domingo, 26 de junho de 2016

DANDO UMA PASSADINHA

Depois de uma superdose de “Pitanga” de Mallu Magalhães – confesso que estou adorando o disco é uma “little joy”, leve e gostosinho como Bossa Nova – me voltei para “Blackstar” novamente e percebo que já começo a me acostumar com o disco, algumas músicas já me são familiares e palatáveis, o que é ótimo. É um disco conceitual e hermético e adoro quando consigo adentrar um bicho desses. Nada como a repetição. Na música, pelo menos. Para mim, pelo menos. Se tocar o suficiente, acabo gostando ou me familiarizando. Então para mim, tirando as músicas que o povão gosta (forró estilizado, brega estilizado, sertanejo estilizado, axé, funk) e coisas muito pesadas ou toscas, contra os quais admito nutrir certo preconceito, o resto, basta ouvir o suficiente. Aposto que até o que reprovo, se fosse obrigado a ouvir repetidamente, não digo que gostaria, mas me acostumaria e certamente decoraria as músicas, visto que são extremamente repetitivas. Mas prefiro não me submeter a este experimento. O faria apenas por amor, se o meu amor ouvisse em troca o que gosto. Amor democrático. Claro. Só um sofrendo, não. Na alegria e na tristeza para os dois.

Estava cuidando do meu outro blog, mas resolvi desencanar um pouco, até porque o movimento está fraco e qualquer comentário no Facebook fará um barulhinho e poderei ir lá checar o que é. E pensando bem, meu gosto musical é bastante restrito e não tenho muitas intenções de ampliá-lo. Embora me contradiga ouvindo “Pitanga” e “Blackstar”, mas esse estão englobados de alguma forma dentro do que gosto já. Não é o primeiro disco de Mallu que eu tenho (é o segundo porque ela só lançou dois, dã) e nem o primeiro de Bowie. De Bowie já tive ou tenho em alguma parte dessa casa “Earthling”, “Ziggy Stardust” e o que tem “As The World Falls Down” (como dá para sentir, comprei só por causa dessa música. Indo contra o meu comodismo musical que há pouco expunha, procurando o disco de Bowie que tem a balada para ver seu nome, achei um do REM que meu primo me deu há muito tempo e que só ouvi uma vez. Resolvi dar uma chance para ele. Não é algo realmente fora da minha seara – acho “Automatic For The People” fantástico, assim como o “Murmur” (o Out of Time, enjoei) – então não está sendo um grande esforço. Acho que esse, com três ouvidas, me familiarizo. Mais fácil que com o novo do New Order (por ser New Order, eu sou mais exigente).

Mas não vamos discutir meu gosto ou desgosto musical aqui. Não tô com saco para isso. Acho que hoje eu encaro Evangelion. Hoje estou menos “sem querer, querendo” que ontem. Estou bem mais disposto, embora tenha dormido tão pouco. Devo de alguma forma ter dormido melhor. E também ontem dormi demais, me recuperando da festa do marido da minha prima. Fico acabado, mesmo sem beber ou usar qualquer psicotrópico. Acho que é a idade. Ou a falta de farras mais constantes na minha vida.

Será que a amiga para quem passei o endereço do blog agora há pouco irá lê-lo? Se for, olá, seja bem-vinda ao meu universo particular repartido com a humanidade.

Fico até meio sem jeito, cheio de dedos porque ela é a pessoa que sabe mais Português que eu conheço. Ela e a namorada do meu primo que me deu o CD do REM. Ela tem um vocabulário mais extenso, a namorada do meu primo tem um domínio da norma incrível. Inveja boa das duas. Se tivesse ambos, os textos sairiam muito mais ricos e retos do que saem. Perde o leitor e ficará perdendo porque não vou estudar gramática nem ler Rui Barbosa para aumentar meu vocabulário e ter algum domínio sobre esse bicho complicado que é nossa língua. E continuarei escrevendo idéia com acento enquanto o Word não autocorrigir isto. Hifenização eu não sei mais usar, mas parece que é só apagar o hífen e juntar as palavras que o Word aceita, então está legal. Bem, legal não está. Está de acordo com a nova norma. Se bem que eu posso escolher, eu descobri, se o revisor ortográfico vai revisar usando a nova norma ou a antiga. Vou acabar mudando para a antiga, por mais que seja um saco botar trema nesse teclado. Mas não quero falar de Português ou seja, do que não sei aqui para não passar vergonha maior do que já passo.

21h17. Fui interrompido pelo Facebook. Tenho aprendido bastante sobre algo absolutamente inútil. É interessante, pois gosto do tema. Mas é o cúmulo da futilidade. Para ser sincero não consigo pensar em nada mais dispensável e ridículo. Juro! Deve ser por isso que gosto tanto! Hahahahahaha.

