sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Blah, blah, blah...

Meu cigarro de canudinho de refrigerante. Caminhei pelo Shopping com ele, 
entrei até na fina Richard’s com o bicho no bico. Foi divertido.




17h52. Não sei se fiz certo, mas estiquei as ideias com alguns amigos do CAPS aqui no prédio. Até sugestão de organizar um churrasco houve. Vou consultar mamãe, após mencionar este fato de tê-los trazido aqui. Depois fui malhar, me neguei a fazer o último exercício – 2 minutos de elíptica – o que me foi substituído por 2 de esteira, feitos numa velocidade nunca antes alcançada por mim: 6.0. Mas não é disso que quero falar, o que quero realmente dizer é que dentro de algumas horas (ou até minutos) meus 15 Dias de Ócio em 50 Páginas estarão concorrendo ao I Prêmio Pernambuco de Literatura (quem quiser tem até o dia 30 deste mês para mandar! Clique no link e veja os detalhes, não tenho medo de concorrência! ;) ). As 4 cópias já estão tiradas e encadernadas aqui atrás e o envelope de identificação devidamente preenchido (em ambos os sentidos). Só falta mamãe chegar para levarmos ao SEDEX do Plaza e enviar tudo. Pelo menos, quatro outros leitores vão, no mínimo, começar a ler a minha obra, o que me deixa muito animado. Ainda mais se for gente do meio literário, algum escritor relativamente conhecido, formadores de opinião em geral. Gostaria muito de ouvir os comentários dele sobre a obra, se é literatura ou não (afinal, para os entendidos, nem tudo que é escrito é literatura), mas infelizmente creio que isso não será possível. De qualquer forma sou eu botando algo para frente. O próximo projeto poderia ser o cordel de Algo (mas antes o livro do meu avô, bichinho... [E bichinho de mim que vou ter que recomeçar do zero sem entender direito as coordenadas que ele me deu!])

18h12. Mamãe chegou! Depois continuo.

-X-X-X-

O correio do Plaza estava fechado, no sentido de extinto e transferido para outro local. Obviamente, não enviei o livro. Mas isto não me estressou ou frustrou muito. Ainda estou zen. Espero resolver na semana que vem logo no começo, pois hoje já é dia 25. Mamãe me cobrou o livro do meu avô quando me dei conta de que hoje era sexta, ou seja, dia de balada com meu primo-irmão, o que me levará “a dormir o sábado todo”, segundo mamãe (no que não está errada, é o que tem havido nas últimas saídas). E domingo não perderei a Praia no La Greca em hipótese quase nenhuma. Nem Sempre Lili Toca Flauta, a história do nome do bloco, segundo eu sei de fontes que desconheço, não me recordo, é de que Lili era uma prostituta que tocava flauta, quando não tocava significava que estava atendendo algum cliente. Nem sei se o nome do bloco é assim mesmo, mas me deu vontade de escrever isso. Me deu vontade porque a cidade já exala e soa carnaval por todos os cantos. O programa de hoje envolve alunos da UNE de todo o Brasil reunidos para um show de Alceu na praia de Olinda. Quem me dera alguma gatinha se interessasse por mim. Espero pelo menos distribuir vários papéis do Profeta. Uma facilitadora do CAPS interessou-se, por si só, em visitar o blog. Pena não ter papéis na hora para entregá-la, mas disse-lhe o nome e que ele era o primeiro resultado mostrado no Google. Pensei ainda em escrever o endereço para ela, mas a ideia acabou escapando-me do pensamento. Fato é que eu tive praticamente uma consulta hoje, pois no meu grupo, só houve eu de participante, então abordamos uma série de assuntos, entre eles a lembrança do meu pai morto, o controle excessivo da minha mãe sobre mim e os ganhos secundários desta situação (o principal é não passar pelo terror de trabalhar novamente), cola, cigarro, dentre outros. Gostei de ser o centro das atenções, algo também debatido durante o encontro. Foi bem legal, gostaria de ter mais grupos solitários como este. É bom ser o centro das atenções. Acho que tenho essa necessidade porque nunca me senti o centro das atenções na vida da minha mãe, o trabalho sempre veio em primeiro lugar na minha percepção, que pode ou não ser distorcida. Hoje eu sei que ocupo um lugar de destaque, mas me sinto como um destaque incômodo, não como uma fonte de satisfação e prazer, ao contrário com eterno foco de preocupações. Gostaria que ela conseguisse mudar esse ponto de vista, mas não tenho essa ascendência sobre ela. Tenho a impressão de que depois e se eu parar de fumar, ela vai arrumar outra coisa com que se preocupar comigo. Principalmente se conseguir a pensão de papai, espero, torço que ela finalmente relaxe o bigode pro meu lado. O tempo dirá. Ainda falta algum tempo para eu parar de fumar, isto ainda não está resolvido na minha cabeça. Estou voltando a escrever como um fluxo contínuo entre ideia e dedos e isso é bom, prazeroso. Pronto, foi só pensar nisso que me bloqueei de novo. Não posso ser tão anti-eu assim. Que mania mais chata de não fazer justamente o que me proponho a fazer!

