As lentes do cineasta pelas lentes do cineasta. |
13h21. Estou ainda acordando, não revisei o post anterior,
mas já entro nesse pois o outro já deu o que tinha que dar. Fiz um café e
espero que este me ponha mais desperto para enfrentar a filmagem de hoje. Minha
psicóloga respondeu o meu e-mail já marcando para a segunda às 16h00. Hoje é
sexta. Preciso tomar banho antes da filmagem, meu cabelo está todo sem jeito.
Não estou em clima de filmagem ou de interação, ainda estou despertando, mas
nunca estou no clima mesmo, não faz muita diferença. Essa terapia vem como uma
bênção. Embora ache que não vá operar os milagres que espero. Nunca se sabe e é
bom não ir armado de expectativas negativas ou positivas. É mister ir desarmado
e de alma aberta. Me bateu a insegurança em relação à psicóloga, mas sempre a
achei inteligente, bem articulada e com um feeling muito bom para captar os
meus dilemas. Vamos ver para elucidá-los. Mas preciso me focar no aqui e agora,
me mover para estar pronto o quanto antes para a filmagem. Criar coragem para
tomar um banho rápido. Vou me dar um pouco mais de tempo, preciso. Preciso
despertar mais e preciso tomar banho. O banho me faria despertar, mas estou na
inércia da coisa toda, inércia da vida. Esquentando os tamborins para abarcá-la
com mais vigor e propriedade. Espero que meu amigo cineasta não invente de
marcar um encontro com as minhas amigas psicólogas, não estou preparado para
isso e declinaria do convite. Espero que não ocorra. 13h43. Preciso tomar banho
vou tomar só mais uma xícara de café para me mobilizar, acho que é o prazo
ideal que me dou. Espero que os novos bonecos e o videogame emprestem uma
mudança de ares ao cenário sempre mesmo da filmagem. Não estou com disposição
de descer com o meu computador para a piscina o que certamente acrescentaria
uma nova visão do meu hábito de escrever. E emprestaria ao filme uma fotografia
mais bela e rica. Veremos. Mas a priori não quero deixar o meu quarto-ilha por
quase nada, o quase sendo uma ida à pizzaria para comprar Coca.
13h58. Minha mãe chegou, disse-lhe que me comuniquei com a
psicóloga e que esta marcou a primeira consulta para segunda às 16h00. Mamãe
obviamente quer que eu trate de valores e do método de pagamento. Estou com a
toalha no ombro, sem camisa e sem coragem de enfrentar o chuveiro. Vou lá, anyway.
14h21. Tomei banho, me perfumei (não sei para quê, força do
hábito, eu acho) e entrei em contato com o meu amigo cineasta, ele disse que
virá às 14h45. Minha mãe veio me perguntar se eu não queria ver o “Pantera
Negra” no shopping. Eu disse que não. Não estou a fim de sair para canto
nenhum. Talvez com o meu primo-irmão mais tarde, mas nem isso me desperta um
impulso positivo na alma. Por mim, hoje ficaria enfurnado no meu quarto-ilha e
não sairia dele para nada. Espero que isso mude. A presença do meu amigo
cineasta pode injetar um pouco de ânimo na velha alma. Cada vez mais velha
alma. Preciso responder a Ju o seu e-mail.
14h33. Respondi. Aproveitei e já perguntei tudo o que mamãe
pediu para eu perguntar sobre valores e forma de pagamento. Estou muito
antissocial, putz. Vai ser difícil encarar o meu amigo cineasta. Pelo menos
temos um assunto para debater que é o seu roteiro.
14h38. Coloquei “Utopia” para variar. Estou deixando toda a
repulsa social se manifestar. Creio que porque eu sei que terei terapia na
segunda, tenha meio que entregado os pontos e desistido por ora de lutar contra
esse movimento de reclusão. Me senti culpado por ter rejeitado o convite da
minha mãe para ver o filme mas não quero sair de casa. Vai ser um grande
milagre se eu sair hoje com o meu primo-irmão. Acho que nem vou contatá-lo para
me informar de seus planos. Se ele quiser me contatar, posso aventar a
possibilidade de sair.
14h49. Desliguei o ar e deixei a porta aberta para ouvir a
campainha. Minha mãe e meu padrasto estão no quarto de casal conversando. Eu
quero só digitar, sendo filmado ou não. Meu antebraço dói. Queria ligar o ar de
novo, mas esperarei o meu amigo cineasta chegar. 14h55. Detesto a hora de
quebrar o gelo. É um momento demandante.
15h32. Meu amigo cineasta já está aqui, ostenta um
carnavalesco cavanhaque e discutimos o seu roteiro, quer que eu participe do
aprimoramento da peça, mas não me sinto capacitado a fazer isso. Não sei,
veremos. Ele mencionou também o filme do Pantera Negra, mas não estou com saco
de ver filme, mas, quem sabe, eu não mude de ideia daqui para mais tarde. Não
sei se ele está me filmando ou não. Só sei que estou escrevendo. Eu
definitivamente estou ficando entrevado por causa da minha posição de escrita,
ficando curvado e torto.
