhar, não resisto. Não chegou. 597. A velocidade caiu drasticamente, mas já atingi um bando de gente. 597 pessoas é um número expressivo de mentes com as minhas informações dentro.

0h23. Estou ficando com sono mesmo. Incrível. Depois de ter dormido tanto... acho que vou me retirar dentro em breve se o sono dentro em breve não me abandonar. Posso tentar acordar mais cedo amanhã, mas sei que não vou conseguir, isso é autoengano. Vou botar mais Coca.

0h30. Há vezes que os pulos do Spotify são sincronizados com os movimentos que eu faço ou ações que opero no computador, eu sei que é só coincidência, mas coincidências são coisinhas que me atraem e me divertem. Acho uma das sutilezas mais interessantes do universo, derivadas diretamente da nossa capacidade de reconhecer padrões, eu acho. Já vou na terceira página de quase nada a dizer.

0h57. A Sideshow está leiloando o Hulk dos meus sonhos, um clássico, há muito esgotado, em sua edição limitada, para ajudar a financiar uma celebração para Stan Lee. A peça ainda vem assinada pelo próprio, mas o valor já está além do limite do meu cartão. Tenho que me conformar que é uma estátua que nunca vou ter. Assim como provavelmente se dará com o busto do Hulk. Embora, para este último ainda haja esperança. Nem que eu cometa a loucura de encomendar sem mamãe saber. Inclusive esta é a única maneira de fazê-lo, pois ela nunca me deixaria comprar outro boneco. O que vou avisar a ela é das pinturas que quero que Daisy faça dos kits que estão lá. E só avisarei porque acho que ela vai deixar. Senão não avisaria. Agora que meu cartão está regularizado, eu poderia mudar a conta da Sideshow para ele, mas aí minha mãe teria muito mais controle dos meus gastos com bonecos. Vou deixar no dela, por ora. É, é um método meio escuso, meio escroto mesmo, mas é a única maneira de poder usar o dinheiro da minha pensão para financiar uma última estátua. A depender do preço. Acredito que o busto do Hulk não deva demorar muito para ser disponibilizado para venda. Acredito que no começo de julho já devam estar lançando ele para pre-order. Aí saberei todos os detalhes. E ver se vale a pena mesmo. Mas estou falando muito de bonecos hoje. Acho que é porque estou reatando os laços com esse mundo devido ao meu interesse nessa nova estátua e porque acabei de publicar um post sobre o assunto e estou acompanhando os grupos de bonecos do Facebook enquanto faço pausas na digitação.

1h45. Estou navegando nos grupos de bonecos e no site da Sideshow, sonhando acordado... 715 visualizações até agora. Até que está rendendo o post para este horário. Queria ter mais assunto para escrever lá no blog de bonecos, mas acho que depois desse vai ser difícil achar assunto. Se bem que a SDCC, a maior Comic Con (convenção de quadrinhos, filmes e collectibles do mundo) vai rolar agora em julho, talvez isso me dê assunto. Provavelmente dará, nem que seja uma cobertura de algum dos stands, provavelmente da Sideshow e da Prime 1. Não gosto muito da Prime 1, embora sejam muito bons, mas tem algo nos bonecos deles que me desagrada, além do preço exorbitante, se os da Sideshow já são caros, os da Prime 1 são 50% mais caros. Mas dizem que o acabamento tanto do modelo como da pintura é muito superior. Eu acho que os bonecos deles não têm muita personalidade. Mas são muito perfeitos, isso tenho que admitir. Entretanto gosto de bonecos com personalidade, que me transmitam alguma emoção e só encontro isso nos da Sideshow. A Sideshow é mestra na escultura de cabeças e sou muito ligado em rostos, acho que por isso só tenho bonecos de 1/4 da Sideshow. Minto, tenho uma Babydoll da Gentle Giant, mas comprei justamente pelo rosto que está perfeito. Foi uma linha especialmente feliz da Gentle Giant. Eu tinha a Rocket também da linha do filme Sucker Punch, mas idiotamente vendi. Me arrependo muito das pérolas que tinha e que vendi. Teria uma coleção muito mais legal se tivesse mantido as minhas estátuas. Mas agora não tem volta. Não as tenho. Não tenho mais dinheiro no Paypal. O máximo que vou fazer, a depender do preço mais uma vez, é tentar adquirir o busto do Hulk e dar minha coleção por terminada. Mesmo, mesmo. Definitivamente. Não sei se deixarei de frequentar os grupos de bonecos, pois gosto, mas comprar, não mais. Não há mais nenhum super-herói que queira ter. Tenho Batman(s), Homem-Aranha, Surfista Prateado, Wolverine, Demolidor, O Coisa, O Homem-Coisa, Super Mario, He-Man, Esqueleto, Boba Fett de Star Wars, Capitã Marvel, Capitão América, Homem-de-Ferro, Coringa (Jack Nicholson), Harley Quinn, Killer Croc, só falta mesmo o Hulk. E eu não tenho nenhum busto e seria invocado ter um busto logo na entrada do quarto para dar o impacto visual. Se me faltasse, além do Hulk, seria o Batman de 1/4 que eu vendi noutra burrada. Eu tinha dois Hulks também e vendi noutra gigantesca burrada. Mas trocaria os dois Hulks pelo busto. Eu estou meio obcecado pelo busto, eu admito, e acho que vou fazer a loucura de adquiri-lo. E seja o que Deus quiser com mamãe depois. É o melhor e mais barato Hulk que me agrade que eu posso conseguir hoje em dia. O Hulk Clássico ou OG Hulk, como é conhecido no meio e que é supercobiçado pelos colecionadores, é uma impossibilidade para mim. O Hulk baseado no primeiro filme dos Avengers que seria a minha segunda opção (e que foi um dos que estupidamente vendi) hoje está uma nota também. O irônico é que todos os bonecos que vendi se supervalorizaram, já os que mantive são vendidos baratinhos, às vezes por preço abaixo do de compra. Mas é a vida e depois de tantas burradas comerciais, não vendo mais nenhum. 2h27. Vamos ver se tivemos mais visualizações. 757 hits. Nada mal para essa altura da madrugada e julgando que o post já deve estar lá para baixo em todos os grupos. Estou com medo da minha mãe levantar e me mandar dormir. Não quero que isso ocorra agora. Não quero que isso ocorra, ponto. Deixa eu curtir minha madrugada cibernética falando de bonecos aqui, ora. O sono passou depois do grosso da digestão. E a fome também. A fantástica faxineira conseguiu desentupir a minha privada. Ainda sou indignado com a minha mãe por ela ter trocado a privada que tinha o botão na parede, por uma dessas de tanque. Ela que não pense que vai reformar o meu banheiro. Trocar os azulejos originais que nunca deram problema nenhum. O meu quarto ela pode e deve e tem que reformar se eu quiser expor minha coleção de bonecos algum dia. Entrei num sorteio para ganhar uma estátua do Homem-de-Ferro em tamanho natural. Pense numa coisa que não queria ganhar. Imagina o preço do frete que vou ter que pagar e a dificuldade que vou ter para vender um trambolho desses. Mas nunca ganho nada nos sorteios da Sideshow, não vai ser dessa vez que serei o (in)felizardo. Tomara. Penso só na cara do meu irmão vendo a monstruosidade chegar. Por falar nisso, eu preciso que ele arrume logo o novo endereço para eu poder mudar nos sites da Sideshow e da Triforce.

3h15. Minha mãe apareceu com sua ira costumeira me mandando dormir. Acabei de comer um sanduíche de pão multigrãos com mortadela, maionese e queijo gorgonzola. Nada diet. Isso depois de ter acabado toda a paçoca de charque e o feijão e ainda comido as tais frutas com mel. Depois não sei por que não emagreço... 798 visualizações do post sobre o Hulk. Nada mal. Vou me desconectar do meu alter ego. Deixa eu só ver se cruzei a barreira das 800 visualizações. 804. 3h21. Vou revisar isso para postar.


3h38. Revisei, acho. Última atualização nas visualizações do post do Hulk: 815. Amanhã divulgo o resultado do segundo dia. Vou me desconectar do meu alter ego para postar esse.

P.S.: 38 visualizações do meu último post do Profeta. Nada mal. Mas em comparação com o de bonecos, ah, quanta diferença...

quinta-feira, 29 de junho de 2017

AMOR NÃO-CORRESPONDIDO? NÃO PODE SER!

Será que terei coragem de encarar? Espero muito que sim.


Cheguei atrasado ao CAPS e o grupo de arteterapia já havia começado. Não quis entrar. Não estou muito para grupos esta semana. Está fazendo um vento frio, talvez sinta assim porque estou um pouco molhado da chuva fina que caiu no caminho para cá. Minha leitora número um já pegou o livro que esqueci aqui na segunda e deixou "O Mundo de Sofia" no lugar. É maior do que imaginava. Maria Rita me lembra a época que jogava "FEZ". Espero que tenha coragem de ler o livro. Poderia começar agora, mas está tão bonzinho escrever... 9h56. O grupo vai até as 11h. Terei uma hora para escrever. Já estou com vontade de fumar de novo, mas vou dar um tempo de meia-hora. 10h30 vou fumar. Poderia passar a vista no livro. Acho que o farei dentro em breve. Incrível minha preguiça para ler. É tão mais fácil escrever. Dizer é mais fácil que ouvir. Acho que porque ouço muito na vida, gosto de dizer por escrito. Aí fico sem ter o que dizer nos encontros e só ouço ou pergunto. Mas espero que com o convívio mais cotidiano as coisas mudem. Se houver mesmo esses encontros toda semana, às segundas, vai ser bom. Minha mãe, por algum motivo que me escapa, apoia essa iniciativa, parece achar esse grupo mais socialmente válido que o do meu primo-irmão, como se fossem mais bem-sucedidos ou coisa do gênero. Não sei, me perdi em pensamentos aqui. Vi a mais gatinha do CAPS com uma camisa do cogumelo igual à minha e de batom vermelho. Há algo nela que me atrai, mas não sei se saberia lidar com os seus dilemas existenciais. Parecem muito complicados para a minha simplória pessoa. Não dá para fazer uma pessoa em depressão feliz.

10h19. Chove. O vento traz salpicos para cá. Assim que a chuva der uma trégua, vou fumar. Acho que dá para ir agora. A chuva está fina. Acho que o outro jovem depressivo tem uma queda pela gatinha. Vou pegar um café e fumar.

12:48. Conversamos bastante a minha leitora número um e eu sobre sua vida e suas dores, que não são poucas, mas também sobre o período de relativa mansidão que atravessa e aspirações futuras. Gostaria de dizer a ela que nem sempre os padrões se repetem e que há luz no fim do longo túnel, mas temi parecer insensível ou piegas e, sem dúvida, clichê. Mas acredito sinceramente nisso, inclusive no caso dela. Não só do dela, mas nos de todos e todas que estão aqui. Não estou com a mínima disposição de participar do grupo AD de hoje. Por mim, ia para casa, mas vou encarar. A gatinha do CAPS veio se deitar na rede em frente a mim. Luto para não olhar para ela. Olhei. Estava mexendo no celular. Nossa, como não queria participar do grupo hoje. Não sei nem que questão trazer. A psicóloga estagiária derrubou o pote de lápis de cor bem na minha frente e eu nem me dignei a ajudá-la. Meu lado cavalheiro se contorceu aqui dentro, mas a preguiça falou muito mais alto. Que vergonha. Comportamento, ou falta de comportamento, vergonhoso. A gatinha tenta tirar um cochilo. É tão bonitinha nessa tentativa. Mulheres belas e jovens são as manifestações mais encantadoras do universo. É uma pena que a juventude seja tão efêmera. Mas acredito que será uma mulher madura bonita também.

13h35. Fui fumar e tomar café com meu amigo de grupo e agora estou ao seu lado enquanto ele toca e canta. A pequena dorme na rede, mas não vou fantasiar a seu respeito. Não tem futuro. Não sei realmente o que eu vou trazer para o grupo hoje. Depois de ter ouvido confissões de sofrimento tão sólido, minha vida parece um mar de rosas. Mas vamos à luta.

-x-x-x-x-

16h31. Já estou em casa há algum tempo, estava assistindo o livestream da Sideshow que mostrou o busto do Hulk. Me pareceu extremamente leve em comparação com o tamanho. Tomara que seja, pois isso barateia a peça. Achei bem feito e muito invocado, se ficou a dever um pouco foi na pintura e a base é meio meh. Mas, a depender do preço e depois de ver de todos os ângulos, que não foram mostrados na filmagem, eu tomo uma decisão. Mas estou bastante inclinado a possuí-lo e botar no lugar da impressora, que é o único lugar onde o imagino, logo na entrada do quarto para dar aquele impacto visual. Bem, veremos. Tenho que considerar com carinho. Pegar um copo de Coca, que está acabando. 16h44.