Acho que já deu. Não. Vou esperar até o disco do REM acabar, daí vou ver Evangelion. Já vi porque meu primo gostou do disco, tem várias notas dissoantes, que “estranhificam” a música, deixando-a mais hermética e menos acessível aos ouvidos. É um disco menos pop do REM. Por mais que REM sempre tenha melodia, pelo menos nos vocais. Aliás acho que REM se tornou meio redundante e não tem como mudar isso porque é o jeito de Michael Stipe cantar. Por mais que tudo em volta mude o jeito dele cantar permanece imutável, então muitas melodias vocais soam parecidas. Mas esse disco é o mais experimental que ouvi deles. O que não quer dizer muito, pois o último disco que comprei deles foi “Automatic For The People”. Minto comprei um “The Best Of”, mas também não ouvi direito porque meu som é não é dos melhores e se um CD for muito longo e chegar perto das bordas o som começa a tocar tudo truncado, pulando pedaços, com intervalos de silêncio e isto me desmotivou a ouvir o CD. Acho que vou acabar ouvindo-o no computador quando tiver o drive externo.

Comparado com os CD’s de Mallu e Bowie, que são curtos, este do REM é superlongo. Não sei nem se vou ter saco para as três ouvidas.


21h39. Dividido entre o Facebook e aqui. Ah, estou precisando daqueles óculos de velhos para ler letras miúdas. Minha mãe me emprestou o dela e consegui ler (ainda com dificuldade) as instruções do líquido de limpar tela de computador. Fiquei noiadasso com isso. Estou realmente virando um ancião. Ela até me deu os óculos porque tem vários, mas disse que preciso fazer um de acordo com o meu grau e tal e etc. Eles estão ali olhando para mim, parecem até estar rindo da minha cara, óculos safados. Mas admito que foi um alívio poder ler as letras miúdas, pensei que nunca mais seria capaz disso. Como disse não foi 100% mas foi 90%. Então, tá ótimo. Se a oculista conseguir me produzir um 100%, usarei sem vergonha nenhuma. Mas só preciso para letras beem miúdas. As do líquido de limpar telas eram fonte tamanho 5 ou 4, com meus óculos não enxerguei nada. Mas o CD acabou, inclusive com uma música que tem na coletânea (acho que havia outras da coletânea além dela) e por sinal a música era a mais pop e REM do disco. Então vou indo nessa, encarar um Evangelion. Qualquer coisa, escrevo um adendo aqui. Quero postar logo para ver se minha amiga inventa de clicar no blog e lê.

sábado, 25 de junho de 2016

SEM QUERER, QUERENDO



Hoje eu estava a fim de ir no forró da Casa Astral, mas acabei não indo. Começou a chover e o pouco de animação que eu tinha escorreu com as águas. O problema da chuva nem é lá no forró realmente, mas na caminhada até lá. Além disso, as ruas estão meio ermas devido ao São João e isso pode torna-las mais perigosas. Eu sei, eu sei, isso tudo são desculpas de amarelo. É que eu estou com a síndrome do “sem querer, querendo” (ou seria “querendo sem querer?”). É como se eu tivesse o desejo e me faltasse a motivação para certas coisas. O mesmo se deu com o jogo Fallout. 3. Eu primeiro levei dois meses para criar coragem e colocar o bicho para jogar. Assim que saí da fase tutorial e enfrentei minha primeira morte, desliguei o jogo e não sinto o mínimo estímulo de encará-lo novamente. Da mesma forma estou eu com a série Evangelion. Enfim consegui a série completa para assistir, série esta das bonecas que mais coleciono e, pá, empaquei, não estou com disposição nenhuma de ver o quarto disco. E olha que o terceiro acabou com uma grande revelação/reviravolta na estória. E o pior, a síndrome do “’sem querer, querendo” não me perturba tanto, pois o que realmente quero, que é ficar grudado nesse computador, ouvindo música e bebendo coca zero, eu faço com o maior prazer até altas horas da noite. Estarei eu me alienando da vida e perdendo o que me resta de juventude por causa de uma crise de preguiça aguda ou será que ir para o forró sozinho, ainda mais na chuva, já não me parece mais um programa tão atraente? Pior que, ao falar no forró, minha vontade de estar lá aumenta, bicho contraditório que sou, e minha mãe foi ao shopping, logo não tenho como arranjar dinheiro para ir. Selei meu destino e agora não tem volta. Mas, como indiquei, não me considero frustrado por isso. Uma menina que eu acho interessante confirmou que iria, mas não sei se ela foi, nem ela me interessa tanto, nós somos incompatíveis, não duraríamos muito juntos. E não queria que ela me visse gordo e barbudo como estou agora. Ela me conheceu 15 quilos mais magro e com a barba aparada, seria uma decepção ver-me assim, creio eu. Talvez esta imagem que ostento agora seja uma das coisas que me faça não querer ir para o forró. Ouvindo “Pitanga” de Mallu Magalhães. Fato é que preciso perder vinte quilos e, assim, ganhar 200 quilos de autoestima. Mas quero fazê-lo do meu jeito, através da “Dieta Somaliana Leve”. Não quero fazê-lo de nenhuma outra forma, pois esta é a forma que consigo, que consegui. E é a forma que sofri menos. Aliás, tirando superar as fomes noturnas, que são de lascar devido aos remédios, e para elas a única solução é trancar a cozinha, o resto eu tiro de letra. Vou voltar a pedir à minha mãe para trancar a cozinha. Hoje. Preciso tomar uma atitude em relação a esse peso que me pesa a consciência e gera um desamor grande por mim mesmo. Emagrecer. Essa é uma meta que eu tenho que querer, querendo. E eu quero, querendo. Então, hoje, nada de ataque à cozinha, pois ela estará trancada. Com o tempo me habituo a não ter o que comer à noite. Mentira, da outra vez não me acostumei, mas é um preço pequeno a se pagar. Estou escrevendo mas com extrema dificuldade em me concentrar, com dois ou três pensamentos na cabeça e prestando atenção às letras do disco de Mallu. É um disco novo para mim, que pretendo desbravar. Não é um disco difícil o que facilita bastante, já começo a gostar de mais músicas e algumas já começam a grudar no meu ouvido. “Blackstar” é bem mais indigesto e não sei se tenho a motivação para escutá-lo trinta vezes até desvendá-lo. “Blackstar” é sem querer, querendo. Mallu é querendo, é leve e gostoso. Não quero coisas difíceis e pesadas na minha vida. Não quero estresse. Quero leveza e seguir meu rumo do jeito que mais me apraz. Se é, por ora, grudado nesse computador, que seja, então. Não há crime ou pecado nisso. Se não quero, por ora, Fallout.3 ou Evangelion, que seja. É porque eu não quero que seja agora. Pode ser que mais tarde eu queira um ou outro. Sei lá das minhas vontades. Sei que a menina que me interessa acabou de responder no Facebook que não foi pro forró. Menos mal. Aí eu acabei dizendo que não me interessava mais por ela porque acho que a gente não combina por eu ser um completo alienado político. Ela é superpolitizada. É uma parte muito importante da vida dela. De toda sorte, disse que guardaria os chocolates suíços que trouxe pensando em dar para ela por mais um mês, que se ela os quisesse, que marcasse um encontro na Praça até o dia 25/7, senão eu mesmo comeria os chocolates. É claro que ela não vai marcar encontro algum e é bom que aí dou os chocolates para as minhas amigas psicólogas. Que também estão fuleirando muito, por sinal. Vou colocar o disco de Mallu para rolar uma vez mais.

