Ridículo isso que eu escrevo? Assim seja. E assim será. Que
se dane. É minha ocupação libertadora e permanecerá sendo enquanto palavras
houver em mim.
Me peguei pensando sobre a (falta de) pertinência de
escrever este blog. Me peguei achando tudo isso muito ridículo, mas o problema
é que amo muito tudo isso. E que se vierem críticas (que não vêm porque ninguém
lê), que venham. Não posso é deixar minha autocrítica, esse meu superego
carrasco me impedir de fazer o que tenho por vocação e prazer. Não posso dizer
dom, pois dom o tinham os grandes. Machado de Assis, Dostoievski e Montaigne,
que são quem eu posso citar, pois li algo deles. Adriana Falcão também. Não
tenho esse dom incomum e raro de transformar as palavras em arte, mas não devo
recuar por causa disso. Não busco entrar para os anais da Literatura aqui,
busco apenas aliviar o peso da alma sobre os meus ossos. Busco preencher o vazio
impreenchível de ser. Mesmo que por alguns instantes, alguns minutos ou horas.
É mais do que muita gente tem. Todos deveriam ir ao psicólogo e todos deveriam
ter um blog, mesmo que secreto. Este é público, mas há opção de um blog fechado
só para os editores e, sendo você o único editor, somente você pode ler. Mas,
mais do que ler, o que me agrada é pôr para fora. Em não pensar muito, não
censurar muito, deixar o pensamento me levar por quaisquer caminhos que ele
julgue pertinentes, por mais impertinentes que às vezes pareçam para mim. Eu
tenho um blog secreto também, para as maçãs mais podres que o meu bom senso
insiste que eu não reparta aqui. E tenho outro ainda, sobre bonecos de
colecionador, uma das minhas manias que virou passado, como o blog que há muito
tempo não visito e despejo lá algum pensamento polêmico. Tal foi meu desapego
do assunto, que vivi intensamente por cerca de um ano, que não consigo achar
assunto, mesmo acompanhando, meio que à distância o mundo dos bonecos. Mas não
quero falar de bonecos. Basta dizer que tenho mais bonecos do que preciso e que
me desfiz de bonecos que gostava bastante para financiar outros que não me
aprazem tanto. Foi uma grande burrada, mas vivendo e aprendendo. De toda sorte,
parei de colecioná-los, visto que são muito caros – e cada vez mais caros – e
não tinha de onde tirar dinheiro para financiar meu hobby. Usei o dinheiro que
tinha guardado para um boneco e me dei um videogame, o tão falado aqui Wii U.
Que nem tenho jogado muito porque parece que também aos poucos me desapaixono deste
outro hobby. Ou porque só tenha quatro jogos desse console. Um dos quais não me
apeteceu nem um pouco, enquanto os outros... bem, ultimamente prefiro escrever
e ver séries de TV. Estou nessa fase. E novos jogos, que comprei com o dinheiro
do boneco que iria comprar, estão teoricamente chegando com a tia da minha
cunhada. Comprei-os baratinhos no eBay. Depois de muita pesquisa e de uma boa
dose de paciência para esperar uma oferta boa surgir. Mas não queria falar de
temas tão rasteiros, embora não queira restringir o fluxo de pensamentos que
agora me ocorrem. Fato é que, com o valor de uma boneca, fui capaz de comprar o
videogame e uma boa seleção de jogos. E videogame não é uma coisa barata, para
você ver como o negócio de adquirir bonecos de colecionador é uma coisa cara.
Tô fora. Para ser sincero talvez ainda compre mais um para gastar os meu reward points. Mas aqui e desde que
comecei a falar do Wii U que estou me repetindo. Espero que esses reward points não tenham prazo de
validade, pois quero esperar um boneco que realmente me agrade para valer o
investimento. Comprar bonecos para revender é uma faca de dois gumes e
geralmente me dou mal nisso. Acho que vou começar o ritual televisivo com uma
partida de Mario Kart e depois recomeçar “The Walking Dead”. Qualquer coisa,
quando bater na cabeça, venho procurar abrigo aqui. Pegar uma Coca para iniciar
os trabalhos.
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