14h50. Dormi bastante. Estava precisando. Fui checar o
status do Switch e deu “out for delivery”!
Estou aqui só esperando o meu filhote chegar. Também estou saturado de
escrever. Escrevi demais ontem. Sem saco nenhum para isso. Fui fumar no frio e
o vento gelado no meu brinco fez o furo no ouvido ficar doendo. Que inusitado.
Vivendo e aprendendo. Brincos não combinam com inverno. Bem, sou todo
expectativas hoje. Pior que TV agora, só quando o meu irmão chegar do trabalho,
se ele chegar com paciência para tanto. Tomara que chegue. Ou que arrume. Um
tantinho de nada. Só para conectar o Switch na TV da sala. Acho que descer a TV
do quarto vai dar muito mais trabalho.
16h23. O Switch chegou! Tudo ao mesmo tempo. Quando vi, o
status havia mudado para “delivered”,
Abri a porta e não vi nada no batente, quando olhei mais adiante, os pacotes
estavam em cima da neve perto da passagem de carro. Fiquei chocado e fui logo
pegar. Achei a caixa muito pequena para ser o Switch, mas pesada o suficiente
para ser. No envelope senti os contornos do Super Mario Odyssey, então na caixa
só poderiam ser o Switch e os joy-cons adicionais. E eram! Urrú! Finalmente
tenho o meu tão aguardado Nintendo Switch! Falta testar. Fiquei chocado novamente
com o tamanho dos controles, de tudo, mas resolvi desencucar com isso.
17h04. Almocei e me dediquei até agora a configurar o
sistema. Está carregando para que o meu irmão desenrole uma TV para que eu
possa testar um jogo nele. Não vou jogar na tela pequena, eu mereço o melhor.
Não tirei ainda o grip nem o dock da caixa. Não preciso deles agora. Como
supus, o cabo HDMI do Switch é muito curto. Não sei como conectarei a tomada do
Switch no meu estabilizador, visto que é como a de um celular, não como as
antigas cuja caixa transformadora ficava no chão e um fio como uma tomada
normal saía dela. A Nintendo tomou todas as medidas para garantir a
portabilidade do console, realmente a parte de ser um console de TV ficou em
segundo plano. Não interessa, esse é o meu plano principal e só não é o único,
pois pretendo jogá-lo durante os voos de volta, eu acho. Mamãe já concordou em me
dar o case para o Switch. Estou novamente dividido entre o amor e a repulsa ao
console. Deve ser a “depressão pós-parto” ou anticlímax da aquisição do meu
novo filhote. Preciso escolher o melhor case para ele. Tem um que é a sugestão
da Amazon, tem outro que é licenciado pela Nintendo e há um terceiro que diz
que cabe a tomada. Preciso escolher entre esses 3.
18h25. Os meninos estão fissurados com o videogame, mesmo
sem estar ligado. Prevejo problemas.
19h07. Vou pedir para o meu irmão ligar o videogame só
depois que os meninos forem dormir, senão estou lascado. E meu irmão não
permite videogames durante a semana para os filhos. Só no domingo. Espero que
no domingo o Switch já esteja devidamente embalado para a viagem. Só preciso
testar um dia, ou melhor, uma madrugada, para saber se está tudo funcionando ou
não. Seria melhor duas madrugadas. Ou três. Hahahaha. Veremos. Tenho que
esperar meu irmão chegar para debater com ele qual a melhor solução. Se ele
quiser ligar a televisão de seu quarto aqui no escritório-ilha, certamente não
me incomodarei. Hahahaha. Mas tudo de acordo com o dono da casa. Se ele não
quiser ligar em nenhum TV, é a vida. Mas queria testar na TV, queria muito ver
na TV. O Zelda, principalmente, pois o Mario eu já vi. Preciso saber se os
Joy-Cons amarelos estão funcionando. Estou todo animado de novo com o meu
console.
19h31. Enquanto isso, meu sobrinho mais velho está se
divertindo a valer com mamãe fazendo experimentos de química. Isso é que é
diversão educativa. Ele está chamando o experimento de “the best” e “supercool”.
Nunca um videogame daria esse senso de maravilha ao guri. Só se o guri fosse
eu. Hahahaha. Estou risonho hoje porque ganhei o meu presente predileto, um
videogame. Da Nintendo, mais especificamente. Se bem que pirei também quando
ganhei o PS3. Fiquei muito impressionado com os gráficos à época. Do God Of War
Ascension. Mas tinha uma recaída de cola planejada e foi terrível. Estraguei a
felicidade do PS3 ou a protelei longamente. Ozzy. Meu passado foi tétrico. Meu
presente livre das drogas é muito melhor. Que continue assim. E vai continuar.
Pensei ter ouvido a voz do meu irmão, mas foi o tio da minha cunhada. Estou com
saudade do meu irmão. Vai ser chata essa parte de ficar longe dele em Recife.
Fico até me sentindo culpado por não estar aproveitando tanto a sua companhia
quanto poderia. Mas acho que amanhã ele vai passar o dia no escritório-ilha.
Então talvez possamos privar um da companhia do outro. Embora não queira
atrapalhá-lo em seu trabalho.
21h00. Mamãe comprou o case para o Switch, o MGS V e o cabo
de HDMI. Não há mais nada que eu queira dos EUA. De não consumível, pois seria
ótimo ter uma Coca-Cola aqui para beber. E mais uma carteira de cigarros, por
precaução. Aparentemente deu uma bronca no trabalho e meu irmão vai chegar em
casa mais tarde hoje. Não terei coragem de pedir que ligue o console na TV.
Seria cara de pau demais da minha parte. Poderia pedir para eu mesmo tentar
ligar, mas acho que isso o deixaria com uma pulga atrás da orelha. Não sei o
que vai ser. Veremos. Eu sei que eu poderia jogar os games em modo portátil,
mas simplesmente não aceito isso. Eu tenho que testá-lo na telona. Senão só
testo no Brasil. Acho que está tudo funcionando. Não é possível que os games
venham com mau contato. Ou que os Joy-Cons amarelos estejam com defeito. Ou que
o dock não esteja funcionando. A probabilidade de qualquer uma dessas coisas
acontecer é mínima. Mas que queria jogar no dia em que ganhei, isso eu queria.
