Novo copo para a coleção! |
Antes do que eu quero realmente dizer sobre o dia de ontem,
vamos começar do começo. Fomos eu e meu primo-irmão, cadeiras e protetor solar
para a Praia do La Greca. Lá chegando, achamos que o toldo de filó branco
gerava um abafado muito grande e resolvemos sair debaixo dele e nos protegermos
do astro-rei na sombra de uma placa na entrada do museu. Fomos acompanhando a
sombra enquanto ela se movia junto com o sol até nos aproximarmos da rede que
havia sido posta entre duas pequenas palmeiras. Foi mais ou menos quando nossa
amiga Prisci chegou e a pessoa que ocupava a rede saiu. Meu primo e ela então
passaram a disputá-la aguerridamente, bastando um se levantar para fazer
qualquer coisa – ir ao banheiro, comprar chocolate nas Americanas do Plaza –
para o outro tomar o posto nesta invenção que meu primo diz ser indígena. O dia
foi manso, tranquilo, com pouco frequentadores devido à concorrência do
carnaval que já espoca nos quatro cantos da cidade. Fiquei na Coca com muito
gelo e revezando entre o meu canudinho e cigarros de verdade. Infelizmente, eu
era o único fumante do trio, pois Prisci está sem fumar há uma semana (o cerco
se fecha cada vez mais, ai, ai). Bom, chegando onde realmente quero chegar, foi
aí que a vi, a Clementine do dia. Quando eu bati o olho, já a achei uma
graça, mas quando ela fez um rabo de cavalo, me encantei de vez. Ela era alva
com os cabelos lisos castanho-avermelhados, tinha um ajeito delicado e gracioso
de se mover e... estava grávida. Quando constatei isso, deduzi o resto: filho,
igual a pai, igual a marido ou companheiro, igual a chance zero para mim. E eu
que estava feliz por me interessar por uma mulher, não por uma garota (embora
ela tenha jeito de garota e um sorriso lindo). Apesar de tudo isso, tomei
coragem e fui entregar-lhe o endereço do meu blog e disse que talvez ela aparecesse
na próxima postagem. Ela perguntou-me a que se devia tal honra e eu respondi
algo como “simplesmente por sua existência”. Confesso que uma pontinha de
esperança permaneceu em mim, pois não vi por lá ninguém que me parecesse
desempenhar o papel de seu consorte. Mas isso é devaneio, ele deve ter ficado
em casa, no trabalho, num bloco, noutro canto qualquer. De qualquer forma, não
pude deixar de achá-la totalmente encantadora, mesmo o andar com a coluna
curvada para frente para carregar o barrigão emprestava-lhe graça. Meus
companheiros obviamente fizeram chacota do cúmulo de platonismo que é se
interessar por uma mulher grávida. Eu relevei e a apreciava sempre que ela não
estava reparando e nenhuma ninfeta conseguiu desbancá-la dos meus pensamentos,
mesmo tendo ido, após a Praia, a um bloco repleto delas no Poço da Panela. Pelo
menos aqui, onde posso dizer tudo, ela está eternizada como uma especial
Clementine enquanto a Google der suporte ao Blogger.
P.S.: se você realmente leu esta postagem como disse que
faria, agradeço por tornar meu dia superiormente agradável e belo. E desejo
sinceramente felicidades com o novo rebento.
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