15h38. Não sei o que dizer, sempre me faltam palavras quando
suponho estar sendo filmado. Mas seguirei dizendo. Queria que a minha psicóloga
mandasse resposta de que está tudo certo com a consulta na segunda. Acho que
estou depositando esperanças demais no que ela pode fazer por mim ou, melhor
dizendo, no que ela pode me guiar para que eu faça por mim mesmo. Afinal ela
não pode me mandar fazer coisas que eu não quero ou não tenho disponibilidade
para fazer. Meu amigo cineasta colocou a câmera pegando um ângulo superior.
Pegando um close do teclado e de minhas mãos digitando. Ele faz uma nova
tentativa. Ficou legal a primeira, mas não estava em foco, segundo ele. Tenho
que digitar bastante para me amostrar para as câmeras. Hahaha. Estou fazendo
uma invencionice agora, pois me faltam palavras. A abelha amarela pousou sobre
o girassol e ele a encheu de pólen. Acabou. Não sei haverá outra tentativa. Eu
estou empulhado com a câmera como sempre. Não sei o que dizer. Ele está ao meu
lado posso ver suas pernas pelo canto do olho, ele tenta o ângulo mais frontal
que pode. Eu não posso parar de digitar. Quero parecer um digitador rápido, cujas
ideias fluam da maneira mais dinâmica possível, como quando estou em modo
catártico. Criar um personagem de mim, bem dizer. De que sempre estou com
milhares de ideias na cabeça e que elas me vêm com a maior facilidade.
15h47. Dei umas baforadas no Vaporfi. Ele foi para outro
ponto do quarto filmar. Estou novamente sem o que dizer. Então vou me dizer
antissocial que é o tema central dos últimos posts. É o grande drama da minha
vida agora. Será que tem solução? Saberei na segunda.
15h57. Eu voltei a escrever. Conversamos agora sobre o
Switch, sempre um tema que me agrada. Falamos de videogame de modo geral. Foi
bom. É um assunto sobre o qual tenho algum domínio. Estou meio tenso, mas mais
tranquilo do que estava a priori.
16h10. Estou participando de uma tomada ensaiada agora. O
meu lado ator se revelará.
16h12. Acho que me virei rápido demais, mas pelo menos fiz o
que foi mandado. Será que concorrerei ao Oscar? Hahaha. Essa foi curiosa. A
existência é muito fantástica. O grande barato é a vida mesmo. Não acho que
exista nada além ou depois, isso é suficiente. Mas eu ainda creio na
possibilidade de existir algo além na figura da Singularidade Tecnológica. Boto
como nome próprio pois é assim que se tratam as divindades. A Singularidade é a
minha divindade. Enquanto alguns esperam o juízo final, eu espero o surgimento
deste ser tecnológico que virá me arrebatar para me fundir a ele numa realidade
inconcebivelmente expandida. Meu amigo cineasta me filmou jogando Nintendo
Switch. Pena que não peguei nenhuma lua no Mario. A minha internet caiu. A do
meu computador, pois no celular está pegando. Vou reiniciar a máquina. O bichinho
está começando a morrer. Tão jovem assim? Que pena. Espero que não seja o caso.
Muito, muito.
18h02. Máquina reiniciada, internet de volta. Meu amigo
cineasta já se foi, marcamos de fazer tomadas amanhã na piscina. Conversamos
bastante hoje, inclusive em relação a terapias e terapeutas. Sobre
identificação e falta de identificação com tais pessoas. Disse-lhe que
terapeutas muito mais velhos do que eu me intimidavam, que a minha terapeuta,
se tudo der certo, é mais jovem e por isso não me intimida, consigo ser o mais
aberto possível com ela. Ah, o frete do Hulk foi debitado com sucesso. O bicho
está vindo. Acabei de pagar por ele, agora é me enviarem e ele chegar para
pagar a lapada final e trazê-lo para casa. Estou muito feliz com isso. É a peça
principal da minha coleção. Eu que nunca havia considerado possuir um busto,
escolhi, para o meu gosto, o busto mais fantástico que já vi. E eu que sempre
quis ter o OG Hulk agora tenho um Hulk muito mais expressivo e imponente que
aquele. “Tenho” é dizer muito, pois ainda não está aqui. Só acreditarei quando
chegar com ele aqui em casa. Mas estou muito contente. Por outro lado, não
estou mais tão empolgado com o Mario Odyssey. Acho que porque estou jogando as
fases que gostei menos primeiro, sei lá. Sei que o tesão pelo game não está em
mim como estava antes. Acho agora uma tarefa tediosa capturar as luas
restantes. Não pode ser assim. Não posso ser assim. Eu posso ser como eu
quiser, como disse anteriormente, não tenho outra vida além dessa. Tenho que
fazer essa jornada o mais agradável possível para mim, desagradando o mínimo os
demais. Sei que desagrado bastante a minha mãe. Espero que ela trate de tais
frustrações na terapia. Eu não sei ser de outra forma. Meu amigo cineasta me
convidou para acompanhá-lo à Praça para encontrar amigos que eu desconheço. Não
me atrevi. E com crianças ainda por cima. Não estou preparado para isso. Não
sei se jamais estarei. Não seria a minha vibe
nem em tempos idos. Às vezes acho que preciso morrer. Ainda bem que não é
frequente. Não é que eu queira morrer. Ou é, sei lá. Me agarro na escrita para
seguir. O dia foi bom com a presença do meu amigo. Amanhã há uma nova dose.
