Não sei se interagi mais ou menos que no ano passado.
Acredito que menos. Aliás, tenho certeza disso. Mas interagi bem mais que na
minha saída anterior. Bom, um passo de cada vez. Fiquei surpreso porque tocaram
músicas que eu realmente gostava como “Bizarre Love Triangle” do New Order e “Smells
Like Teen Spirit” do Nirvana. Esta última, segundo me disseram por causa de um
meme de Zeca Camargo dançando entusiasticamente a música nas ladeiras de
Olinda. Parece que vai virar hit do carnaval o que não deixa de ser bastante
peculiar. Bom, a razão para tocá-la tanto se me dá. Houve outras que gosto, mas
na versão Patusco não me agradaram tanto. Minha amiga disse que sou muito
crítico, mas a verdade é que tenho um gosto musical muito limitado.
Encontrei minha maior paixão platônica (e não, não é
Clementine. Não mais), não esperava revê-la, mas o destino fez com que
cruzássemos nossos caminhos novamente. Foi doloroso porque fui tratado com
frieza e desprezo. Por outro lado, recebi um delicioso e carinhoso abraço de
Kilma e me sinto mais disponível para encarar a Vila Edna amanhã, caso haja
movimento por lá. Primos podem se apaixonar? Toda forma de amor vale a pena. É
o que posso dizer, por mais que comigo não tenha dado certo, visto que
unilateral. Nunca tinha percebido que uma amiga minha tinha ombros tão largos.
Talvez esteja fazendo natação. Não costumava ver essa desproporcionalidade nela
em tempos há muito idos. Ela continua linda, entretanto. E parece que vai sê-lo
por muito tempo ainda.
Com a presença da minha paixão platônica maior, o pensamento
sobre X me assolou pouco. Mas não deixei de pensar nela. Com duas paixões
platônicas na cabeça não tive interesse real por nenhuma mulher do bloco.
Embora houvesse verdadeiras gatas por lá. A maioria acompanhada, por igualmente
garbosos rapazes, como é de praxe. Mas havia as solteiras, porém não me senti
nenhum pouco motivado a abordá-las, até porque já tinham cara de um belo fora.
Desta vez, ao contrário das outras, me concentrei mais nos corpos que nos
rostos. Uma mudança curiosa que não sei por que se deu. Sei que ficava
comparando os corpos delas com o de X. Imaginando se X teria muitas celulites
ou não, embora a minha impressão é de que não tenha muitas. Odeio pernas cheias
de celulites. Eu sou um solteirão exigente. Provavelmente por isso continue
solteirão. 1h00. Escrevi um post do Sai Dessa Noia para o Desabafos do Vate
antes deste. E depois de ter voltado do bloco, me aventurei na rua de novo para
tentar um encontro com a turma do meu primo-irmão. Estava com saudades deles e
a energia do carnaval parece imprimir certo magnetismo em mim. Como se eu
estivesse perdendo onde tudo acontece. Mas o que aconteceu quando eu saí pela
segunda vez foi uma rua cheia de carros com sons superturbinados – de doer os
tímpanos – passando os hits do momento, ou seja foi um passeio infernal e,
depois de ter me perdido pelo Poço da Panela em busca da 17 de Agosto após ser
comunicado que a turma tinha se encaminhado para o Barchef, eu decidi não
enfrentar mais a turba, pois imaginei que o Barchef estaria lotado também e
tomei meu rumo de volta para casa.
Terminei de escrever o meu post para o meu blog pessoal e
agora escrevo brevemente sobre o dia de hoje para não passar em branco no
Jornal do Profeta. Senti que que tive que lutar contra a minha natureza
crescentemente antissocial para manter relações de diálogos com meus amigos.
Mas foi um esforço menor do que eu pensava. Está passando “Menina da Lua”, “música
tema”, digamos assim, da minha paixão platônica maior para mim. E dói. Estou
meio na roedeira agora. Mas não vou mais tocar nesse assunto. Deixa para lá.
Minhas fichas todas estão apostadas em X. Não sei por que acho que ela é, das
paixões platônicas que tive nos últimos anos de solidão – que já somam quase
uma década, eu acho – a mais passível de se concretizar. Deve ser devaneio meu,
mas sinto muitas vezes que ela me trata com mais interesse que os demais
usuários do CAPS. Não sei se crio o marcador X para esse blog, visto que minha
ilusão pode vir abaixo a qualquer momento e torna-lo obsoleto. Como acho que
vai acontecer mais cedo do que imagino. Acho, inclusive que está a um fio de
acontecer. O que é uma grande pena. Acho que meu destino é ser solteirão mesmo
e só experimentar paixão recíproca de novo num simulacro produzido pela
Singularidade se viver até lá. O shuffle do iPod está muito repetitivo. Deixa
várias músicas de fora e toca as mesmas com uma frequência anormal. Não sei se
atualizaram o algoritmo e fizeram uma grande merda ou se eu estou ficando gagá.
Isso gradativamente eu sei que estou ficando, mas ainda consigo perceber repetições.
Bom, vou acabar por aqui, eu acho, pois vou atacar a farinha láctea. 1h27.
Sem muito saco para escrever ou algo a acrescentar. Acho que
estou cansado do dia agitado, para os meus padrões, de hoje. Mas não sei por
que reluto em entregar os pontos. Assim vou acordar de duas da tarde amanhã.
Horário bom para ir à Vila Edna. Se bem que prefiro ir por volta das 15h30 –
16h00. E acho que amanhã mamãe vai fazer paçoca com linguiça de frango, prato
que eu simplesmente adoro. A fome do remédio está batendo, mas já comi um monte
de farinha láctea, não vou atacar o estrogonofe da geladeira, não. Atacaria a
delícia de abacaxi que lá há, mas acho que mamãe não iria gostar da ideia.
Acho que vou ficando por aqui. Nada tenho na cabeça a
acrescentar. Foi uma experiência boa. Foi uma experiência perturbadora dos meus
sentimentos, que estão todos embolados. Mas como um todo não poderia ser melhor,
dado o meu atual estado bicho-do-mato.
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