16h47. O grupo teve um formato bem diferenciado hoje, cada um lia uma frase aleatória de livros que estavam espalhados na mesa e, baseados nessas frases, elaborávamos um desenho do que mais se destacou. No meu caso foi o sexo, houve duas descrições de sexo, e toquei num assunto que me constrange, mas falei da minha insegurança em relação ao sexo, que estou sem preparo físico e das decepções que foram as minhas duas últimas (e únicas em uma década) relações sexuais. Quando perguntado sobre a energia que investia nisso, falei que nenhuma, que não sairia abordando desconhecidas na noite, que se tivesse que acontecer, aconteceria. Aí uma das participantes do grupo falou que eu deveria olhar de dia também, olhar mais em volta, mencionando a meu ver, a minha leitora número um e sugerindo que ela estivesse apaixonada por mim, o que muito me preocupou, pois não vejo nada além de uma possível amiga. Isso realmente me deixou grilado. Como disse odeio partir um coração, pois sei como dói ter o meu coração partido. Ainda mais de alguém tão sentimental e frágil emocionalmente (embora encare com força sobre-humana a sua condição). Não contente com o fato de eu dizer que só a vejo como amiga, ela ainda disparou que é das amizades que surge uma grande relação. Assim vou acabar me distanciando da minha leitora número um. Se isso é algo que vá fazer ela alimentar fantasias a meu respeito, fantasias essas às quais não posso corresponder, então é melhor encerrar este começo de amizade. Estou definitivamente noiado com isso. Já não bastasse a noia em relação ao sexo que eu tenho e que foi levantada no grupo ainda essa de partir um coração de cristal, foi demais. Espero que seja mais uma hipérbole da participante do meu grupo. Amor não-correspondido? Não pode ser. A minha leitora número um não merece isso e eu não vou entrar numa relação de mentira, eu sei onde isso vai dar e é um lugar muito pior do que nunca ter começado. Vai ser péssimo, horrível para os dois. Meu deus, o que faço se isso for verdade? Mas a minha leitora número um disse que sabia separar as coisas e que era consciente e tudo o mais. Espero que seja viagem da participante do grupo AD. A única pessoa pela qual me sinto atraído no CAPS é pela gatinha e nem com essa eu vou me meter. Por sinal, tenho quase certeza que outro usuário do CAPS está apaixonadão por ela. Mas voltando à minha leitora, vejo um fundo de verdade nisso, afinal ela me deu o seu livro predileto e, principalmente e mais ainda, ela lê os meus posts. Isso é muito suspeito. Quem teria paciência para ler todos os meus posts se não tivesse um interesse em mim? Um interesse afetivo por mim? Por que começaria a ler não fora por isso? Aposto que foi inclusive a integrante do meu grupo que passou o endereço do blog para ela. Tomara que não, que seja só viagem minha e da pessoa do AD. É muito crítico partir o coração de alguém. Eu me sentiria perverso por fazer isso. Eu já fiz uma vez e doeu demais para ambos. Não sei para quem doeu mais. A culpa até hoje me consome. Me vejo num beco sem saída. E isso é desesperador. Sinceramente não sei o que fazer. Como fui me meter nisso sinceramente não sei. Espero, torço, se soubesse rezar, rezava, para que seja tudo viagem da pessoa do AD. Mas de onde ela tiraria isso? Será que ela que botou caraminholas na cabeça da minha leitora número um? Meu deus, não sei o que fazer. E depois de tudo o que me contou hoje, fico ainda mais receoso, mais sem saber o que fazer ainda, mais perdido que cego em tiroteio, como dizem. Mas vou mudar de assunto, senão enlouqueço aqui. E pegar Coca. 17h56.

18h04. A cadeira voltou miraculosamente a reclinar para trás. Como e por quê, ignoro. Ignoro também se o “por que” acima tem acento mesmo ou não. Botei na intuição. Acho que vou olhar bem muito para o busto do Hulk para enjoar dele e não comprá-lo. Caramba, não consigo não desnoiar desse negócio da minha leitora número um, que passarei agora a chamar de Sofia para ficar mais curto. Por sinal preciso começar a ler o livro. Talvez me distraia desse torvelinho de pensamentos negativos que me aflige. Mas não estou com saco de ler agora. Vou tentar mudar de assunto mesmo. Mas sobre o que falar? Hoje foi um dia chuvoso, não daria para levar a GoPro para filmar a entrada do CAPS. Quando o tempo abrir de novo, eu levo. Tenho que pegar um momento que não tenha ninguém do lado de fora nem entrando ou saindo. Eita, mas não sei se a GoPro capta sons. Aí, sem narrativa não vai fazer sentido nenhum eu filmar, vai ficar uma cena totalmente descontextualizada. E acho que não capta, pelo jeitão, toda dentro de uma capa plástica que protege da água, como captaria, seria necessária uma abertura para isso. Vou mandar um e-mail para o meu amigo cineasta perguntando. 18h26. Mandei. Vixe, minha cabeça chega está quente de tanto matutar sobre o assunto de Sofia. Mas vou relaxar. Ou tentar. O que tiver que ser, será. Minha mãe chegou sei lá de onde. Deixei dois terços de “Independence Day Ressurgence” sem assistir. A invasão nem começou ainda. Acho que vou assistir para desopilar. Pior que não estou com saco nenhum de ver. Sobre a GoPro, acho que pode funcionar sem som. Não faziam filmes mudos? Basta uns dois ou três gestos para indicar que frequento o lugar. Acho eu. Olhando a câmera tem um negócio na lateral que parece um microfone. E, embora enclausurada dentro da carapaça de plástico que recobre a câmera, o som se propaga através de coisas sólidas, e a proteção não é tão grossa, então talvez tenha. Vou esperar a resposta do meu amigo, entretanto. 18h51. Acabou de responder que tem! Massa, poderei explicar melhor as coisas. Tenho que fazer a filmagem enquanto estiver rolando algum grupo onde todos os fumantes estão. Essa é a parte difícil. Minha mãe foi fazer os pés e vai trazer lanche do McDonald’s. Outra boa notícia. Estou um pouco mais relaxado em relação a Sofia. Há a possibilidade de tudo não passar de um grande mal-entendido gerado pela pessoa do AD. Ou não. Sei lá. Vou tentar desfocar disso. Eu preciso ver fotos do busto do Hulk. E saber o preço. Vi um rápido making of, mas não mostra muitos detalhes e é muito rápido, ainda vi pelo celular. Vou procurar no YouTube aqui do computador.

19h47. Olhei bem para o Hulk e continuei achando a pintura o ponto fraco, as partes de sombra, em marrom praticamente, quando o Hulk é verde, ficaram um tanto estranhas e muito fortes, muito demarcadas. Isso me desmotivou a tê-lo? Ainda não. Sofia me desafiou a ler o livro e responder de novo as 700 questões de Filosofia. É pouco ou quer mais? Pense. E bote pensar nisso! Hahahaha. Veremos, Sofia, veremos. Deixa eu ver se tenho coragem de começar a ler o livro primeiro. Acho que começarei amanhã quando a fantástica empregada vier arrumar meu quarto e eu me vir sem computador para escrever. É quando aproveito para ler pedacinhos dos “Ensaios” de Montaigne. Mas aí começo “O Mundo de Sofia”. Não paro de pensar no Hulk agora. Olhei tanto para ele que a imagem ficou impressa na minha memória, que ozzy. Acabou a Coca-Cola e estou com a goela seca do Vaporfi. Vou ter que ir de água mesmo. 19h59.

20h16. Liguei para a minha mãe, pois a mensagem com minha lista do McDonald’s que mandei pelo WhatsApp não tinha chegado para ela. Ela disse que estava subindo para o andar da lanchonete e que iria me ligar quando chegasse lá. Até agora nada. Vou arriscar e pedir para ela comprar duas Cocas no posto. Ela ligou. Não rolou a Coca no posto, vou ter que comprar aqui mesmo, o pior é que começou a cair o maior pé d’água. Que timing, viu, São Pedro? Pô...

20h24. Acho que vou comer e encarar o resto de “Independence Day”. Vou ligar no Globo News. Vou não agora. Só no Jornal das 10 que sei de tudo de uma vez só. Ainda estou com o Hulk na cabeça, vai te lascar. Não vou ter grana para comprar mesmo, para que sonhar? Tomara que a chuva passe logo. Já diminuiu de volume. Mas ainda vou me molhar todinho se for. Minha barriga ronca de fome à espera dos sanduíches. Pedi um novo, Caprese (não sei como escreve), e um Cheddar com bacon extra, mais uma torta de maçã. Só. Isso é que fugir da dieta em grande estilo! Hahahahaha. Tenho que perder peso. Não saio dos 92 kg. Quero chegar aos 78. Deixa eu ver se está chovendo. Ainda. Vou me molhar todo. Tudo por Coca-Cola. Mas pelo menos me enxugo e troco de roupa quando chegar em casa. Espero que a rua não tenha alagado. Acho que não foi para tanto. Espero que não. Engrossou de novo. Que ozzy. Se não fosse ousadia demais, teria pedido um milk-shake de chocolate para arrematar o lanche. Mas sei que mamãe iria estrilar. 20h48. Chove fino. Quero que mamãe chegue logo, estou morrendo de fome. Chega estou salivando aqui. Estou tão contente que minha cadeira tenha voltado a reclinar para trás. E que vou ter um lanche do McDonald’s (espero gostar do novo sanduíche). E que a GoPro tem microfone. Ah, Daisy deu a facada final na minha conta do PayPal. Me dá um frio na barriga ver o zero na minha conta.

21h47. Devidamente superalimentado e de novo com um copo geladíssimo de Coca. Mamãe passou no posto e comprou para mim. Minha mãe às vezes surpreende. Para o bem. Essa da Coca foi completamente inesperada. Mas também o pneu estava superbaixo, ainda bem que ela foi encher, estava com metade da pressão necessária.

22h40. Sofia, Sofia, o que vai em seu coração, Sofia?

23h19. Assistindo “Independence Day Ressurgence”.

0h21. Acabou de acabar. É muito parecido com o outro, mas sem a novidade que foi o outro à época. Pelo menos me divertiu. Estou com sono, já. Vou beber mais dois copos de Coca e ir dormir, eu acho.


1h03. Ainda não fui dormir, mas já coloquei o segundo copo de Coca. Não sei se vou dormir quando este acabar. Talvez derrube o resto da Coca, que não é muito. Mamãe só comprou uma. Não estou com muita paciência para escrever. Acho que vou navegar pelo mundo dos bonecos com o meu alter ego de colecionador. Vou postar logo isso. 

quarta-feira, 28 de junho de 2017

POST SOBRE NADA DEMAIS

Dormi demais, o que é ótimo, adoro dormir, e ruim ao mesmo tempo, pois acordo meio indisposto e deprê. Ainda não ouvi nada das novas coisas que meu primo urbano sugeriu e não estou com a mínima disposição para ouvir, tampouco para assistir “Twin Peaks”. Não estou com disposição para nada para variar. Ouvindo Electronic, fazia tempo que não escutava, não sei onde estão os meus CDs da banda e o Spotify me sugeriu, pois deixei o som rolando New Order enquanto dormia. Acho que vou ouvir Pet Shop Boys depois. Após PSB, pode ser que bote o disco que meu primo urbano indicou como o melhor do ano até agora, Fleet Foxes “Crack-Up”. Vamos ver. Ou ouvir. Sem inspiração nenhuma para colocar palavras aqui. 16h31. Vou pegar mais Coca, que por sinal está no final.