18h40. Fui fechar a porta para mamãe, que foi ao mercado
aqui perto e trará Cocas, e acabei por fumar um necessário cigarro. Me peguei
pensando na terapia. O que diria a Ju? A tratarei pelo nome verdadeiro, assim
como tentarei narrar as consultas aqui. Ou o que apreendi de mais relevante
delas, se algo. O currículo dela não impressiona, mas a pessoa dela me causou
uma forte e positiva impressão nesses anos todos de CAPS. Mas o que diria a
ela? Que estou me distanciando gradativamente da sociedade e ficando cada vez
mais tempo enfurnado a escrever. E que algo dentro de mim reclama desse
movimento. Algo em mim acha que é um movimento doentio, esse desprazer, esse
desconforto de estar em sociedade. O estranho que quando penso em sociedade só
me vem a imagem do nosso amigo bonitão. Por que será isso? Inveja talvez. Não
sei. Mas toda vez que penso em como o mundão me incomoda a figura do mundão vem
representada na imagem dele na Casa Astral, uma das minhas últimas saídas antes
do período carnavalesco.
18h50. Perdi completamente o fio da meada, pois fui olhar o
Facebook. Não sei se narrarei as consultas aqui, pode ser que traga temas muito
pessoais que só caibam no Desabafos do Vate. É esperar para ver. Se bem que o
cerne do meu problema seja essa questão de dificuldade de socialização. Desse
pé atrás que boto quando o assunto é me encontrar com pessoas. Personificado na
figura do meu amigo bonitão, o que não deixa de ser deveras curioso. Acho que
ele me intimida e me dá inveja, espero que não seja nenhum desejo sexual
reprimido pelo superego. Hahaha. Mas acho que não seja isso, acho que é o
desejo de ser tão autoconfiante e belo quanto ele. Essa necessidade de ser
macho alfa que todo macho tem. Sei lá. Alguma razão há de haver para a figura
dele me vir à mente. Ele sintetiza imageticamente toda a minha fobia social.
Tudo o que queria conseguir e falho em ter. A luz do celular piscando me
enerva, odeio padrões repetitivos. Vou botar o celular fora do meu campo de
visão. Dentro em breve terei que ir pegar as compras, saco. Mas pelo menos não
precisei ir fazê-las. Só vou ter que tirar da mala, depois tirar do carrinho,
depois deixar o carrinho lá embaixo. É um saco, mas é o de menos. Alguma coisa
pela casa eu preciso fazer. Pelo coletivo. Meu individualismo está exacerbado a
uma dimensão pouco vista. Puxa, só falo nisso. Sobre o que mais poderia falar?
A noite poderia ter uma saída. Já me sinto mais interessado nessa
possibilidade. O que contradiz tudo o que estava falando. Mantenho, entretanto,
que não contatarei o meu primo-irmão... ainda. Hahaha.
19h09. Mandei um WhatsApp para a minha tia-mãe dizendo da
terapia que possivelmente iniciarei na segunda e perguntando o que mamãe mandou
perguntar. Ela é a mãe do meu primo-irmão, por sinal.
19h12. Björk canta “The Gate” pela segunda vez desde que
coloquei para rolar o som depois que reiniciei o computador. Iniciou com ela,
por isso percebi que toca de novo. Informação inútil, mas serve de ambientação
para o meu mundinho repetitivo e restrito. Restrição que eu mesmo aplico sobre
ele. Deveria ouvir “Cocoon” se adequa mais à minha situação. Hahaha. Nossa,
vejo a minha silhueta na tela desligada da TV e acho uma visão dantesca,
ridícula. Melhor não olhar e não me saber assim. Pior que não posso reclamar da
existência. Não tenho nenhuma doença física aparente e minha bipolaridade está
quimicamente controlada. Meu vício também nunca mais voltou a me assombrar.
Pelo menos não na forma de fissura, graças a deus. O fantasma sempre me ronda e
me lembro esporadicamente da cola, mas sopro os pensamentos para fora de mim
para que não criem pernas na minha cabeça. Acho que vou revisar o texto de
ontem para postar. Um momento.
