Recife, 6 de abril de 2017
Acabei de publicar um post – e ver uma entrevista com Kurt
Cobain – e cá estou escrevendo de novo, acho que motivado pela curtida que
recebi pelo post no Facebook. Sobre o que escrever me escapa. Fiquei marcado
pela entrevista com Kurt. Imaginar que ele está morto, que ele tinha planos de,
num próximo álbum que nunca aconteceu, experimentar com novos elementos
musicais para além do grunge, talvez elementos eletrônicos... seria tão
interessante se isso tivesse acontecido. Vejo os Strokes como um Nirvana, com
uma trajetória musical similar a esta acenada por Kurt Cobain, a cada novo
disco os Strokes, na minha opinião de leigo, se distanciam da proposta inicial e
tentam percorrer novas trilhas, por isso gosto tanto da banda, pela
não-acomodação criativa. Pelo contrário, buscam se reinventar a cada álbum. Embora
todos os discos tragam o “DNA” Strokes, os arranjos, os ritmos, os vocais
(principalmente em “Comedown Machine”, repleto de falsetes), evoluem ou se
transformam a cada novo disco, a partir do “First Impressions Of Earth”. Por
isso espero ansiosamente por cada novo lançamento dos Strokes, para ver o que
eles vão aprontar agora. O disco dos meus sonhos seria uma parceria deles com
Björk. Acho que sairia algo fantástico da junção dessas duas potências criativas.
Cheguei a postar a ideia tanto no site dos Strokes quanto no de Björk. Fiz
minha parte, por mais improvável que isso pareça. Que coisa idiota a se fazer,
você deve estar imaginando. E eu concordo, se não achasse que vale a pena
perseguir um sonho até onde for possível, mesmo que um sonho impossível. Parece
um contrassenso, mas há aquele famoso dito que o destino não importa, o que
importa é a jornada. Por esse prisma, me senti satisfeito por ter tentado
alguma coisa para que o álbum dos meus sonhos fruísse. Obviamente, não guardei
ou guardo expectativa de que vá acontecer. Importa que eu tentei os meios que
me cabiam para alcançar o meu sonho. Mentira! Esqueci que posso mandar tweets
para eles. 19h25. Pronto, tweets enviados para ambos! Agora realmente não há
nada mais que eu possa fazer. Será que aquela teoria de que cada pessoa está a
apenas seis graus (pessoas) de separação uma das outras é verdade? Acredito que
sim. Difícil é ter acesso às pessoas mais distantes de nós. Por exemplo eu
tenho um grande amigo que foi o acompanhante de Eddie Vedder do Pearl Jam
quando de sua vinda ao Brasil. Em teoria, através dele eu conseguiria chegar a
Eddie Vedder, mas, passar dele para o próximo elo (pessoa) que me liga a Eddie
Vedder seria extremamente difícil, mesmo que meu amigo me servisse de
intermediário. Talvez até conseguisse chegar ao próximo elo, mas deste não
passaria, ou seja, nunca vou bater um papo com Eddie Vedder. Hahahahahaha. E
teria outras pessoas que me interessariam muito mais bater um papo, como Robert
Smith do The Cure ou Chico Buarque, por exemplo. Até Rodrigo Amarante, por mais
que não tenha apreciado muito o seu disco solo. Admiro pela liberdade musical
que teve e imprimiu ao trabalho, mas confesso que gostei mais do primeiro solo
de Marcelo Camelo. Achei mais acessível e mais melódico. Vou até botar o de
Amarante para ouvir agora. Mas por que desembestei a falar tanto de música?
Principalmente sem entender nada do assunto? Metido, nada! Hahahahaha. 19h42.
Vou pegar Coca. Não, não ainda, vou comer o resto do gelo no meu copo. Mas,
como dizia – e acho que por isso entre na seara musical – vale a pena perseguir
sonhos. Meu sonho agora é publicar um e-book. Preciso que minha mãe preencha e
assine o documento de tributação da Amazon, que eu envie pelos Correios e que a
Amazon dê o aval de que está tudo ok para que eu possa realizar esse sonho.