Ontem recebi o conselho de um amigo (muito) bêbado para que eu falasse e pedisse perdão a Clementine agora que desencanei dela. Não se pode levar tais conselhos a sério e eu nunca falaria com a fala disto com ela, mas repartir com ela a boa nova por um e-mail talvez seja uma boa idéia. Não sei. Preciso meditar sobre o assunto. Ele, o amigo bêbado, falou com tamanha convicção da imperiosidade desse comunicado que mexeu comigo. Não sei. Mas sinto um quase querer, querendo escrever o e-mail. Nada muito longo ou meloso, um comunicado simples, simpático e direto. É definitivamente algo a se pensar. São pingos nos “is” que devem ficar bem marcados, já que isso já foi fonte ininterrupta de transtornos para nós dois por tanto tempo. Vou maturar a idéia e tentar botá-la no papel para ver como fica, se fica válido mesmo.

No mais, há coisas dentro de mim que não cabem aqui. Fazem parte dos 3% que não revelo neste espaço. Até porque são coisas que ao mesmo dependem e independem da minha pessoa. E aqui só falo daquilo que é definitivamente meu. E tento ao máximo não envolver terceiros aqui (por mais que às vezes seja inevitável, posto que minha vida se intersecciona com outras), mas estes 3% não estão me assombrando tanto assim, então nem merecem muito espaço no meu armário. Por sinal, é um lugar que preciso revisitar. E talvez seja o que vá fazer agora. Isso ou a carta para Clementine, não sei. Talvez faça os dois. Ouvirei meus quereres quando abrir a página em branco com a barrinha piscando. Ela vai me puxar para o que está para acontecer. Inté.



domingo, 19 de junho de 2016

DENTRE UM MONTE DE BESTEIRAS, MAIS UMA: O SENTIDO DA VIDA

Faz tempo que não venho aqui, dedicado que estou ao meu outro blog, em parco e porco Inglês. É meio chato digitar em Português com o meu teclado (com disposição de teclas americana) e isso meio que me faz rejeitar um pouco este espaço na língua pátria. Preciso do adesivo com as teclas no formato ABNT para grudar aqui e saber onde cada acento e outras pontuações estão. Sempre pensar na hora de colocar um tio ou um “ç” (ou aspas) é incômodo, mas decidi que só com a prática, eu vou dominar este obstáculo. Pois pronto, hei-me treinando, como sempre sem assunto ou tema prévios.



