domingo, 23 de abril de 2017

IDA AO BARCHEF E TEXTO TRUNCADO

Estou ouvindo “Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me” do Cure. A turma planeja ir para o Barchef, mas estou sem a mínima disposição de ir. Por mim repetiria o encontro com o meu amigo. Estou cada vez mais antissocial, não estou a fim de baladas, para mim é mais precioso sentar e conversar do que ter fragmentos de conversa num ambiente agitado e barulhento. É certo que vão ter altas gatinhas, mas, mais certo que isso, é que não vou interagir com nenhuma delas. E não interagirei a contento com os meus amigos pela própria natureza do evento. Mas é algo a se considerar, pois o local é perto de casa, posso ir e voltar a pé. Ou seja, quando quiser. Embora eu esteja mais motivado a descer para piscina conversar com o meu tresloucado amigo. Não sei. Vou jogar um Zeldinha para desopilar, mas o meu sobrinho está aqui e pode querer jogar e pode derrubar o controle no chão. Meu maior temor. E o Zeldinha, tirando a parte de navegação é muito complicado. Sei não. Poderia tomar um banho. Pelo menos escovar os dentes. Vou escovar os dentes. Agora. 18h31.

18h39. Voltei. Me sinto bem melhor agora. Mas ainda no dilema Barchef ou piscina uma vez mais. Meu amigo deve ter me achado igualmente maluco por acreditar na “máquina”. Acha que eu estou viajando na maionese. Talvez esteja, mas é onde concentro a minha fé. Respeito que ele concentre a dele no Espiritismo misturado com alienígenas. Os dois têm que admitir, entretanto, que possuem fés pouco convencionais e isso é bom. São religiões mais modernas que abarcam um pouco mais do que conhecemos do universo. E algumas teorias que não podem ser provadas que apresentam para ambos certas evidências que corroboram com nossas fés, mas que, no final das contas, são apenas isso, questões de fé. Não sei mais sobre o que conversaria com ele hoje. Minha vontade mais genuína é mandar um WhatsApp para ele convidando a repetir o encontro, mas a outra parte de mim, que considero a mais saudável, talvez apenas por ser a que vai de encontro aos meus desejos, pois talvez, no fundo, ache todos os meus desejos inválidos, meritórios de repreensão, me diz que devo ir para o Barchef, muito embora não ache que vá me divertir lá. Acho que eu deveria respeitar um pouco mais os meus desejos e menos o que é socialmente mais válido. Mas já deu 20h00 e mamãe ainda não chegou. E meu irmão e meu sobrinho ficaram jogando videogame aqui no quarto para entreter o petiz. Enquanto estão aqui, tenho vergonha de deixá-los para encontrar com o meu amigo. Acho, no mínimo, descortês. Eu acho que vou acabar indo para o Barchef, muito a contragosto. Ou ficar em casa mesmo. Que é o que mais quero, eu acho. Não sei, pode ser que uma força, um ânimo se alevante e eu encontre o pique para me deslocar até o Barchef. O meu pequeno sobrinho entrou aqui, ele aparentemente gosta muito do meu quarto, que é cheio de caixas de “brinquedos” – meus bonecos e bonecas e tem videogame e, por conta disso, gosta de mim, acho que porque eu tenho gosto por coisas de criança. Não sei realmente de onde vem a empatia comigo. É um fato curioso da vida, mas quero crer que se meu quarto não tivesse tantos “brinquedos”, ele não gostaria tanto de mim. Sei lá. Não entendo crianças pequenas, só sei que eu não fiz nada de especial para cativá-lo. Sei que da minha parte não partiu o afeto que pudesse gerar o afeto recíproco. Apenas presto atenção no que ele diz e faz, mas isso todos fazem. Principalmente os pais. Eu não fiz nenhum esforço consciente para cativá-lo, por isso a teoria dos brinquedos. Minha mãe chegou. Posso informá-la sobre o Barchef e sobre o desejo do meu amigo de me encontrar novamente lá embaixo. E sobre a compra na Amazon. Pois já cancelei a minha. O que queria realmente era efetivar a compra e descer com o meu amigo para conversar. Esticar as ideias. Como só se é possível quando os participantes da conversação estão realmente engajados nela. O Barchef não permite isso. Jamais falarei da Singularidade lá, disso eu tenho convicção. Rodamos muito ontem até chegarmos a esse tema. Não há tempo ou disponibilidade para se aprofundar tanto na conversa numa turma que está querendo dançar e paquerar. Já por ser em grupo, com cada um querendo por suas ideias e impressões para fora, complica o aprofundamento