16h36. Para o “Twin Peaks” eu precisaria ter cerca de 5 GB livres nos HDs, coisa que não disponho. A não ser no meu pen drive que uso para salvar tudo o que produzo. Poderia fazer isso, vou considerar. Mas a verdade é que não estou com paciência. A Coca acabou e minha mãe vai sair. Preciso pedir dinheiro para comprar antes que ela parta. Estou com preguiça até de ir até o outro lado da rua comprar as Cocas, sim, vou pedir para comprar duas de dois litros. Zero.  Botei o “Very” do Pet Shop Boys para ouvir. Foi o disco que mais ouvi deles. Estou até tendo acessos hoje, 11 desde que divulguei nos grupos há cerca de uma hora. Legal. Quem sabe, aos poucos vou angariando leitores, acho que o que escrevo não é difícil de ler. Preciso de Coca. Lembro de todas as músicas do “Very” até agora, mas ele não foi um disco que marcou um período específico da minha vida como o “Pintanga” e o “Blackstar” marcaram a época que escrevia para o blog de bonecos. Por falar nisso, o meu último post teve mais de 650 hits. E umas dez pessoas curtiram. Dá mais visitas quando é um post polêmico, esse eu só comentei três estátuas que estão para ser lançadas. Estou com uma dor nas costas de ter dormido demais, não sei se o meu colchão é muito mole. Não sei o que é, mas geralmente quando passo muito tempo dormindo acabo acordando com dor nas costas. Pode ser a idade cobrando seu preço. Queria ter alguma ideia para escrever outro post de bonecos, vicia ter muitos hits. Hahahaha. E o pior é que o meu Inglês é medíocre, cheio de erros. Mas mesmo assim escrevo e as pessoas leem. São um grupo de secões por bonecos mesmo. Leem qualquer porcaria. Hahahahaha. Mas a sensação de ver o número de hits crescendo às dezenas é muito prazerosa. Ver sua opinião talvez influenciando o meio é muito revigorante e só dá vontade de escrever mais. Pena não ter assunto. Por falar nisso, estou tão hyped em relação ao life-size bust do Hulk que penso em cancelar Malavestros para obtê-lo. A depender do preço. Estou muito curioso pela revelação de todos os detalhes dessa peça. Mas acho que vai ser demais para o meu bolso. E ele é grande demais também, não sei se daria para trazer num voo. Não queria ir para os EUA no meio do tenebroso inverno de onde meu irmão mora. Estou ouvindo o tal do Fleet Foxes. Começou bem. Vou comprar Coca, preciso de Coca. Vou pausar o Fleet Foxes aqui.

17h39. Pedi o dinheiro a mamãe. É, o meu novo post do Profeta até agora ficou em 18 hits mesmo. Isso é deveras frustrante. Mas também com a frequência com que posto, aliás, sei lá o que é, acho que é o conteúdo mesmo.

17h57. Você não sabe o alívio e a satisfação de ter quatro litros de Coca Zero para consumir ao meu bel prazer. É boa a primeira música do disco do Fleet Foxes. Vou pegar mais Coca porque eu quero e eu posso. Gosto da segunda música também, bela melodia e climática e grandiosa. Estou prestando atenção na música, péra. 18h07. 20 visualizações.

18h19. É bem grandioso o disco, é algo raro e que gosto, as melodias me parecem uma mistura de folk com Pink Floyd. As músicas me soam meio parecidas, pela estrutura e pelos arranjos. Até agora. Confesso que não estou prestando a atenção necessária para uma boa audição, me perdendo na internet e escrevendo aqui. Mas não é ruim o disco, eu gosto.

18h29. Deu uma variada nos arranjos a partir da sexta música. Mas é um disco bem climático, eu gosto disso. Nenhuma visualização a mais no meu post, que diferença do blog de bonecos. Acredito que possa chegar a 700 visualizações e olha que os grupos de bonecos têm menos membros que os de leitores e escritores, mas aí vai a velha teoria, nos grupos de leitores e escritores todos querem ser lidos, ninguém quer ler. Pelo menos esse é o meu caso. Talvez esteja extrapolando um comportamento que seja só meu. Vai ver que meus posts são pouco chamativos e pouco interessantes mesmo. O que acho que seja precisamente o caso. Infelizmente para mim. O que deu mais visualização nos últimos meses foi o do primeiro dia de filmagem. 67 visualizações até agora. Gosto do disco, entendo porque o meu primo urbano gostou, mas, de primeira, não me tocou a alma. Também, confesso que sou um tanto conservador e pouco aberto para coisa novas. Isso dificulta bastante a assimilação de sons novos. Esse me deu vontade de ouvir logo “Ocean Rain” do Echo & The Bunnymen, não sei por que, não tem nem sonoridade parecida. Sou tão conservador que nem os discos novos do Echo & The Bunnymen eu ouço. Tentei, o primeiro e acho que o segundo depois que se reuniram novamente, mas não me tocaram. Mas agora com Spotify, é o que ouvirei depois desse disco. Para ver se os mais novos são melhores, eles já lançaram uns quatro discos depois que voltaram. A minha amiga Daisy, a chinesa do estúdio Yeti Art que vai pintar e montar o meu kit de Asuka na moto, não deu mais notícia, não me mandou o invoice do pedido. Bom, isso não muda muita coisa. Não posso gastar o dinheiro e pronto. 18h53. Acho que vai ficar em 20 visualizações mesmo o meu novo post. Ah, mas acabei de receber a notificação que só agora liberaram a publicação no grupo “Poetas e Escritores”, isso talvez dê uma sobrevida a ele. Quem sabe chegue a 24 visualizações. Mas eu devia ligar o “foda-se” para isso, pois escrevo para me satisfazer. Hoje não estou com vontade de fazer nada, nada, nada. Só ficar resmungando aqui da minha falta de visualizações, fumando meu Vaporfi e tomando Coca Zero. E não estou com vontade de filosofar ou falar da Singularidade ou nada que exija muito da minha combalida massa encefálica. Vamos ver se a postagem no grupo gerou alguma visualização. Gerou uma até agora. Entendo porque o meu primo achou o novo do Fleet Foxes tão surpreendente, o anterior é bem mais caretinha que o novo. Começou a tocar. Vou ouvir Echo & The Bunnymen. 19h02. Ouvindo “Meteorites” do Echo, a primeira, homônima, lembra Pink Floyd. A voz de Ian Mc Culloch não é mais a mesma. Acho que isso foi um dos motivos que me fez distanciar das obras mais recentes. Mas estou gostando do disco apesar disso.

19h17. Acho que o Echo ficou muito pop demais do que nos velhos dias e a voz de Mc Culloch está um fio do que era. Definitivamente uma sombra do que foram. Aqui e lá, ouvem-se ecos do bom e velho Echo, mas não é o suficiente para mim. E a voz dele é superprocessada para dar volume ao vocal, é uma pena. Mas se estão fazendo o que gostam, parabéns para eles. É exatamente o que estou fazendo aqui. Só que, como ninguém é obrigado a ler isso aqui, eu não sou obrigado a ouvir. Vou ouvir o primeiro do Jane’s Addiction que é tido como um clássico e nunca tive oportunidade de ouvir. A bênção, Spotify. Até agora, a publicação no “Poetas e Escritores” só rendeu mais uma visualização. Como disse ninguém é obrigado a ler isso. Mas divulgo mesmo assim. É um direito que me assiste. Antes de botar Jane’s Addiction, vou pegar mais Coca.

19h28. Botei o disco de Jane’s Addiction. A primeira é bem energética. Agora mudou o andamento completamente. Bem, vamos ouvir. A voz do cara é bem processada também, que curioso. Pelo menos na primeira música. É um disco antigo, solos ainda estavam na moda. Eu gosto. Dos três discos que ouvi é o que estou mais gostando. Depois dele, vou ouvir Sex Pistols, outra que se ouvi duas músicas foi muito. Tenho que aproveitar as possibilidades que o Spotify me proporciona, mas esse me deu vontade de ouvir todo. Na segunda a voz está mais crua. Os músicos são bons. Gostei. O mais fraco é o vocalista. Mas entendo o culto em volta do disco, é merecido. Principalmente à época. Mas se sustenta até hoje como um bom disco. Como queria atualizar minha página do Blogspot e ter mais uma visualização. Nada. A vontade que dá é escrever qualquer coisa sobre bonecos em Inglês e publicar, o problema é que estou vazio de ideias. Mas, só por curiosidade, vou ver quantas visualizações o post de bonecos tem agora. 683. Que diferença. Que gloriosa diferença. Se tivesse uma migalha de assunto, mas estou seco. O negócio é ficar aqui me divertindo dando uma de crítico musical. Vou pegar mais Coca.

19h49. Soube que lançou mais um filme do reboot de “O Planeta dos Macacos”. Massa. Gostei dos primeiros dois filmes do reboot e pela introdução do review parece que esse não fica atrás. Massa mais ainda. Mas vou esperar para baixar, os únicos filmes eu acho que teria pressa para ver e para isso pagaria a exorbitante quantia para assistir no cinema seria o novo “John Wick” ou um reboot de “Matrix” (há boatos que ambos estejam sendo produzidos). O resto eu espero. Ingresso de tudo está muito caro. O único show, além de Björk e Radiohead, que eu pagaria seria Mallu Magalhães. Espero que venha tocar em Recife. Espero muito. O disco do Jane’s Addiction já virou música de background para mim. Mas gostei bastante. Estou gostando, agora que volto a me concentrar nele. Atualizei a página do blog de bonecos e já tinha mais uma visualização. Isso é tão reconfortante. Um post com dois dias de vida ainda tendo hits é a glória para mim. Compensa a frustração que tenho com este. Mas acho que nem se publicasse na minha página de amigos teria muitas visualizações porque os textos são muito grandes e não tratam de nada. São posts sobre nada. Ou nada demais. Não tem um tema, um conceito, são só eu escrevendo por escrever. Não há quem vá se interessar pelas divagações de um desconhecido. A única coisa fraca no Jane’s Addiction são os vocais. O resto é massa. Mas o vocal combina e dá personalidade, é um som redondo. Hoje o Spotify está falhando bastante. Acabou o “Ritual De Lo Habitual”. Vou botar Sex Pistols para ver qual é a desse mito. 20h23. É bem punk mesmo. E é atual, embora faça 40 anos que foi lançado. Pena que não entenda a letra. Deve ser bem provocativa. Incrível como é atual. Eu particularmente não gosto do estilo, mas imagino o impacto que teve na época. Tanto que ecoa até hoje. Acho que quero ver um filme. Não é ruim. É punk, é bem básico e direto. E cheio de energia. Pelo menos não posso dizer que nunca ouvi. Vou ouvir o disco inteiro e depois ver um filme. A dúvida é qual. Disse aos meninos no arraial que veria “Arrival” de novo, mas acho que apaguei e não vou esperar baixar de novo.

20h55. Me perdi no Facebook cheio de vídeos do Brasil. Não sei porque perco tempo vendo Facebook ainda, está muito mais chato do que jamais esteve. O disco do Sex Pistols é bastante extenso. Não imaginava isso. Acho que vou ver o “Independence Day” novo mesmo. Tenho que passar para algum HD. Tem um pen drive plugado na TV, acho que vou passar para ele. Os HDs externos estão muito cheios. É o mais fácil a se fazer. Péra.

21h14. O pen drive era de 32 GB, deu para colocar o filme e ainda as duas temporadas de “Twin Peaks”. Massa. A velocidade de leitura me pareceu meio lenta, espero que passe o filme sem problemas. Com as legendas sincronizadas. 21h17. Ufa, acabou o disco do Sex Pistols. Achei as músicas muito parecidas, mas punk é isso mesmo. Fiquei impressionado como parece atual. Não sei se porque remasterizado, mas mesmo assim, tem gente hoje em dia que continua fazendo a mesma coisa que os caras faziam há 40 anos. Acho que porque deve ser fácil. Pelo menos é o que dizem. E porque deve vender ainda. Sei lá. Sei que já pluguei o pen drive de volta na TV e estou criando coragem para ver o filme, pois, por algum motivo, a coragem me escapou. Prefiro muito mais The Clash do que Sex Pistols. Acho que The Clash é considerado punk também. Ou não? Acredito que sim. Mas é musicalmente bem mais rico. Na minha desinformada opinião. Amanhã tem CAPS. O dia inteiro. A minha leitora número um disse que irá. Estou curioso para conversar com ela. E um tanto intimidado ainda. Ela trará “O Mundo de Sofia” para eu ler. Espero que eu crie vergonha na cara e leia mesmo. Fato é que sempre tive curiosidade para fazê-lo e acho sinceramente que deve ser interessante, especialmente para um leigo que quer saber alguns rudimentos da Filosofia. E para ser o melhor livro de alguém é porque deve ser interessante, deve ter algum valor intrínseco.