Fui a um chá de fraldas de uma amiga minha com meu primo-irmão e ele levantou um assunto interessante. Uma teoria de um cara aí de que todo ser humano precisa de um sentido (direcionamento) para se sentir (mais) completo na vida. Até que concordo com isso. Vejo que é esta falta de direcionamento, de objetivos, o que leva muitos dos usuários do CAPS a permanecerem adoecidos (a outra parcela grande é por causa do trabalho e o restante é por causa de álcool e outras drogas). A depressão da maioria deles vem desse vazio, de não saber o que fazer com as próprias vidas e de estarem tão acostumados com este incômodo que temem a ação, a mudança, achando que ela vai ser mais dolorosa que o doloroso estado em que estão. Foram de tal forma tomados pela inércia que qualquer forma de direcionamento parece ameaçadora e negativa. Como convencê-los do contrário, eu não sei. Eu estou aposentado, mas preencho minha rotina de pequenos afazeres que me dão prazer, não me sinto paralisado ou desanimado, estou sempre a fazer algo. Tudo coisas fúteis, mas que preenchem meu tempo e me fazem, em alguma instância, me sentir produzindo, ou seja, com algum(ns) sentido(s) direcionamento(s) na vida. Acredito que se não tivesse minhas coisinhas para fazer – coisinhas que me dão prazer, é bom ressaltar – talvez estivesse tão adoecido quanto eles, pois os medicamentos ajudam até certo ponto. Em uma palavra, acredito na teoria de que uma vida desprovida de sentido é uma vida miserável e adoecida. Espero que sempre ache coisinhas para fazer para que não me sinta sem direcionamento e adoeça. Esse blog é uma das coisinhas fundamentais, dentre as coisinhas que faço, para você ter idéia de como são fúteis as tais coisinhas. Uma coisinha que preciso voltar a fazer é jogar videogame. Não sei por que mas não tenho sentido vontade nenhuma ultimamente. Mas planejo encarar Fallout 3, que dizem ser um dos melhores jogos do PS3. Mas não agora, se tenho outras coisinhas que me dão mais satisfação ao fazer. 22h19. Vulnicura de Björk acabou, não sei se ponho ele de novo ou se volto para Maria Rita. Acho que vou dar mais uma chance a Björk. Depois, acho que vou ligar meu iPod no som para ouvir coisas mais variadas (porém deveras conhecidas, pois acabo sempre colocando as mesmas músicas no iPod, mudando duas ou três, cinco, se muito).

Pronto Björk volta a ser a trilha da minha noite. Gosto deste álbum, gosto de álbuns em que o artista se desnuda e se revela, como é o caso deste, totalmente dedicado à separação da cantora. Comprei, pelo mesmo motivo, Blackstar de David Bowie, mas confesso que só ouvi umas três ou quatro vezes e ainda não consegui digeri-lo. Seria uma boa pedida depois de Björk, em vez do iPod. O iPod pode vir depois de Blackstar. É um disco curto, o que desgostei dele foram as letras, por demais herméticas para mim e pouco reveladoras de seu sentimento frente à morte iminente. Mas o tom do disco é sombrio e pesado, o que o torna uma experiência difícil, pelo menos à primeira vista. Pronto, é isso: Blackstar depois de Vulnicura. Depois iPod.

Será que quando tiver minha morte declarada, caso ela seja deste tipo de morte eu vou trazer diferentes insights? Certamente, eu acho. A chegada da morte deve ser uma experiência transformadora sobre valores e visões de mundo. Ao que realmente eu darei importância quando a indesejada das gentes vier bater na minha porta? Que arrependimentos virão? Certamente o de não ter aprendido a dançar forró será um deles. O fato de ter sido tão envergonhado perante o sexo feminino será outro. Eles já me incomodam agora que acho que tenho muito tempo para resolvê-los, imagino às portas da morte, então. Seria bastante satisfatório se resolvesse esses dois assuntos o quanto antes, pois sabe-se lá o dia de amanhã. Principalmente para alguém que maltrata tanto a máquina-corpo como eu.

Mudando de assunto, vocês sabiam que não revelo tudo neste blog? Revelo 90%, mas há esses 10% que não consigo, nem acho cabível tratar aqui. Principalmente porque tais assuntos poderiam me prejudicar de diversas maneiras, creio eu. E não falo em recaídas. Recaídas são assuntos que trato abertamente aqui, mas, graças, estou limpo desde que saí do internamento. Mas, voltando ao assunto, ninguém é 100% transparente, não é? Todos têm seus esqueletos dentro do armário. Eu tenho os meus e com eles lido apenas com meus terapeutas e olhe lá. Com eles, sou 97,8 % transparente, então vocês, comparativamente, têm acesso a uma grande parcela de mim. Mas admito, até eu meço palavras, por questões de autopreservação. E para que algumas das coisinhas que me dão sentido frutifiquem. 23h04. Fui à cozinha fumar e procurar por comida e acabei comendo um pastel de natas que eu nem sei de quem era que encontrei na geladeira. Ainda bem que havia três, logo penso que, em sendo três aqui em casa, um era para mim. Tomara. Senão amanhã vou ouvir. Já vou ouvir mesmo sendo um meu, eu acho. Mas só encontrei o resto do almoço depois. E já aviso que irei devorá-lo dentro em pouco. Talvez quando o disco de Björk acabar. Vamos ver. Ainda bem que, devido à maravilha que é a escrita, vocês não precisarão esperar eu comer para ler o que escreverei a seguir, se ainda estiver escrevendo isso até lá. Estou finalmente assistindo o anime Evangelion, pois comprava as bonecas do Evagelion, mas sem nunca ter assistido episódio sequer. Confesso que minhas expectativas eram grandes e confesso que não cheguei nem na metade da série, mas confesso que, até agora está aquém das minhas expectativas. Embora haja vários pontos que espero que sejam explicados e as personagens das quais eu compro bonecas Asuka Langley e Rei Ayanami têm as personalidades mais ou menos como as imaginava, só que elevadas a enésima potência. Acreditava que Rei era mais reservada e séria e Asuka mais expansiva e emocional. O que de fato é, mas Rei é tão apática que parece quase um robô e Asuka tão expansiva que beira o histerismo, quando não chega de fato a ele. Curioso como os artistas que fizeram as bonecas conseguiram transmitir as personalidades das duas para os modelos, me dando uma vaga, porém certa, percepção de como elas são no anime. A fome pode esperar.23h22. O CD de Björk acabou. Vamos para Blackstar.