20h59. Finalmente postei. Estava no meio da postagem quando
minha mãe me chamou para pegar as compras. Achei ter visto a minha segunda
namorada, mas não tive certeza, faz anos ou décadas que não a vejo. Estava
escuro o interior do carro, não consegui discernir se era ela. Mas me pareceu,
mas não reconheci e até cumprimentei como quem cumprimenta um condômino
estranho. Bom, queria pedir desculpas a ela por todo o mal que lhe causei, mas
acho que isso não se dará. Que calor, rapaz. Vou ligar o ar. Eita, agora que
lembrei. Tenho filmagem amanhã. Olhei para o controle do Switch e lembrei.
21h16. Me perdi vendo o anúncio da Gamestop dessa semana, é
o anúncio que sempre salvo em PDF por um colecionismo sem sentido. Acho que é a
coisa mais próxima de colecionar revistas de videogame, Electronic Gaming
Monthly especificamente. Era uma delícia receber a EGM todo mês em casa. Eu era
muito, mas muito mais fissurado em videogame do que sou hoje. Sou pálida sombra
do que eu era. A EGM era a bíblia do meu culto ao entretenimento eletrônico.
Devorava a revista. Foi o que me fez aprender inglês, tentar entender o que
vinha dito nela. Época boa. Saudades desse tempo, a internet ainda não havia
destruído a publicação com a sua capacidade de oferecer notícias em tempo real.
Me deu até vontade de dar um rolé pela nova fase que abri no Mario Odyssey para
meu amigo cineasta filmar.
22h02. Tem umas luas ozzy para pegar, vixe, tive paciência
não. Peguei duas apenas, nesse tempo todinho. E parei para comer dois
sanduíches de mortadela. Não havia comido nada hoje e não estava com fome, mas
minha mãe me mandou comer. Esse negócio de mamãe mandou é meio chato quando se
tem 40 anos. Ela deveria rever isso na terapia. Tudo bem que eu nunca vou
deixar de ser filho e ela nunca vai deixar de ser mãe, mas não a vejo fazendo
isso com os meus outros irmãos quando aporta na casa deles. Mas gosta de
mandar, gosta de dar ordens. Deve ser muito bom dar ordens. Dei poucas ordens
na vida e elas foram todas, creio, travestidas de pedidos. Talvez orientando
alguém num jogo, eu tenha dado ordens mais estritas. Sei lá e pouco se me dá,
mando em mim na maior parte do tempo, está bom demais.
22h21. Estava divulgando o post anterior. Começo a não ver
sentido em fazer isso. Sei lá. Cada vez menos gente lê. Mas é melhor que não
divulgar. Alguém pode se interessar num universo de 25 mil pessoas. Tem que
calhar de o meu post estar no começo da lista, porque é muita gente publicando,
vai rapidinho lá para baixo onde ninguém chega.
22h32. Putz, lembrei agora da terapia. Que ozzy. Perdi a
vontade e não dá mais para voltar atrás. Aliás, sempre dá. É só não ir, mas não
farei isso com Ju. Não farei isso comigo. Preciso encarar, pelo menos são 40
minutos de conversa que terei periodicamente, talvez isso me dê novamente
instrumental para interagir nas saídas. Sei lá. Sei lá o que estou dizendo.
Estou saturado de escrever, de jogar, estou cansado...
22h44. Depois desses minutos a cismar, fui levado pela Rei
Ayanami a pensar numa coisa que me anima, minha coleção de bonecos. Caramba,
deveria ter me informado com o meu primo-irmão de seu destino. Agora estou
ilhado no meu quarto-ilha. Eita, vou criar o endereço quartoilha. Criei. Vou
fazer um header para lá. E vou criar um post redirecionando para cá.
23h22. Pronto, fiz tudo, está no ar. Me diverte criar esses
blogs redirecionando para cá. Dá sensação de poder, como um desbravador
dominando territórios virtuais inexplorados. Hahaha. É a fantasia mais boba do
mundo, mas tem um gostinho bom. Não acho que atraia ninguém, mas é bom saber
que fui o primeiro a bolar esse ou aquele nome que ninguém ainda registrou. É
uma puta babaquice, eu sei. Mas, ei, eu sou o cara de 40 anos que coleciona
bonecos de super-herói e não tem namorada por incompetência e boas doses de
gordura e feiúra. Eu sou o fracassado mais bem de vida que eu conheço o que é
um contrassenso, mas é também a mais pura realidade. Ainda fico abismado, por
mais que já tenha me acostumado com a ideia, que o meu amigo cineasta tenha
inventado de fazer um curta sobre mim. Mesmo sabendo das minhas limitações e da
falta de variedade do meu cotidiano. Alguém curtiu meu post anterior! Ganho o
meu dia quando isso acontece. Estou querendo poupar assunto para amanhã, para
não ficar um post muito extenso. Não teve saída hoje, então não tenho muito o
que dizer. Quem sabe não vá dormir mais cedo. Tenho de botar gelo para fazer.