21h42. Aconteceu uma coisa muito estranha agora, voltei para a minha conta normal para ver o número de visualizações deste blog e, embora o gmail fosse o meu o Blogger continuou como sendo o do meu alter ego. Só depois de uns dois minutos e outro log in a coisa se normalizou. Espero que não estejam pirateando a minha conta. De novo. E esta joça continua com apenas 21 visualizações. Mas tenho que me focar que escrevo primordialmente para mim mesmo, para me entreter. Não vai muito além disso. Falando em entretenimento, o filme me espera. E vai esperar mais um pouco, pois não estou com a mínima disposição de assisti-lo; a que tinha se esvaiu. Mas estou na instiga de ver/ouvir o J10 para saber as novidades sobre Temer. 21h48. Daqui a 12 minutos ligo. Talvez com a TV ligada eu me anime em ver o filme. Quem sabe... deve ser divertido, deve ter ação, comédia, suspense e um visual incrível. É por que fico achando que vai ficar a nave lá parada e a galera atirando nela sem fazer nenhum arranhão por causa da barreira de força. Mas deve ter mais que isso ou nem tinham dado o ok no filme. Assim espero. 21h52. Não imagino o que possa se passar no filme, a verdade é essa. E estou com as piores expectativas, o que é ótimo. Espero que seja entretenimento bem feito que exija bem pouco do cérebro. Esquecível, porém divertido. Estou me animando mais para assistir. Acho que vou fazer um chocolate quente que minha mãe comprou. Vou fumar um cigarro e ver como é que faz.

22h06. Achei muito chato de fazer. Depois faço um leite com Toddy quente para mim. Ao Jornal das 10 agora.


22h28. Eita, mais uma visualização! Urra! 22 agora. 22h40, 23 visualizações. Os notívagos aparentemente gostam mais dos meus textos. 0h01. 24. Parei o filme no primeiro terço, fiquei sem paciência e preciso ir dormir. Vou revisar e postar esse monte de besteira.

terça-feira, 27 de junho de 2017

COMEÇANDO À MÃO




Manhã, luz do sol clara, agradável, com jeito de começo bom de semana. Me sinto bem, mas não disponível para o grupo. Muita gente lá e sem disposição para fazer postais. Queria conversar com uma das psicólogas? Não sei, em cima do muro em relação a isso. O sol se foi para detrás das nuvens. Voltou sorridente. Essa luz e esse morninho são alegres e me alegram. É como se o mundo sussurrasse vida para a minha alma. A psi estagiária veio aqui e me aliviou a culpa de não ter interagido a contento no arraial da turma. Fiz o que pude e é a mais pura verdade. E o que deu pode não ter parecido, mas foi o suficiente e foi bom demais. Quase tomo coragem de ir sem o meu primo urbano e o meu amigo cineasta para o encontro do resto da turma hoje. Mas não dormi de ontem para hoje. Talvez na próxima semana, mas vou tomar coragem para contatar um amigo que faz parte do grupo e que me fez, “trêbado”, o convite, para comunicá-lo que na próxima segunda quero ir. Preciso contatar o anfitrião do arraial para agradecer a hospitalidade e pedir que transmita minhas desculpas à sua esposa por ter interagido tão mal, ou melhor, não ter interagido com ela. Se dormisse hoje à tarde, eu poderia ir para o encontro hoje à noite, caso houvesse, porém isso bagunçaria ainda mais o meu sono. Mas é um caso a se pensar. O sol vai botando as manguinhas de fora e se tornando mais intenso, fazendo minha pele arder. Vou sair dessa cadeira e pegar outro hidrocor, pois este está falhando. Pronto. Hidrocor e lugar novos, mesma cor e sombra. Acho que vou pegar um café e fumar um cigarro. Minha leitora número um não apareceu. Quem apareceu foi a que acho mais gatinha de todo o CAPS, mas tem namorado e tem muito problemas, sofre muito, coitada. Passa por um momento difícil e delicado da vida. Vou lá tomar café e fumar. Sem a minha leitora, trouxe o livro em vão. Soube agora que um companheiro do grupo AD está internado em algum lugar em Olinda. Acho que foi melhor, ele estava descontrolado no uso da maldita pedra. Só vou escrever até o final do verso dessa folha, senão não tenho saco para digitar quando chegar em casa. Que bom que o dia está ensolarado, espero que a chuva dê uma pausa hoje. Se esse for o caso e não sair com a turma, vou escrever na piscina, mas preferia encontrar com eles no Barão, que é aqui perto de casa e posso ir andando. Foi onde se deu o aniversário do meu primo urbano com essa mesma turma. Pode ser um point deles. Não sei, conversarei com o meu amigo do convite, só não posso me furtar de fazê-lo. Coragem, homem! Ele mesmo disse que eu era uma presença querida. Espero que mamãe tenha dinheiro. Preciso divulgar o post do blog de bonecos nos grupos mais importantes, pois é, fiz um novo post para o blog de bonecos nesta madrugada insone. E o papel acabou.





Não resisti e peguei outra folha para escrever. Preciso também divulgar o post do arraial nos demais grupos. Estou até (agora) animado para sair hoje à noite. Se for no Barão e mamãe tiver dinheiro, eu vou. Vamos ver se essa motivação dura até de noite e se vai ter encontro hoje. Há várias variáveis em questão. Minha mãe precisa pagar o meu cartão para que eu possa voltar a usar Uber com ele e transferir os pagamentos da Sideshow para ele também. O sono está batendo. Acho que farei tudo o que me propus e vou tirar um cochilo de duas ou três horas. É mais do que suficiente. Vamos ver no que é que dá esse contato com eles. É uma pena minha leitora número um não ter vindo. Terei que levar o livro de volta. Queria deixar esse livro aqui em algum lugar para não ficar trazendo à toa. Usei uma caneta verde dessa vez para não confundir as folhas. O verde, por sinal, começa a falhar, mas dá para levar mais um pouco. Não devia ter esquecido o celular, poderia ter tudo isso digitado agora, tivera eu o trazido. Era para trazer a GoPro para filmar a entrada do CAPS, mas esqueci disso também. Daqui a pouco o grupo acaba e meia-hora depois do término, começa o grupo AD. Nossa, estou com sono e sem estômago para mais café. Tomarei o suco que é servido no intervalo entre grupos, que acho que tem propriedades medicinais. O verde está falhando mesmo agora. Vou pegar outra caneta. A primeira face da folha acabou.

Peguei uma laranja agora para diferenciar a frente do verso da folha. O céu está bem aberto. O sol bate forte. Realmente o sol traz mais alegria e manda embora a melancolia do tempo nublado. Gosto de dias nublados, mas não quando são muitos e chovidos. O grupo acabou, vou pegar um suquinho, quando aparecer, e ir fumar. Também preciso ir ao banheiro, estou apertado. Bebi uns quatro copos de Coca antes de sair de casa, mais três cafés, mais uns seis copos d’água aqui. O suquinho, se houver, pois ainda não chegou, acho que vai ser o que falta para o aperto virar arroxo. Hahahahaha. Nada de suquinho, estou de olho aqui. Acho que vou logo no banheiro e fumar. Tenho três cigarros. Um é para fumar na volta. Que saco vai ser digitar tudo isso. Já não bastam os diários do Manicômio? Ainda bem que a página está no fim. Acho que o suquinho chegou e está sendo servido. Só estou escrevendo besteiras agora. Ozzy. Peguei o suquinho. Quando acabar, é banheiro e fumar e deixo este texto por aqui. Continuo no teclado lá em casa. Digitar isso antes de dormir também.

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20h38. Não consegui digitar antes de dormir. A galera está no Bar Real, para onde também consigo ir andando. Pois é consegui fazer contato com eles. Só esqueci o livro lá no CAPS. Espero que ninguém pegue até quarta. E se pegar, que seja a leitora número um. Vou falar com mamãe para me organizar para ir para o Real.

23h53. O encontro foi relativamente rápido, mas muito agradável. Conversamos de tudo um pouco, de trabalho, relacionamentos interpessoais e afetivos (embora tenha voado em relação a certos personagens), séries de TV, genealogia, comidas salgadas com frutas e café. Eles disseram que toda segunda há encontros e já me escalei para a próxima, meu amigo baterista disse que era só mandar mensagem para ele. Massa. Espero que seja nas redondezas novamente, gosto do bairro onde moro e tem uns bares legais, pode ser que eles marquem ponto no Bar Real, não sei. É bom que vou andando. Estavam, além de mim, mais três e a conversa fluiu com muita naturalidade, consegui me colocar algumas vezes, mas mais como “entrevistador”, perguntando detalhes dos assuntos abordados, quando achava que cabia. Enfim, fiquei com gostinho de quero mais e torço para que a cada novo encontro a intimidade cresça e eu fique mais inteirado sobre os personagens dessa rede social. É o tipo de encontro que me agrada com pessoas sentadas conversando focadas nos papos de cada um, cada um tendo seu tempo e sua deixa para falar, respeitando a fala dos demais, superlegal. Que mais encontros venham.

0h25. Fiz o escaneamento, calibração e redimensionamento das páginas escritas no CAPS para ilustrar este post. Ainda estou noiado de ter perdido o livro da minha leitora número um no CAPS. Deixei numa das prateleiras mais altas da primeira estante de materiais artísticos, a que tem as pranchetas de madeira para suporte. Por isso, leitora número um, se você ler isso e for amanhã ao CAPS, pode pegar seu livro lá se lá ainda estiver. Mas creio que estará muito tarde para você ler quando eu acabar de escrever isso. Posso mandar uma mensagem pelo Facebook para ela, eu creio. Vou tentar.

0h46. Mandei a mensagem, espero que ela veja.


1h16. É incrível, enquanto é um milagre quando um post meu do Jornal do Profeta alcança 30 visualizações, um post besta que fiz para o meu blog de bonecos alcança, até agora, 559 hits. Tenho que voltar a escrever mais nele. Para sentir o gostinho de ser lido. Isso faz um bem grande para o meu ego, percebo claramente agora. Estou com sono, vou revisar isso e postar na esperança que aqui ou no Facebook a minha leitora número um leia sobre o livro.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

NÃO ESTOU COM VOTADE DE ESCREVER – ARRAIAL DA TURMA

Não é o chapéu mais junino que existe, mas pelo menos é de palha.

Estou escrevendo só para passar o tempo até o meu amigo cineasta me contatar para irmos ao arraial da turma. Queria passar também no aniversário do marido da minha prima na casa do meu tio. Mandei um WhatsApp para ele para saber onde está.

16h08. Pronto, tudo organizado. Não vamos ao aniversário do marido da minha prima, apenas para o arraial da turma. É por volta das 18h. Ele me comunicará quando for se aprontar, pois precisa tirar um cochilo, acabou de voltar de uma filmagem e está cansado. Vi por uma foto no Facebook que é possível ter comportamentos “adultescente” e ser considerado adulto mesmo assim. Saber disso me faz bem. Me faz sentir menos alienígena, mas não menos ermitão urbanoide. O que servirá para diminuir essa segunda sensação será o encontro que terei hoje com a turma. Felizmente hoje o meu som está funcionando propriamente. Mas não sei bem o que quero ouvir. Estou ouvindo “Elephant Gun” do Beirut. Queria muito que as minhas amigas psicólogas fosse. Mas é melhor não alimentar expectativas. Com elas tenho realmente a intimidade profunda das grandes amizades, assim como tenho com o meu amigo cineasta. Sua companhia já me basta. E haverá outros com quem tenho relativo grau de intimidade. Vai ser bom, tem tudo para ser bom, afora a chuva. Penso em, por falta de roupa junina, esculhambar e ir com a minha camisa de turista havaiano. Coloquei o “Disintegration” para ouvir. Mas confesso que não estou com muito ânimo para ouvi-lo, por mais herético que isso pareça vindo da minha pessoa, afinal é o disco que mais gosto. Acho que isso significa que não estou com vontade de ouvir nada. Sim, Infected Mushroom me passa pela cabeça, mas já estou me aclimatando com o “Disintegration”. Acho que o que me falta é um copo de Coca. 16h27. Por falar em Coca, precisarei levar o que vou beber na festa, ou seja, duas ou três Cocas Zero de dois litros.

16h32. O gelo está acabando. E só posso fazer mais à noite, depois que o casal for dormir, pois encho as caçambas com água da torneira (muito mais rápido) e acredito que minha mãe e meu padrasto achariam inadmissível isso. Então, quando chegar, encho. Acredito que as empregadas usem do mesmo expediente, mas não tenho certeza. Se o fazem acredito que também seja secretamente. O iTunes já sinaliza que meu iPod está carregado, entretanto gosto sempre de deixar mais tempo, na esperança que isso dê uma sobrevida a ele. Não sei se isso detona a bateria ou não. Pelo menos as de computador dizem que se deixar conectadas na tomada o tempo todo, reduz as vidas últeis. É que não acredito que o iPod carregue tão rápido assim, por isso sempre deixo mais um pouco, mais uns 40 minutos, uma hora. São 16h44. De 17h20, eu tiro. O copo de Coca já acabou. Estou comendo o gelo. Preciso revisar o meu “manifesto” sobre a minha crença para declamar na próxima filmagem que fizermos. É uma parte do que sou. Embora ande mais descrente que crente disso. Mas ainda é a melhor explicação para a existência que consegui achar/elucubrar. O céu embora ainda bastante nublado parece estar dando uma clareada. Não dá para ter certeza, mas talvez São Pedro dê uma trégua hoje à noite, o que seria ótimo. Se houvesse absoluta certeza que não vai chover, seria um bom momento para filmar minha interação social, mas aí o meu amigo não se divertiria nada, já veio de uma filmagem hoje e, além de tudo, ele é o diretor. Ele é que sabe o que filmar ou não. Eu sou apenas o objeto da filmagem, não posso interferir na sua obra. Por mais que ele tenha dito que seria algo construído com diálogo, não tenho a mínima cara de sugerir coisas a ele. Embora vá sugerir que ele grave a minha visão sobre a criação do universo, que ele pode ou não incluir no final cut da obra. Mas captar acho que não custa nada.