O disco é extremamente bem produzido, misturando eletrônico com elementos jazzísticos e definitivamente não é um disco feliz, não é melodicamente acessível, eu diria até que é meio amelódico tirando um trecho ou outro mais leve. Mas aí estou analisando apenas a primeira música. E não vou fazê-lo com o disco inteiro porque não me interessa. Sinto uma pitada de Radiohead no disco, não sei por quê. Preciso me acostumar com o teclado. Tudo na disposição de teclas dele é pior. As setas direcionais, os botões “fn”, “delete”, “home” e “end” dentre outros, são minúsculos. Definitivamente não foi um teclado pensado para pessoas que gostam de escrever. Os tamanho e as localizações das teclas “home”, “delete” e “end” são um crime. Até me acostumar com elas vai levar tempo. Com elas e com as setas direcionais. Com a localização dos acentos, pontuações e o que mais comumente se usa, eu já estou me acostumando, ainda bem. Já me sinto mais confortável com o teclado e digitando quase tão rápido quanto antes. Realmente o disco de Bowie é difícil de escutar e acredito que ele fez assim intencionalmente. Não há hits ou baladas stricto sensu. É um conjunto de músicas estranhas com arranjo criativo e estranho. Eu gosto. Mais do conceito que das canções, mas acredito que as canções são uma questão de costume. Algumas são quase dissertadas. Há duas exclamações no botão da HP na barra de tarefas que estão me incomodando. Vou ver que diabos é isso. 23h43. Acho que acabei de fazer merda no meu computador, mas dessas que dá para desfazer. Coloquei 20% do HD como parte utilizável para backup. É um pedaço grande do HD, mas achei que era o necessário. Qualquer coisa diminuo de novo.

00h39. Facebook me tirou do foco. Vou comer.

00h53. Blackstar acabou faz tempo, mesmo antes de eu ir comer. Vamos para o iPod.  

00h55. Pronto. Legião, Leila. Pensando se assisto Evangelion ou fico aqui com você, quem quer que você seja. Ou vou dormir. Depois de comer, o sono sempre bate em mim. Eu fiz o que o “HP Assistant” pediu e mesmo assim as exclamações não desapareceram. Descobri que tinha que apagar a mensagem para elas desaparecerem. Finalmente. Pô, duas exclamações o tempo todo na sua cara fica parecendo que o computador está com um superproblema. Negócio chato. Mas, enfim, resolvido. Esse negócio da exclamação, por exemplo, já é uma coisinha para eu ocupar meu tempo, usar um pouco a cabeça. É simples e besta, eu sei, mas enquanto estava focado nisso, esse era o meu sentido. Eu tinha um propósito. E a sensação de realização aparece. É um sentimento gostoso de sentir. Sentirei o mesmo quando acabar este post e publicá-lo. E quando acabar o terceiro DVD de Evangelion. São coisas banais, mas que na minha existência banal e fútil, dão um sentido, uma direção e um senso de realização. Por falar nisso, Fallout 3, pelo que me disseram vai me dar uma grande sensação de realização, pois parece que o jogo é enorme. Gostaria de me prometer que vou começar a jogá-lo amanhã, mas não tenho tanta certeza disso. Até porque pode ter Vila Edna amanhã. Que é outro dos prazeres que tenho na vida. Adoro o pessoal de lá. Adoro, não, amo. Acho que vou ficar por aqui para ver o resto do DVD.

Eu sei que é uma data comercial, mas quem tem pai, deseje feliz Dia dos Pais e dê um abraço bem apertado nele. ;)

sábado, 11 de junho de 2016

BLOGANDO DO CELULAR ALGUM NÚMERO AÍ

Estou, por assim dizer, na missa de sétimo dia do pai de uma grande amiga minha. Por assim dizer, pois estou do lado de fora, sentado próximo à entrada da igreja. Não gosto de liturgias, principalmente as voltadas à morte e ao luto. Olhando a tela do celular de longe, percebo que preciso trocar de óculos, a tela me parece curva. 