de uma conversação. Mas não a torna impossível se todos estiverem engajados no mesmo assunto, o que admito é uma coisa rara dadas as minhas experiências prévias. Mas já vi acontecer. Viajei numa possível conversa que teria com uma garota que estivesse interessado, qual seria a minha abordagem. Dado que eu tivesse coragem para abordá-la, eu começaria por dizer que não sei ter papos de sedução, mas que a achei muito interessante, a embalagem, ao menos, e gostaria de conhecer o conteúdo e repartir o meu conteúdo com ela. Ou seja, que nós batêssemos um papo para ver se rola alguma afinidade. Caso não levasse um fora logo de primeira e ela aceitasse conversar comigo, pediria para ela puxar o papo. Imaginei que papo ela poderia puxar e, não sei por que na minha cabeça, ela iria perguntar o que eu acho do feminismo. Eu diria que acho válida a busca de igualdade na maioria dos âmbitos sociais, mas não em todos. Não acho que a mulher que pariu tivesse que trabalhar dois dias depois, como é o caso dos homens no Brasil, por exemplo. Diria também que era necessário que o movimento feminista não se tornasse um movimento anti-homem. Que não passem a ver o sexo masculino como um inimigo. E finalizaria dizendo que acho que os homens nunca vão parar de olhar para as bundas das mulheres, por ser da sua natureza ou por ser incutido muito cedo nas nossas cabeças. O homem é um ser muito mais visual que a mulher, então ele gosta de admirar a beleza feminina da cabeça aos pés, em especial a bunda chama a atenção, não sei bem por quê. A mim me chama primeiro a atenção o rosto. O rosto para mim é fundamental, mas a estrutura corporal também me é determinante na atração que uma mulher pudesse exercer sobre mim. Por fim, se conseguisse chegar a esse ponto, o mais fundamental seria, talvez, a cabeça da pessoa. Se há alguma afinidade além da meramente sexual ou estética. Acho que responderia algo assim. E se fosse a minha vez de perguntar iria por dois caminhos: ou faria a mesma pergunta sobre o feminismo para ela ou perguntaria três filmes legais que ela viu. A partir daí, seria no improviso. Se chegássemos tão longe. Nunca cheguei tão longe com nenhuma garota que tenha abordado. Em verdade, só levei foras. Não abordei muitas garotas, isso também é fato. Acho essa abordagem já algo socialmente inconveniente para a pessoa e para mim. Minha cadeira acabou de quebrar o encosto, quase levo uma queda feia. Já havia quebrado uma das rodinhas, agora foi a quebra definitiva, que invalida a cadeira completamente, a não ser que a use como um banco, o que é muito demandante para as costas, tendo em vista a quantidade de horas que passo sentado nela escrevendo. Agora estou com a de plástico que havia aqui no meu quarto também e que servia mais de cabide para roupas que para qualquer coisa. Coloquei as roupas em cima de uma caixa e me apoderei da minha nova cadeira que desde já se mostra bem mais desconfortável que a anterior. É mais baixa e não posso me reclinar completamente nela porque senão fico muito envergado para trás. Ainda há tempo para o Barchef, não sei se há coragem, embora a vontade de estar lá esteja ascendente. É quase uma vontade sincera de ir. Acredito que mais meia-hora e estarei completamente motivado a ir, se não começar a jogar o Zeldinha, o que não vou fazer para não boicotar a minha night. Precisaria cortar as unhas dos pés, mas não vou fazê-lo, mesmo indo de chinelas, como pretendo. 21h50. Falei a minha mãe do meu propósito de ir para o Barchef, mais um passo tomado em direção a essa meta. Embora ainda não a considere assim, mas quase assim. É, é difícil sair da zona de conforto, o magnetismo que ela exerce sobre mim é fortíssimo. Mamãe mandou eu pegar uma cadeira de rodinhas que estava no quarto do meio. Me serve bem mais que a de plástico que estava usando. Não é tão boa e confortável quanto a anterior, mas também é bastante superior à de plástico. Esse meio-termo para mim é completamente aceitável. Mamãe foi se deitar um pouco e disse para eu ir me arrumando que ela daria o dinheiro quando eu estivesse pronto. Preciso agora criar a coragem final e me preparar para a balada. Escrever aqui é tão mais cômodo, mas se não for, certamente ficarei arrependido amanhã. Espero que a banquinha de revistas esteja aberta. Vou tomar banho, não há mais por que protelar. 22h02.

