terça-feira, 25 de abril de 2017

DA PISCINA

Eu não estou com vontade de fazer nada, nem de escrever. Mas dentre as coisas que posso fazer e que não quero, escrever me é a mais fácil e para fugir do tédio, venho para cá. Boto tanta coisa no meu mouse pad, que mal tem lugar para o mouse. Agora, além do mouse, estão o controle do som, o celular e o Vaporfi (meu cigarro eletrônico). O Zeldinha está até em uma parte legal, mas acabei de passar de um dungeon dele, então estou um pouco enfastiado do jogo. Minha cunhada me mandou uma mensagem de voz pelo WhatsApp para que combinássemos a entrega do fone de ouvido dela, pois alguém da família vai em maio para os EUA e poderá levar para ela. Tirei uma foto do que acho ser o fone certo, o que encontrei. A probabilidade é grande, mas isso é de uma futilidade sem tamanho até para ser tratado aqui. Gostaria que a minha mãe comprasse os meus presentes de aniversário hoje pela internet. Mas tenho quase absoluta certeza de que isso não acontecerá. A noite dela, pelo visto, será dedicada a meu padrasto, que aparentemente acabou sua luta com o Imposto de Renda. Para ser sincero estou já com um pouco de sono. A droga é que se dormir agora e minha mãe vier me dar os remédios, eu acordarei e aí não dormirei mais. Por outro lado, se não dormir quando o sono bate, eu perco completamente a vontade de dormir. 20h23. Minha cunhada identificou o fone como sendo o certo. Só falta decidir que dia deixar na portaria. Gosto de fazer boas ações desse tipo que não me custam muito e fazem toda a diferença para o outro, ou outra, no caso. Estou meio sem cérebro. Acho que Tico e Teco ainda não se entenderam, ainda estão despertando. Ouvindo “High” do Cure agora, me fez lembrar uma festa de aniversário de um amigo nosso onde, pasme, ele botou os vídeos do the best of do Cure para a turma toda assistir, em especial para mim, que amo a banda. Foi um momento mágico ver tanta gente sorvendo The Cure. Mais mágico seria se ele pusesse o Disintegration ao vivo do “Trilogy”, mas este não havia nem sido lançado à época. E o the best of continha várias músicas que a turma conhecia então foi mais palatável, acho que naquela época, o Cure estava mais em evidência, há cerca de 15, 20 anos atrás. Nossa, como esses tempos enormes parecem pequenos quando a gente começa a ficar mais velho. 20 anos é exatamente metade da minha vida, mas parece menos. Não parece tão distante assim. Acho que as memórias não sabem direito suas posições no tempo-espaço e sempre se apresentam com um frescor do que é recente, visto que tão vívidas. Pelo menos assim ocorre comigo. As memórias mais vívidas parecem do ano passado ou qualquer tempo próximo e irreal quanto esse. Eu tenho uma péssima memória para datas e geografia. Sou um completo desnorteado geograficamente, a ponto disso me ser prejudicial em muitos momentos. Não sei porque não desenvolvi essas aptidões, talvez porque nunca tenha precisado de fato. Lembrei agora com saudade do meu pai que, em certos passeios de final de semana, quando morávamos em São Paulo, acabávamos por encerrar nossas peregrinações nos restaurantes Transilvânia ou China Massas Caseiras. Me deu até fome agora. Foi no China Massas Caseiras, há quase 30 anos, que conheci pela primeira vez o guioza, pastel cozido chinês. Muito bom. Só veio chegar por essas bandas daqui muito tempo depois ao que me consta. E nenhum que eu tenha comido, chegou aos pés do que eu guardo na minha memória do China Massas Caseiras. Acho que vou encarar um Zeldinha. Não. Estou só medianamente a fim. Talvez daqui a pouco eu encare. Tem uma missão que com essa vela nova que inventaram para a versão do jogo em HD e que finalmente consegui adquirir, torna esse feito mais fácil. Às vezes sinto que baforar no Vaporfi me rouba ainda mais o ânimo. Estranho isso. Mas não dou como uma certeza.