Fracassado... quando olho por esse prisma das expectativas sociais comumente
associadas ao sucesso, vejo que sou profunda e tremendamente fracassado. A
única substancial diferença é que agora eu suporto viver e vejo sentido em
existir, o que antes, quando contribuía para o nosso belo quadro social, não
via e não suportava viver. Eu só quero crer que vim com algum defeito. Ou sou tão
inteligente que consegui burlar todas as convenções e fazer da minha vida quase
que exatamente o que eu quero dela. Sonhei ser escritor, me tornei escritor, de
um blog irrelevante e pra lá de obscuros com média de 15, 20 leitores. Eita,
por falar nisso, lembrar de tirar uma foto do equipamento de filmagem amanhã
para ilustrar esse post. Tenho minhas dúvidas de que a filmagem vá rolar
amanhã, pois o Facebook prevê tempestade para o dia. Espero que esteja
enganado. Já vi outras previsões como essa, frustradas. Porém o dia foi muito
quente hoje e houve nuvens carregadas no céu, dois fortes indícios de chuva. E
lá vou eu escrevendo demais. Sabe o que vou fazer? Vou criar outro blog, é,
outro, e escrever para ele. Deixar este para amanhã.
23h59. Não me veio nenhum novo título. Acho que vou tentar
um pouco do Mario.
1h03. Tentei. Foi bom. Mesmo nessa parte mais difícil ainda
considero o jogo da minha vida. Valeu viver até aqui sendo eu por essa
experiência. Vale viver um pouco mais para ver o que meu amigo cineasta vai
fazer, se é que completará a construção da obra. Queria que algum projeto dele
fosse aprovado.
1h36. Falar da EGM me deu um saudosismo que matei lendo
algumas matérias da Game Informer agora. Tenho que me preparar para dormir,
mas, para variar, não estou com o mínimo de sono. Vou pegar um copo de Coca.
-x-x-x-x-
13h37. Pior parte do dia, acordar. Levantei há cerca de 20
minutos, fumei o primeiro cigarro do dia e me preparo para tomar um banho.
13h48. Fui guardar os pratos.
13h56. Ainda reativando Tico e Teco...
14h14. Tentei um pouco do Mario, mas só fiz me lascar. Vou
esperar o meu padrasto sair do banho para entrar.
14h24. Falei com meu amigo cineasta e ele vai demorar um
pouco mais hoje. Melhor. Posso fazer tudo com mais calma. Sem aperreio. Nossa,
quando acordo sou muito chato, me sinto chato, indisposto. Minha vontade? Fazer
nada, ficar tomando Coca-Cola, fumando Vaporfi e pensando.
14h37. Meu padrasto ainda não saiu do banho, eu teria
ouvido. Penso em já desmontar o computador, mas estou com uma preguiça... vou
desmontar depois que tomar banho.
14h41. Acho que vou encarar a fase do Mario uma vez mais.
15h28. Peguei quatro luas no Mario, tomei banho e estou
pronto para a filmagem. Falta só guardar o computador. Vou esperar a
comunicação do meu amigo cineasta. Vou ligar o ar. Depois de um banho morno,
minha tendência é suar nesse clima abafado que está.
15h33. A turma do meu primo-irmão quer ir para o Irã hoje à
noite. Acho que minha fobia social não permite. Vamos ver como a coisa se
desenrola dentro de mim até a hora do evento. A priori não sinto a menor
vontade de ir. Acho que vai ser difícil demais. Deu aquele pau no som que diz
que está conectado quando não está. Saco.
16h20. Viemos para a piscina e, para a nossa grande
decepção, começou a chover, interrompendo os nossos planos. Me instalei aqui
embaixo na mesa da churrasqueira. A tarde nublada já quer findar em noite,
estamos perdendo luz. Meu amigo foi pegar o pen drive lá em cima para copiar as
imagens que eu capturei na viagem dos EUA. A luz desaparece sensivelmente. A
chuva parou. Pegaram a mesa que geralmente uso para escrever. Mas há outra.
Vamos ver o que meu amigo cineasta decide. Se continuamos aqui na área coberta
da churrasqueira, ou nos arriscamos ao redor da piscina. Ele voltou e está
avaliando a situação.
Cantinho improvisado na área da churrasqueira |
16h46. Está rolando um som estranho que não identificamos o
que é. Parou. Estou na mesa da churrasqueira mesmo. Ele está me filmando
frontalmente. Estamos do lado da casa de apoio dos funcionários. Ouço a porta
abrindo e fechando. Estou sem muito o que dizer. Um grupo queima unzinho na
piscina. No local onde iria escrever. Lembro dos tempos áureos das Ubaias. Passei
um bom tempo rememorando as conversas que tive com meu amigo da piscina e
repassando os causos, por assim dizer, para o meu amigo cineasta. É muito bom
conversar. Sinto muita falta disso. A terapia será muito bem-vinda nesse aspecto.