17h05. Descobri que há uma atualização da BIOS do computador. Espero que não desconfigure os botões “F” que tive que mexer na BIOS para reconfigurar e não sei mais fazer. Talvez peça para reiniciar. Vou acompanhar. Péra.

17h21. Despluguei o iPod. A alteração na BIOS não desconfigurou os botões “function”. Ainda bem. Tudo na mais perfeita ordem. Para quem não estava com saco de escrever, entrar na segunda página de Word é inusitado e previsível ao mesmo tempo, pois sempre digo isso e saio escrevendo como se não houvesse amanhã. Dentro em breve devo receber o comunicado do meu amigo. Dizendo que é hora de partir. Embora ache que vá se atrasar cerca de uma hora. Acho que sairei daqui por volta das 19h30. Posso estar enganado, claro. O meu destino está novamente em suas mãos. Não me incomodo com isso. Festa de brasileiro raramente começa na hora mesmo. Só uma imagem me vem à cabeça. Espero que não haja bombas praticamente terroristas a serem detonadas por lá. Fiquem apenas nos fogos pirotécnicos. E traque de massa, que eu ainda suporto. Qualquer coisa com potencial explosivo maior que esse me incomoda deveras. Mas encararei mesmo que comprem bombas cordão. O iPod no volume máximo serve para isso. Com os ouvidos tampados ainda por cima, para dar uma reforçada no bloqueio sonoro. Detesto explosões, o susto. Proporcional ao tamanho do pipoco. É uma coisa que aos poucos, ao longo dos anos venho superando, já suporto a explosão de bexigas com muito mais tranquilidade hoje em dia, por exemplo, mas mesmo assim, as bombas de São João me são um estorvo. Tem um dos amigos que estarão lá que tem o perfil de gostar – ou odiar, um dos extremos – esse tipo de logro. Espero que seja o extremo similar ao meu. Os demais não me parecem muito afeitos a isso. Ou assim quero crer. Acho que vai ser tranquilo até porque pode haver crianças pequenas e esses tipos de fogos não se misturam bem com crianças. Acho que o máximo que terá são bichas ou bombas palito, sei lá como chamam, como disse, não sou afeito a isso. Talvez haja rojões. Me lembro agora que o último São João que festejei propriamente foi internado no Albergue de Drogados. Foi um momento até feliz, dadas as condições em que me encontrava. Lembro que ganhei a corrida com o ovo numa colher, só não lembro qual foi o prêmio, mas certamente não foi minha alta. Hahahahahaha. Cara, como não quero nunca mais voltar para esses lugares. Para isso basta ficar longe das minhas drogas de preferência. Ainda bem que não sinto vontade nenhuma de utilizá-las. Parece que a chuva resolveu dar um tempo. Espero que continue assim.

18h02. Me perdi no meu Facebook de bonecos. É, parece que estou voltando a me apegar a essas comunidades. Adoro as fofocas e as polêmicas e me divirto com a hype em torno de certas figuras. É sempre bem movimentado e divertido acompanhar as discussões para quem é colecionador. Por falar nisso, estou ainda vidrado do life-size bust do Hulk. Continuo achando que vai ser muito caro e muito grande. Mas que queria, queria. Vamos ver o que o destino reserva. Se minha mãe chegar e eu não tiver ido, ela ficará chateada comigo, mas dependo do meu amigo, sem ele, estou de mãos atadas. Não sei onde vai ser a festa, só o endereço da casa dos pais de sua esposa e não posso chegar lá de supetão, mandar acordá-lo para irmos. Ela vai ter que compreender. Parece realmente que a chuva deu uma estiada. Que bom. Estou com medo da minha mãe chegar. Não deveria ter receio da minha mãe, mas é assim que se dá. Meu amigo coincidentemente acabou de me mandar um WhatsApp dizendo que está se arrumando. Vou tomar banho para ir para lá. Inté. 18h20.

18h35. Meu padrasto resolveu entrar no banho na mesma hora que eu, agora eu tenho que esperar ele sair do banho para poder tomar o meu, senão o chuveiro fica frio demais para mim. E eu não estou com a mínima disposição de tomar banho frio nesse friozinho que está fazendo aqui. Além do mais, preciso dar uma carga no meu celular senão não vou ter como voltar para casa mais tarde. Meu amigo vai ter que esperar um pouco. Enquanto isso vou escrevendo para passar o tempo. Foi até bom o meu padrasto ter entrado no banho, é mais carga para o meu celular. Espero que ele demore pelo menos 20 minutos no seu asseio. Incrível como Recife está friazinha hoje. Nada comparado a Gravatá, que precise de trajes especiais, mas um clima bem ameno, agradável, impossível de suar (se você não for fazer uma maratona, é claro). A noite tem tudo para ser muito boa. Poderia ser perfeita se as minhas amigas psi fossem, se meu primo urbano fosse (acho até provável ele ir). Vai ser legal, enfim. Estou com expectativas boas. 18h50. Meu padrasto aparentemente saiu do banho. O boiler está desligado, mas ele ainda está trancado no quarto, pode ser que ele esteja se ensaboando ou coisa que valha. Por causa do celular, vou esperar ele sair do quarto só para garantir que no meio do banho a água não fique fria de uma hora para outra me dando um puta choque térmico que não estou nem um pouco a fim de receber. Vou pegar mais um copo de Coca, quando ele acabar, se não meu padrasto não tiver saído do quarto e o boiler continuar desligado, eu entro no banho. 18h52.

18h54. Ele saiu do banho, ouvi armários se fechando quando passei em frente à porta do seu quarto. Vou acabar o copo de Coca e tomar meu banho. Irônico, quem acabou atrasando fui eu.

19h29. Só acabei de me aprontar agora. Eles já estão indo para lá, irei direto, ele me passou o endereço. Acho que com 65% de carga dá para levar a noite.

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3h31. Estou morrendo de sono, mas devo deixar as impressões da festa. Foi muito bom rever a turma e confesso que nos dois primeiros terços do encontro interagi muito pouco com a galera, confesso que falei esporadicamente com um e com outro (ou outra). Me senti muito errado por causa disso, mas não consegui evitar. Quando subi – a chuva nos espantou da rua –  foi que me aproximei, sem me aproximar do grupo – estavam todos na varanda e eu me sentei na mesa da sala –. Foi quando um dos meus amigos se aproximou de mim e sentou-se comigo para conversar. Depois chegou meu primo urbano e ficamos os três a conversar sobre música, que era o papo de então. Daí o primeiro amigo partiu e veio outro em seu lugar e depois meu amigo cineasta também chegou e ficamos os quatro conversando sobre música, especialmente Caetano. Depois a conversa revolveu sobre “Twin Peaks” e fiquei muito curioso para assistir, procurarei baixar as duas temporadas antigas no Pirate Bay e a nova assistirei pelo Netflix, pois é a única disponível no serviço (penso em só assistir a nova, para ser sincero, aliás, vou ver se acho no Pirate Bay agora). Pronto está baixando as duas temporadas, espero. E acho que ficamos nisso – Twin Peaks –quase até a hora da partida. Confesso que ouvi muitíssimo mais do que falei, pois nunca assisti Twin Peaks e meu conhecimento de Caetano é deveras limitado. Mas me senti participando do grupo. Se o encontro foi bom? Foi ótimo, teria sido melhor se tivesse tido um comportamento menos arredio. A forma como não troquei quase nenhuma palavra com a anfitriã me deixou profundamente encabulado e frustrado, pois ela se mostrou bastante receptiva à minha presença a priori. Vergonha danada da minha postura, mas sinceramente estava sem saber o que falar com ela. Sou muito ozzy mesmo. Nem ofereci carona no Uber para o meu primo urbano e meu amigo cineastas (com respectivas), pois a corrida já ia dar o dinheiro que tinha no bolso praticamente. Eu fui muito antissocial mesmo, olhando em retrospecto. Diria que fracassei nas interações sociais, mas tentei ao máximo não deixar a minha timidez transparecer, por mais que em diversos momentos ela fosse evidente. Fui um fiasco social, mas não deixei de aproveitar a companhia da galera, mesmo tendo permanecido a imensa maioria do tempo mudo. Bem foi o que foi, fui o que fui (ou sou) e, mesmo tendo falado pouco, me diverti bastante. Adorei ouvir os papos da galera e me senti superbem acolhido. Quem sabe num próximo encontro não me solte mais. Tomara. Bebi tanta Coca que cheguei a ficar enjoado, temendo inclusive que o vômito me fosse inevitável. Tanto é que agora não estou com Coca para acompanhar as minhas palavras, resolvi dar um tempo no agua negra do imperialismo ainda lá.

Vendo tantos casais e imaginando-os tendo uma vida sexual ativa, não consegui me ver fazendo sexo com outra pessoa. Essa minha recusa ao sexo também me desagradou e me fez perceber o tamanho do abismo que me separa de uma nova relação. Em suma, a noite toda foi encantadora e feliz, apenas eu fui medíocre, ou aquém disso, socialmente falando. Mas fiz o máximo para não dar na vista. Acho que nisso fui relativamente bem-sucedido. O meu amigo cineasta ainda conseguiu me arrancar uma boa risada, espontânea, algo tão raro para mim. Quando acordar reviso isso e posto, não estou com saco de revisar agora. Tenho que pedir que minha mãe me acorde quando o meu amigo cineasta aparecer aqui para deixar a câmera que utilizarei na viagem, pois quero vê-lo uma última vez e porque preciso aprender a operar o aparelho. Acho que assistirei as duas primeiras temporadas de Twin Peaks sem legendas, não sei como vai ser o formato que os arquivos virão. E o pior que tem um anão cujas falas são gravadas de um modo muito peculiar que provavelmente impedirá o meu entendimento. Mas isso são detalhes, dizem que tudo não faz muito sentido mesmo, o que me deixa ainda mais curioso em descobri o porquê dessa série ser tão cultuada. Acho que vou ficando por aqui, não por falta de vontade de escrever, mas por falta de assunto. Acho que vou comer o restinho de maionese de batata que sobrou do almoço. Se depois disso ainda tiver inspiração ou disposição, afinal já são 4h23, eu volto.

4h28. Aguento não, vou dormir. O pior que comer a maionese me deu enjoo. Espero que seja passageiro.

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21h18. Estava ouvindo desabafos da Gatinha pelo WhatsApp, mas nada de muito problemático, eu espero. Antes disso meu amigo cineasta veio me deixar a câmera que levarei na viagem à Alemanha e, quiçá, Estados Unidos. Ele disse que posso captar coisas aqui também. Penso em explicar algumas produções do CAPS. Bom, dormi bastante, doze horas, acordei quase às cinco da tarde e depois dormi um pouco mais. Sono leve, até ser acordado pelo WhatsApp do meu amigo dizendo que estava vindo e do meu primo urbano mandando o link com a entrevista de Björk. Não, ainda não ouvi a entrevista. Não estou com muito saco de nada agora, acho que ainda estou sonolento da farra de ontem. Todos ficaram bem bêbados, mas ao contrário de mim, ninguém fez nenhuma estripulia sem noção, o que seria o meu caso se tivesse bebido. O máximo que eles fizeram foram abraços e beijos carinhosos demonstrando o afeto que uns têm pelos outros. Nada demais, enfim. Tive a oportunidade de ouvir Doces Bárbaros, que eu nunca tinha ouvido e achei bem interessante. Elza Soares cantando uma versão hip hop de “Haiti” de Caetano e Gil. Mas a febre mesmo entre a galera parece ser mesmo “Twin Peaks”. Para a minha sorte os arquivos que baixei vêm com legenda. Mas não estou com a mínima disposição de assistir agora. Não estou com disposição de nada. É assim que fico depois de uma noitada nos dias de hoje, exaurido e indisposto. Espero que o fato de ter dormido tanto não atrapalhe o meu sono da noite, o que acho muito provável. E amanhã tenho CAPS. E é o dia de entregar o livro à minha leitora número um. Acho que talvez fique de virote, não durma mais até amanhã depois dessa mexida radical no meu “fuso-horário”. Vamos ver. Por falar em ver, queria ter coragem para ver “Kong” ou “Independence Day Ressurgence”, mas confesso que não estou motivado. “Twin Peaks” pior ainda.