Será o primeiro videogame com o qual não farei isso, provavelmente.
21h54. Não faria. Liguei o dane-se e comecei a jogar o Mario
em modo portátil com os Joy-Cons amarelos-limão. É muito massa. Um deleite.
Agora entendo porque o meu amigo jurista queria poupar ao máximo essa delícia.
Percebi também que estou com o meu ombro direito meio detonado mesmo. Ficou
dolorido depois de jogar. Nossa, que bom que gostei do jogo. Adorei para ser
mais preciso, só faltou ser na tela grande. Embora a tela do Switch tenha uma
excelente resolução. Fiquei feliz com o modo portátil, estou me coçando para
mexer nele de novo. Reconfigurar o meu nome para Mário. Ou Mário Barros. Que é
quase Mario Bros. Hahahaha. Agora o Zelda, só na telona. O Zelda para mim
equivale a uma experiência cinematográfica. Aliás, ambos equivalem. Só que um é
um filme tipo Senhor dos Anéis e o outro uma animação da Pixar. Meu pé fica
coçando dentro do tênis, não sei por que isso. Será que estou com alguma coisa
nos pés? Alergia ao sapato existe? Não acho que seja isso. Quero que os meninos
vão dormir. Quero tentar ligar o Switch na sala. Mas sem a aquiescência e
supervisão do meu irmão não rola. Sobre a câmera do Mario, o jogador é
incentivado a controlá-la desde o início do jogo, então ela se tornou parte dos
controles para mim. Intuitivamente eu já ajeito a câmera sempre que julgo necessário.
É parte da experiência, não é como o Mario Galaxy, que possuía uma câmera
superinteligente. Acho que nesse jogo nem cabe porque ele é um jogo de
exploração, então é impossível prever qual o caminho que cada jogador vai
seguir, isso é muito variável, errático. Eu, por exemplo, quis jogar o chapéu e
acender todas as luzes da fase introdutória do jogo. Acredito que poucos
jogadores tentaram isso, ainda mais sem saber as propriedades do chapéu de
antemão. Estou ainda na segunda fase, mas já estou cativado pelo jogo. Estou
muito satisfeito com o Switch so far.
O tempo que passei jogando, cerca de meia-hora, consumiu, junto com o tempo que
passei nas configurações, 20% da bateria, então ela segura mais do que
imaginava. Não sei se o Joy-Con amarelo drenou energia do console, não sei se
ele vinha carregado ou não. Não atentei para esse fato. O cartucho, que julgava
pequeno, é ainda menor do que eu imaginava. Deve ter no máximo 2,5 cm por 3,5
cm. É minúsculo. Tudo no Switch é minúsculo, agora comprovo. Só a diversão é
gigante. E nem joguei o jogo do ano ainda. Mas Zelda é um tipo de diversão
diferente do Mario. Mario é diversão em estado puro. Delícia, delícia. Zelda é
um pouco mais sério, mais maduro, mais cabeça. Acho que a comparação
cinematográfica que fiz resume bem os estilos de diversão dos dois jogos. E o
Mario está cheio de personalidade, tem várias expressões novas e diferentes.
3h08. Estava jogando o Zeldinha, que de “inha” não tem nada,
o jogo é imenso, lindo e misterioso. Desisti porque morri duas vezes. Aí fui
jogar um pouco do Mario e cheguei na bendita cidade em que meu amigo jurista
estava e que também servia de demonstração nos gabinetes da Nintendo na
Gamestop. Aí parei com a jogatina e desmontei tudo da sala menos o dock do
Switch. À noite, quando as crianças estiverem dormindo e ninguém quiser ver TV,
eu plugo o Switch e vou jogar. Pelo que entendi, as armas do Zelda se quebram,
então tenho sempre que pegar uma arma nova das que os inimigos deixam cair no
chão. Por sinal, os inimigos são bastante inteligentes e percebem desde longe a
minha presença. O jogo é muito grande, não tenho nem ideia de como vou
explorá-lo todo. Mas tentarei. Não notei serrilhado e os gráficos todos são de
desenho animado. Bem, eu parei de jogar porque estava com sono. Então vou
dormir logo, porque senão vou jogar mais um pouquinho do Zelda e então lá se
vão mais duas horas de jogo. Prevejo que vou ter muitas e muitas horas de jogo
pela frente. Espero que os inimigos não renasçam quando desligo o console. Ou
de nenhuma outra forma. Vamos ver se o Zelda barra o FarCry 3. Estou
impressionado com os gráficos me pareceram bem melhores que na Gamestop. Ei,
xau, vou dormir. Senão é melhor ligar o console e jogar mais um pouco que é o
que estou quase fazendo.
-x-x-x-x-
12h23. Acordei, vi meus e-mails e não, não joguei mais
ontem. Preferi dormir. Hoje, me arrependo, pois não posso jogar enquanto os
meninos estão acordados. Minha mãe já disse que eles ficaram olhando o dock do
Switch e me sugeriu tirá-lo de lá, o que prontamente fiz. Descobri que as
caixinhas dos jogos do Switch são quase que exatamente do tamanho da tela do
console. Será que há uma conexão? Não duvido. Meu irmão trabalha hoje no
quarto. Queria muito ver a tela ou as telas, visto que ele tem três monitores
acoplados à sua frente, do seu trabalho. Não sei se ele me permitiria e estou
cheio de dedos para perguntar. Mamãe disse que hoje é dia de banho, avisei que
não tenho toalha. A minha coloquei para lavar, mas algo aconteceu com a
máquina, minha cunhada acha que a água congelou dentro do cano, que ela não
está lavando. O encanador já foi acionado, parece que vem hoje. Estou na secura
de jogar o Zelda. O Mario nem tanto, pois cheguei naquela fase que já vi e
revi. O Zelda é ou está, com três mistérios para eu desvendar. Três locais para
eu acessar, mas não faço a mínima ideia de como acessar os locais. Morri numa
travessia que pensei possível escalando as montanhas. É interessante como é
fácil para Link ultrapassar obstáculos nesse jogo com essa nova habilidade de
escalar, o jogo fica muito mais gostoso e acessível assim, eu sinto que eu
tenho a capacidade de explorar qualquer lugar que o meu fôlego ou estamina
permitir. Meu irmão deixou eu ver as telas do seu trabalho, interessante que
ele pode puxar as telas de um monitor para o outro elas meio que “grudam” e se
adequam ao tamanho do monitor em questão. Vi o que achava que iria ver, muito
código, letra, e nenhum gráfico. Programador trabalha com as coisas por trás
dos gráficos, não precisa deles para fazer o seu trabalho. Mamãe vai passar o
dia no outlet, seu maior desejo
quando em terras americanas. Quer ficar das 11h00 às 17h00 lá. Engraçado, quem
mais atrapalha meu irmão não são as crianças, mas a própria esposa. Ela entra
praticamente de cinco em cinco minutos. Mas hoje é um dia sui generis, havia
uma série de coisas a serem combinadas. Não estou com saco de escrever, eu
queria era jogar o Zelda. Mas acho que em modo portátil, atrapalha o meu irmão.