Imagine. Poder publicar o que eu quiser, quando quiser. Isso seria a glória
para mim. Realmente um sonho tornado realidade. Espero que consiga. E parece
que nem preciso ter ISBN para publicar lá. Só falta este bendito documento.
Minha mãe chegou, vou logo cercá-la para vir fazer isso, como se dispôs a
fazer. 19h51.
19h54. Fui pegar a Coca e buscar a minha “vítima”, mas ela
está fechada no quarto trocando de roupa ou tomando banho, pois acabou de
voltar da hidroginástica. Estou ouvindo Amarante. É um disco com arranjos muito
mais esparsos e minimalistas que o de Camelo. Mas cansei de falar de música,
até porque não sou músico, sou só ouvinte e pouco entendo do riscado. Estou
fazendo hora para que mamãe saia do quarto. Me lembrar que meu (ex?) psicólogo
pediu o número de recibos que passou no ano passado para mim e que quem deve
guardar é o meu padrasto, tenho que pedir isso à minha mãe também. A Coca está
acabando. Em breve, terei que ir comprar mais. O gelo também está acabando.
Antes de dormir preciso botar umas caçambas para gelar. O gelo me preocupa mais
que a Coca, visto que a Coca tem uma solução imediata já o gelo está sujeito às
leis da Física para se fazer gelo. Mas acho que há o suficiente para hoje até o
final da noite. Se eu for o único a utilizar, digo. Mas acho que serei. 20h16.
Ainda à espera de mamãe. 20h22. Acabou o disco de Amarante e começou “Pitanga”
de Mallu Magalhães, o próximo da playlist.
Acho que ela finalmente acabou. Vou ver.
20h26. Acabou, mas já arrumou outra coisa para fazer. Tirar
comidas para o meu padrasto jantar. Mas disse que viria. Eu resolvi aceitar uma
sopa e agora ela vai esperar a sopa esquentar para me servir, para depois, quem
sabe vir aqui. Or so I hope. Gosto
mais de “Pitanga” do que dos discos solo de Camelo ou Amarante. É uma pequenina
e singela pérola, muito delicada, muitas vezes insegura e sempre feminina e
doce e upbeat. Estou usando muitas
expressões em Inglês neste parágrafo, foi mal, é que me pareceram as mais
adequadas.
21h03. Preenchi o formulário com mamãe e ela ficou de ler e
assinar. Veremos. Tomara que sim. Ainda terei que enviar pelos Correios.
21h38. Minha mãe mandou-me ir comprar logo a Coca, antes que
ela dormisse, desconfiando, na sua paranoia, que poderia dar outro fim ao
dinheiro, qual seja, comprar drogas. Se ela soubesse, introjetasse, que não
adianta nenhuma medida de precaução quando eu ou qualquer viciado quer usar
drogas que o impeça. Nós sempre damos um jeito, por mais escuso que seja. É um
tormento isso para os familiares, mas mais até para o viciado, quando a viagem
passa e a culpa assola. É verdade que ela só assola se for um usuário que está
em busca de recuperação, pois os que estão soltos na buraqueira mesmo não dão a
mínima. Já fui desses de não dar a mínima, já estive no fundo do poço. Se bem
que o poço não tem fundo, sempre é possível se atolar um pouco mais. Mas nos
meus piores momentos, me atolei bastante, fui baixo, muito baixo, comigo mesmo
e com os que me amam. É uma maldição o danado do vício. O pior é que nunca dá
para saber se é realmente a última vez. Mas não quero trazer este assunto tão
nefasto à tona. Só resta dizer que não tenho certeza que estou entre os 20% que
ficam limpos de vez. Acho que nem quem faz parte dos 20% sabe. Só conheci uma
pessoa que eu tive convicção que nunca usaria e assim o fez até a morte. E este
tinha experimentado de tudo. Quando eu digo tudo, eu acho que só se exclui
meta-anfetamina. Até heroína ele usou. Mas seu problema principal foi o álcool.