22h16. Resolvi encher algumas caçambas de gelo com água antes de tomar banho e descobri que mamãe estava tomando banho com o meu padrasto. Acho que este falou de mim quando mencionou alguém que não se preocupa muito com ela que fica mais “lá fazendo as coisas dele”, comentando sobre a viagem e que ela não poderia ir enquanto estivesse fragilizada por conta do tratamento contra o câncer. Que ela só viajaria quando se reestabelecesse. Acho esta cadeira bem mais frágil que a outra. Certamente não durará o mesmo tempo que a outra braviamente suportou. Ou posso queimar a minha língua. Veremos. Certamente ela não é tão confortável quanto a outra. Se for comprar outra cadeira vou querer da melhor possível, o mais confortável e resistente possível. Mas não preciso me preocupar com isso agora. Agora é esperar eles saírem do banho para que eu possa tomar o meu. Percebi que alguém diminuiu a temperatura do boiler. Este alguém só posso suspeitar que tenha sido o meu padrasto. Não vejo minha mãe se preocupando com isso. Nem as empregadas se sentindo autorizadas a fazê-lo. Como não fui eu, só resta ele. E pouco se me dá quem foi, o problema é que a água não fique quente o suficiente na pressão do jato que me agrada mais. Dei pausa no som para que possa ouvir quando saírem do banho. 22h27. Acho que já saíram, vou acabar meu copo de Coca e entrar no banho. Tomei de um gole só. Vou lá averiguar.

 Estou completamente deslocado na mesa, só conheço de fato uma amiga que está bem distante de mim. Não é uma situação social muito favorável, então resolvi tornar ainda mais estranha digitando aqui. 23h48. Como a situação permanece a mesma, continuo a escrever. Queria pelo menos a atenção de um garçom para poder me trazer uma Coca Zero.
22h55. Consegui pedir a Coca. Veio normal.

0h40. Minha amiga veio sentar do meu lado e conversamos sobre relacionamentos. Foi um papo bom, misturado com desabafo. Muito interessante para mim, que quero entender um pouco mais das dinâmicas das relações modernas. Estão pagando a conta para irmos para o beergarden. Espero que meu primo venha realmente, não quero ficar alugando a minha amiga, que está entre amigos e acredito que queira interagir com todos. Não vou privá-la disso. Sempre posso escrever se ficar isolado. Já estou acostumado com isso. Até demais.

1h12. Meu primo chegou com mais dois primos dos quais só vi a mulher (madura). Vi agora o seu primo, vestido, assim como a prima, embora muito mais jovem que essa, para um evento social, que foi o sexagésimo aniversário de casamento da madrinha do meu primo-irmão. Vou me juntar à turma.

1h55. Vou embora. Vou ligar para o meu primo avisando. Não me deixaram entrar com a Coca que comprei na banca de revistas.