22h49. Já tomei os remédios da noite, mas infelizmente o que é para dormir não me dá mais sono. Achei o São João desse ano com muito menos fogueiras que os dos anos anteriores. Aqui em Recife, pelo menos. Ou melhor aqui no bairro onde moro. Talvez tenha sido a chuva que caiu no dia 23. Ou a tradição está morrendo mesmo, talvez sufocada pelo politicamente correto, não sei. Sei que tivemos fogueira ontem e acendê-la se provou uma aventura por si só. Achei a mãe do meu amigo anfitrião muito conservada, uma bela senhora, com todo respeito. Minhas amigas psi não foram, o que é uma pena, mas elas realmente não fazem parte dessa turma.

23h28. Estava debatendo nos grupos de colecionadores de bonecos. Sempre divertido. Eu ainda amo esse hobby e quão apaixonadas as pessoas que colecionam são. Ouvindo “Fight” do “Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me” do Cure. Meu primo me fez uma pergunta ontem sobre qual show eu gostaria de ir na turnê original: “Disintegration” do Cure, “Joshua Tree” do U2 ou “OK Computer” do Radiohead. Escolhi o “Disintegration”, óbvio, mas confesso que fiquei indeciso. O que me fez desistir do U2 foi o DVD de um show na França da turnê que vem com a edição comemorativa de 20 anos do “The Joshua Tree”, embora a voz de Bono esteja muito boa, não se compara as imagens captadas no filme “Rattle & Hum”, então o show perfeito dessa turnê para mim é assistir o documentário. Se fossem as turnês de 20 ou 30 anos de lançamento do disco, eu mudaria meu voto e optaria pelo show do “OK Computer”, pois acho que o Radiohead é quem melhor faria jus ao material original. Tanto é que não vou, nem comprei ingresso para os shows da turnê de 30 anos do “The Joshua Tree” no Brasil. Claro que isso tem a ver também com a minha resistência em sair da minha zona de conforto. Mas muito também é do desinteresse de ver uma turnê que para mim que é caça-níqueis e uma forma de dar uma melhorada na imagem do U2 depois do polêmico lançamento do último disco no iTunes. Estou ficando com fome e este papo está muito chato.

0h13. Comi. Deveria ser a hora de me deitar agora. Vou ligar o ar para tentar me deitar. Vou publicar isso.

0h53. Tirei uma foto do chapéu com o qual fui para a festa para ilustrar esse post, pois não pensei em tirar na hora nenhuma foto do evento. Mau sapão, mau sapão...

0h55. Acho que vou dormir quando a Coca acabar, faltam dois copos, no máximo.

1h05. Comi o pedaço de bolo de chocolate que minha avó me mandou com creme de avelã com chocolate. Ficou gostoso. Vou dar mais uma olhada nas comunidades de bonecos.


1h35. Nada de interessante acontecendo. Postar logo isso.

sábado, 24 de junho de 2017

PRIMEIRO DIA DE FILMAGEM

14h26. Meu amigo cineasta disse que vai se atrasar e chegar às 15h. Teve que ficar mais tempo que planejava na casa da sogra. Ele parece estar levando esse projeto realmente a sério. Não arrumei o meu quarto, nem arrumaria mesmo, para dar uma ideia o mais real possível de como é o meu cotidiano. Mas confesso que dormi esses dias só com lençol, sem edredom, para a cama não ficar muito desarrumada e coloquei uma camisa menos ozzy do que a que estava usando, que mais parece um vestido, pois pertenceu a um interno esquizofrênico supergordo do Manicômio, quando este surtou e começou a me dar todas as suas roupas. Obviamente devolvi a maioria ao seu irmão igualmente gordo, mas mais são à época, embora tenha mantido três para mim, que uso até hoje por serem bastante confortáveis. Acho que hoje é o aniversário de Maria, a babá que me criou. Ela não está em casa, chegará no final da tarde, quando minha tia disse que me ligaria pelo Skype. Não sei porque o meu vídeo não funcionou, só conseguia ver o vídeo da minha tia. 14h35. Vou pegar um copo de Coca.

14h37. Meu primo-irmão não vai mais para a Casa Astral, arrumou lugar na casa de um amigo nosso em Gravatá e vai para lá. Me convidou, mas, além de ter a suposta filmagem eu não estou preparado nem financeiramente nem espiritualmente para passar três dias num ambiente estranho. Se bem que eu poderia levar o computador, mas, enfim, não vou. Acho que ele já deve ter zarpado. Não gostei que a postagem do meu blog, que só publico em grupos de escritores, tenha aparecido, não sei por que cargas d’água, na minha página principal. Não quero que meus amigos leiam. Pois aí sentiria a necessidade de ser mais cauteloso. De medir palavras e temas abordados. O que é um saco. Espero que não ocorra mais. Não entendo de Facebook e porque isso se deu, mas vou tentar apagar o a postagem de lá.

14h53. Apaguei e me perdi no Facebook, principalmente lendo um trecho de Foucault que uma querida amiga publicou. Me identifiquei um pouco, pelo pouco que entendi, pois o que faço aqui senão uma constante investigação de mim e do pequeno mundo que me cerca? A diferença é que estou me isolando cada vez mais, deixando de ser um ser social. Isso me incomoda, mas confesso que meu espírito não é mais de baladas, mas de um vinho com os amigos. Eu na Coca, é claro. Odeio vinho, por sinal. 14h56. Já deixei a porta do quarto aberta e tirei o som para ouvir a possível chegada do meu amigo cineasta. Incrivelmente, não estou ansioso com as filmagens. Estou mais ansioso em ir para a Casa Astral sozinho hoje. Para ser sincero, não sinto a mínima inclinação de fazê-lo. Talvez nem vá. Ainda mais com esse tempo incerto, esse chove e para. Vou pegar Coca. 14h59.

15h01. Foi só falar, começou a chover de novo. Acho que não vou. Casa Astral não combina com chuva para mim. Confesso que não faço, mais das vezes, uma investigação muito aprofundada sobre mim como deve sugerir Foucault. Mas faço o que me dá prazer e pouco se me dá se é superficial ou profundo. Escrevo pelo simples prazer de escrever e isso me basta. Não sou filósofo – talvez me torne um pouco mais após ler “O Mundo de Sofia” – sou apenas eu. Eu e meu Word, que, por sinal, não travou, apenas ficou com a tarja vermelha indicando falha de ativação no topo do programa como havia comentado em outro post. Graças. Vai ficar feio no filme, o escritor ter uma cópia pirata de sua ferramenta de trabalho, mas é o que é. E não vou gastar 400 reais para mudar isso. Nem tenho tempo para tal feito. Meu amigo deve estar chegando a qualquer momento. Minha mãe e meu padrasto dormem ou cochilam, sei lá. A cozinheira já foi, então me sinto meio que só em casa. O problema é que minha mãe trancou a despensa e a Coca está no fim. Acho que, no máximo, dá para dois copos. Claro que oferecerei um ao meu amigo, o que me deixará apenas com mais um copo para beber até que decidam sair do quarto. Se o desespero bater, bato na porta e peço a chave para pegar outra. Vou limpar meus óculos, estão muito sujos e atrapalhando a minha visão. 15h12.

15h24. Não tenho muito o que dizer no momento. Acho que vou dar uma olhada no Facebook do meu alter ego de bonecos.

15h29. Meu amigo cineasta me mandou um WhatsApp. Está subindo.

16h14. Ele trouxe um equipamento bem profissional para a filmagem. Demorou até agora para montar tudo. Há luzes até, para compensar a iluminação deficitária dessa tarde chuvosa. Engraçado, não estou muito intimidado com a câmera. Talvez por ser o meu amigo filmando. Ou porque ele botou de um ângulo muito baixo, se bem que quando eu olho para baixo, para o teclado, eu o vejo com o canto dos olhos. É uma experiência. Eu não sei bem o que escrever estão me reservarei a registrar as minhas impressões desse momento. Queria que ele mencionasse a Singularidade nos textos que fosse selecionar do meu blog, mas darei a ele total liberdade para escolher o que quiser. Afinal é o filme dele. O que me desagrada é o fato de simularmos que é meu aniversário. Queria que fosse o mais real possível. Que fosse o dia de hoje, 23 de junho de 2017. O início desse um ano de filmagem. Esporádica, pois é raro ele vir aqui.

16h27. Tivemos uma pequena conversa sobre cinema. Sobre Hitchcock, para ser mais específico. Sobre a diferença entre suspense e terror. Suspense é quando o espectador sabe que há uma bomba embaixo da mesa onde a família janta e não se sabe se ela vai explodir ou não. No terror nem o espectador nem a família sabem que há uma bomba embaixo da mesa e supreendentemente a mesa explode. Gostei da definição e não teria como não gostar vinda de um dos maiores mestres do cinema, que começou, segundo o meu amigo, fazendo cartelas de cinema mudo, as letrinhas e tudo o mais. Mas agora parece que a filmagem começou para valer. Estou um pouco intimidado, mas seguirei escrevendo, dentro do meu espaço protegido que são essa tela e essas letras. Espero não cometer muitos erros de digitação. Bom, acabei de encher o Vaporfi, para dar mais dinâmica à narrativa. Hahahahaha. Estou fumando, e escrevendo. Se fosse para ficar real mesmo, eu teria que botar Infected Mushroom para tocar, pois é o que sempre faço. Minha cabeça não sabe mais o que dizer no momento, mas tenho que pensar em alguma coisa, para que a filmagem tenha alguma continuidade. Ele mexe na câmera. Eu tento fingir que não há uma apontada para mim. A iluminação que ele pôs é muito semelhante à do quarto. Porém assim, com mais luz, me é mais agradável. Ele mudou a câmera de posição, não faço a mínima ideia do que esteja captando agora ou se ainda vai captar. Minha mãe trouxe o disco de Mallu para cima. Gostaria que ela o mantivesse no carro e ouvisse. Vai ver que não gostou. Espero que dê mais uma chance. Ou duas ou três. Mas presente dado, missão cumprida. Não posso fazê-la escutar o que não lhe agrada. Tudo bem que seria legal se ela curtisse o presente, mas pouco se me dá. A felicidade dela ao recebê-lo foi o suficiente. Espero que tenha mais sorte com as minhas amigas psicólogas.

16h43. Tenho a câmera bem perto de mim nesse momento. Estou fazendo o máximo para parecer normal. Graças aos céus tenho o meu computador para me distrair. Essa é a minha principal forma de distração. É meu escape. É o que preenche o meu vazio existencial. É a minha vida, enfim. Eu passo os dias a escrever ininterruptamente, por mais que nesses últimos dias esteja retomando o hábito de ver filmes e tentando acompanhar o noticiário sobre os escândalos da política nacional. Estou com vontade de ir pegar mais Coca e é o que vou fazer.

16h53. Deveria poupar assunto, mas não vou. O meu amigo cineasta foi conversar com a minha mãe e meu padrasto na varanda. Por algum motivo sinto um bloqueio em participar da conversa. Acredito que, se me sentar lá, eu vou prolongar ainda mais a conversa e empatar as filmagens.

16h58. Ele voltou. Alterou as luzes para compensar a tarde que vai caindo bruscamente. Não é realmente o melhor período do ano para luzes, visto que o tempo anda num constante nublado. Estou curioso para ver como ele vai extrair conteúdo visual de um homem que escreve. Um homem, não, um adolescente num corpo de 40 anos. Um quase ancião que se recusa a crescer. A minha vida como ele vai ver não tem muita variedade.

17h05. Conversamos um pouco agora sobre autodepreciação, e autopiedade. Meu padrasto vai descobrir que eu fumo Vaporfi no quarto, porque depois de pronto vai querer ver o filme.

17h20. Acabei de falar com Maria, desejando-lhe feliz aniversário. O meu amigo disse que foi um take bom. Que bom, espero que se utilize da conversa. Eu ia escrever o que eu ia falar para ele, que doideira, deu um tilt na minha cabeça. Hahahahahaha. Queria que ele captasse detalhes do meu quarto para ilustrar a minha vida. O meu quarto-ilha. Estamos conversando.

