quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Começo




Esticar as idéias tendo uma página em branco à frente é como ser o Arquiteto de Matrix. Aliás, uma mistura entre o Arquiteto e o Oráculo. Posso por exemplo, “ei, oi, Björk!” E “oi também, Björk! Depois eu troco uma ideia com vocês.” Falo isso enquanto passo pela Björk da época do Sugarcubes e a Björk atual que coversam no jardim fantástico (mais fantástico que qualquer invenção de Tim Burton) no planeta que inventei. A primeira está grávida de mim. Quando o filho dela (nosso) nascer, a Björk de agora terá espontaneamente um filho da idade que o da primeira teria caso o tempo tivesse passado. E aí vendo os erros que nós cometemos através da versão crescida, corrigiríamos no menor. Ou eu poderia deletar os filhos caso me cansasse deles, sem que isso causasse prejuízo emocional às mães, como se eles nem tivessem existido para elas. Eu poderia e posso nessa página ser tudo. Magnânimo e cruel. Bom e mau? Seria justo fazer isso com duas pessoas (mesmo que virtuais): botar e tirar filhos em suas vidas e apagá-los de suas memórias? Seria mais justo se eu apagasse da minha também? Seria justo que eu os salvasse num diretório quando não os quisesse por perto e fazer com que as mães não sentissem falta deles nesse interregno? E se elas me pedissem isso, deveria fazê-lo? Se não sentissem falta não os trariam de volta, provavelmente. Que estranho o caminho que estas ideias seguem... 18h54

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