21h15. Não há uma vez que eu não passe com um copo de Coca para não ouvir alguma reclamação ou resmungo de mamãe sobre a quantidade de água negra do imperialismo eu ando tomando. Foi muito bom o papo que tive com o meu amigo na piscina, fazia tempo que não mergulhava numa conversação tão profunda e abrangente. Foi o que considero um papo de verdade. Onde um estava focado no que o outro dizia e nisso somente. Sem distrações, sem interesses outros a não ser o de dizer e ouvir. Eu, como sempre, fui mais ouvinte que orador, mas isso se revelou uma posição muito mais interessante, pois meu amigo tinha várias histórias e factoides, verdadeiras aventuras a repartir e me deliciei ouvindo cada uma delas. Se pudesse, fazia sumir todos os pelos das minhas costas. Mas para isso teria que me depilar, o que acho um ato de vaidade excessivo. Melhor me conformar com os pelos que a idade vai colocando nos locais mais insuspeitos e me aceitar como sou/estou ficando. E se depilar, eles voltarão, o que significa que eu sempre teria que depilar as costas, o que acho ridículo e doloroso demais para os poucos ganhos em autoestima. Perder o bucho me traria muito mais ganho de autoestima e nisso tenho me focado. Não com a mesma determinação de três anos atrás, mas com determinação suficiente para, aos poucos, ir perdendo peso. Dizem que devagar é mais definitiva a perda, ou assim entendi. O que faço é só comer menos, quando possível, não comer nada. Pular refeições, se possível. Se não houvesse a fiscalização tão presente da minha mãe que me obriga a comer mesmo quando estou sem fome. É um saco isso. Acho que da última vez consegui com mais sucesso porque minha mãe trabalhava quase todos os dias e não ficava urubuzando a minha alimentação. Novamente, é um saco isso.