A não ser que coloque o fone. Boa ideia, acho que vou fazer isso já-já. Meu
irmão perguntou se o Sansar estava rodando no meu computador. Eu disse que não,
mas que iria tentar mais uma vez.
13h21. Não funcionou de novo. Ele acha que é porque o meu
computador não aguenta o tranco. Eu acho mesmo. Minha tela está muito suja.
Estou com vontade de jogar o Zelda e sem vontade de jogar o Mario, achei que se
daria o contrário. Legal, pois eu sei que o Mario eu vou ter vontade de jogar
depois. O Zelda, eu quero jogar, mas ainda não estou totalmente cativado pelo
jogo. Gostei muito das inovações em relação à história e a mecânica do Sheikah Slate.
Não sei se Link vai adquirir novos poderes como nos demais jogos da franquia
visto que praticamente todos os botões já têm funcionalidade. É um jogo
bastante complexo e penso que, se não avançar nele aqui, recomeçar lá em
Recife. Não sei. Sei que faltam sete dias em terras americanas para nós. Estou
adaptado com o tamanho dos Joy-Cons, mas ainda não peguei como é que se joga
com um controle em cada mão, como sugere o Switch em relação ao Mario. Esse
post decididamente não divulgarei. Está muito chato e vazio. Quando a minha
cunhada voltar de onde quer que ela tenha ido, peço uma toalha nova a ela. Eu
pedi logo que acordei, mas estava tudo tão atribulado e apressado por aqui, que
a toalha ficou em terceiro plano. Na volta, com a maioria dos problemas resolvidos,
eu volto a pedir. Acho que vou jogar Switch com fone de ouvido.
15h01. Joguei o Zelda até agora, sem contar com o cigarro
que fumei. É um jogo muito grande. Perfeito para esticar as ideias. Peguei mais
uma orb. Ainda faltam duas para sabe-se lá o quê. O velho que me auxilia nesse
começo de jogo me parece muito com o rei de Wind Waker. Mas isso para o leitor
leigo não significa bulhufas. E pode nem ser ele, mas minha intuição diz que
sim. O jogo é monstruoso. Estou na primeira zona dele e esta já é enorme. Os
gráficos são lindos, mas gostaria muito que o próximo Zelda fosse realista, na
medida em que o Zelda pode ser realista. Mas sem ser cell-shading. Eu sei que os gráficos como são oferecem um frescor
raro nos dias de hoje em que tudo tende ao hiper-realismo. É um estilo único e
talvez o único estilo gráfico que o Wii U ou o Switch segurem para um mundo tão
gigante. Também é o estilo gráfico que dá menos trabalho, ou seja, consome
menos mão-de-obra e tempo para ser produzido. De toda sorte, acredito que o
próximo Zelda, se houver, será com gráficos realistas. Para o próximo console
da Nintendo, digo. Se próximo console houver. O Mario, eu não vejo mais como
evoluir. Não consigo imaginar o que mais podem inventar para a franquia. Depois
da mecânica do chapéu e dos gráficos mais detalhados do Odyssey, fica difícil
imaginar como o Mario possa surpreender. Estou totalmente aclimatado com os Joy-Cons.
Essa noia já superei. Com o a secura do Zelda saciada, me dá vontade de jogar o
Mario. Meu irmão está num astral bom hoje. As crianças o fazem feliz. Parou
para almoçar agora e brinca e conversa com os filhos. Pela voz sente-se feliz. É
muito bonito isso. Me dá até vontade de ter filhos.
15h26. O filho do meio do meu irmão, segundo ele, é o mais
secão de videogames. Já veio aqui olhar se eu estava jogando. Coitado. Não
estou muito a fim de deixá-los jogar. No modo portátil é impraticável, não
deixo de jeito nenhum, se derrubarem é adeus para o meu console. E não vai ter
ninguém que me console dessa perda. Na TV, com os Joy-Cons amarelos, eu até que
posso deixar jogarem um pouco de Mario. Eu preciso criar uma nova conta no
Switch para Guests. Meu amigo jurista comemorou que estou “switchado”.
Hahahaha. Estou feliz com o videogame, é verdade. Talvez tenha criado
expectativas altas demais para o Zelda e ele ainda não as alcançou, mas estou
ainda no começo do jogo, ainda não aprendi coisas básicas como cozinhar e
planar. Estou ainda na ponta do iceberg e mesmo assim já acho massa, não tão
massa quanto esperava, mas nem sei direito o que esperava. Só sei que não posso
entrar no gelo senão o meu herói morre de frio. Agora entendo isso, tendo
passado pelo frio daqui. Meu personagem está com uma roupa velha e fina, pelo
menos assim foi descrita quando as adquiri em dois baús do lugar onde
despertei. O grande mistério para mim é por que eu estava hibernando numa água
mágica trancado numa caverna no início do jogo. E por que eu sou o que recebe a
Sheikah Slate, objeto de uma tecnologia muito antiga do povo que uma vez
habitou a terra de Hyrule. Muito legal é que tudo o que eu carrego de armas, ou
quase tudo fica à vista, pendurado em minhas costas. E tem a novidade de Link
ter um botão para pular, um pulo muito mequetrefe, se comparado ao nosso amigo
Mario, mas algo que acontece pela primeira vez em 30 anos de série. Não sei para
que os pulos, sendo tão pequenos, vão servir.