Agora percebi, há uma estátua de Dom Hélder atrás de mim. Ele parece confiante e sorridente. É uma imagem que transmite uma energia boa, diferente das que comumente vejo em igrejas, que parecem todas sofrer. Acredito que a imagem de Hélder tenha sido feita à sua semelhança também na estatura, pois é de um homem mais baixo que eu. Me sinto meio pecaminoso ou desrespeitoso para com a minha amiga por estar aqui fora digitando ao invés de lá dentro ouvindo a prosódia do padre. Mas não me sinto nenhum pouco inclinado a me submeter àquilo. Devem ser palavras edificantes e saudosas ou deveriam ser, ao menos. Obviamente tudo dentro do contexto da ótica cristã, mas não em demasia, eu creio. Um pai brinca com um pequenino menino aqui fora, talvez tão inadequado quanto eu lá dentro. Por motivos totalmente outros, claro. Estou com fome, mas com fome ficarei pois não tenho dinheiro pra tanto. Só para as Coca-Colas. Uma seria extremamente bem-vinda agora, por falar nisso. Estou sem saco e me sentindo desconfortável com a minha postura, ou seja, com a minha escrita.

20:39. Fumei um igualmente pecaminoso cigarro e volto às palavras para me esconder das pessoas conhecidas e desconhecidas que ficaram fora da igreja. Não quero interação com elas. Quero interação com minhas amigas. A vontade é a de pular o tempo e o espaço e me encontrar numa mesa de bar tranquilo com elas. Uma miserável assiste e canta a música "é perdoando que se é perdoado..." mas não ousa botar os pés dentro da igreja, mesmo sendo, até onde entendo, a Igreja a casa dela mais do que a de qualquer outro aqui. Olho para um homem obeso na faixa dos 40 anos. Terei eu a mesma aparência decrépita dele? Será que pareço tão adulto, tão "senhorzinhol" quanto ele? Como queria que não. Meu espírito não cabe nessa aparência. Se já a tenho, então nenhuma garota que me interesse jamais se interessará por mim. E talvez seja a verdade, que só eu relute em enxergar. Mas me sinto tão mais jovial que aquela aparência. Não, não estou tão assenhorado assim. Parece que a missa acabou, então acabo aqui também. Por ora. 20:56.

-x-x-x-

0h32. Já estou em casa, no meu computador (antigo), porque infelizmente não houve a saída com minhas duas amadas amigas e eu. Era de se prever. Pelo menos marquei presença na missa, mesmo que do lado de fora e só tenha dado praticamente um abraço na minha amiga agora órfã de pai como eu e minha outra amiga e tendo essa toda a nossa interação. Acho que ambos não estávamos dispostos a mais do que isso. Acontece, principalmente numa hora dessas em que já se falou e foi acalentada por um tanta gente. Minha carona para casa esticou para um forró no Poço da Panela, mas o meu forró no Poço da Panela é amanhã. E novamente não consegui colocar meu nome na “lista amiga” e ganhar o desconto na entrada. De toda sorte, meu primo vai e isso já é garantia de uma noite divertida. Vou parar de escrever por aqui porque, sinceramente, estou cansado e cansado de escrever, principalmente, por hoje. Chega. Boa noite.


quinta-feira, 2 de junho de 2016

VIAGEM REGRESSO

Estamos a bordo do primeiro avião da nossa jornada. Minhas unhas, que não cortei desde que deixei Recife, fazem estranha diferença no ato de digitar no celular, além de aspecto de uma pessoa pouco asseada. Mamãe pediu para lembrá-la de pedir a computação das milhas no check-in do nosso vôo. Se chegarmos a tempo, pois teremos menos de três horas para nos deslocamos de um aeroporto a outro, em pleno rush nova-iorquino. Nos cercamos para isso da melhor forma que encontramos. Aliás, que minha irmã encontrou. Alugamos uma SUV com chofer que nos receberá na saída do vôo com plaqueta com o nome da minha mãe e nos ajudará a colocar a bagagem na SUV. Espere; estamos decolando! O vento do ar condicionado parece seguir a potência do motor. É estranho, fica  variando, parece uma ventania em alguns momentos. Vamos ver o que acontece quando estivermos voando normalmente.

Aparentemente há um congestionamento de aeronaves decolando e pousando. E a nossa entrou em uma fila de espera. Atraso este que torna nossa estadia em Nova Iorque ainda mais emocionante., 17:13. Decolamos. Novamente me intriga a ilusão de que as ondulações do mar estão paradas. Deve ser porque vejo de tão longe que o deslocamento parece insignificante. Também me espanta novamente a impressão que tenho de que os Estados Unidos é muito mais habitado, muito mais ocupado territorialmente que europeus. Talvez isso se dê porque estejamos viajando pela parte mais plana do país e perto do litoral,enquanto que na Europa passamos até pelos Alpes.
Mas a sensação de aproveitamento da área aqui é bem mais intensa que na Europa e,  que dirá, no Brasil. Não passo sequer um minuto de vôo sem ver intervenção humana na geografia. E acredito que será assim até Nova Iorque, como seria assim também, eu suponho, se descêssemos até a Flórida. Não suponho que assim seja nas regiões de relevo menos favorecido ou clima mais desfavorável.

17:56. Estamos em Nova Iorque. E não, não deu pra ver a estátua. Infelizmente...

18:59. Agora está para começar a parte mais interessante de nossa aventura turística. Nosso passeio de SUV pela Big Apple, rumo ao aeroporto JFK. Só não vai ser pior que a alfândega do Brasil.