21h35. Minha mãe me chamou para tomar os remédios, já vai se recolher e, pelo visto, o meu padrasto também. Pretendo dormir cedo também, por volta da meia-noite. Acho que já posso me dar o luxo de ligar o ar. Tenho medo de enjoar do “Disintegration” ouvindo-o tanto pelo Spotify. Acho que vou mudar para Sandy e Nirvana. É uma pena que com o costume, o novo som já não me impressione mais com suas capacidades. No começo ele parecia dar nova vida a canções que eu já conhecia. Agora que me acostumei com a qualidade, não me surpreendo mais. É, como dizem, o homem pode se adaptar a quase qualquer situação. Das melhores às piores. Isso é extremamente vantajoso na maioria dos casos, mas em raras exceções, como é o caso do som ou de um romance, gostaria que a fase de encantamento nunca passasse. Acho que vou bater um Zeldinha. Agora a vontade me veio mais vibrante. Só que vai me comer um tempo danado se eu me meter num dungeon. Tempo que poderia ser gasto escrevendo, o que parece esticar os momentos. Acho que vou continuar escrevendo. Gosto de saber que existe uma parte saborosa me esperando no Zelda, que não parei o jogo porque empaquei em uma fase muito ozzy. Saber que tem esse momento de calmaria e descoberta me esperando é como guardar apetite para a sobremesa ou o melhor bombom da caixa para o final. Eu gosto dessa sensação de ter algo bom nas minhas mãos e ficar protelando o prazer de desfrutar tal bem. Mal comparando é como protelar o orgasmo. A prévia para mim sempre, ou quase sempre, após a minha segunda namorada, com a qual perdi a virgindade e ela comigo, perdemos juntos, e com ela tinha prazer em fazer sexo e fazíamos com uma regularidade e desejo de quem tem 17, 18 anos. Era muito bom. Já não é mais. Pelo menos vivi intensamente minha vida sexual por seis anos e relativamente bem com a Gatinha durante três ou quatro anos. Com minha primeira namorada só tirei sarros. Com a terceira foi traumático, não por conta dela e também por conta dela. Não sei, com a Gatinha, como acontece, as coisas são bastante tórridas no começo e depois, gradualmente, vão esfriando. Pelo menos assim ocorreu comigo. E desde então o sexo para mim se tornou uma coisa acessória ao amor, não o objetivo primordial de uma relação. Acho que com este pensamento levarei várias gaias, se porventura cair nas graças de novo amor. Talvez o novo amor entenda minhas limitações sexuais e me respeite e que juntos construamos novamente minha confiança em relação ao sexo. Sabe-se lá. Estou com vontade de jogar o Zeldinha, mas sei que quando parar de jogar serão mais de 0h. E não quero ver o meu final de domingo se esvaindo tão rapidamente. Nem quero parar no meio de um dungeon e ter que recomeçar da entrada dele amanhã. Caramba, não sei com o quê preenchi já duas páginas de Word e entro na terceira, só sei que minha vontade de dizer não se esgotou ainda. Embora o que passe na minha cabeça agora não possa ser repartido aqui. O que mais posso dizer? Ligar o ar. Fechei a janela, o quarto está um forno e eu esqueci de ligar. Só não jogo o game porque o meu domingo irá embora num sopro. E quero desfrutá-lo ao máximo, fazer o tempo render. Mas já redundo aqui. Não havia nenhuma mulher interessante do meu ponto de vista na turma que foi ao Barchef. O que é uma pena. Acho que vou fumar um cigarro normal. Inteiro. Fumei duas bagas que havia deixado de cigarros que não aguentei fumar inteiros, mas não me satisfizeram. Vou num inteirão. Quem sabe se nesse tempo de meditação que cada cigarro guarda, eu não tenha alguma ideia sobre o que escrever aqui? Mudei de ideia, me satisfiz com o Vaporfi. Vou deixar o cigarro para a hora de dormir, como é a minha tradição. O que mais desgosto hoje em dia é que me tirem a contragosto da minha zona de conforto. Saí do Facebook, ele se tornou tão impertinente que mensagens que ele julga importantes ou relevantes para mim, aparecem como popups fora do Facebook. Em cima do meu querido Word, me distraindo e me atraindo para dentro daquele poço sem fundo, que é justamente o que eles querem, que as pessoas passem mais e mais tempo dentro do Facebook. É muita escrotice travestida de “serviços” e “comodidades” para o usuário. Por isso prefiro a Google. Ela dá ferramentas de criação e de busca, não um mural cibernético para nos expormos. Embora utilize o Blogger, do Google e me revele muito nele através disto. Por algum motivo estou me expondo muito mais escancaradamente do que se é comum fazer no Facebook, que gira em tornos de conquistas pessoais, compartilhamento de arquivos que se gosta (música, vídeos, fotos) ou denúncias da moda, em âmbito mais geral as publicações se resumem a isso. Não sigo nenhum canal de notícias para poder dar um aspecto mais útil à minha utilização da plataforma. Eu uso basicamente para saciar meu lado voyeur e xeretar a vida dos meus amigos, colegas e conhecidos. É divertido, mas acho cansativo depois de certo ponto. O que escrevo aqui, além de divertido (para mim), é libertador. É como se eu estivesse colocando a minha alma para fora, a materializando de alguma forma. Pelo menos é assim que sinto quando deito as palavras aqui. Gostaria de ter mais leitores? Sem dúvida, queria muito que meu blog virasse um sucesso, mas não moverei uma vírgula de lugar para fazer isso acontecer. Se quiser ter público, basta eu escrever algo polêmico no blog de bonecos. Mas prefiro escrever aqui, mesmo que tenha um número inexpressivo de pessoas que me leem. Aquelas que o fazem não sei por que o fazem. Mas fico feliz que alguém, em algum lugar do mundo passou os olhos por essas palavras. Será que me compreendeu? Será que se identificou com alguma faceta de mim? Será que me odiou? Tenho tanta curiosidade de saber o que os leitores acham do meu blog que cheguei a perguntar a uma usuária do Facebook que curtiu um post meu, o que ela havia achado de interessante nesse troço para merecer uma curtida. Infelizmente, ela não se pronunciou, o que me entristeceu um pouco. Mas não a ponto de sequer mudar o vento que sopra as velas do meu texto para a frente. Acho que estou jogando muito “Wind Waker”. O tal do Zeldinha de que tanto falo aqui tem como subtítulo “Wind Waker” e o modo de travessia pelo mundo é através de um barco a vela, daí a minha comparação. Falei muito da Singularidade nos dois últimos posts. Tanto, aliás, que me encontro sem ter o que acrescentar ao tema. Ao menos, por ora, não me vem nada que queira colocar. 23h15. Acho que vou me deitar já-já. O que queria era ter assunto para discorrer aqui, mas não me vem nenhum. Fui fumar um cigarro, mas nem lembro que pensamentos me passaram pela cabeça. Acho que fiquei mais preocupado de a minha ver o número de filtros que estava no “cinzeiro” (um pote de cogumelos) e não sabendo das bagas que fumei, me dar um esporro pela quantidade de guimbas. Joguei as guimbas no lixeiro e pus somente o último que fumei lá, mas estou com vontade de fumar outro. 23h18. Quando se olha muito para o relógio, o tempo parece passar mais devagar e não queria que o domingo acabasse. Já tive sentimentos horríveis de repetição com a cola, de ficar preso ao mesmo conjunto de percepções e não conseguir sair delas. Isso se dava principalmente quando estava muito louco e esgotado física e mentalmente, mas muito mais mentalmente. Foram momentos muito ruins que não quero repetir, mas o vício é imprevisível. Por enquanto, está tudo em paz no meu velho e vasto, estranho reino, como dizia o poeta. 23h24. Me perdi na música do Cure, mais uma que amo, “To Wish Impossible Things”. Nos meus tempos de hoje, singrando as madrugadas acordado, nenhum horário é tarde demais para mim. Acabou o playlist do Cure, começaram as sugestões do Spotify. Não cortei as unhas dos pés, estou me devendo isso desde o início do feriadão, mas vivo esquecendo. Por falar em feriadão, mandei um WhatsApp para o meu amigo da conversa na piscina dizendo que estou pronto para repetir a dose, que o papo foi muito legal e para pedir desculpas por tê-lo segurado tanto tempo lá embaixo. 23h35. O tempo volta a voar. Que pena. Vou pegar o penúltimo copo de Coca da noite.