16h53. Peguei mais uma orb no jogo. Só falta uma para
conseguir o paraglider. Se bem que eu não sei como o velho vai tirar as orbs de
dentro de mim (pois é, as orbs entram dentro de mim quando são me dadas por uma
espécie de monge mumificado ou em transe profundo, sei lá). O problema agora é
que a última orb está em um local frio e, como disse, não tenho roupas
apropriadas para frio. As dicas do jogo dizem que seu eu cozinhar algo quente,
eu poderei resistir ao frio, só não sei por quanto tempo ou o que cozinhar. Sei
que pimenta ajuda. Todavia, o velho me deu a dica para eu caçar ao norte do
platô onde estou, para tentar pegar carne e tentar reproduzir a receita que ele
esqueceu, aí ganharei uma panela e acho que poderei cozinhar em qualquer lugar,
desde que eu tenha como fazer fogo, o que ainda não sei como farei. Pois é, é
um jogo complexo. É botão que não acaba mais. E combinações de botões também.
Mas, mesmo assim é divertido e diria até que acessível dada a complexidade da
coisa. Existem jogos bem mais complexos. Eu já não posso reclamar de Catan ser
complexo. Hahaha. Mas não tenho a mínima inclinação para Catan. Estou abismado
com o meu interesse pelo Zelda, de longe o Zelda mais profundo que joguei, em
termos de mecânicas. A primeira coisa que cozinhei na panela e no fogo do
velho, ficou tão ruim que a imagem do prato no menu ficou toda pixelada, o que
achei uma jogada de mestre, me divertiu muito, ver que o que preparei estava
tão ruim que até a imagem do preparo perdeu resolução. Hahahaha.
17h25. Não sei se volte para o Zelda ou arrisque um Mario.
Estou com mais vontade do Mario, mas a troca de cartuchos é algo que não quero
ficar fazendo muito sob pena de estragar ou o console ou o cartucho. Ficar
trocando o tempo todo acho uma atitude temerária.
18h20. Mas troquei mesmo assim e joguei o Mario até agora.
Não sei se porque eu morri, eu perco as sementinhas que plantei no jarro.
Espero que não. Estou mal de Mario, viu? Morri umas cinco vezes, por isso
resolvi dar um tempo. Acho que a tela pequena prejudica mais o Mario que o
Zelda, pois o Mario necessita de movimentos mais precisos e na tela pequena
essa precisão é diminuída, acho eu. Não vou botar a culpa da minha
incompetência na tela, estou jogando mal mesmo. Estou com sono. Acho que jogar
games me desgasta mentalmente. Será? Sei que estou com vontade de enfrentar uma
caça ao norte no Zelda. Mas não agora. Minha vista está ardendo e estou
querendo fumar um cigarro.
18h59. Resolvi tomar foi um bom banho, senão ia ouvir um
monte de mamãe. Melhor assim, limpinho, cheiroso, bonito e gostoso, como
vozinha diz aos meninos depois que tomam banho. Estou para ter a tal da
proctalgia fugax, que ozzy. Espero que não. Fiquei espantado como os meus
cabelos grisalhos se multiplicaram desde a última vez que me vi no espelho.
20h18. Estou numa crise de proctalgia fugax. No meio dela.
Deve passar dentro de 5 minutos. Já a estou sentindo há quase 10. É muito
incômodo. Ô, dorzinha chata. Está ficando mais intensa. Ozzy. A melhor parte é
que dura pouco. Vi o Sansar funcionando. No computador do meu irmão, é claro. O
meu nunca rodaria. Ainda falta muito a ser implementado, não há muito o que
fazer no simulador, mas algumas das possibilidades impressionam, por exemplo se
o chat for ligado... a dor está passando, graças... se o chat for ligado, o avatar
da pessoa emula a expressão facial e os movimentos da boca de quem está
falando. Outra funcionalidade impressionante é a da roupa. Você pode puxá-la, esticá-la,
deixar uma alça mais caída que a outra e por aí vai. É muito realista. E os
modelos são bem detalhados, assim como a iluminação dos cenários, para quem
tiver computador para rodar o programa com configuração top. Meus sobrinhos
entraram no quarto para me ver jogando o Switch em modo portátil. Eu não
deveria sair do jogo toda vez que vou desligar o console. Certamente não farei
isso quando o tiver devidamente instalado em casa. Vou deixá-lo no sleep mode. Sair do Mario é algo que
atrasa o jogo e acho que se eu não sair, começo exatamente do mesmo local em
que estava. Esse Mario é mais surreal e bem-humorado que os anteriores. Há
momentos psicodélicos, como gosta de dizer meu irmão, como por exemplo estátuas
que remetem às cabeças da Ilha de Páscoa com óculos escuros e brincos dourados.
E elas têm uma funcionalidade no jogo, isso é que torna a coisa toda estranha...