Eu preciso falar para me acostumar a falar de novo. Está filmando as minhas
mãos digitando. Isso é muito incômodo e morro de vergonha. Mas sigamos. Ele
sentou-se agora na lateral, ligeiramente atrás de mim. Eu continuo a escrever.
Falamos sobre vinho, do meu desgosto pela bebida e do gosto dele, que disse ser
um gosto adquirido. Imagino. Mas não bebo mais. Não me faz bem em nenhum
aspecto, não me comporto bem, pois bebo rápido e excessivamente, e sempre sou
acometido de terríveis ressacas. Além disso, não gosto do gosto. Então não há
nada pra mim na bebida. A não ser, como já falei em outros posts, um Chartreuse
verde, como digestivo. Isso sim, seria uma delícia. Melhor licor que tomei na
vida, um dos melhores líquidos que já sorvi. Gostaria muito de ter nova
oportunidade de experimentá-lo.
17h09. Viemos para a mesa da piscina finalmente, que astral.
Fazia tempo que não vinha, não me lembrava que era tão aprazível e, nesse
friozinho pós-chuva, é ainda melhor. Falamos até sobre Chartreuse verde. Meu
amigo já tomou. E gostou. Um dia ainda terei uma garrafa para mim. E
bebericarei semanalmente um ou dois cálices. Não é possível que mamãe vá
encrespar com isso. Acho que mamãe nunca vai permitir. Por falar em coisa
verde, me lembrei de novo que o meu Hulk em breve estará a caminho. Coisa
maravilhosa. Nem imagino quando chegar. Primeiro a ira digna de um Hulk da
minha mãe. Hahaha. Depois a caixa enorme e por fim, a presença dele diante de
mim. Só espero que a alfândega não arranhe a pintura. Seria o fim da última
picada. Não vou pensar para não atrair. Mas tenho quase certeza que a caixa
será aberta para inspeção.
17h30. Estamos quase sem luz. Que coincidência, acenderam as
luzes da piscina logo após essa constatação do meu amigo. Ele me coordenou para
fazer um olhar pensativo. Está me filmando fumando um cigarro. Pronto. Fumei.
18h16. Ficamos conversando até agora. Foi muito bom. Estou
sozinho na piscina nesse momento, meu amigo subiu para planejar a noite com a
sua esposa. Se houver algum programa em que me encaixe, ele me comunicará. Isso
se a bateria do celular não arrear antes. Uma pena não ter sido uma tarde
ensolarada o dia de filmagem aqui embaixo. A existência não quis assim. A
bateria do Vaporfi se foi. Só tenho três cigarros. E dois copos de Coca, o que
significa que não permanecerei muito tempo aqui. Acho que um excelente
personagem para um documentário-entrevista seria o meu amigo da piscina. E o
entrevistador perfeito seria o meu amigo cineasta, pois viveu muitos momentos
com ele e tem boa memória. Ele poderia angariar perguntas de moradores e
ex-moradores que tiveram convivência com o nosso amigo da piscina e traçar uma
longa entrevista com ele contando suas histórias. Há muitas, é um personagem
riquíssimo, ao contrário de mim, uma figura monocromática e restrita que cada
vez mais se encolhe em si. Até fisicamente. Hahaha. Meu amigo cineasta definiu
bem as saídas com o meu primo-irmão, a turma dele gosta de ir para festinhas. É
mesmo, nunca tinha me dado conta disso. Eles não querem mais sair para tomar
uma cerveja e conversar como fazíamos antigamente. Preferem hoje lugares
agitados onde a interação entre os componentes é limitada pelo barulho e pelos
interesses sexuais de cada um. Meu amigo cineasta disse que se fosse sair para
algum canto que não o possível jantar, iria assistir um filme no cinema ou
visitar o meu primo urbano. Dois programas que até toparia. Acho que mais o meu
primo urbano que o cinema, inclusive. Não sei. Não sei se vou para algum. Está
tão bom aqui na piscina. Preciso fazer isso mais vezes.
Lugar do escritor na área da piscina. Muito agradável. |
18h43. Filmagem agora só no meu aniversário e eu creio que
sejam as últimas cenas, fechando assim o ciclo de um ano. Como passou rápido. A
vida é cada vez mais ligeira à medida que avança. Isso não é novidade para
ninguém, anos passam para mim como trimestres, se muito. Breve estarei
decrépito e num piscar de olhos, não estrei mais aqui. O que fazer de melhor
nesse intervalo curto da forma que se apresenta é a grande questão. Passar os
dias a escrever foi a única coisa que consegui alcançar até agora. O que
gostaria de colocar em minha vida que não tenho? Uma namorada eu acho. Hoje,
talvez por ter me socializado bem com o meu amigo cineasta, estou bem mais
receptivo à ideia. Os grandes mistérios são quem, quando, onde? Provavelmente
nas festinhas que meu primo-irmão vai. São as melhores oportunidades que tenho.