Yellow cab? Check. X-Men ad? Check. Yeah, we're on NY.


18:49. Estou  numa black SUV no meio da Rush hour, com um motorista marroquino. Só falta o cara abrir uma sacola cheia de armas! Hahahaha. Mas estamos falando sobre política brasileira instead.

21:02. Depois de um grande desencontro, que fez mamãe "desistir de viajar comigo enquanto eu fumar", estamos dentro do avião. Então, após um exercício da arte do desespero, teremos agora um longo exercício sobre a arte da espera, pois, para mim, viajar longe da janela significa esperar - sentado ao menos - a chegada a algum lugar.

Lugar este a milhares de quilômetros e a quase dez horas de... Espera...

A vinda para mim foi excruciante. Dez horas sentado, entre duas pessoas que dormiam, com o meu monitor quebrado e apenas essas palavras para me acalentar, mesmo assim a custa de microvotoveladas no passageiro do lado direito a cada tecla digitada. Não havia como evitar. Não conseguiria esperar sem digitar ou dormir, então, como não consegui o segundo, liguei o foda-se e fiquei escrevendo a madrugada inteira.

Mas tudo isso já é sabido do primeiro post sobre a viagem. Esperem. Tenho que desfrutar da descolagem, pois depois, pouco muda. A não ser o gradativo envergamento da paciência. Mas acredito que hoje, desprovido da excitação da novidade e ao acúmulo de noites não dormidas, perdido em frente a um computador, sucumbirei a Morfeu mais cedo.

21:47 e ainda não decolamos, well, maybe this is NY. Deve ser rush hour na pista de decolagem também. Saco.  Cada minuto a mais, mais longa torna-se a espera.

22:56. Foi só eu comentar, que o danado começou a fazer as manobras de decolagem. Agora tomamos os ares e somos grão de céu. E agora, grão de céu, prisioneiro da cabine do avião, única coisa que me coloca e me impede de cair neste abismo enorme entre eu e o chão. E, nesta situação bastante peculiar, só me resta esperar até que piloto e máquina decidam reduzir este abismo de novo a zero. E qual a melhor maneira de esperar? A alienação total do sono, eu diria, e digo e é o que vou tentar fazer. Inté. 23:13 (horário do Brasil de volta).

Mas, como sou desobediente de mim, insisto e cá estou eu ainda com as palavras; minhas doces e preciosas palavras. Amigas nas horas de espera das alturas, nas partes leves como nuvens e duras como o chão.

23:26. Opa, vão servir alguma coisa. Epa, seviram água. Que ozzy. Tô com fome e sede de Coca Cola. A espera é inesperada e perniciosa, pode destruir até as mais reles expectativas, como...  Comida de avião. :P

23:37. As luzes continuam acesas e assim também permanece a esperança de um lanchinho.

21:42. Lanchinho até agora, necas. Mas descobri que o topo das poltronas do avião, a parte onde as cabeças se apóiam são extremamente configuráveis, dispensando inclusive aquelas coleirinhas de almofada que a galera compra para dormir. 23:49. Parece que enfim teremos lanche! Eba! O lanche é um dos maiores quebradores do marasmo da espera. Os outros são filmes e escrever. O sono é o Santo Graal.

0:35. O lanchinho foi legal. Salada de camarão (uma coisa estranha dentro de mim me fez escolher isto entre frango e pasta, não me pergunte que eu não sei o que foi), frutas (aí já é demais, passei pra mamãe), biscoito salgado para comer com um queijo meio cheddar, meio polenguinho, um mini ciabatta para comer com manteiga ou assim fiz minha combinação de queijo, manteiga, pão e biscoitos. E pra fechar com chave de ouro, um brownie genuinamente americano. Eu achei show. Para a expectativa que estava, veio mais que a calhar. No som do avião, coloquei Dire Straits para tocar. Queria mesmo ouvir "Why Worry" e não é que a danada tocou duas vezes, é só tocaram três músicas?! Será que vai dar tudo certo na alfândega? Será que a sorte chega até aí? Será que meu Silver Surfer vai chegar inteiro com essa invenção de mamãe de tirar o bicho da caixa e enrolar em roupas? Será que vão abrir a caixa e roubar o que tem dentro? Putz, pense que aí eu ficaria arrasado. Nem pensar nisso para não atrair. Aliás, "why worry", o que tiver de ser será. E não há como mudar o que fora do nosso controle está. Fiz assim só pra rimar e ficou uma rima de amargar. Mas com sinceridade pra vender e dar. Se roubarem meus bonecos mais preciosos e o outro ainda vier quebrado, que poderei eu fazer, além de me sentir profundamente frustrado? Talvez tentar não me frustrar tanto assim. É o melhor que posso fazer se o pior dos piores acontecer. E ainda tem a alfândega engolir as notas do bazar. Tem tanta coisa para dar errado que nem sei se valeu o escopo da empreitada. Se fosse voltar para um país civilizado, primeiramente não poderia fazer a mandinga das notas, mas a caixa teria altíssima probabilidade de chegar intacta. Já no Brasil, com esse clima de "se todos roubam..." fico bem mais cabreiro.