E teve por muito tempo outro vício secreto, fazer parte de um grupo de
extermínio de malfeitores. Conversando com ele intimamente, ele admitiu que era
viciado nessas execuções também. Porém abandonou esses dois vícios e todos os
demais, exceto o cigarro. Morreu de câncer não relacionado diretamente com o
fumo ao que me consta. E sofreu bastante nesse momento final de definhamento
físico antes da morte. Acredito que se existe carma, ele pagou todos os seus
pecados e erros em vida, pois tinha uma vida familiar infernal, a mulher tinha
um transtorno de personalidade seríssimo e para evitar a prisão tinha que ficar
internado na Clínica de Drogados, o que não deixa de ser uma prisão. Mesmo
assim suportava com paciência de Jó a esposa e amava muito as filhas. Além de
ser um ser humano exemplar, em todos os aspectos. Físicos e morais. Mas foi
bicho solto a maior parte de sua vida e, se carma existe, pagou o preço por tudo
o que fez suportando a esposa (no sentido de dar suporte também), o cárcere e o
câncer. Mas não acredito em carma. Espero estar certo na minha descrença, senão
irei direto para o umbral! Hahahahaha. Pois é já estive metido com o
espiritismo, mas não me convenci da parte sobrenatural, dos médiuns e acabei
por desacreditar da doutrina como um todo, embora a história de carma
justifique o porquê das desigualdades sociais. Nossa, já estou na terceira
página de absolutamente nada. Ou será que o possível leitor achará algum
conteúdo de valor aqui? Espero não magoar nenhum espírita com a minha
descrença, mas isso é uma coisa minha, respeito todas as religiões desde que
não se tornem fanatismo, pois o fanatismo é perigoso. Cega e pode ferir. Que
cada um tenha a sua crença respeitando as demais. Que ache a sua mais válida,
tudo bem, pregar a fé ainda vai; impô-la à força, não, isso não pode. É errado.
Mas sobre o que posso falar agora. A imagem da entrevista com Kurt Cobain não
me sai da cabeça. Ele tinha uma presença magnética, era muito bonito e estava
particularmente falante nessa, que no YouTube diz ser uma de suas últimas
entrevistas. A entrevista tem 26 minutos e uns trocados de tempo, então foi uma
longa entrevista para os padrões dele, que era meio averso a isso. Uma das
palavras que ele mais usa no “In Utero” acho que é “me”. Não sei se ele encarna personagens nas músicas ou fala de si
mesmo e suas percepções de mundo. Preciso ler as letras. Li algumas, mas não
todas. Segundo o baixista, tudo pelo que Kurt estava passando ou era está nas
letras das músicas. É que queria ter o CD, o disco físico, com o encarte para
poder acompanhar direitinho. Se é que o encarte contém as letras, mas
antigamente, e “In Utero” pode ser considerado de antigamente, eles continham
quase que por obrigação. Não é que nem o novo do Radiohead que só vem com um
bando de imagens e sem nenhuma letra. Acho isso um desserviço com quem compra.
As letras são parte integrante da obra adquirida e contê-las no encarte ainda
mais quando vários cantores cantam de forma ininteligível para quem não tem o
Inglês como sua língua-mãe – como Thom Yorke – deveria ser obrigatório ter
letras no encarte. É possível ser plasticamente interessante e ainda conter as
letras.
23h14. Fui matar a fome dos remédios e acabei perdendo o fio
da meada ou o assunto esfriou para mim. Não comecei a jogar o “Persona 4”, pois
o Word exerce uma atração irresistível sobre mim. É a coisa mais fácil e
agradável de se fazer que tenho no meu quarto-ilha. E simplesmente não consigo
parar de escrever. É um impulso vital em mim. Vou pegar outro copo de Coca.
23h22. Vou encerrar isso daqui à 0h. Péra que vou fumar um cigarro que vai ser
o meu “digestivo”.