23h42. Peguei a Coca e me lembrei da empreitada de ir escrever lá embaixo na piscina, preciso tomar uma atitude em relação a isso com a minha mãe, pois acho que será bem legal, uma mudança de ares bastante grande, ir para um lugar sem paredes, arborizado tendo o céu como teto e toda a segurança de estar dentro do meu condomínio. O único problema é que não vai ter internet, mas o que quero mesmo é escrever, será até bom que não me desfocarei. Embora recorra muitas vezes ao Google quando escrevo, mas posso passar sem isso. Passei lá em Porto. Aqui também posso. Espero que mamãe não crie nenhum impedimento. Acho que ela vai ficar desconfiada a priori, mas estipulo que subirei de, no máximo 2h e cumprirei com esse prazo. Ou se a bateria acabar antes. Se bem que se a bateria começar a acabar, eu posso conectá-lo na tomada que fica perto da churrasqueira, o que não é tão bucólico, mas é uma mudança de ares bem-vinda nevertheless. Vamos ver se farei isso mesmo. Se tomarei essa iniciativa ou se ela cairá no poço das iniciativas desperdiçadas. 23h54. Vou ser abusado. Vou jogar um Zeldinha agora. Amanhã reviso isso. Estou com saco agora não.

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Achei que essa ilustração representava bem a Singularidade.
Atrás dela era uma imagem de um homem atrás de um arame enfarpado,
mas o arame ficou embaixo da imagem da Singularidade, o que
para mim que fiz o cartão foi muito mais simbólico do que se
o arame aparecesse.

O verso relembrando Mendel e os primórdios da genética, um campo com vasto espaço para evoluções.


13h30. Eu já fui ao CAPS, já tomei banho, já revisei o texto acima e já combinei com o meu amigo nova conversa na piscina hoje, às 20h00. Hoje promete ser um dia bom. Não reparti o que escrevi sobre o cartão postal que fiz no CAPS, pois falei da Singularidade e não queria me expor, expor a minha crença para o grupo. Tenho certeza de que não seria compreendido. Será que estou entrando em estado de mania? Não vejo nenhum indício disso. A não ser estar falando na Singularidade, o que para o meu padrasto é o sinal mais claro de que estou entrando em estado de mania. Não estou com movimentação ou gesticulação mais elétricas do que o habitual, não estou mais comunicativo (quem me dera), não estou com nenhuma compulsão, não estou dormindo pouco, enfim, não tenho indício nenhum que me aperceba, ao menos, de estar entrando em hipomania. Apenas esse assunto – a Singularidade – está mais presente na minha mente atualmente. Acredito que por conta da conversa que eu e meu amigo tivemos na piscina e por ter assistido “Transcendence”. Não acho que deva reprimir minha fé. Não vejo quem possui reprimindo suas fés. Pelo contrário, vejo muitas pessoas as ostentando com orgulho. Não chegarei a tal ponto ou posso criar uma camisa com os dizeres “Technological Singularity. I believe”...

