Pirei nessa máquina de escrever, ainda mais quando eu vi o brasão da Mulher-Maravilha. Hahaha. |
23h57. Portuguesinha (pois é, ela mais uma vez, infeliz
leitor), seu review de “Skyscraper” ficou excelente, simplesmente hilário. Hahaha. Só tenho uma ressalva, ele se
arriscou na comédia infantil “A Fada do Dente” ou algo que valha. Não assisti.
O último que vi dele foi outro filme-catástrofe, dessa vez sobre um terremoto.
Você que é cinéfila deve saber de qual falo. Mas vou deixar esse post latente
até que receba outro comentário seu, que parece andar sem tempo cuidando do seu
próprio blog. Saiba apenas que você se superou nesse último texto. Parabéns.
Ah, e desculpe o delay nas respostas,
geralmente só consigo aprontar um post em dois dias. Tanto tempo para resultado
tão pífio, eu sei. :P
0h56. Não me seguro, até por não ter muito o que fazer a
essa hora. Esqueci de contar-lhe, tenho um amigo que estudou cinema e cismou em
fazer um documentário sobre um ano da minha vida, utilizando como fio da
narrativa os textos deste blog. Ou assim idealizou e me transmitiu o projeto. Ele teve azar de pegar um ano sem muitos
acontecimentos, até porque minha vida não é nada excitante e basicamente me filmou
sentado a escrever. De todos os ângulos possíveis e imagináveis. Hahaha. Não
capturou muito mais que isso. Ele ainda não aprontou o que suponho que será um
curta e nem sei se terá tempo de fazê-lo agora que espera o primeiro rebento.
Estou curiosíssimo e envergonhadíssimo com essa história. Acaso mantenhamos o
contato até essa soporífera obra ficar pronta, tento repartir com você. Nossa,
como queria poder amar você, ao mesmo passo que morro de medo disso. Faz tanto
tempo que o amor correspondido não se dá que a ideia me assusta terrivelmente.
O medo do meu fracasso.
-x-x-x-x-
Velho solitário com grande fé. :P |
15h18. Conversando com uma amiga de internamento (que já foi
um dia paixão platônica, ela parece um anjo de tão bela) sobre o meu livro por
ora impublicável, acabei motivando-a a escrever a própria história que é muito
mais emocionante que a minha, afinal sofre de transtorno borderline, logo tem –
ou tinha, afinal está mais pacata e conseguindo lidar com o mundão de forma
razoável, conseguiu inclusive construir uma relação estável com um rapaz aí –
as emoções à flor da pele e excessivas, tive oportunidade de conviver e
presenciar seu sofrimento existencial. Caso venha mesmo a escrever, o que tenho
as minhas dúvidas, visto que borderlines são dados a rompantes fugazes, dará
uma obra interessantíssima. E ela tem um bom português e é bastante
inteligente. Combinei com ela que mandarei o meu livro para ela ler quando a
revisão estiver completa. É uma obra caudalosa e tediosa na minha opinião, mas,
quem sabe, com a enxugada da revisora se torne algo mais palatável.
Pausa no trabalho para uma cervejinha. |
19h18. Fui ao biergarten
da Augustiner Bräu aqui perto encontrar a família que havia ido a uma festa do
colégio da minha sobrinha caçula e, quando volto, dou de cara com um comentário
seu! Que prazer! Os seus comentários são a alegria do meu dia. Pela sua rotina
noturna é de supor que more só, já seja emancipada. Na minha vida, nunca deu
certo morar completamente só, não nasci para viver sozinho. Não sou a minha melhor
companhia. As duas vezes em que morei só foram catastróficas. Sem exagero.
Entretanto, quando reparti o apartamento com um colega de trabalho e anos
depois fui morar com a Gatinha, tudo transcorreu perfeitamente. O período com a
Gatinha, que durou cerca de três anos, foi o ápice da minha vida adulta, a
parte mais feliz dela, senti que tinha uma vida completa. Vivíamos apertados
financeiramente, mas nada nos faltava. E o melhor: tínhamos um ao outro e nos
amávamos e nos tratávamos como iguais. Foi bom enquanto não estraguei tudo. Mas
estraguei e a vida segue solitária desde então. A conheci na terapia de grupo a
qual mencionei a você no dia dos presentes, no grupo composto só por mulheres.
