quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Devaneios



Sem motivo para escrever só a vontade e a falta de outra atividade que desperte meu desejo. Sobre o que posso escrever? Sobre a vida, este grande mistério metafísico? É incrível que exista e que a própria vida possa pensar sobre si mesma. Pensar, quer coisa mais abstrata e mais real que esta? É real que penso e, como disse o filósofo, isso é prova suficiente de que existo. Se o que percebo é real ou ilusório isto é muito mais do campo da semântica do que da filosofia, pois para mim é real o bastante. Aliás, filosofia e semântica muitas vezes se confundem e disso diversas polêmicas são erigidas dado que tudo o que os filósofos têm para filosofar são as palavras, a linguagem. Muitas vezes a picuinha é por causa de palavras postas de forma sutilmente diferente. Mas nada tenho a reclamar da filosofia, eu mesmo costumo pensar bastante sobre o que me cerca e sobre o sentido – se é que existe sentido – disso tudo que me cerca e do que eu sou. Não que eu tenha chegado a grandes conclusões...

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16h29. Falei com minha amada tia no Skype. Está no hospital de novo. Já virou rotina devido à maldita Síndrome de Behçet. Ela – ao contrário de mim – é uma gurerreira, não desiste nunca e suporta os terríveis sintomas desse mal com uma leveza e tranquilidade inacreditáveis. Não perde o bom humor apesar de todos os pesares (que na condição dela são pesadíssimos).

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18h06. Alguma coisa aconteceu que não me lembro e acabei indo tomar café e fumar cigarros com Nice, empregada aqui do lado. Antes de continuar a escrever aqui vou postar o PROFECIAS II.

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18h43. Pronto, postado e divulgado no Face no horário de pico, o que percebi que influi muito no número de acessos ao blog.

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19h22. Falando com gente no Facebook. Acho que vou me desconectar dele por um tempo para escrever aqui.

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20h06. Escrevi uma parada para o meu outro primo-irmão. Agora me sinto livre para voltar a falar sobre sabe-se lá o quê. Ouvindo Don’t Watch Me Dancing, do Little Joy. É uma delícia. Tô a fim de queimar uma coisinha, mofada mesmo, hoje.

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20h10. Sem nada na cabeça para escrever. O café acabou, mas tenho 2 litros de Coca normal, mais 2 litros de Coca Zero para a noite. Combinei com mommy que o Dalmadorm só às 21h30. 20h00 é muito cedo. E se eu fumar unzinho, posso tomar os outros remédios e esconder o Dalmadorm para tomar só no final da lombra. É isso. Excelente plano, Batman.

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20h17. So pleeaase be kind if I’m a mess... Cigarettes and Chocolate Milk.

Eu acredito que o mundo é cheio de oportunidades, mas também acredito que há pessoas com mais oportunidades que outras. O mundo não é justo como vai ser um dia. Acredito que estamos caminhando para isso. Acredito do fundo do meu coração. E não me considero um otimista, me considero um realista. Há hoje coisas que eram piores do que antes? Com certeza há. Há o crack, para citar um pequeno grande exemplo. Mas há muito mais coisas melhores. Há lugares em guerra ainda, onde a ignorância reina, mas acredito que o entendimento, a compreensão do bem comum vai inevitavelmente chegar lá. Putz, Plainsong do The Cure. Combina muito com o que estou escrevendo, não pela letra, mas pelo clima. Uma das minhas músicas mais amadas de todos os tempos. Vou postá-la abaixo do texto. Voltando ao assunto, eu vejo uma mudança de paradigma tomando forma, estamos passando da Era da Economia, para a Era do Bem Comum. Vejo um mundo mais unido em que há menos antagonismos, passamos dos tempos de tese e antítese para os tempos de síntese. Eu vejo um futuro com menos desigualdade. Eu vejo essa desigualdade diminuindo neste exato momento. Ainda há muita desigualdade, é verdade. Mas as coisas mudarão. Pois o paradigma mudará e a virtualização vai ter papel importante nisso. Eu acredito que através da virtualização será possível criar paraísos acessíveis a todos, paraísos personalizados e muito superiores a qualquer realização material que o homem possa almejar no mundo real. Eu acredito que sendo virtualmente rico, ser realmente rico perderá o seu valor e que a virtualização permitirá um nivelamento cultural por cima de toda a humanidade e nos enxergaremos como irmãos e partes de uma grande obra maior que cada um de nós, nos sentiremos uma humanidade só e de fato. Claro que viveremos a realidade também, mas com um desprendimento material que só a virtualização pode proporcionar. Pode achar louco. Vou fumar e pegar Coca-Cola.