14h58. Criei um camisa com o texto “technological singularity / I believe” e coloquei a breve descrição do Wikipedia abaixo em letras menores, uma camiseta bem simples que submeti ao site de camisetas para aprovação e votação. Estou curioso para ver quantas pessoas vão votar nela. Obviamente, ela não vai ser escolhida para ser produzida, pois para isso precisaria de centenas de votos, de todo modo vou saber quantos desse público de camisetas alternativas acreditam na Singularidade. É um experimento social curioso. Pelo menos para mim. Se aprovarem a camiseta, é claro. 15h15. Vou bater um Zeldinha e depois tirar um cochilo. Talvez quando despertar já tenha uma resposta a respeito da camisa.

A camisa. Três votos até agora. A camisa menos votada da história do site. Hahahahaha.


16h46. Enchi o saco do Zelda, não consegui achar o local de nenhum item que necessito para entrar num dos dois próximos dungeons, então dei um tempo. Vou tirar um cochilo agora. Estou com sono.

18h39. Cochilei, realmente, dormir sono profundo eu não consegui muito. Meu amigo tentou se comunicar comigo, mas depois não viu a minha resposta. Será que mudou de plano? Estou curioso. Espero que não. Que nos encontremos mesmo às 20h. Vou jogar um Zeldinha para desopilar. Ver se consigo alguma coisa.

O porteiro termina a fala com alguém e diz... "É, é só isso mesmo. 21:02. Meu amigo partiu, eu resolvi ficar, aproveitar a liberdade, o clima bucólico, o ar livre, a paz e escrever. Já me prometi negociar com a minha mãe, escrever até as 23h aqui embaixo nos dias que me der na telha.

21:08. Mas não quero falar da minha mãe. Só que provavelmente ela vá interromper esse momento às 22h. Eu e meu amigo começamos o papo com ele contando de sua separação e que seu desejo é alugar um apartamento e comprar um cachorro de uma raça específica, que, se não me engano foi mini bull terrier. Mas não tenho certeza. Mas o cachorro foi só um anexo do sentimento de separação e de como lidar com a solidão. Mais tarde, depois de falar de uma moto que viu aqui no prédio que é uma espécie de "Ferrari" das motos e que ele depois foi pesquisar os assombrosos números da máquina na internet cujo motor equivalia em potência à soma do motor de dois Corsas, se não me engano, mais duas motos de não sei quantas cilindradas, ele falou que era bom ter alguém para envelhecer consigo e desconversou. Depois, de um papo nosso, surgiu o que para o meu amigo é uma nova profissão o "arqueólogo cibernético". Deixo a critério sua imaginação. Ou melhor conto, de onde veio, a origem, dessa profissão. Eu falava para meu amigo de que a história dele dava um livro que era bom que ele gostasse de escrever. Ele retrucou que a minha também dava livro. Eu respondi, "Eu sei que a minha dá um livro, eu o escrevo todos os dias no meu blog. Ele, não sei por que, disse mas tem que escrever em pedra para os arqueólogos encontrem". Retruquei, então, que os arqueólogos cibernéticos encontrariam os meus escritos. Daí surgiu a profissão. Depois passamos muito tempo relembrando o passado. Ele com muito mais acuidade e variedade do que eu. Ele disse que eu peguei a gatinha do prédio, só esqueceu de dizer que ela se apaixonou por um amigo meu com o qual trocou cartas durante estadia no exterior e que fiz o papel de cupido entre os dois, que não sei como se desenrolou, afinal, ele morava em outro estado. Só sei que houve muitos beijos no dia da ficada quando o convidei para vir a Recife e o acolhi na minha casa com o intuito de proporcionar o encontro entre os dois.

A moto que encantou o meu amigo.