23h29. Ah, me perdoem os antitabagistas, mas é muito bom
fumar um cigarro após uma refeição. Eu sei que pode ser mortal também, mas
viver é mortal e já abdiquei de drogas muito mais letais, então estou no lucro,
em vista do meu passado recente. Preciso recomeçar a digitar os meus “Diários
de um Manicômio”, que pretendo que seja o meu próximo e-book. Ainda mais
revelador que o primeiro. Preciso criar um pseudônimo para publicar essas
obras, caso consiga efetivamente completar o meu cadastro na Amazon. Tudo
depende de minha mãe assinar o documento que imprimi. E de enviá-lo,
obviamente. Tomara que isso se concretize. Se não acontecer, ficarei
tremendamente frustrado. Estou com vontade de jogar “Persona 4” agora, mas
agora é tarde demais para isso hoje. Tomara que amanhã a vontade se faça
presente mais uma vez e que eu dê início ao jogo. Amanhã é um dia especial em
vários sentidos. Pode haver CiBrew à noite, há o CAPS, talvez o desfecho do
episódio do “Desabafos do Vate”, talvez a ex-namorada do meu amigo vá e espero
que ela não tenha lido o texto que escrevi sobre o nosso encontro na própria
CiBrew há três semanas. Ou seria melhor que não fosse. Seria um desafio social
a menos para mim. E tenho que criar coragem e perguntar a loirinha da CiBrew se
ela é/está solteira. Sei que não vou conseguir, mas quem sabe se começar a me
concentrar nisso a partir de agora, eu não seja capaz de fazer a pergunta? Eu
chegaria para ela e diria que tenho duas perguntas, a primeira seria esta, se
ela me perguntasse qual era a segunda, eu pediria que ela mencionasse um filme
que tenha gostado muito. Se formos realmente à CiBrew, talvez o nosso amigo que
é sócio da CiBrew possa responder à pergunta ele mesmo. Mas o ideal seria ir
perguntar diretamente a ela. Seria o mais bravo e mais interessante para mim,
em nível social, a se fazer. Se eu pudesse beber só um pouquinho para perder um
pouco da vergonha. Mas não posso. Isso está fora de qualquer cogitação. Vai ser
à base de Coca Zero mesmo. Meu primo confirmou presença na CiBrew. E na Casa
Astral. Então meu final de semana promete.
0h22. Agora é sério. Meu último copo de Coca e depois
caminha. Coloquei o “Amnesiac” do Radiohead, que é um disco deles que conheço
muito pouco. Acho que o restinho do líquido para cigarros eletrônicos da
garrafinha chinesa está com pouca nicotina. Eu esqueci de agitá-la antes de
derramar o líquido e acho que no final sobrou a parte com menor nicotina, pois
a vontade de fumar cigarro não passa. Mas não vou fumar. Vou só de Vaporfi
mesmo. O “Aminesiac” tem se revelado um dos discos mais experimentais do
Radiohead. Incrível como os pelos da barba crescem incansavelmente. Aparei a
barba hoje à tarde e no meu pescoço já começam a despontar pontas grossas de
pelo. Amanhã já devem estar aparentes. Estou com sono. Tenho que acordar amanhã
de 8h30. Nem sei como vai ser o grupo, depois do desabafo de um dos usuários na
quarta. Disseram que eu poderia começar falando no grupo, por não ter tido a
oportunidade de me pôr na quarta. Mas não sei se invocarei esse poder. Não
tenho muito o que dizer. Afora o que está contido no “Desabafos do Vate” e
sobre as saídas programadas para o final de semana, não tenho muito a
acrescentar. Ah, posso mencionar também sobre o e-book. Sem saco para o
“Amnesiac” agora. Acho que vou de “In Utero” mais uma vez. Se bem que o copo de
Coca está no finalzinho. Vontade monstra de fumar cigarro normal, mas vou me
segurar. A Coca acabou, assim como o gelo. Não porei mais. Se bem que só mais
um copo ia bem. Mas tenho que pensar no amanhã. Talvez minha mãe vá à
universidade à tarde e eu não posso ficar sem Coca amanhã. Além do que preciso
dormir. Já são 0h42. Vou fechar o computador, senão não paro de escrever. Acho
que pode ser o filtro do Vaporfi que já não esteja essas coisas todas, talvez o
troque amanhã. Depois que voltar do CAPS, digo. Pois pela manhã só tenho tempo
de trocar de roupa dar um grau nos dentes e partir. Já estou até bocejando. Vou
fechar esse computador, amanhã continuo. Se bem que já está em quatro páginas
de Word isso daqui. Me surpreendo sempre com a minha prolixidade. Aliás vou
ouvir só mais uma vez “Poses” de Rufus Wainwright. Não, não vou não. Fico por
aqui mesmo.