e pertinente. O tiranossauro com chapéu e bigode do Mario também não deixa de
ser inusitado. E só estou na terceira fase do jogo. A dor passou por completo,
estar sem ela é um alívio. A outra parte boa, a sensação de alívio depois da
dor. Fazia tempo que não tinha. Essa foi a parte boa dessa vez. Acho que mais
de mês que não sou acometido por ela. Tomara que role um Zeldinha na TV da sala
hoje. Ou mesmo a fase do Mario em que parei. Ou os dois. Os dois me parece a
melhor opção. Queria ter Coca hoje. Chegou uma coisa grande para mamãe. Espero
que seja a mala. Por falar em mala, acho que era para pegar a mala hoje lá no
cara que está consertando a minha. Meu irmão e eu nos esquecemos. Estou
satisfeito com o Nintendo Switch. Com o console e com os jogos. O console não
desaponta. É uma pequenina maravilha. Não gosto de jogar em tela pequena, mas
na do Switch é até aceitável. Prefiro a telona, entretanto e sempre. Mas vai
ser um bom passatempo durante a viagem. O melhor passatempo possível. Melhor,
muito melhor do que escrever no celular. Pena que só dure três horas. Três
horas no universo de 24 horas é muito pouco. Meu deus, ainda bem que é só uma
viagem de volta. Se bem que, se fossem duas, poderia levar mais bonecos. A
parte pior da viagem é mamãe entupida de muamba que nem faz ideia se caberá nas
malas ou não. Já estou vendo que não vou levar boneco nenhum para Recife. Pouco
se me dá. Isso me lembra que mamãe vai cobrar a venda do boneco. Mamãe chegou,
por coincidência. Está muito imersa nas compras. Mas lembrou do encanador que
não veio. Voltou à falar de compras. Parece que a coisa grande que chegou foi a
mala mesmo. Mas não é uma mala muito grande, por falar nisso. Nossa, como
queria uma Coca-Cola. Vou pegar água, na falta do líquido negro. Como desativei
o Mario, acho que vou de Zelda agora. 21h23. Ainda falta tempo para as crianças
irem dormir e pode ser que queiram ver coisa na TV hoje. Vou pegar água.
21h29. Levei as compras de mamãe para cima e me lembrei,
amanhã vai ter snow storm aqui, tanto
é que os meninos não terão aula amanhã. Estou curioso para ver. Talvez dê para
filmar alguma coisa diferente.
22h21. Jantei e joguei um pouco de Zelda, até a bateria do
Switch arrear. Ele entrou no “sleep mode”.
Vou deixá-lo assim. Os meninos vieram ver o Zelda, já achei menos adequado para
idade deles, ainda bem que não me viram caçar, o objetivo que tinha a fazer a
norte da nossa região, me viram só lutando contra o gigante de pedra – sem sucesso
– e fugindo dele encontei um animal noturno, um morcego ciclope, cujo nome no jogo
me esqueço e aí a bateria pediu penico.
22h57. Os meninos foram dormir, meu irmão e sua esposa me
liberaram para jogar o game na sala. Uêba! Estou só felicidade. E vou encarar o
Mario também. Meu irmão disse que vai dar até 33 cm de neve amanhã. Segundo o
tio da minha cunhada, começa a neve às três da matina e segue pelo dia todo.
Vou fumar um cigarro, para instalar o Switch na sala. Quero ver como vou fazer
para fumar amanhã.
3h57. Estou morrendo de sono. Joguei um pouco do Zelda e bem
muitão do Mario. Ainda na mesma fase em que estava, tem muita coisa para fazer
numa fase só, não podia nunca esperar tanto. Eu só peguei 70 e poucas das cem purple coins que há na fase. As luas não
sei se peguei todas, mas peguei um bocado. No Zelda estou meio perdido. É muito
diferente dos anteriores. Ainda estou na parte de fazer uma receita para o
velho, mas esqueci o que ele tinha anotado em seu diário na cabana, achei a
cabana ao longe, depois me perdi dela completamente. Estou lá no meio do mundo
caminhando contra o vento, sem lenço sem documento e sem destino certo. Como
dei por vista a fase do Mario, estou pronto para partir para a próxima, é hora
de jogar o Zeldinha. Porém, dou um tempo aqui para ver se o Switch carrega mais
rápido sem ninguém jogando. Talvez se eu fechar o jogo do Mario vá ainda mais
rápido. Está apenas com 62%. Quero ficar acordado para ver o início da
tempestade de neve, que em tese começa às 3h00 daqui, ou seja, daqui a uma hora.
São 4h06 no meu relógio e 5h00 nele equivale às 3h00 daqui. Vou fechar o jogo
do Mário e colocar o Zelda. Mas não vou jogar agora.
4h15. Coloquei o Zeldinha. Mas não estou com coragem de
jogar agora. Está em 67% o carregamento. Nessa velocidade só vai acabar lá para
as 5h30 da manhã daqui. O chato do Zeldinha é que as armas não muito escassas,
especialmente as flechas. E é muito diferente dos predecessores, a Nintendo
realmente quis revolucionar nesse. O personagem do velho pelo menos é interessante.
Ele “lê” o cartão de memória e por isso sabe de todos os meus passos. Sabe, por
exemplo que eu entrei na cabana dele sem ele estar lá, peguei o seu machado e
espiei o seu livro de anotações. Ou então sabe que eu já peguei três das quatro
orbs que me deu como missão. Eu acho o gráfico do jogo mais belo a cada vez que
o visito. O do Mario é muito bonito também, meu irmão ficou impressionado, mas
o jogo é tão frenético que não percebo isso direito, por isso gostava de
assistir o Mario na casa do meu amigo jurista ao invés de jogá-lo. Não sei se
peguei mais moons do que ele nessa
fase do deserto. Deserto de brilhantes areias vermelhas, diga-se de passagem.
Estou com sono, muito sono, mas quero ver o Switch carregado para amanhã. Não
gosto de carregar uma bateria pela metade para continuar depois.
4h33. Está em 71%. Não sei se aguentarei até os cem. E ainda
tenho que desmontar o game todo, por mais que esteja pensando em deixar o dock
do Switch lá de novo. Se cada um por cento dura três minutos e faltam 28, então
são mais 84 minutos, ou seja, 1 hora e 24 minutos. São 4h38 lá pelas 6h00. Vou
tentar aguentar. Estou me coçando para jogar o Zelda, tentar localizar a cabana
do velho. Ele ainda deu a dica de onde o ingrediente que tinha esquecido estava,
é algo que podia ser achado perto da torre. O pior que eu fui na torre, peguei uns
dois ingredientes, que nem me lembro quais são (acho que foi um peixe e a erva
de Hyrule ou qualquer coisa assim). E nem peguei tão perto da torre porque não
havia ingredientes que eu tenha localizado perto da torre. Dá vontade de filar
na internet qual é a receita para o frio, mas logo no comecinho do jogo ir
filando é maus.