2h31. Voltei para casa. Estou confortavelmente na minha nova-velha cadeira. Estou, confesso, um pouco aliviado de estar em casa, no meu quarto-ilha, minha zona de conforto. Posso continuar me dizendo aqui ou posso jogar Zelda. Que bom que posso ouvir The Cure (embora na festa eu tenha gostado do DJ, tocou New Order, uma que amo mas não lembro o nome nem a pau. Peraí... 2h38. “Temptantion”. Foi a primeira que cliquei, então minha memória não está tão ruim assim.  Estou a ouvindo agora. A versão remasterizada. Deram um peso a mais na guitarra de fundo secundária. Ela se sobrepõe ao bonito fraseado da guitarra principal. Essa versão remastered é bem diferente. E com a sucessora de Temptation, eu volto para The Cure. “Dream Attack”, a música que veio depois. Eles podem muito mais do que isso. E achei uma arranjo diferente. Acho que gostamos de chupar em canudos grandes porque lembra a amamentação, fazemos o mesmo movimento de sucção que fazíamos ao peito para extração de um líquido. Para mim, é por isso, quem quiser que invente uma justificativa melhor. Eu pelo menos agora me vi mamando o resto da Coca da caneca rosa, como foram as roupas com as quais fui para o Barchef: minha bermuda e iPod rosas, além do copo, e uma blusa com finas listas azul-marinho, branco e salmão (que é uma cor bem próxima ao rosa), o que deve ter feito de mim uma figura bastante peculiar no meio da multidão. Espero que não. Será que inconscientemente quis chamar atenção para mim? Gosto da cor rosa e não sei? Não tenho nada contra rosa, mas me vi meio chamativo usando as bermudas que minha mãe comprou para mim, de um rosa bem “cheguei”. “Still I’m far from happy...” canta Rufus Wainwright. Eu, entretanto estou feliz. Por essa descoberta, para mim pelo menos, que o ato de sugar os canudos – especialmente os mais grossos, parecidos com o mamilo, lembra-nos inconscientemente ao ato de mamarmos e daquilo ser tão bom. Pois estamos, pelo canudo, mamando um líquido, ou um líquido/cremoso como um milk-shake. O Word operou por ele mesmo e pós esse hífen entre as duas palavras “milk” e “shake”, eu as coloquei unidas porque achava que era a grafia certa, o Word ganha da minha opinião, eu sei muito pouco Inglês. E de hífens é que eu não entendo mesmo, acho que continuo a usar a regra antiga. Eu vou na vibe do momento, tem umas que seu sei que o Word vai aceitar como certas como “antissocial”, que eu já coloco assim. Ou “autoestima”. Aliás temas complementares, sentir-se antissocial pode ser um revelador da estima de uma pessoa. Certamente não tenho autoestima para, por exemplo puxar uma conversa com o grupo inteiro, unir; nem com uma amiga da minha amiga eu teria coragem de puxar uma conversa, acho muito distante socialmente, o que é um equívoco, pois não existem distâncias intransponíveis, é só “se armar” e ir lá. O “não”, você já tem, o que vier é ganho. Senão volta com um não, que é o que você já tem se não for. Imaginei agora se a menina fosse receptiva e eu perguntasse meu último truque e ela respondesse, após isso, todo o resto seria improviso, acho que tenderia a questionar a minha parceira sobre si, tanto por gostar de ouvir, de aprender sobre a pessoa e o mundo, por interesse sincero, pois podemos conversar sobre várias coisas, expandir nossos horizontes, rememorar etc., o que, em verdade fixa-se num assunto/objetivo apenas, encontrar as semelhanças e dessemelhanças entre nós. Acho que é inconsciente nós queremos ver se aquele ou aquela poderia ser uma pessoa que valha à pena investir. Confesso que sou muito atraído, se for uma menina bonita. Gostaria de dizer, “você é muito linda, todos devem lhe dizer isso todas as vezes, eu entendo porque eles, aliás nós, nós todos incorremos no mesmo clichê, porque é a absoluta verdade. Você é, de fato, extremamente linda.” Se eu tivesse essa desenvoltura social para chegar a tal extremo com à pessoa em questão, eu seria um homem muito mais feliz, eu acho. E emendasse com o que eu “E saiba que eu estou afim de contato mais íntimo, fisicamente, com você, eu penso num beijo, adoraria lhe beijar profunda e apaixonadamente”, com um caloroso abraço que poderiam virar carinhos, ou isso me desfocaria do beijo? Será que consigo beijar no piloto automático? Nem lembro mais. Faz tanto tempo que não beijo de língua sem me concentrar inteiramente no beijo. Botei minha alma no beijo nos últimos beijos que dei. Meu afeto. Meu desejo por aquela pessoa. Foi ótimo. Me sentir amando, ou fingi