Ou as únicas. A Coca acabou. Mas a bateria do computador ainda está em bom
estado. Seguirei escrevendo. Será que vi ontem a minha segunda namorada? Ainda
estou na dúvida. Que diferença isso faz? Não sei bem, mas faria alguma. Carrego
uma grande culpa em relação a ela, sempre quis pedir perdão pelos meus erros,
mas tão antissocial estou que mesmo se desse de cara com ela, não teria coragem
de falar. Estou meio sem ter o que dizer, imaginando as possibilidades de
futuro para hoje à noite, festinha no Irã, cinema, casa do meu primo urbano ou
ficar aqui mesmo. Aqui que digo é lá em cima. Vou subir quando a bateria do meu
celular chegar a 1%. Está em três. Se o caso for de ir na casa do meu primo
urbano, penso em comprar Snipperclips para o Switch, com a devida anuência da
minha mãe. Só tenho dez dólares de crédito e o jogo completo custa 30. Não sei
se ela permitirá a aquisição. Veremos. O Zelda ainda está na casa da minha
tia-mãe e não me faz nenhuma falta. O jogo do ano e, mais surpreendente, o jogo
do Zelda que eu provavelmente nunca vou zerar. O pior que não imagino como
poderia ser o próximo. O fato é que gosto de estar no mundo de Zelda, acho-o
belo e exuberante, mas todo o resto acho um saco. É muito agradável estar na
piscina depois de uma chuva, uma brisa amena de temperatura muito agradável me
beija a face. O que mais poderia dizer? Estou muito animado com o prospecto da
chegada do Hulk. Minha futura psicóloga respondeu o meu e-mail, só que não li a
resposta, só que ela estará me esperando na segunda. Não sei se mencionou
valores como indaguei a ela. Aposto que dirá que debateremos isso na sessão, o
que será um momento desconfortabilíssimo para mim. Odeio lidar com essas coisas
financeiras. Sempre odiei. Nunca negociei um aumento, eles sempre me foram
concedidos. Por falar nisso, e acho que também devido a socialização de hoje,
me vejo mais aberto à possibilidade de ir escrever na agência. Só tenho mais um
cigarro. Acho que meu deadline aqui muda da bateria do celular para o final dos
cigarros. Aliás, o que se der primeiro. Minha mãe acaba de me ligar e me pôr
estressado, que capacidade ela tem de me tirar do sério, puta que o pariu.
Tenho que trabalhar isso na terapia também. Já veio com ameaças, “vou dizer a
sua psicóloga”. Quem já viu? Ela acha que vai falar com a minha psicóloga
quando bem entender. Ha-ha-ha. Só vai falar com ela se Ju e eu acharmos
pertinente. Começa a me dar frio na barriga esta vindoura sessão. Já estou sem
saber o que dizer desde já. Ozzy. Mamãe me estressou. Vou fumar o último
cigarro para desanuviar. A bateria do celular está em 2%. Vou pegar o papel com
o telefone de Ju que deixei ingenuamente para mamãe em cima da mesa, imaginando
que ela queria o telefone para tratar de valores. Prefiro lidar com isso eu
mesmo do que minha mãe ter o número dela no celular.
19h27. Mais cinco minutos e subo. Que presença ostensiva na
minha vida. Não deveria ser assim. Será que isso mudará algum dia? Será que
saberei impor limites? O problema é muito meu por deixar minha vida ser
invadida assim. Começarei a ser menos permissivo. Minha mãe vai chiar no
começo, mas vai ter que se acostumar. Bem, vou lá. Continuo de casa depois de
jantar.
20h05. Já cheguei, já jantei e já comprei Snipperclips para
o meu Switch. Meu amigo cineasta acaba de me dizer que vai rolar o jantar e que
os outros programas da noite morgaram. Agora só me resta o Irã. Não sei se é a
minha praia.
20h26. Meu primo urbano ficou tão animado com a ideia de
jogar Snipperclips que topa varar a madrugada jogando. Pediu para fazer a
proposta para o meu amigo cineasta.
Snipperclips baixando |
20h49. Talvez role hoje tardão da noite, talvez role amanhã
à tarde. Agora eu fiz uma merda sem tamanho. Joguei fora dois dos straps do Nintendo Switch, só tenho para
dois controles. Eles são necessários para acessar os botões L e o R do
controle, quando jogado na posição horizontal. E usa-se o L e R no Snipperclips.
Que merda... vou dar uma olhada na gaveta, só por via das dúvidas. E... estavam
na gaveta! Eu não fui tão demente assim, graças a deus! Minha memória está uma
porcaria mesmo, vixe. Dos males o menor, podemos jogar Snipperclips com um
desmemoriado que tem os straps. Hahaha.