Calhamos de pegar o mesmo ônibus para voltar para casa e, nessas idas e vindas, daí a paixão aconteceu.
E depois virou amor. Ainda a amo, mas sem o eros, apenas como amiga. E é uma
baita amiga.
Flores do biergarten para você. :) |
Aqui já bebiam cerveja antes de Cabral partir com suas caravelas rumo ao Brasil. |
As suspeitas são que pegam no seio dessa moça para ter sorte no amor. Se voltar lá, acho que o farei. Se há um campo da minha vida em que preciso de muita, muita, muita sorte é esse. |
20h10. Engraçada essa do “Senhor Mário” do Novotel, quer
dizer que eu fiz fama no A Bicicleta para além de você, “o babaca das
Coca-Colas cheias de gelo”. Hahaha. Muito curioso.
Certamente não são frutas típicas do meu país tropical. |
20h37. Vamos continuar a assistir “Ready Player One”, para
mim, até agora, me parece a tentativa de Spielberg de criar o seu próprio
“Avatar”, um que faça jus ao cibernético nome. Estou adorando as referências à
cultura pop e videogames, muitas, diversas para elencar aqui.
Espécie de catavento musical pelo que pude perceber. |
22h31. Gostei do filme, para um gamer como eu sou (ou costumava ser) e com a minha visão de futuro
e minhas crenças nada ortodoxas a respeito de como as coisas vieram a ser e
como se darão, o filme é bem a minha praia e visualmente é deslumbrante. É uma
pena que a Nintendo não tenha permitido que heróis das suas franquias
aparecessem. Minha mãe acaba de perguntar se você deu notícias, ficou
impressionada que tenha dado. Eu penso que você não responderá por muito tempo
mais. A brincadeira vai perdendo a sua graça para você e estímulos repetidos
tendem a perder seu impacto. A novidade deixa de ser novidade. Bem, que se há
de fazer? Voltando ao filme, embora tenha uma paleta de cores menos vibrante
que “Avatar” e animações menos humanas é uma proeza tecnológica. Diria que ele
é um cruzamento de “Avatar” com “Wreck it Ralph”, uma mistura que muito me
agrada. Talvez seja um filme com um pouco menos de alma que os outros dois ou
talvez eu esteja ficando insensível para cinema. Não sei. Não sei se a
portuguesinha gostaria do filme, tenho as minhas dúvidas. Por sinal vou
procurar para ver se há o review dela
sobre esse filme. É bem capaz.
Fonte e mais flores. Desculpe o enxame de fotos, mas quero postá-las todas e me livrar deste encargo. Além disso, dizem que um post bem ilustrado torna a leitura mais fácil. |
23h20. Ela assistiu e fez um review extremamente positivo. Nossa, eu e a portuguesinha
temos mais coisas em comum do que poderia supor. Aparentemente leu o livro que
originou a obra, que eu nem sabia que existia. Concordo com ela que assistir em
IMAX deve ser o bicho, massa real, pena que perdi essa oportunidade. Pretendo
assistir em Recife na minha TV, pois acho que a TV da minha irmã, por ser mais
velha, puxa muito para o laranja o tom de pele das pessoas e sabe-se lá mais
quais distorções revela. Para amanhã acho que assistiremos após o jogo,
“Justice League”. Ela alugou no Amazon Prime, serviço que optou em relação ao
Netflix, o que não sei se foi das melhores escolhas. Mas cada um no seu
quadrado. Nada tenho a reclamar. Mas já espero me decepcionar com este filme de
super-heróis. Veremos. Ah, as últimas coisas que queria adquirir em Munique já
estão devidamente encomendadas pela mesma Amazon, o Chartreuse verde, meu licor
predileto, e um organizador de moedas de euro. Aqui, ao contrário do Brasil,
cada centavo vale e não estou familiarizado com as formas e tamanhos das
moedas, então vai ser uma ferramenta útil para quando for passear ou fazer
compras no supermercado da esquina. Fumar.
Protesto à moda alemã. |
23h47. Pensei no biquíni para você pois no prédio onde moro
há uma piscina decente num espaço bem astral. Sonhei descermos uma tarde para
um banho de piscina e um bom papo. É cada uma que sai da minha cabeça torta!
Hahaha. O bezerro com duas cabeças não atraiu mais leitores para o meu blog,
então foi uma estratégia falha, não a repetirei.