que estava amando, visto que não havia nenhum tipo de interesse romântico pela pessoa. Talvez o houvesse, mas não o suficiente para dizer, “é ela”. Eu me esforcei para ver isso e não consegui. Mas foi muito bom entrar no seu universo, conhecê-la bem mais intimamente, até que chegamos ao sexo e eu não sentia nada por ela, então o tesão se esvaiu, e o meu corpo sedentário pedindo penico pelo movimento de penetração ajudou a dificultar as coisas e meu pau amoleceu. Se ela montasse em cima de mim e fizesse o trabalho, talvez chegasse lá. Mas não consegui me conectar com o ato de fazer sexo de jeito nenhum. Foi horrível, medíocre, falho, fiquei em falta com ela, que tanto me acarinhou e conversou comigo antes do sexo, me deu a parte que eu queria que era trocar carinhos, o sexo é um excesso, aparentemente, algo que não consigo fazer, só se amar de verdade. Tenho dois amores platônicos. Às vezes, um lateja mais que o outro e uma delas me vêm à mente, a que estou mais conectado, acho que porque a vi mais recentemente e repetidas vezes há pouco tempo, umas três, se não me engano, o que é algum tipo de recorde em se tratando de nós, e isso ficou marcado, tanto que sonhei com ela. A primeira vez que aconteceu com qualquer paixão platônica. Se bem que acho que já me sonhei namorando a minha primeira namorada, sem tê-la ainda, por ainda ser platônico, não materializado, portanto um forte desejo não realizado, o que faz bem e dói ao mesmo tempo. Dói mais quando se acorda e percebe que tudo aquilo foi só um sonho. Na Singularidade talvez você possa vivenciar mais tempo aquele sonho e leva-lo adiante da forma que quiser, não sei de que forma, mas tento pensar coisas impensáveis que acredito que a Singularidade será capaz de fazer. Pois tudo o que eu imaginar, ela já saberá ou já terá implementado, todos os desejos da humanidade. Ela saberá e poderá mais do que consigo conceber. Quem me dera uma noite de amor com Clementine. Mesmo que virtualmente. Imagine se eu pudesse mandar isso para ela, tudo isso enquanto, paralelamente, meu corpo se exercita e já não tem mais barriga, sou um homem em forma, graças ao programa de exercícios não conscientes. O que eu imaginar será coisas que a Singularidade já sabe, até porque publico e que ela pode achar interessante disponibilizar, como um app de um celular ou um programa de computador novo. Seria muito estranho isso, se a simulação fosse muito real, o cara seria capaz de continuar vivendo aquela realidade do sonho por quanto tempo desejasse, esquecendo inclusive de dar atenção a sua versão anterior de imersão, a que se desconecta, a que existe fora da máquina. 4h27. Na minha segunda etapa a que eu tenho de perguntar a menina, acho que a coisa mais branda e ao mesmo tempo reveladora seria pedir para ela dizer três filmes que ela gostou. Se ela disser “Velozes e Furiosos”, eu diria que assisti o primeiro mas não lembro e lembro partes do de Tóquio em que a galera só ficava descendo estacionamentos de muitos pavimentos em alta velocidade. Isso eu achei muito chato. Tenho curiosidade de assistir o filmado no Brasil e o sétimo. Talvez um dia assista. Mas seria um filme que meio que bateria na trave e entraria para mim. Quase fora da minha vibe. Acredito que que dos filmes que eu elencaria como os três bons filmes que eu vi, tenho certeza que dois ela não viu. E a maioria não viu também, “Child Of God” e “Rattle & Hum”. O último seria Matrix, que a maioria deve conhecer pelo menos de nome, eu acho. Em quarto lugar colocaria “Her” e em quinto “Quero ser John Malkovich” e em sexto, eu colocaria “Pulp Fiction”. Em sétimo, “Cidade de Deus” um filme que marcou uma geração brasileira. “Zé Pequeno”, meu irmão, rouba completamente o filme do começo ao fim. Em oitavo, eu colocaria uma animação da Pixar. Ando tão sem saco para animações 3D ultimamente. Tenho várias para assistir e não vejo. Ainda não vi “Big Hero 6”, para vocês terem uma idéia. Me botei uma regra agora que só assisto animação 3D se for da Disney ou da Pixar. A não ser que uma nova competidora tão inovadora e perfeccionista e com ótimos e improváveis roteiros quanto a Pixar, aí eu assisto. Poderia ser que um estúdio japonês, como foi o caso da Square que fez os Final Phantasy, que são belíssimos, só não entendi a história. Na verdade, só assisti um dos Final Phantasy, o mais antigo, eu creio e, na época achei muito bem feito. Acho que vou dormir. 5h02.  

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