-x-x-x-x-
11:12. Estou no CAPS, mas doido para ir para casa. Acho que
vou esperar os grupos começarem e “dar lavrando”. O iPod está dando aviso de
bateria fraca. Vou ouvi-lo no meu som hoje para testar a entrada de áudio e
para descarregá-lo e ter tempo de recarregar antes da CiBrew.
11:22. O meu amigo do violão veio tocar aqui perto, mas
agora na outra mesa. Tem dois outros usuários ouvindo, então não precisa da
minha plateia. X está numa mesa próxima, compenetrada na sua escrita. Estou
escrevendo por escrever, nem com disposição para isso eu tenho. Acho que vou
fumar um cigarro e ir embora.
11:45. Acho que vou colocar meu plano de fuga em prática
agora.
12h28. Escapei mesmo. Cheguei em casa e conversei com minha
mãe, vi mais uma atrocidade de Trump na TV, aparentemente o cara atira para
todas as direções, inclusive para direções que disse que não iria atirar,
entrando em contradição consigo mesmo. Falei com mamãe sobre a minha atividade
no CAPS e sobre a sua atividade no CAPS, afinal hoje foi o dia da reunião dos
familiares de usuários AD (Álcool e Drogas). Ela pegou o nome de terapeutas
fornecidos pela equipe. Espero que ela marque uma consulta. Vou pressioná-la
para isso.
12h52. Fui perguntar se mamãe iria sair hoje à tarde para
que, se fosse o caso, me desse logo o dinheiro para ir para a CiBrew. Mas ela
não vai sair. O que dificulta, mas não invalida o que trato no “Desabafos do
Vate”. Está dando algum pau no Blogger que não me permite acessar a página do
“Jornal do Profeta”. Isso muito me preocupa. Estou com sono, acho que vou tirar
um cochilo. 13h03. Tentar acessar o Blogger mais uma vez. Nada. Que ozzy. Descobri
o Wattpad e nesse parece que é mais fácil publicar meus textos. Vou tentar mais
tarde publicar o da “Novíssima Religião”. E tentar ver se consigo enquadrá-lo
em “não-ficção” e “ficção científica”! Hahahahaha. É um texto que desafia
classificações. Mas agora estou muito cansado. Não sei bem por quê. Eu dormir
cerca de oito horas. Mas se meu corpo pede, eu obedeço. Espero só ouvir o
WhatsApp, se ele tocar. Vou deixar o celular ao lado da minha cabeça, na mesa
do som. Acho que publicarei “A Novíssima Religião” em Inglês e Português.
13h32. Cada vez vai ficando mais tarde para eu dormir, mas peguei um copo de
Coca quando fui pegar o controle para ligar o ar. Putz grilo! Nem acessar a
página de visualização do “Jornal do Profeta” eu consigo. Vou ver se isso é um
problema isolado ou do Blogger em geral. Vou tentar acessar a minha outra conta
do Blogger. Também deu pau. Então talvez seja um problema do Blogger de forma
geral. Assim espero. Acho que é um problema generalizado do Blogger. Não
carrega o meu blog de bonecos também. Talvez tenha dado pau no sistema deles
lá. Ou pode ser Trump “tumpando” por causa dos blogs que o difamam. Tudo é
possível. Inclusive o Blogger estar de volta quando eu acordar.
15h32. Acordei. Ou melhor, levantei da cama, pois não caí em
sono profundo em nenhum momento, fiquei realmente só cochilando, não dormindo,
o que não acho uma coisa gostosa de se fazer, por isso me levantei. Pelo menos
o sono parece que foi embora. E meu blog voltou à ativa. Então levantei num
mundo melhor do que o deixei quando fui deitar. No entanto ainda estou com
preguiça de postar “A Novíssima Religião” no Wattpad. Preciso formular uma
capa. Revisar o texto em Inglês.