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21h04. Três cigarros e dois copos de Coca-Cola depois, estou de volta. Novamente sem assunto. Odeio armas. Claro que se viesse uma fera me atacar eu gostaria muito de ter uma, mas... odeio armas mesmo assim!! Estou fazendo disso uma prévia das profecias e isso não é legal. Legal era aquela menina da festa do filme nos meus braços, nos meus abraços, nos meus lábios, na minha boca, louca. Mas isso está tão distante da realidade quanto tudo o mais que o meu coração tem sentido ultimamente. Não sei por que com ela achei que era mais possível. Me pareceu quase plausível. Foi muito curioso. Deve ser por já tê-la visto antes e, mesmo não me lembrando, algo ficou no meu subconsciente. É, deve ter sido isso. Algum truque do subconsciente, não é porque ela é a garota certa para mim. Só sei que foi um sentimento diferente, como se pudesse tê-la e que tudo transcorreria com uma facilidade, uma tranquilidade, uma espontaneidade que não senti com mais ninguém desde minha última namorada-esposa. Droga de subconsciente, quase me fez acreditar no meu taco. Acabou que era só mais uma Clementine...

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21h16. Quase a hora combinada pro remédio... coloquei quase todo o Disintegration do The Cure nesta lista de músicas, tá o bicho. Queria ouvir doidão... vamos ver se consigo dar o ninja no remédio mesmo com Alfredão na sala, já liguei ar do quarto e fechei a porta, para poder acochar o negocinho na tranquilidade.

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21h20. Vou logo fazer essa mandinga, não tem por que esperar. Eu levo a caixa para a cozinha e lá boto o Dalmadorm no bolso. Minha mãe acabou de aparecer no quarto para me lembrar dos remédios. Disse que faltavam ainda dez minutos. Ela riu e saiu. Será que ficará à espreita? Vou de 21h25. São 22h23... Vou agora mesmo, dane-se.

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21h37. Consegui! Alfredão já tá indo dormir. Em breve me tornarei o rei da noite! O rei doidão da noite!! Vou esperar para escrever só depois disso
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Sou o rei da noite. Todas as pessoas deveriam ter direito de estar em seus quartos – seus quartos – com ar condicionado ou janela ventilada, bebendo uma coca com gelo até a boca, em frente a um computador, escrevendo suas ideias e podendo publicá-las para o mundo inteiro ver. Todo mundo que tem a oportunidade de fazer isso, de expressar suas ideia ao mundo, deveria exercer esse direito. Poderia surgir gênios dentre essas pessoas e isso seria bom para a humanidade inteira que tivesse acesso. O Google é o maior exemplo disso. Wikipedia é outro. Fico feliz vendo que quando eu botei Pedro Álvares Cabral no Google, o Wikipedia, além de ser a primeira opção da lista de resultados ainda oferecia a você a escolha de linguagem, logo acima do link, com letras menores mas bem legíveis. Escrever é uma arte, é um jogo mental. Pode ser muito divertido, pelo menos pra mim é. Compartilhá-la com o mundo é um direito meu, quem quiser que leia, ou não leia ninguém, mas elas estarão lá, imortalizadas, enquanto o Gloogle prover o serviço gratuitamente, abertamente, tudo o que ele faz. Porra, aquele globo terrestre que vira mapa e faz você ver a rua na horizontal. Porra, eu vi a casa do meu irmão, andei pela rua dele sem nunca ter ido lá (meu visto pros EUA foi negado). É muito doido um sistema tão completo e complexo como aquele, que vai sempre evoluindo, ser de graça para qualquer pessoa como eu, mas que deveria ser toda a humanidade, e não é  (ainda). A Google é demais. Tomara que continue assim, ou fique assim: (Amanhã eu faço como Gostaria que fosse e posto aqui. Estou com muito sono e muito doidão, comi. Bati aquele rango de resto de almoço do que sobrou na geladeira.)

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Recife, 14 de novembro de 2012, 16h40.

Não tive saco para fazer o desenho da página inicial como gostaria mesmo, mas fiz de um modo grosseiro e explico em texto. O desenho:



Em cada quadradinho desses haveria o link para um site específico. Em cima, ficariam os dos serviços do Google, com logos bem bonitinhos e dos lados os de quem pagasse mais, sendo uma parte para sites do país em que o Google está sendo acessado. Teria que ter o do Wikipedia de graça e, quem sabe, o da ONU. Nos quadradinhos vermelhos, verdes e azuis os logos só poderiam usar a cor branca e nos amarelos não sei, talvez o azul, o vermelho ou o verde da Google alternados para não criar também uma pandemônio visual. Ou seria tudo branco com os ícones menores e coloridos. O fato é que o Facebook, o Twitter, a Amazon, quem sabe o Metacritic, todos os grandes iriam querer anunciar lá por uma alta grana e a página do Google se tornaria um portal para os serviços que mais usamos e a Google ainda faturaria uma grana alta com isso, pois não seria barato anunciar na sua página inicial. Ofereço esta ideia para a Google de graça, ela só vai ter que deixar eu botar, também de graça, o link para o meu blog por seis meses num dos quadradinhos. Um dos amarelos.