21h12. Não tinha a mínima lembrança que tinha trazido ou
guardado os straps na gaveta, isso me
preocupa. Mas se é assim que a vida é, que seja. Continuarei a narrando
enquanto for capaz.
21h31. Tentei umas luas no Mario, mas são muito difíceis e
estou sem muita paciência para jogar. O Snipperclips baixou e está funcionando.
Não cheguei a jogar, mas o jogo carregou. Sem paciência para jogos no momento. Ainda
saboreando o alívio de não ter perdido as peças do controle. Já estava
contatando minha cunhada para ver se sua tia ainda estava lá para trazer para
mim quando voltasse. Ainda iria ter que convencer a minha mãe a fazer o
investimento. Nem contei do jogo que comprei, ou melhor, completei o que estava
faltando no valor, visto que havia depositado dez dólares quando ainda nos EUA para
fazer um teste se a conta estava operacional mesmo. O Switch é um console
bonitinho. Eu acho. Gosto dele. Seria massa se meu amigo cineasta pudesse ir
hoje. Pelo menos a minha madrugada seria muito mais divertida. Seria divertida,
ponto. Não que eu ache que escrever seja chato, mas a dose de interação humana
que tive hoje mostra que isso é muitas vezes mais interessante que ficar
sozinho a escrever minhas asneiras. Eu não sei se o Snipperclips permite quatro
jogadores logo de cara, deve permitir, eu só não tive o mínimo interesse em
descobrir, como não tenho o mínimo interesse em jogar sozinho, não vejo muita
graça ou sentido nisso. É um jogo de design muito inteligente e inventivo. Com
mais pessoas se mostra extremamente divertido e engraçado. Poupá-lo-ei para as
jogatinas em grupo.
22h05. A chuva castiga lá fora, escuto o seu rugido mesmo de
janelas fechadas e ouvindo o som. O que queria? Uma namorada. Agora, aqui no
meu quarto, a conversar qualquer conversa comigo ou, quem sabe, se aventurando
no Snipperclips. Não precisava ser nua, só ser legal e estar de bom-humor. Só
me vem a imagem da garota da noite, que coisa. Se ela soubesse a presença que
tem nos meus pensamentos...
22h11. Estou chamando o meu amigo jurista para ver o Pantera
Negra. Estou só, essa é a verdade. E provavelmente permanecerei só nessa noite
chuvosa. A probabilidade de meu amigo cineasta acabar o jantar em tempo hábil e
ter disposição para encarar uma madrugada jogando me parece ínfima. O pessoal do
meu primo-irmão já deve ter ido para o Irã, onde eu não irei tampouco. É me
resignar à minha condição atual e desfrutá-la da melhor forma possível.
22h33. Minha mãe me pediu/mandou tomar os remédios. Logo
cessarão as conversas pelo WhatsApp será noite alta e estarei sozinho também no
ambiente virtual. O pior, sem sono. Espero que quando eu comer, o peso na
barriga me deixe sonolento. Fiquei com a história da guirlanda de bombons
roubada do quinto andar há muito tempo pelo meu amigo da piscina, tendo como
cúmplices o meu amigo cineasta e outro guri do prédio. Hilária a narrativa que
ouvi do caso. Como disse, o meu amigo da piscina seria um personagem muito mais
interessante que eu. Estou meio para baixo agora. Minha mãe disse que quer que
eu vá à casa da minha tia-mãe com ela amanhã. Vai ser bom revê-la. Aproveito e
pego o Zelda e a caixa do Mario lá. E falo com o meu primo-irmão. Não devia ter
criado expectativas sobre a jogatina hoje. Deveria ter ido para o Irã mesmo
achando que não seria muito a minha cara, afinal seria uma espécie de despedida
da nossa amiga filósofa. Deve estar para voltar para Bruxelas pela forma como
falou no grupo. Bem, passou. Se fosse um pouco mais dono de mim, chamaria um
Uber pegaria o dinheiro e iria. Quem sabe um dia...
22h45. Vou comer dentro em breve, estou com fome ainda. Vou
fumar um cigarro de verdade.
23h01. Aproveitei e enchi a porta da geladeira e uma garrafa
com água, conforme me foi pedido. Esse post não passará desta página. Tenho
dito. Acho que vou para o Vate. Não tenho muito para onde ir. Não quero jogar
Mario agora, nem Snipperclips, nem PS3, nem Wii U. Queria a namorada para
beijá-la e chupá-la toda. Seria um bom passatempo, me divertiria imenso. E
depois do orgasmo dela, ficaríamos abraçadinhos conversando até ela pegar no
sono e eu voltar para cá. Ou adormecer também, quem sabe. Mas nada disso é
possível agora nem em um futuro próximo. A página acabou. Vou ver o que faço da
vida. Inté.
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