17h49. Publiquei a versão em Inglês. Não sei se fiz certo.
Acho que publiquei tudo no lugar do índice (sumário, na verdade, mas é como
chamam no site). No meu iPod, segundo as estatísticas do iTunes, a música menos
tocada é “A Murder Of One” do Counting Crows, tocada apenas três vezes, e a
campeã em reproduções é “Cochise” do Audioslave, tocada nada menos que 58
vezes. Estou com preguiça de publicar a versão em Português da “Novíssima
Religião”. Acho que não vou fazê-lo. 18h13. O iPod está devidamente carregado para
a night.
18h27. Vou reiniciar o meu computador, ele está muito lento.
Há vários dias que não desligo. E vou fazer uma limpeza nos temporários quando
reiniciar. Até daqui a pouco.
-x-x-x-x-
14h59. A noite foi ótima. Muito agradável mesmo. Querem que
eu encare a Casa Astral hoje. Não sei se tenho pique. Ontem a noite foi muito
longa e depois que cheguei em casa ainda fui escrever no “Tap” um aplicativo,
da turma do Wattpad, exclusivo para celulares, eu acho, em que se digita os
textos em forma de chat. Me comprometi a escrever 10.000 palavras em 30 dias no
aplicativo e ontem, cada vez que me via isolado socialmente, corria para
digitar nele. É perfeito para uma história que tenha muitos diálogos, para o
meu monólogo é um tanto estranho o formato, pois há um número limitado de
caracteres que podem ser digitados num bloco de texto. Por outro lado, me leva
a considerar cada post como um pequeno capítulo e me motiva a deixar um “gancho”
para o próximo post de chat, algo que desperte o interesse do leitor a dar mais
um “tap” e ler a próxima mensagem de
texto, embora não tenha conseguido esse intuito em todos os posts, aliás deixei
muitos sem esse gancho. Hoje, o meu irmão, filho do meu padrasto, e família
vieram nos visitar. O meu sobrinho, filho dele, parece gostar de mim, acho que
porque tenho o quarto cheio de brinquedos e videogames. De qualquer forma, o
pequenino fez questão de trazer um jipe de brinquedo só para me mostrar. Fiquei
sinceramente comovido. Talvez seja com gestos assim que a criança desperte o
amor dos adultos. Mas ainda sou reticente a tal sentimento. Gosto do guri, mas
não tenho muita paciência para lidar com ele. Ainda mais por ele não parar quieto
e gesticular e pular e falar e correr e ir e voltar. Espero sinceramente que
sua tia, irmã do pai, consiga convencê-lo de que eu estou “trabalhando” nisso
aqui e que não posso ser interrompido. 15h34. O horário para a Casa Astral está
se aproximando a passos largos. Ontem conheci uma figura interessante, 37 anos
com cara e corpo de 28, recém-saída de um casamento e, portanto, bastante desiludida
com a humanidade em geral por ora. Obviamente não deu a menor bola para mim,
foi até ostensivamente evitativa à minha pessoa. Na hora em que fomos nos
despedir dela e seguir adiante na noite, falei para ela que esperava que seu
desencanto com a humanidade passasse logo, que os acontecimentos ainda estavam
muito recentes e que o tempo é senhor de tudo. Ela ficou impressionada que
tenha tido uma percepção tão profunda de sua pessoa em tão pouco tempo de
convivência e me deu vontade de dizer, “pois é, perdeu de conversar mais comigo”.
Em verdade, só disse mais ou menos o que ela repartiu na mesa e juntei alhos
com bugalhos par tecer o meu comentário. O tempo todo em que digitei no tap,
ansiei muito para que houvesse o aplicativo para PC, pois digitar no celular
com suas letras e teclado minúsculos é uma tarefa muito árdua e chata para mim.