Um filme sobre um homem que escreve. Que dinamismo isso terá? Pelo menos, com as nossas conversas talvez haja algum tipo de depoimento, de conteúdo falado que acrescente algo à narrativa. É impressionante, a quantidade de filmagem que um cartão de memória desses pode armazenar. Estamos filmando há cerca de uma hora, hora e meia, com algumas interrupções, é vero, mas mesmo assim. Pensei que era uma coisa que acabava em minutos. Bom, mas continuemos escrevendo, divaguei agora. A coisa é que acabou meu copo de Coca e eu preciso de outro, mas temo que meu amigo cineasta, que agora está na frente da porta, encerre as gravações. Paramos uma vez mais para conversar, talvez ele vá para a Casa Astral, o que seria uma ótima para mim, pois teria alguém com quem interagir lá. Alguém muito amado e querido cuja presença é uma raridade nos dias de hoje. Lembro de nós bem mais jovens, no carro do meu tio, indo para o cinema, quando a turma do prédio toda morava aqui e éramos muito unidos. Período ótimo da vida. Tirando alguns percalços com a minha segunda namorada. Culpa minha, obviamente, ela era totalmente apaixonada por mim, eu é que não soube retribuir esse amor exigente. Ele mudou a câmera de lugar de novo, aproximou de mim uma vez mais. Está bem na minha cara agora. Aparentemente, eu sou um ator natural, pois estou conseguindo fazer de conta que a câmera não está aqui. Por outro lado, ela está completamente presente no texto. Isso meio que dilui a minha vontade de olhar para ela. Estou digitando e ele deu um tapa agora bem na minha cara, que susto danado eu levei. Essa foi até engraçada. Meu amigo está conversando, não consigo me concentrar na escrita, o que não é ruim, é ótimo, mas acho que não é isso que ele quer captar com a câmera, acho que ele quer me captar escrevendo. Ele estava me mostrando um jogo de basquete no celular incrivelmente bem feito e desenvolvido pela 2K que é uma grande desenvolvedora de games para videogames.

19h12. Ele foi embora. Vai para a Casa Astral. E vem aqui me pegar. Perfeito. Espero só que cheguemos antes de lotar, pois acho que hoje vai lotar. A não ser que chuva espante o público. Ele disse que eu posso falar, não preciso só digitar. Que bom. Eu acho. Isso acrescenta algum conteúdo a uma coisa que de outra forma seria muito estéril. Ele quer a coisa bem real. Massa, estamos em sintonia em relação a isso. Mas falar acho uma boa ideia, se me der na telha, é claro. Não me daria nesse exato momento, pois o meu eu antissocial está se manifestando. Estou com sono. Por mim tiraria um cochilo antes de ir para o forró. Acho até que daria tempo, mas não quero arriscar e pegar em sono profundo, não ouvindo o aviso do WhatsApp dele dizendo que está vindo. Não posso me esquecer de levar o meu copo rosa, é essencial para o meu aproveitamento da festa. Preciso comprar uma carteira de cigarros também para a noite. Queria achar o meu sapato antigo.

19h38. Achei meu sapato, atendi a três telefonemas (minha avó, engano e telemarketing) e comi quase todo o resto do bolo de milho (é bem verdade que havia muito pouco bolo de milho restante). Estou com sono, quase fazendo um café para mim. Ainda não assimilei a experiência da filmagem, está tudo ainda muito novo para mim. Mas confesso que achei que olharia inevitavelmente para a câmera e, para a minha surpresa, se olhei foram algumas vezes por microssegundos.

19h56. Estou sem saco de ir para a Casa Astral, mas vou, pois a companhia do meu amigo vale a pena. Vou ligar um pouco o ar. Ou abro a janela? Vou abrir a janela. Está chovendo. Que ozzy. Talvez com essa chuva até desistam da Casa Astral. Estou com vontade de fumar um cigarro de verdade. Mas vou segurar no Vaporfi mesmo. 20h09. Ao pensar em mandar o diário do Manicômio para um concurso literário eu percebo o quanto me envergonho dele. Quanto acho bobo e sem substância. E tedioso. E repetitivo. Não acho que Mallu tenha muito apego pela filha, pela forma como fala da criança. Me lembrou como me referiria a uma. Hahahahaha. Posso estar redondamente enganado. Espero estar. Como miraculosamente eu poderia me tornar um pai maravilhoso. Não, essa parte não aconteceria. Não acontecerá. Não tenho paciência. Não vai ser nessa encarnação que me reproduzirei. Já tenho problemas demais para carregar só a mim pelo mundo, que dirá com uma criança. É muita responsabilidade para quem tem ojeriza, repúdio a responsabilidade. E com a vida sexual que eu tenho as chances de algum acidente acontecer são mínimas. Hahahahaha.

20h43. Acho que se formos nesse horário, pegaremos uma fila para entrar, se conseguirmos entrar at all. Vamos ver o que rola, estou nas mãos do destino. Do destino do meu amigo cineasta e sua esposa. Estou sem inspiração para escrever. Geralmente frases com essa me dão um gás para escrever, mas o problema é que estou com sono e já disse muito hoje. Vou dar uma olhada no Facebook dos bonecos.

22h33. O destino – e não, não foi o casal – não quis que eu fosse para a Casa Astral, quando chegamos lá, os ingressos estavam esgotados. Amigos deles haviam comprado os ingressos para eles, mas não contavam obviamente comigo, então nem desci do táxi, voltei. Não tem problema acho que, com essa chuva e lotado, o evento não iria fazer a minha praia mesmo. O que valeria era a companhia do meu amigo, da qual privarei amanhã num encontro que é muito mais a minha cara, pois será cheio de amigos e conhecidos. Espero que amanhã faça sol. Ou que pelo menos não chova. Muito. O que me resta fazer é escrever aqui ou ver um filme. Por enquanto fico com a primeira opção. Confesso que estou aliviado por não enfrentar o inferno Astral. Gostou do trocadilho? Infame, eu sei. Hahahahaha. A chuva deu uma trégua. Ainda bem para eles, coitados, estão no meio da maior muvuca, para comprar cerveja deve estar um inferno. Espero que aproveitem alguma coisa. É uma rotina corrida danada a deles nessas viagens relâmpago, mil e um eventos para ir com curtíssimo intervalo de tempo entre eles. Adoro ouvir o meu iPod. Coloquei plugado no som para que descarregue logo e eu possa colocar para carregar e levá-lo amanhã completamente carregado para o evento. Gostaria muito que as minhas amigas psicólogas fossem. Parece que vai ser nas Graças e elas moram perto e conhecem a galera. É difícil, mas não impossível. Talvez tenham viajado, não sei. Novamente, o destino dirá. Já me bastam as pessoas que sei que irão. Ainda pensando sobre a filmagem e o fato de poder falar durante ela. É uma oportunidade curiosa que não sei como utilizarei e se utilizarei. Teremos um ano para captar isso. Um ano é bastante tempo. A depender de quantos encontros se deem nesse intervalo. Nossa, adoro o meu iPod, só músicas que eu amo, agora “Breathe”, B-side do Cure. Poderia, eita o “poderia” foi a palavra de número 2777, que coincidência eu ter olhado. 22h51. O iPod já está sinalizando “battery low”, com a voz de um cara que não sei por que não puseram de mulher. Ou a opção de escolher entre um gênero ou outro. Ainda mais para dar uma notícia chata dessas quando não se tem onde carregar o iPod, o que não é o meu caso agora, claro. Mas seria se eu estivesse na festa. “Blue Moon Revisited” do Cowboy Junkies. Uma das baladas mais perfeitas já gravadas, na minha modestíssima e inculta opinião. Eu que não conheço muitas baladas. Baladas para dançar junto, digo. Para falar a verdade só conheço essa e “As The World Falls Down” de David Bowie, que também consta no iPod. “O Vento” do Los Hermanos. Adoro. Isso me lembra que tenho o documentário que comprei para assistir. Mas para isso teria que desmontar o Wii U ou o PS3 para plugar o Blu-ray player. E nem lembro mais se ele é bivolt ou não, nem se consigo enxergar as letrinhas na fonte dele, além de que desmontar o Wii U seria uma complicação. O monte de fios que tem aqui embaixo, vocês não têm ideia. Vou tirar uma foto. 23h06. Tirei. Vou bisbilhotar a internet um pouquinho.

Foco de incêndio?

23h11. A chuva castiga os Astrais. Que pena da galera. Espero que haja espaço dentro da casa e debaixo do toldo. E agora está caindo forte.

0h07. Fui comer e me deixei estar na internet. Não estou com mais disposição para escrever, acho que vem da saciedade da comida isso. Fico por aqui. Vou revisar para publicar.  

sexta-feira, 23 de junho de 2017

AS COISAS MELHORAM


Meu novo sonho de consumo. Notem a silhueta do rapaz atrás como
comparação de tamanho. É grande. Demais. Mas é muito invocada.



12h51. O Word ainda não deu pau. Só me mostrou uma janela de alerta, agora sem contagem regressiva. Não sei se é o aviso final e vai travar mesmo amanhã ou se só vai ficar nisso. Se travar amanhã vai ser fogo. A psicóloga do CAPS ligou preocupada comigo, mas confesso que estou melhor que ontem. A minha leitora número um disse que não está confundindo as coisas, que alívio! Odiaria, me odiaria, por partir um coração. E ainda me mandou no comentário uma mensagem que levantou o meu astral e disse que me dará, sim, “O Mundo de Sofia”. Pena que seja o único exemplar que tem. Mas se é uma escolha dela, me sinto honrado. Ela disse que dedicatórias acrescentam ao livro uma história, fiquei envergonhado com a dedicatória que eu coloquei, pois não poderia ser mais banal. Confesso que não tenho essas mandingas literárias, pois como já disse reiteradas vezes, não sou afeito a leituras. Mas tenho curiosidade sincera em relação a este livro. Lembro que ele foi muito comentado à época de lançamento, acredito que deva ser bom, ainda mais com o aval de uma devoradora de livros. Daisy me respondeu sobre a pintura da Asuka na moto, confirmando a encomenda. Adeus a todo o meu dinheiro do PayPal. Hahahahaha. Rio, meio desconfortável com essa situação. Mas já dei o ok, então lascou. Há um concurso literário no Paraná cujas inscrições vão até 21 de agosto. Se eu conseguisse digitar o diário do Manicômio até lá, mandaria. Nem sei por quê. Vai ser uma perda de tempo, mas, ao mesmo, uma tentativa. Pelo menos os jurados leriam. Ou seja, alguém leria. Hahahahaha. Vou tentar, motivado por essa novidade digitar um pouco do caderno. 13h42.

13h49. Divulguei o post anterior nos grupos do Facebook. Sem saco de digitar... mas vou encarar.

15h57. Vou me aprontar para fazer a barba. Finalmente minha mãe vai me dar o dinheiro para tal intento.

17h43. Fiz a barba e tomei um bom banho. Estou um pouco menos ogro. Hahahahaha. Aparentemente o Office não vai fazer nada além de me dar alertas. Espero que continue assim. Pelo menos até amanhã.

18h44. Me perdi na internet. Resolvendo a saída de amanhã. Casa Astral, se tudo der certo. Mandando e-mail para Daisy que vai pintar minha Asuka na moto. E postando uma crítica no meu alter ego colecionador de bonecos no Facebook. Algum outro computador está acessando o Bluetooth do meu som e não consigo conectar o meu. Não sei se é do vizinho ou o do meu padrasto. Só sei que não emite som nenhum e me impede de conectar o meu. Ozzy. Já aconteceu outra vez. É um defeito desse som. Tinha que ter um defeito. Era perfeito demais para ser verdade. E quando está com Bluetooth conectado ele não deixa eu ouvir o CD. Pelo menos da outra vez não deixou. Vamos ver dessa. Vamos não. Estou ouvindo New Order aqui do computador que tem caixas de som muito boas para um notebook, são Bang & Olufsen. Pegue. Esse computador tem isso de chique. Se só for para a Casa Astral amanhã, já dou meu final de semana como ganho. Não preciso de mais saídas, até porque me exaure, não tenho mais pique para curtição desenfreada. E olhe que nem bebo. Quem sabe a gatinha da outra vez, a que ficou olhando para mim, não reaparece amanhã? Parece que vai dar muita gente, inclusive gente que normalmente não vai, como Clementine, com o namorado, provavelmente. E mesmo que estivesse só, comigo é que ela não interagiria. Dane-se. Lasque-se para lá. Já sofri demais por esse platonismo. Esse é passado. Mexe comigo? Mexe ainda, mas muito pouco. Só se ela viesse dar em cima de mim para eu ter uma recaída. O que não acontecerá nessa encarnação. Não há possibilidade. Minha nova cadeira, presente de vovó, costumava reclinar para trás, o que era massa, mas acho que foi porque não havia encaixado devidamente, eu acho, pois, depois que a fantástica empregada arrumou o meu quarto anteontem, ela parou de fazer isso. Ou foi de ontem para hoje, mas se foi nesse interregno, ignoro como. Só se alguém mais pesado que eu tivesse sentado aqui. Deve ter sido na terça mesmo. E eu falando da minha cadeira com a crise pegando no Brasil, me sinto tão fútil. Vou ver o Jornal das 10 para ver se me informo de alguma coisa. Hoje o STF estava para julgar algo importante relacionado a delações premiadas. Espero que tenham julgado pelo melhor para o Brasil. Não sei se assistindo ao J10 eu vou saber discernir isso, mas, de todo modo vou assistir. Porém vou assistir um filme antes. O que queria ver há alguns dias “Diary Of The Dead”. 19h40. Acho que dá tempo de ver e assistir o jornal. Depois volto. Quem sabe daqui para lá meu som já voltou ao meu controle. Agora quem conectaria intencionalmente seu computador no meu som? Isso é deveras estranho. Pode ser o celular de mamãe, mas mostra o nome “desktop” e um bando de números.