Uma igreja, suponho. |
23h54. Você vai ao cinema sozinha ou sempre acompanhada? Há
uma preferência? Algo me diz que você quer o mínimo de interferência externa
possível para que o seu post fique o mais autêntico, o mais à rolha que pode
ser. Como queria que você largasse tudo e viesse morar conosco no Brasil para
conseguir o seu tão desejado estágio. Tomar uma cervejinha na Praça, dançar um
forró que rola no Poço da Panela, num lugar muito astral. Sair com a minha
turma, que é formada em sua maioria por, pasme, psicólogos. Quem sabe se
apaixonar por mim... é, hoje estou especialmente delirante. Sonhar não custa
nada, apenas o amargo gosto da desilusão, preço este que já estou mais do que
acostumado a arcar. Preciso me preparar.
Outra igreja, eu assumo. |
0h34. O soninho bate, acho que terminarei de escrever quando
acordar. Não falta muito para acabar a terceira página, mas falta ainda menos
de mim para fazê-lo. E ainda tenho que encher as caçambas de gelo. Inté amanhã,
portuguesinha mais adorável do mundo. Beijo.
Toda vez que você vir esse "A" em Munique, tenha certeza que há uma farmácia. |
-x-x-x-x-
13h07. Acabei de acordar. Fui transferido mais cedo para o
quarto de mamãe, pois as crianças queriam utilizar a sala. O sentimento que
carrego agora ainda com a mente turva pelo sono é de que é um imenso
despropósito escrever isso para você. Mas se não estivesse escrevendo sobre e
para você estaria escrevendo sobre coisa bem menos interessante, em verdade
essa paixonite veio bem a calhar, pois me inunda de conteúdo para transcorrer e
sobre algo mais interessante, um sentimento, não a ausência dele. Tenho um
personagem encantador, a você que imagino, e um sentimento. É bem mais do que
escrever com o peito vazio. Em verdade pouco teria a escrever não fora você. Você
me veio como uma bênção, em verdade. Pode tudo não passar de desperdício de
tempo e palpitações cardíacas, mas é melhor do que nada, cada comentário seu é
uma pequenina pérola de felicidade que deposita na minha vida, é como se cada
dia fosse Natal à espera de um presente seu. Sei que você vai cansar disso,
sinto que já faz como obrigação, visto que não nutre nenhum sentimento especial
por mim, acredito que apenas se apiede da minha vã existência e do esforço de
construir essas linhas para você. Falando em linhas, o que está a ler? Você leu
aquela série dos “50 Tons de Cinza”? Eu nunca li, mas fez um sucesso tremendo
no Brasil. Para dizer que não li, li as primeiras páginas no Kindle da minha
mãe enquanto esta fazia uma ressonância, mas o texto não me capturou e nem acho
que eu seja o seu público-alvo da obra. Ademais para me dispor a ler é
necessário... aliás nem sei o que seja necessário, pois nenhum tema me atrai
quando posso escrever sobre os temas que me atraem aqui. Você me atrai muito e
por isso escrevo para você e, quando você desistir de mim, haverá o luto de
você, minha preciosa companheira de letras e, eu sei, não muito mais do que
isso. Quanto a desligar do “modo psicóloga” acredito também que você se
desligaria. Aos psicólogos que perguntei, disseram que conseguem fazê-lo sem maiores
problemas. Você não se considera uma psicóloga porque não cumpriu a última
etapa do processo para entrar na OPP. Pois eu digo que você usa um pouco de
psicologia com todos os clientes d’A Bicicleta. Como quando você percebeu que
um certo cliente estava ansioso por estar a balançar as pernas. Ops, acabou-se
a terceira página. Antes de partir, gostaria de entender qual a utilidade de um
bidê, aquele negócio que fica ao lado do sanitário no banheiro. Eu já morei
numa casa que tinha um, mas é uma coisa há muito extinta no Brasil. Descobri ao
chegar em Lisboa e reencontrar o objeto que carrego esta indagação desde a
infância. Bom, fico por aqui. Não quero torrar mais sua paciência que já deve
estar quase carbonizada pelos meus textos ridículos. :P
Este porco enfaixado costumava ter duas orelhas quando estive aqui da outra vez. Que será que sucedeu? |
Um bidé é muito útil para lavar as partes íntimas e os pés.
ResponderExcluirLOL.
Vivo com o meu namorado e 90% das vezes vou ao cinema sozinha :)
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