21h35. Tomei algumas xícaras de café enquanto conversava com
meu padrasto e minha mãe. Por algum motivo ter esticado as ideias hoje me
deixou mais sociável, talvez por terem sido muito pouco esticadas.
Falando um pouco mais sobre o futuro, acho Björk uma mulher
à frente do seu tempo (além de linda), gostaria de conversar e casar com ela (e
mais algumas, ter meu próprio harém). Acho que rolaria um papo interessante se
eu não me deixasse intimidar por sua pessoa e o que ela representa para mim.
Gostaria de saber o que ela acharia da minha versão de futuro. Gostaria de
saber o que o mundo inteiro acha da minha visão de futuro. Se esse paraíso na
Terra onde se pode criar e sentir tudo o que se quer sentir e criar agrada a
todos, sendo ele indistingüível do real (se assim o usuário quiser). Estou
construindo as frases meio desconectadas, embaralhadas, truncadas, mas é assim
que me vêm e é assim que serão e permanecerão. Gostaria de saber se esse
paraíso na Terra que levará à otimização de todos os recursos de forma a
preservar a biosfera e sua diversidade é válido. Se uma democracia universal de
fato onde todos os indivíduos, caso seja do seu interesse possam ser ouvidos do
âmbito distrital ao global, onde há igualdade de oportunidades e onde o acúmulo
de riqueza não é mais fator determinante da motivação humana (sendo substituído
pelos prazeres das criações possibilidades dentro do consciente coletivo, que
podem muito bem ser de cunho científico ou literário [o que já experimento aqui,
do meu jeito torto ou pouco ortodoxo ou banal mesmo]). Oh, I love your eyes my dear...Botei a trilha que ouvia no albergue
de drogados, there’s plenty of Björk in
it. 22h09.
Eu gostaria de saber se a seqüência que imagino será a
correta: o surgimento do unidoc, seguido pela formação de um governoglobal sediado por uma ONU repaginada, tendo como constituição global a DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos (incluindo clásulas de inserção digital para
todos) e, enfim, a singularidade tecnológica que levará, junto com esses
outros dois eventos, à origem da consciência coletiva. Ou será que vai ser o contrário, a singularidade tecnológica é que vai botar a humanidade nos eixos?
Quero e vou dar continuidade a minha esticada de ideias.
Mas, antes, tomar meus remédios. E ver se a graciosa Clementine grávida passou
pelo meu blog e deixou algum comentário.
Fui ver, não havia nenhum comentário. Percebi, então, que
minhas configurações de postagem de comentário eram demasiadamente burocráticas
e limitadoras. As alterei, obviamente. Na esperança de ouvir dela – e de outros
e outras – algumas palavras, sejam elas positivas ou negativas.
22h26. Tomei meus remédios. Ouvindo Geni e o Zepelim, parece que há também uma extensa seqüência de
Chico neste set list. Não é muito minha vibe agora, queria algo mais Björk e
Los Hermanos e talvez uma pitada de Radiohead e Audioslave e uma boa dose de
New Order. Vou fazer uma nova set list. Se bem que, revendo a lista e o que
virá vi que serei quase integralmente contemplado em meus desejos auditivos
depois de Chico. Bye, Bye Brasil,
essa eu gosto muito. Essa fase Chico era a hora de esticar as ideias. Vou ver
como anda o mundo.
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