5h06 (ou 3h06) aqui em Franklin. A nevasca ainda não
começou, minha mãe apareceu para me mandar dormir, mas só vou depois que o
Switch carregar. Está em 78%. Além de que quero ver o começo da nevasca. É uma
vez na vida que se tem uma oportunidade assim. Pelo menos para mim que moro em
Recife. Merece uma fugida do horário para contemplar a coisa se dando. Esse
Zelda é quase diferente demais para o meu gosto, mas acho que ainda estou na
ponta do iceberg.
5h22. Nada de neve ainda e 82% carregado. No celular já está
acusando pancada de neve. Deve começar em breve. Aproveitei e perguntei a quem
de direito da foto da minha cadelinha Poeira, agora chamada de Princesa pela
nova dona. A pessoa a quem perguntei inventou uma história mirabolante. Espero
que não seja enrolada. Quero ver uma foto de Poeira para ter certeza de que
está viva e bem.
5h35. Nada de neve ainda e 85% carregado. Vi daqui que o
Switch entrou no sleep mode. Espero
que continue carregando mesmo assim. Vou sacar se a luzinha verde do dock ainda
está acesa.
5h39. Tinha apagado, então, por via das dúvidas ativei de
novo o Switch. Está em 86%. De 6h00 vou olhar se a neve já começou. Enquanto
isso, do que posso falar aqui? Estou curtindo mais o Mario que o Zelda. Mas o
Zelda também é invocado. Só achei que teria mais coisas para fazer por
quilômetro quadrado de jogo. Acho que no começo é mais simples. Depois é que a
coisa fica aberta mesmo e complica, ou seja, rolam várias atividades ao mesmo
tempo. Ou quero crer que seja assim. 5h45. Estou pensando no Zelda, em Poeira e,
porque pensei no que estava pensando, me veio a garota da noite também, aquela
linda dama a quem eu quero me entregar.
5h48. Nada de neve e 88%. Ô bichinho devagar para carregar.
Aposto que se tivesse desligado, tirado do dock e deixado carregando em modo
portátil a coisa se daria mais depressa. O lado bom é que os controles que
carreguei e pouco usei estão ainda no nível máximo de bateria. Se bem que usei
um monte agora com o Mario e o pouco de Zelda que joguei. Isso é bom. E o
Switch está carregando tanto o console quanto os Joy-Cons amarelos. E estes
levam três horas e meia para carregar. Estando no zero. Quero ver se ainda bato
um Zelda antes de dormir e depois de experimentar a tempestade de neve. 5h52.
Vou dar mais uma olhada da porta envidraçada de trás.
5h54. Nada de neve e 90% carregado. Acho que uma coisa vai acabar
coincidindo com a outra. Nossa, já estou na oitava página de Word. É o meu
superpoder. Encher páginas e mais páginas de abobrinha. Sim, dei uma filada na
internet. Se chegar a um lugar específico, o velho me dá um casaco para
enfrentar o frio. Que lugar é esse ou como chegar lá é um mistério. É no topo
do monte Hylia. Mas sei lá onde é isso e se é depois ou antes de entrar na zona
fria. Pelo menos como tinha anotado – e isso eu também vi – pimentas aquecem o
corpo. Acho que vou procurar a cabana do velho, copiar as dicas do prato dele
aqui no documento que criei para o jogo. Zelda eu só sei jogar anotando os
pormenores que são muitos para eu me lembrar. Até agora só anotei propriedades
de comidas, pois os objetivos estão muito claros para mim e são bastante
simples com o marcador de mapas que o jogo disponibiliza. 6h02. Vou dar uma
outra olhada na neve.
6h04. Até agora nada e 92%. Vou pegar água. Acho que quando
carregar vou jogar meia horinha de Zelda e ir dormir, com ou sem neve. Meu
computador está gelado.
6h10. Nada de neve e 94%. Acho que liguei o alarme da casa
do meu irmão por engano. Fui tentar acender a luz da garagem para ver se tinha
alguma Coca-Cola ou suco por lá, para saber se podia detonar um dos sucos da
geladeira e acabei apertando num botão que acendeu uma luz azul de um mostrador
de alguma coisa. Agora ao lado da porta da frente, o que eu imagino ser o alarme
está com uma luz vermelha acesa. Não lembro se ela sempre fica acesa ou se
realmente ativei o negócio. Quando for sair para fumar o último cigarro da
noite descobrirei da forma mais barulhenta possível. Espero que não tenha sido
isso. Muito, muito. Outra coisa que percebi é que existe uma luz lá na parte de
trás da casa acesa, luz essa que nunca percebi antes. Posso ter acionado ela
acidentalmente, ao invés do alarme. Ou o alarme faz isso, sei lá. Só há uma
maneira de descobrir que é abrindo a porta da frente para ir fumar. Vou esperar
dar 100% no Switch. Ou a neve começar, o que vier primeiro.
6h19. Nada de neve e 96%. Acho que vou começar a minha
meia-horinha de Zelda. Sei que vai carregar mais lentamente, mas acho que essa
nevasca não vai se dar agora. É melhor ver de dia que dá até para filmar.
Suquinho de uva é bom demais. Para quem só estava na insipidez da água, é
realmente uma delícia. Vou pegar o próximo copo de laranja, que gosto menos,
acho muito ácido. Mas não quero acabar com o suco de uva.
6h53. Joguei minha meia-hora do Zeldinha. Não progredi nada,
morri e quando desisti do jogo, o Switch estava carregado 100%. Cada vez acho o
jogo mais bonito. É muito detalhado e bucólico. Fantástico. Quem não é
fantástico é o jogador que roda, roda, roda e não faz nada. Mas já tenho o
objetivo amanhã. Esquecer a cabana do velho e ir procurá-lo perto do gigante de
pedra, que talvez consiga destruir com flechas explosivas. Tenho só cinco,
então não posso desperdiçar nenhum tiro. Embora não precise enfrentá-lo agora.
Só preciso cozinhar para o velho e daí partir para a montanha de neve. Farei um
prato de carne, peixe e pimenta e talvez algum dos cogumelos, senão um de cada
tipo e pronto. Só posso colocar cinco itens por preparo. Seja o que deu quiser.