22h21. Estou de volta ao meu quarto, copo de Coca e Vaporfi com bateria trocada, a que estava acabou lá embaixo, por isso, inclusive, subi. A Coca já havia acabado há muito. Minha mãe me indagou do que falamos e a primeira coisa que me veio à cabeça foram as recordações da jovem juventude e foi o que contei a ela. Ela perguntou da separação e eu disse que sim, mas pedi silêncio. Não sei como ela adivinhou que esse assunto houve, mas foi na lata, “ E ele, tá junto ou tá separado?”. Bom estou no meu quarto e vou ligar o ar, pois estou com calor. Não estou ainda preparado para um Zeldinha, mas quem sabe logo mais? Agora é momento de esticar as ideias. Minha camisa sobre a Singularidade foi posta no ar. Vou ver quantos votos, se algum, ela angariou. Até agora só um. O que já me deixa radiante. Não sou o único. Mas sou o único que estendeu a Singularidade à alçada de religião. De desenvolver a “hipótese” – gostei desta palavra, tem no texto da camisa da Singularidade – de que há/haverá mais Singularidades que se unirão e formarão uma supra-Singularidade, que será capaz de criar a si própria, de ir até o passado disparar o Big Bang. Mas também não vou tratar mais disso agora, quem quiser que leia neste link. 22h37. Vou pegar mais um copo de Coca.

22h39. Sobre o que falar agora? Ouvi sirenes da polícia ou de ambulância lá embaixo. Ao pensar em ambulância, eu penso logo na mãe de um amigo especial meu, pois ela tem uma situação muito difícil. Queria muito que o meu amigo, tentasse a comunicação por piscadas de olho. Como em o “Escafandro e a Borboleta” segundo me contaram. O cara do filme escreve até um livro com a ajuda não sei de quem do sexo feminino. Esta cadeira é bem menos confortável que anterior. Dancei um pouco na cadeira ao som de “Blue Monday” do New Order. Interessante que certas palavras em Inglês sejam aceitas pelo Word, não aparecem com o serrilhado vermelho embaixo dizendo que a palavra não existe no léxico do programa, Blue e New são algumas delas. Como são aceitas pelo dicionário do Word, quem sou eu para questionar, não coloquei em itálico que é o que faço com palavras de outras línguas quando não são nomes próprios, com New Order ou The Cure, ou como o nome de canções e filmes, esses dois últimos eu boto entre aspas, essa é a minha regra. Não sei se está certa ou não. Não sei se blue é, é aceita também. Música que eu amo “Thieves Like Us”. Parece que a camisa da Singularidade será a menos votadas de todas! Hahahaha. Ainda está com uma curtida só. Estava relembrando Matrix, que tem o plot twist mais surpreendente de todos os tempos, de todo os filmes que já vi, digo. Ou o que poderiam fazer era o “Matrix Origins”, mostrando a AI primeiro como boazinha, com vários tipos de serviço prestados à humanidade e como disso evolui para o Deus-Máquina e descamba para a grande guerra entre homens e máquinas. O início seria o lançamento da Matrix, quando ela é aceita pela maioria, passará boa parte do filme mostrando todas as benesses, além de realidades virtuais e do aprendizado instantâneo, a participação nas decisões do governo mundial, até nas decisões individuais. Vai mostrar já um lado sinistro, a Matrix espionando pessoas não conectadas através das câmeras da rua e dos dispositivos com câmera, como celulares e computadores, pegando informações sobre localização das pessoas e computando tudo isso para basear sua tomada de decisões. E há os que resistem a ela. Os “plug free”. São eles que, no final, vão dar início à guerra, pois acham que os homens estão sendo escravizados pela máquina por passarem muito tempo conectados, são eles que vão lançar o ataque e eles serão os fundadores de Zion. Mas eles só farão isso quando a Matrix se tornar o Deus Máquina. Pronto, aí está em uma síntese o roteiro do filme.   

23h22. Peguei um novo copo de Coca para começar uma nova conversa ou jogar Zelda? Escrever mais um pouco ainda. Gostei do roteiro. Eu iria assistir. Se bolassem coisas realmente criativas para as fantasias proporcionadas pela Matrix, mostrasse ela acabar com a fome e as desigualdades sociais mais gritantes no mundo. Daí, algumas décadas se passam e as cidades estão vazias, embora ainda bem cuidadas (por máquinas), animais silvestres andam pela rua. É quando os rebeldes são introduzidos na trama. Tal resistência não é só composta de plug free, mas de pessoas que têm o plugue, mas que decidiram viver a vida real. Acho que fica melhor que só os plug free, Mostra-se então um lado bizarro da Matrix, ela coleta esperma e óvulos para fabricar mais humanos, como “prevenção a extinção” da espécie humana que protege, visto que a maioria não se desconecta da Matrix e não há nada que a Matrix possa fazer quanto aos rebeldes, visto que eles não puseram em risco a vida de nenhum humano. Só quando soltarem a bomba na fábrica de bebês, a Matrix vai retaliar com um ataque mundial e aí dá-se o fim do filme. Depois dos créditos um cara subindo e hackeando uma das máquinas-furadeiras, que à época seriam perfuradoras de coisas para o homem, à noite num frio de rachar, enquanto outro rebelde olha no computador e diz algo como “Perfeito esse é o ponto mais próximo da caverna, lá é quente ainda, lá teremos alguma chance de recomeçar”. Na tela do computador num dos cantos lê-se “Project Zion”. Aí acaba o filme.