21h32. Acabei de ver “Diary Of The Dead”, achei um bom filme de terror, de zumbis, mas por algum motivo, acho que pela luta de “classes”, eu prefiro “Land Of The Dead”, mas para mim os dois melhores filmes de zumbis que eu já vi continuam sendo a refilmagem de “Dawn Of The Dead” feita por Zack Snyder (eu acho) e “28 Days Later”, empatados. Lembro que quando aluguei “Dawn Of The Dead” eu assisti três vezes antes de devolver, tão envolvente eu achei o filme. Mas queria ver algo mais light, tipo o novo “Independence Day”. Infelizmente baixei em 3D e o 3D passivo da minha TV não se compara ao 3D ativo da sala. Acho que vou baixa-lo em 2D mesmo para assistir mais tarde. Lembrando que amanhã começam as filmagens do curta sobre eu não sei bem o quê. Bom, vou botar o filme para baixar. Como queria chegar lá e ter “Ghost In The Shell” já disponível no site.

21h56. Não tinha “Ghost In The Shell” mas já tinha o novo “Kong”, só que em resolução de 720. Vou esperar chegar a de 1080, o que deve se dar amanhã. Botei o “Independence Day Ressurgence” para baixar em 2D. 1080 de resolução, claro. Vou ver o J10.

23h06. Vi quase todo o jornal, me informei do que havia de mais relevante, só não vi todo, pois estava trêmulo e, quando começo a ficar trêmulo, a solução que encontrei foi comer. Então, fui comer e perdi o finalzinho. Mas era sobre um grande acidente de carro, não me interesso por isso.

23h47. Baixei o “Independence Day” novo, mas não sei se vou assistir hoje, estou meio com preguiça de fazer o procedimento todo, que nem é tanto, para assistir. Acho que perdi um pouco a vontade de ver agora. Vi uma entrevista de Mallu Magalhães sobre o disco novo e a música que ela mais gosta do disco, coincidentemente é a que gosto menos. Curioso isso. Temos gostos diferentes a respeito de sua própria música. Mas acho ela um doce, uma simpatia. Ela assiste “House Of Cards”, isso até me deu um gás para voltar a assistir. Falou de um tal de “Silicon Valley”, o nome me é sugestivo, mas não sou muito de seriados para ser sincero. E tem o “Mad Men” que me prometo assistir faz tempo, mas a verdade é que não sinto o menor tesão. Não gosto de coisa de época (passada, sci-fi eu adoro, talvez meu gênero predileto, mas raramente rola alguma coisa boa no gênero e são escassos os filmes). Já estou bocejando de sono, por mais que tenha dormido doze horas de ontem para hoje. Talvez encare o filme, não sei, pois preciso acordar amanhã antes das duas da tarde devido a filmagem que o meu amigo cineasta quer fazer. É, vou ter que encarar essa. Mas estou menos empulhado hoje. Amanhã provavelmente estarei mais ansioso. Ops, já é amanhã. 0h00. Preciso ligar para Maria, a babá que me criou, e desejar feliz aniversário. Tenho que ir botar gelo para fazer. Para ter para amanhã. Pelo menos seis caçambas. Vou lá. Já-já volto. 0h02.

0h14. Prontinho. Seis caçambas no congelador. Não é todo blogueiro que tem a honra de conhecer sua leitora número um. Não sei se ela lê isso por prazer ou porque se tornou uma obrigação, mas torço muito que não seja por esse segundo motivo. Não gosto de fazer nada por obrigação. Obrigação para mim significa fazer algo contra a minha vontade por motivo de força maior e evito ao máximo esse tipo de situação. Obviamente algumas obrigações se mostram inevitáveis, como foi o caso recente de acompanhar a minha mãe para as sessões de radioterapia. Por falar em mamãe, estou preocupado com ela, anda muito sem energia. Faz um pequeno afazer e se cansa, se sente esgotada. Não sei se é a idade, mas me questiono como vai ser lá na Alemanha, onde se faz tudo a pé (e de metrô). Ela tem se locomovido com dificuldade também, outro fato que não combina nada com a viagem. Preciso lhe falar nos 300 euros que eu pretendo levar para comprar coisas para mim, principalmente a tão falada caixa, que nem sei se vou encontrar. Pretendo comprar mais um vidro do perfume que uso e nesses dois itens acredito que já vão 200 euros. O resto é para o que mais me der na telha. Talvez uma camisa do Bayern de Munique oficial. Aí iriam os 300 euros em três compras. Hahahahaha. Claro que não incluo nessa quantia as passagens de metrô, as Cherry Cokes, a alimentação, ingressos para passeios, esse tipo de coisa. Só para comprar futilidades mesmo. Espero que minha mãe consinta. Mas de que outras futilidades poderia tratar aqui agora? Não sei. Vou pegar outro copo de Coca para pensar. 0h50. É bom pensar em ir dormir, isso sim.

1h03. Estou fuçando os grupos de colecionadores de bonecos como o meu alter ego, ainda me divirto com isso. Queria ter inspiração para mais um post, mas me falta conteúdo. Como falta para cá. Estou bem menos angustiado com a questão da socialização. Estou até animado para a Casa Astral amanhã. E não estou ansioso com a filmagem. E estou aliviado de ter posto tudo em pratos limpos com a minha leitora número um. Isso me tirou um peso enorme dos ombros. Fiquei feliz com a ligação do pessoal do CAPS. Esse cuidado faz toda a diferença. Espero que a crise antissocial aguda tenha passado. Pelo menos não sinto vestígios dela em mim nesse momento. O meu amigo da piscina não deu mais sinal de vida. Quarta que vem, se ele não der notícia até lá, mando nova mensagem. Mas estou achando até bom esse negócio não ter se resolvido ainda. Preferia que só se resolvesse depois que essa temporada de chuva passasse. Meu padrasto se levantou, não sei por que cargas d’água. Se eu pudesse, eu comprava o busto do Hulk que a Sideshow vai lançar. Está fenomenal. Penso em talvez escrever algo sobre ele quando for revelado de fato. A minha maior preocupação com os bonecos agora é que meu irmão vai mudar de casa e preciso atualizar os dados cadastrais na Sideshow e na Triforce assim que ele tiver novo endereço para que as estátuas encomendadas cheguem ao destino correto. Acho que a pessoa que vai comprar a casa deve manter o contato do meu irmão e, se porventura houver algum atropelo e a figura chegar ao destino antigo ele consiga contatar meu irmão. Queria muito o busto do Hulk. Mas me prometi que não compraria mais estátuas. Estou louco para abrir uma exceção para essa, mas não haveria lugar no quarto para exibi-la, eu acho. Não sei. Não sei como o quarto ficará com a reforma que mamãe pretende fazer um dia. Só sei que o quarto tem que ser todo pensado para abrigar todas as minhas estátuas e bonecas. Afinal, esta é a principal motivação da reforma, finalmente exibir a minha coleção. Que já é numerosa o suficiente. Mas ter o busto do Hulk aqui no local onde fica a impressora seria o must. Vamos ver o preço primeiro. O tamanho. Os detalhes sobre ela. E ver realmente se é tão incrível quanto me pareceu. Mas acho que vai ser uma fortuna e muito grande. Outra paixão platônica. Hahahahaha. Me preparar para ler “O Mundo de Sofia”. Espero que seja uma leitura leve, divertida e principalmente instrutiva. Acho que meu celular já carregou. 1h40. Carregou. Posso colocar o despertador para as 13h. Acho que é tempo o bastante para me preparar para receber o meu amigo cineasta. Lembrar que preciso falar com Maria amanhã. Aliás, hoje, pois já é 1h53 do dia 23. E nem sei se o aniversário dela foi ontem ou é hoje. Sou péssimo com datas, nomes e geografia.


1h59. Acho que foi uma crise passageira que me acometeu. Talvez advinda do nervosismo de encarar a minha leitora número um, não sei. Sei que agora estou bem mais tranquilo. Embora a minha vontade de ir para a Casa Astral não seja lá muito grande, mesmo assim irei encarar o mundão e a socialização. Algo me diz que encontrarei muitos rostos conhecidos por lá, o que é uma coisa boa. É preciso chegar cedo, pois acho que amanhã vai lotar. Espero que a chuva dê uma trégua, senão mela metade do programa. Se tiver caindo toró nem vou, pois vou e volto andando. Vou ver a previsão do tempo... diz que será chuvoso... que ozzy. Espero que não esteja chovendo quando eu for para lá. Senão é mais uma saída frustrada, a não ser que meu primo passe de Uber para me pegar. É uma possibilidade. Mesmo assim, o lugar ficará muito menos aprazível com a chuva. E quero chegar cedo para entrar. Estou com a cabeça no Hulk e preciso tirar isso do juízo. A estátua tem mais de 60 cm de altura. É gigante. Mas o que esperar de um life-size bust do Hulk? Queria muito, mas acho que realmente não rola. Deve custar mais de mil dólares. Nem parcelado dá para mim. Mas que ficaria massa no lugar da minha impressora, isso ficaria. Eu preciso fazer a contagem das estátuas grandes que tenho, vamos lá, ver se eu me lembro de todas: The Thing, The Thing Maquette, Man-Thing, Babydoll, Rei, Captain Marvel, Captain America, Wolverine custom, He-Man, Skeletor, Silver Surfer, Daredevil, Boba Fett Ralph McQuarrie, Killer Croc, Malavestros. Acho que essas. E tem o Goliath que é muito grande para eu poder trazer para o Brasil, então terei que revender. Se for lançado, pois há mais de dois anos espero pelo lançamento da figura. Bote dois anos nisso. E até agora nada, estava previsto para o primeiro quarto desse ano, isso já com atraso e agora passaram para o quarto quarto desse ano. Se não lançarem nesse período vou pedir o reembolso completo, inclusive incluindo o depósito inicial não-reembolsável. Era uma estátua que queria muito, mas está parecendo que nunca vai sair e que, só descobri depois, a caixa dela excede o tamanho aceito pelas companhias aéreas. Então vai ficar nos Estados Unidos mesmo e eu – e meu irmão – vamos ter que vendê-la. Se chegasse mesmo e se eu vendesse, poderia até dar uma chance para o Hulk. Esse Goliath foi uma que paguei com o meu trabalho, para você ver quanto tempo faz. E até agora nada. 2h49. Preciso dormir para estar inteiro para receber o meu amigo cineasta amanhã. Só que não estou com sono nenhum. Já escrevi quatro páginas de besteirol, não acredito. Meus olhos começam a arder. Eu sinto que estou esquecendo alguma estátua. Mas as outras de polystone que tenho são menores, podem caber em uma prateleira menor. Se bem que para exibir 15 estátuas vou precisar de duas prateleiras. Afora as dezenas de bonecos menores que tenho. E ainda tenho uma coleção de Coca-Colas. E um monte de DVDs e Games. Bom, isso é uma missão para a arquiteta. Fazer caber tudo isso dentro do meu quarto. A minha missão é trazer as figuras que estão nos EUA para cá. O que levará várias viagens. Preciso ir lá e ver o que eu quero mesmo e o resto colocar para vender. Tem algumas lá que colocarei para vender, sem dúvida, tem algumas aqui que colocaria para vender. Mas não muitas. Sei lá, acho que lá nos States tem mais que eu queira vender que aqui. Não das grandes, mas das pequenas. Ou menores. Tá bom de escrever. Vou revisar e publicar isso.