Tomara que saia algo que aqueça o corpo, no caso de não encontrar o onipresente
velho para me dar o casaco no lugar onde imagino que esteja. Se não tiver, o
walkthrough sugere que só comendo pimentas, eu consigo chegar lá e, onde
pretendo encontrar o velho, há dois pés de pimenta. Nossa, queria jogar tudo
isso agora, mas se minha mãe me pega, levo o maior esculacho. E queria jogar na
telona. Na telinha não tem a mesma graça. Mas se for o jeito, será o jeito.
7h08. Vou dar uma última olhada para ver se a tempestade começou. Vou dar uma última
jogada em Zelda na telinha aqui no meu quarto. Não, melhor eu ir dormir.
-x-x-x-x-
13h27. Acordei com mamãe me dizendo que estava rolando a
tempestade de neve. Tentei filmar com a GoPro, mas a desconfigurei de tal forma
que agora ela tira fotos com timer. Ozzy. Ontem joguei ainda o Zeldinha e
consegui fazer uma receita que me protege do frio por cerca de 12 minutos, de
posse de tal sucesso, resolvi salvar e parar o jogo. Acho que precisarei fazer
mais uma dose da receita, se tiver pimentas suficientes, para a volta do local
da última orb, quiçá para a ida. Mas o jogo não pode ser tão punitivo a ponto
de permitir que eu chegue ao local e não consiga voltar por falta de recursos.
Seria um design de game estúpido. E o game ainda tem uma função de “autosave”, logo ficaria preso na neve
para sempre, por mais que haja muitos múltiplos save points, cerca de oito ou dez até onde eu vi, então poderia em
teoria voltar de uma etapa anterior à minha entrada na neve, se não passar
muito tempo explorando o dungeon da última
orb, o que geraria talvez muitos saves,
o suficiente para eu ficar para sempre preso na neve. Só há uma maneira de
descobrir, enfrentando. Que é o melhor que faço, em vez de ficar elucubrando
possibilidades congelantes aqui. Sim, falando em congelante, saí na snowstorm para fumar um cigarro e não
gostei muito da ideia. É difícil caminhar na neve, ainda mais com as pesadas
botas para neve do meu irmão, que calça 44. Eu calço 41, 42. A neve é muito fofa
e quase perdi o equilíbrio umas três vezes. A neve abundante e pequena é
incômoda quase como uma chuva, pois, quando bate na pele quente derrete, mas de
uma forma diferente, mais leve, a neve é leve, mais leve que gotas d’água. Já
está bem alta a camada branca que recobre o mundo. Conclusão. É mais bonito de
se ver de dentro da casa que do lado de fora. Meu sobrinho mais velho está
totalmente aclimatado ao frio. Ficou brincando sozinho, deitado na neve no meio
da tempestade. Ele se diverte mais do que se estivesse numa praia. É curioso.
Minha cunhada diz que ele não se dá bem com o calor, fica com placas de alergia
pelo corpo, uma novela. Mas voltando ao frio, não está tão frio, mas a neve
incomoda, pois vem com o vento. Não gostei. Pensei que seriam flocos grandes
caindo na vertical. E o pior, nem pude filmar para o meu amigo cineasta. É uma
pena. Seria um acontecimento interessante para ser filmado.
17h34. Consertei a câmera, eu acho! Vou filmar a snowstorm enquanto há um resto de luz.
17h55. Filmei. Não sei se prestou. Fumei dois cigarros e a
câmera ficou toda molhada. Acho que está filmando, pelo menos. O comportamento
da máquina pelo menos indica isso. Mas não vou tirar ela de dentro do case porque,
apesar de tê-lo enxugado com a toalha, acho que está ainda úmido e não quero
estragar a GoPro do meu amigo cineasta. Me filmei, o que sempre acho
constrangedor e narcisista, mas imagino que o meu amigo quer que eu apareça nas
cenas, portanto faço isso. A neve na cara é um tanto incômoda. Mas pensei que o
frio seria mais cruel comigo. Também só saio o tempo de fumar um cigarro. Sofri
mesmo no dia do esqui e no dia do estádio dos Patriots, quando fiquei períodos
de tempo bem mais extensos ao gelado relento. Tudo valeu a pena, entretanto,
essas férias me saíram muito melhor do que poderia sequer imaginar. O frio não
incomodou (muito), as crianças são muito mais doces do que esperava, os tios da
minha cunhada são uma simpatia e os anfitriões são superlegais, para dizer o
mínimo. Além disso, tenho Switch e acho que vou para ele agora, jogar um
pouquinho de Zelda. Finalmente consegui passar do frio e pegar o paraglider
como o velho e ele me contou a minha história e a história da lenda de Zelda em
linhas gerais. Há duas coisas que tenho que fazer na floresta do lugar que
acabei de deixar. Mas volto lá depois, tenho só que anotar no meu documento de
Word sobre o jogo, senão me esqueço. Vou anotar logo.
19h31. Joguei Zelda até agora, andei para caramba, morri
outras tantas vezes e ainda não cheguei em Kakarico Village, é muito gigantesco
o mundo, chega cansa andar tanto, principalmente segurando o console e olhando
para a tela pequena. Não posso encher o saco dos jogos logo nos primeiros dias.
Isso seria ozzy. Mas é o que sinto. Não vou esmorecer ainda. Pode ser que o
jogo comece a esquentar agora. O Mario já esquentou, mas não estou com a mínima
vontade de encará-lo. Quando penso na tela grande, a situação melhora um pouco
e a minha vontade de jogar reaparece. Não gosto de jogar em portáteis. Nunca
gostei. Mesmo que o Switch tenha uma tela maior e de maior resolução do que qualquer
portátil que eu já tenha visto. Fora os controles serem um tanto melhores que
os de consoles portáteis. Pelo menos os sticks, se comparados com os do
Nintendo 3DS ou 2DS. Mas os botões são pequenos do mesmo jeito. O incrível é
que, mesmo pequenino, o negócio funciona muito bem e já me sinto completamente
aclimatado aos controles. Há tantos lugares a serem explorados no Zelda que
chega a ser acachapante. No pior sentido. Acredito que nunca passarei por todos
os desafios do jogo. Isso levaria centenas de horas. E o que mais me incomoda é
que o meu personagem está muito fraco, morre com a maior facilidade. Morri
algumas dezenas de vezes no jogo, das formas mais esdrúxulas. Pelo menos Link
não fala no jogo, ainda bem. Ia ser muito estranho se ele falasse. Diferente
demais do jogo original. Mas o fato as armas quebrarem e de não saber arrumar
corações no jogo me incomodam. Vou até filar isso na internet, tenho a sensação
de que estou fazendo alguma coisa errada. O jogo não pode ser frustrante assim.