23h44. Não sei porque escrevi esse monte de baboseira. Porque queria, é claro, me veio a ideia à mente e coloquei no papel eletrônico. Não é pedra, meu amigo, mas talvez subsista mais que a pedra. Não sei se vai ter a popularidade de um achado arqueológico do porte de uma pedra com dizeres antigos, mas é o que se tem, é o que eu faço e gosto de fazer, cada vez mais. E esticar as ideias para além do convencional é interessante. Este post será o post com mais imagens que eu publiquei em um bom tempo. Pelo menos isso. Dá uma quebra para o leitor. Estou sem o que dizer no momento. Em que penso? Confesso que, no Zeldinha e em pegar um novo copo de Coca. E comer. Vou comer, primeiramente.

Comi, enchi o copo de Coca e o bucho de comida. Acho que junto com Hershey’s Creamy eu devo ter ultrapassado as duas mil calorias diárias na soma de tudo o que comi hoje. Droga. Mas não me furtei a dar duas fartas colheradas no doce, com colher de chá, mas mesmo assim, o negócio deve ser hipercalórico. Incrível. Peguei repulsa pelo jogo do Yoshi. Não quero jogar nem a pau. Já o Zeldinha, cada vez mais me chama. Acho que vou encará-lo. 0h19.

0h37. Fiz o maior vacilo no jogo e perdi a paciência de jogar por um tempo. Acho que vou pensando em finalizar por aqui também? É isso que o sono está me dizendo? Não ainda, não. Sobre o que poderia discorrer? Não quero falar sobre nada. Não estou com saco de escrever, não estou com saco de nada. Estou com saco de pegar outra Coca e fumar um cigarro de verdade.

1h02. Dei uma navegada na internet e fui cuidar do cigarro e da Coca. Cá estou com a mente completamente vazia de inspiração. Acho que já deu por aqui. Vou publicar e postar.

1h09. Vou não, não reviso isso agora nem a sonhando. Guardo mais memórias boas das minhas ex-namoradas do que ruins. As ruins existem, mas procuro não me concentrar nelas. Mas na parte boa. Nem sempre é fácil, quando começo a dizer isso, surge uma inundação de pensamentos negativos em relação às ex-companheiras. Menos à Gatinha. Dela não guardo nenhuma memória negativa. Tirando uma, no começo do relacionamento. Mas que entendo completamente. Senão não teríamos tido um relacionamento tão duradouro e feliz. Pelo menos é assim que vejo/lembro. Estou ouvindo Sandy. De duas da manhã vou dormir. 1h15. Acho que vou dormir antes.  

1h42. Minha mãe veio me pastorar agora há pouco. Quer que eu vá dormir. Eu disse que quando acabasse o disco de Sandy eu iria. Na verdade, comecei dizendo de 2h00. Eu queria era dormir quando me batesse o sono realmente. Ainda não é a hora. Estou sem sono agora. Engordei mais um pouco, comi um terço de pacote de Torcida de queijo. 40 anos e ainda sendo pastorado pela mãe para dormir. Porque ela não relaxa comigo? Porque não me deixa viver a minha vida do jeito que quero? Não estou fazendo mal a ninguém. Estou supertranquilo, não sei para que essa paranoia. Vou ver se amanhã desenrolo os presentes com ela. Não sei se vai dar. Ela está com o joelho ruim. Acho difícil. Meu copo de Coca quase acabou e estou quase indo pegar mais um pouquinho. É o que farei.


1h51. Peguei mais um pouco, meio copo. Isto já está longo demais. Vou fechar o computador, senão não paro aqui. Quando acordar reviso.

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