Meu celular, por sinal, está com a bateria péssima, carreguei ontem à noite e quando
acordei agora há pouco já estava completamente descarregado. A vontade de
publicar o e-book aos poucos se distancia do centro dos meus desejos. Não sei
bem por quê. Mas perseverarei, mesmo assim. Acho que em parte é porque eu agora
tenho duas plataformas para publicar sem burocracia nenhuma e o desafio das
10.000 palavras em um mês está tomando o centro das minhas atenções. Quando
cheguei da night, quase endoidei achando que tinha perdido o dinheiro, que a
minha mãe nunca iria acreditar em mim. Mas ela havia pegado o dinheiro sem que eu
o visse. Procurei em todos os lugares possíveis e nada. Me desesperei, pois não
haveria modo de convencê-la de que perdi o dinheiro e iria ser um pandemônio aqui
em casa. Que alívio quando ela disse que havia pegado o dinheiro. Você não pode
imaginar. Foi como um presente da vida, aliás, como uma pegadinha da vida, que
me pôs angustiado para depois me revelar que aquela carga emocional e procura
frenética eram totalmente desnecessários. Menos mal, hoje eu só fui interrogado
sobre o meu esquecimento sobre ter posto o dinheiro na mesa. Mas eu procurei na
mesa e não estava. Eu procurei em tudo quanto é canto, até no elevador. Foi
ozzy. Não imaginei nunca que minha mãe havia pegado, ela geralmente não faz
isso. Só quando acorda. Mas deixemos esse assunto para lá. A Casa Astral. Vou
ou não vou? Não posso nem olhar o grupo de WhatsApp para ver quem vai. Se
alguém. Queria que ninguém fosse, pois assim não me sentiria compelido a ir.
Achei muito interessante ontem como, no final da noite, cada um que ficou tentando
tomar a palavra para si e dominar a conversação. Menos eu, pois não havia nada
a acrescentar sobre São Paulo, morei lá quando era criança apenas, não tinha
maturidade para fazer análises psicossociais dos paulistanos. Mas, além desse, qualquer
assunto despertava essa vontade insaciável dos outros três companheiros de ser
o centro das atenções ou o orador a protagonizar o momento. Sem cabeça para
assistir essa batalha, me voltei para o “Tap”. E continuei nele quando cheguei
em casa, lento como uma tartaruga, digitando somente com o indicador – é como
consigo digitar – até umas cinco da matina. Horário por volta do qual outro
acontecimento se deu. Mas este reservo ao “Desabafos do Vate” ou ao Tap. Não
tenho muito mais o que revelar aqui. É uma pena que encontrei uma garota que
achei interessante, só que ela estava de saco cheio da humanidade. Aí fica
difícil para mim. E para qualquer homem for
that matter.
16h28. Acabei de perguntar ao meu primo-irmão se ele vai
mesmo para a Casa Astral. Como queria que ele respondesse que não. E será que
minha prima, que está separada, vai?
17h10. Fui comer uma delícia de abacaxi, a pedido-ordem da
minha mãe, com a família do meu padrasto que é a minha também. Foi bom. Gosto
muito deles. Mamãe transmitiu um conceito sobre mim que eu acho que destoa
completamente da verdade dos fatos. Ela disse que todos os meus sobrinhos
gostam de mim. Gostam muito de mim. O que, para mim, a exceção talvez do que
veio aqui hoje, é uma completa falácia. Não lhes dei cabimento ou carinho para
isso. E me sinto culpado e me torturo por isso, mas não está nos meus genes criar
afeto pelas adoráveis e terríveis criaturinhas. Simplesmente é uma coisa que
não se dá. Infelizmente. Estou louco para que meu celular carregue para que eu
continue a escrever no Tap. É o meu novo “videogame”. Por falar em videogame,
estou sem paciência para o Wii U ou PS3. Só em pensar, sinto repulsa. Me dá um
negócio ruim. E me dá outro negócio talvez pior, por estar me sentindo assim.
Mas não lutarei contra isso. Meu primo ainda está indeciso quanto a ir para a Casa
Astral. Eu estou com 30% de mim querendo ir e o resto querendo não sair de
casa. Acho que vou acabar com esse post por aqui, pois já está muito grande, e
depois começo outro. Vou revisar. 17h30. A Casa Astral já abriu faz meia-hora.
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