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Estou doidão de novo, fumei a outra metade do beque. Vou escrever.

Eu gosto de causar a trava na cabeça das pessoas, fazerem elas lembrarem do que sentem e pensam. Por exemplo, na enquete que pus lá em cima: “O que você mais ficaria espantado em ver: um ET ou um fantasma?”, cada um vai no seu conceito jungiano de ET e fantasma para decidir se sua imagem geral de um ET e de um fantasma são ameaçadoras, qual a mais chocante, pensar com um certo afinco em dois seres nos quais não pensam habitualmente (a não ser que seja um espírita, para os quais a opção do ET seria quase obrigatória). Eu gosto dessas coisas. De provocá-las, embora não seja muito bom nisso, a do ET eu peguei de outra pessoa.

Viajando aqui em Björk, eu senti e refleti sobre a música, seu começo singelo, seu ápice e depois como ela vai decrescendo. Desired Constelation. Esta também dá para seccionar. Pagan Poetry agora. Esta é perfeita, cheia de camadas e detalhes, vale vê-la com o vídeo (é o último deste post aqui, eu acho). It’s in our hands passando, vou pegar Coca Zero e fumar um cigarro (levando o telefone como a uma coleira).

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13h48. Aurora. Viagem... Acabo de criar um novo significado para uma palavra de nossa língua: portátil. Portátil a partir de agora será também a definição de todo aparelho multifunção (iPone e concorrentes, iPad e concorrentes) que possa ser levado com você. Isto também inclui notebooks e netbooks. E vidogames (estes já são chamados assim). Blower’s Daughter, de Damien Rice. Deve ser meu lado gay, feminino. 13h58. Fumar outro para ver se tenho ideias, senão fico só viajando na música.

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14h07. Posso gostar dessa música também porque no meu subconsciente ela representa minha paixão platônica por Natalie Portman.

14h14. Bode, já? Larica já?

14h38. Sem cérebro para escrever. Tava repassando cenas do filme Closer na minha cabeça agora. Vou deitar um pouco pra tirar um cochilo.

15h33. Não cochilei, acabei indo conversar com as empregadas aí do lado e ganhei – elas fizeram – o equivalente a quatro xícaras de café para por na cafeteira aqui de casa. Estou a água agora porque as Cocas acabaram. L Acho que vou tomar mais uma xícara para ver se desperto mais. Antes vou ouvir Plainsong assim. Perfeita. Closedown agora. Putz. Muito lindo. A beleza em forma de som. Cigarro café e água agora.
15h56. Last Dance agora. Disintegration: este disco faz parte do meu DNA cultural, é uma parte considerável de quem eu sou.

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16h36. Estava postando a terceira profecia e respondendo a uma mensagem da Clementine da festa de cinema.

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17h01. Estava fazendo um gráfico do Google que, relendo a parte do post de ontem, vi que prometi fazer. Além de fumar bebendo água. O que farei de novo agora. Depois terei que explicar o desenho do Google que também não expliquei ontem e depois volto para o tempo real.

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17h29. Acabei a explicação e falei com um bróder no Facebook. Vou fumar com um pouco de café e muita água e volto para o tempo real e saio do Facebook para poder me dedicar só ao presente. Eu contei que num desses intervalos eu criei a 7ª profecia?

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17h42. Se houvesse um link para o Facebook na página inicial da Google quantas pessoas que sempre ouviram falar, mas nunca tentaram usar não ficariam tentadas a clicar e se aventurar, vendo aquele link lá todo dia? Ou no Wikipedia? Ou no Google+? Aliás acho que a Google devia ser mais agressiva no marketing do Google+ e assumir o slogan “Melhor que o Facebook. Tente.” Bater de frente mesmo, senão nunca vai passar de um experimento utilizado por pequeninos nichos. Botava um botão bem grande “apenda a usar em 5 passos”, criava um tutorialzinho conciso e pronto. Ou colocava popups explicando cada ação que o usuário novato fosse tentar fazer. Just Like Heaven remix, do Cure rolando. Agora só tá rolando B-sides do Cure.

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17h50. Eu acho que a economia, ao contrário do que os economistas dizem, tende a uma isonomia na classe média, com picos que são os grandes milionários, como exceções à regra, pois eles serão os grandes provedores do mundo. Miseráveis tenderiam a desaparecer, principalmente se as profecias se concretizarem. Eita acabou o set list, coloquei do começo de novo e lá vem Like a Stone do Audioslave. Beber água me dá mais vontade de fumar, eu acho (ou a coisinha). Vou lá fazer fumaça de novo... (o café acabou... acho que vou fazer mais). Vou acabar este post aqui já está enorme. E postá-lo. Depois começo outro novinho em folha.



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