Pelo menos há dias, momentos em que ganho o jogo e faço o que me proponho. Tenho achado estes dias até mais frequentes. Talvez isso tenha relação com ter uma rotina e com isso um certo exercício de disciplina. Não que eu goste de disciplina, odeio, mas às vezes é útil. Mas é uma coisa que realmente tenho aversão, por isso que não gosto de ser adulto, com toda a disciplina que o papel requer. Por isso e por vários outros motivos. A solidão, aturar a imbecilidade alheia, a submissão a agentes superiores hierarquicamente e suas arbitrariedades, o acúmulo de estresse que invariavelmente se transforma em bloqueio, o desinteresse pelas atividades cotidianas de um adulto, dentre uma miríade de fatores que mistificam e tornam o papel de adulto algo aterrador e insuportável para mim, por ora, pelo menos. É o que me leva a me submeter aos mandos e desmandos da minha mãe. Eu amo minha mãe e sei que ela move mundos por mim, mas ela é muito mandona, ela é viciada em mandar, é incrível. Não fora trágico para mim, seria até engraçado. 20h25. Pegar mais Coca Zero que minha mãe amada comprou para mim, no posto como pedi a ela (em vez do supermercado [que significa filas, outras compras, do tipo “lembrei disso” ou “eita, tá faltando aquilo” ou ainda “a gente bem que podia levar um desses”...]). Ela ainda me deu um cigarro quando cheguei. Por falar nisso, vontade da murrinha de fumar, mas vou ter que segurar. 20h27. À Coca, enfim.

-X-X-X-  

20h50. Aproveitei e pedi à mamãezinha para imprimir novos papéis do Profeta e cortá-los, o que ela fez, aproveitando o interregno para me dar vários comandos. J

Queria que nesta festa da UNE eu achasse uma gata do Rio Grande do Sul, ou qualquer Sul que valha, com aquele sotaque diferente, aquela visão mais cosmopolita, loura de olhos azuis, magrinha (mas não magérrima) que visse em mim um sujeito interessante pelo menos para um papo. Se isso acontecesse, eu gostaria mais ainda de, de alguma forma, seduzi-la e induzi-la a nos beijarmos e ficarmos o resto da noite conversando e trocando carinhos. Vais sonhando, cara-pálida, vais sonhando...

Daqui a pouco meu primo vai me ligar para que nos arrumemos para a festa. 20h58. Ceremony do New Order/Joy Division rolando. Tomara que dê para mandar o livro pelos Correios. Não posso ir lá pela manhã sozinho e com dinheiro é muito perigoso para uma recaída. Dependo de mommy. Espero que dê tempo de conciliar sua sempre lotada agenda com este objetivo meu. Dia 30 é quarta-feira que vem. Queria resolver logo na segunda. Vi na internet que nenhum dos Correios das redondezas funciona aos sábados ou domingos...

Acho que vou acabar este post por aqui, to meio sem assunto, já na instigação de ir para esse babado da UNE, só preciso pensar numa imagem para o post. 

Um entardecer. Queria eu saber tirar fotos para captar ao menos metade do momento.

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