1:20. É assim, eu voltando parece que os problemas  começam a ficar maiores. Tudo paranóia. Novamente, o que será, será; why worry now?

Às vezes dá uma turbulenciazinha no avião aí lembro que não tem chão abaixo das ferragens sob meus pés. Com sorte, meus bonecos ainda estão lá. Embaixo dos meus pés. Intactos, apesar do frio intenso. E em cima da minha cabeça, também intacto, o Silver Surfer. Só estou escrevendo bobagens, vou tentar dormir. Ou ver um filme. Mas assistir o filme seria só para agradar mamãe. Não quero assistir filme agora. Não há filme que me interesse e eu tenho péssimas experiências com vídeos em aviões. Por sinal quem inventou o nome avião para esta máquina que me carrega a altíssima velocidade a uma altura absurda foi extremamente simplório e criativo. Não consigo conceber nome mais adequado, bem-humorado e fácil de concatenar com a coisa em si. Obviamente, derivado de ave, um avião. Genial. Perfeito. =D

Como eu disse que sou do contra de mim mesmo, vou ver se assisto um filme, chama-se 10 Cloverfield Lane. Ou vou dormir. Minha mãe me deu os remédios agora. Sei lá o que faça. Acho que vou tentar o Santo Graal. Cloverfield fica para quando eu acordar.

3:02. Não deu nem para o filme - sem som - nem dormir. Mamãe acaba de passar mal e vomitar, então, tenho que ficar resguardando ela.

7:24. Em algum momento no meio dessa, para mim, interminável, porção de espera eu dormi e dormi profundamente, como se o tempo em que eu passei desacordado não tivesse existido.

O mais curioso desse tempo é que não tossi uma só vez (que me recorde), porém, ao acordar fui acometido por inexplicável crise de tosse, que durou do momento em que fui acordado até alguns segundos atrás. Estamos descendo e rápido  sinto os sinais da compressão forte nos ouvidos. No monitor, anexado à poltrona em frente à minha, 13 minutos nos separam da alfândega. A paranóia bateu com força agora. O vídeo que passou da alfândega me deixou noiadão. Bom, seja o que Deus quiser. 3 minutos para pouso. Não há muito o que fazer agora.

Aparentemente, chegamos cerca de meia-hora antes do horário previsto e tem um avião ainda em nosso "gate". Até que ele saia, para que possamos nos acoplar à estrutura física do aeroporto é uma crescente hitchcockiana de tensão frente a um inevitável noves fora. Vou ouvir música que é o melhor que faço. 8:05.

A modorrenta e caótica burocracia dos embarques brasileiros vai me roubar a oportunidade de fumar. Já estou vendo... 9:37...

-x-x-x-

22h42. Já estou em casa há bastante tempo, com todas as malas, sem problema algum com alfândega. Ou seja, estou mega feliz. Como é bom usar o teclado já conhecido do meu agora antigo computador. Não sinto a mínima vontade de ligar o novo, não sei por quê. Acho que é porque não estou acostumado com as teclas, não tem nenhum programa, não me é ainda extensão de mim como este, que me acompanha a bons cinco anos. Cinco anos desde de que meu pai cessou de viver. Mas falando de coisas boas. O Silver Surfer chegou inteiro e criei coragem e montei o Demolidor da Sideshow que eu trouxe. Fazia mais de ano que queria ver essa peça montada. Ver um Sideshow meu ao vivo, poder tocá-lo e a sensação é fantástica. O único problema é que não sei colocar na caixa de novo aí fiz um vira e mexe aqui no quarto para cabê-lo enquanto não tenho espaço apropriado para exibi-lo. Está ao lado do meu meu PS3 vermelho e da minha coleção da coca-cola, então eu passei a chamar esse canto do meu quarto de red corner. Não consigo parar de olhar e me abestalhar com a perfeição da figura. Valeu este um ano de espera. Agora vou postar isto aqui e ir assistir finalmente ao anime Evangelion, do qual comprei a edição completa com todos os espisódios em DVD. Parece que não lançaram, desde 2005 a versão em Blu-Ray. Não importa, agora vou descobrir se minha fixação por bonecas do Evangelion - Rei e Asuka - realmente tem fundamento. Espero por esse momento de assistir o desenho há quase uma década. E se o anime triscar só de leve na imensa expectativa que tenho em relação a ele, já me darei mais do que satisfeito. Não faço a mínima idéia da estória, não faço a mínima idéia de nada, a não ser que Rei e Asuka estão no desenho. Espero, pelo menos que elas sejam protagonistas. A edição que comprei está bastante conservada, parece nova até, para algo de 11 anos atrás. Espero que não tenha nenhum DVD arranhado. Aí iria ser o ó do borogodó. Bom, vou lá tirar a prova. 22h55.

Ah, publico amanhã, ou depois de ver um pouco de Evangelion. As fotos que mando do meu celular para o meu e-mail demoram uma cara para chegar. Arre!

Foi só eu resmungar que as fotos chegaram. Assim vou virar resmungão. ;)


Não parece, mas este boneco é grande. E maravilhoso! =D

Randy Bowen at his best. 

O grande mistério será revelado em instantes.