Eu sou um herói muito fracote para o meu gosto. Não ocorria isso nos demais
Zeldas.
20h34. Li, algumas dicas para iniciantes e descobri que no
mundo não há corações (vida, life, health), a única maneira de conseguir
mais corações e completando shrines, pegando as orbs e rezando nos locais
apropriados, que foi onde, quando consegui as primeiras quatro orbs, em vez de
pedir um coração, pedi mais estamina. Burro, burro, burro. Ganhei um tiquinho
de estamina, quando podia ter ganhado um coração inteiro, que me ajudaria muito
mais. Vou ver se ainda tem um save game
mais antigo de repente posso retroceder na minha escolha.
21h28. Minha mãe tomou umas e outras e se instigou para
arrumar as malas. E se predispôs a levar alguns bonecos meus na mala. Levou
dois fora da caixa. Espero que cheguem inteiros. Escolhi os dois mais
resistentes em sua compleição. Acho que chegarão inteiros, as malas dela são
revestidas de um material plástico, resistente. As minhas são de nylon ou coisa
que valha apenas. Mamãe em teoria vai levar quatro figuras, acho que o Thing
pode ir fora da caixa, desde que bem enrolado. Ele pesa. As outras são leves.
Isso tudo se o case do meu Nintendo Switch chegar, senão há um grande perigo
dos planos irem por água abaixo, pois terei que levar o console na caixa. O
dock e o grip terão que ir na mala de qualquer jeito. Se bem que poderia botar
na mochila se não levasse o casaco lá. Ou até levando, quem sabe. Mamãe é que
dará um jeito. Mas na hora da alfândega vai ser uma complicação, melhor levar
na mala mesmo. Só o case com o Switich e os Joy-Cons e o cabo de força na
mochila. Porque desembrulhar o casaco e reembrulhá-lo no aperreio que são as
alfândegas não dá. A não ser que o meu casaco vá na mala. Embrulhando o Thing.
Veremos. Só não vou passar 10 horas de voo vestindo ele no calor. Tô fora, o
voo já vai ser desconfortável demais sem isso. Estou com fome. E com vontade de
jogar Zelda. O Mario não estou com tanta vontade. Aliás, não estou com vontade.
Só se fosse para investigar a esfinge. Pois é ainda há uma pequena réplica da esfinge
na fase do deserto vermelho. E certamente ela tem algum segredo a revelar. Só
por isso e para achar a outra semente de lua que falta. Quem sabe até a esfinge
não me dê a semente? Com esses dois mistérios solucionados eu darei a fase por
vista. Se solucioná-los.
23h10. Meu irmão deve ter removido bem uma tonelada de neve
da passagem do carro e da passagem das pessoas, fora o que ele fez lá atrás que
não vi. Foi muita neve acumulada. Impressionante. Agora eu vi todo o poder do
clima daqui. Tem quase 40 centímetros de neve acumulada. Impressionante. Mais
ainda meu irmão, depois de ralar o dia todinho se dar ao trabalho de fazer
isso. O pior que, se ele não fizer, não tem quem faça. Coitado. É uma vida ao
mesmo tempo cheia de confortos e extremamente árdua. Eu não conseguiria. Só de
pensar nisso, me aterrorizo com o prospecto de ter alguém e vir a me
reproduzir. Ainda bem que no Brasil não temos neve. Ainda, pelo menos. Com esse
clima cada vez mais louco nunca se sabe, mas acho por demais improvável. Pelo
menos enquanto eu estiver nesse corpo que agora habito. O copinho em que
guardava os cigarros virou história soterrado por uma gigantesca camada de
neve. Talvez quando for fumar mais tarde, eu tente resgatá-lo. Meu irmão não
existe. Minha cunhada é uma mulher de muita sorte. Eu sou uma pessoa de muita
sorte. Qualquer pessoa que o tenha ao redor tem muita sorte. É um ser humano
único. Ímpar. Sei que ninguém é igual a ninguém, mas ele está acima da média,
muito acima. A mim, que estou talvez me equilibrando para não cair para a
segunda divisão da humanidade, vejo o seu exemplo como inalcançável,
inatingível. Ele é o meu mito e ter a sorte de partilhar a minha vida com ele
não tem preço. Além de ser uma pessoa divertida. É verdade que anda mais
estressado que de costume, mas como não ser? Ainda bem que ele alcançou tudo o
que sonhou na vida, tem a mulher que ama, três filhos lindos, uma ótima casa,
um emprego que não desgosta. Só falta agora alcançar o milhão de dólares que
quer juntar. Hahahaha. Se bem que não duvido. É de uma disciplina e de uma
vontade adamantinas. Que seja, que alcance o que intenta e que a vida sempre
lhe dê mais, como singela retribuição a tudo o que oferece à vida.
23h31. Reli a carta do meu irmão e me emocionei. Eu que
sempre fui torto, sempre fui o outro, nunca estive em pedestal. Pelo menos
agora estou no nível do chão, não num buraco escuro e sombrio qualquer.
23h47. Meu irmão disse que está todo doído. Não é para
menos...
23h49. Coloquei meu Switch na dock, que está na sala desde
ontem, sem estar ligado (com a luzinha da dock acesa. Quero ver em quanto vai
estar a bateria quando eu ligar o console, assim descobrirei se carrega desse
modo ou não. Acredito que carregue. Provavelmente bem mais rápido que ligado. Estou
desaprendendo a escrever. Mamãe tem uma autoestima muito boa, se ela tem
necessidade de falar, ela fala, com quem estiver com o ouvido à toa. Eu, por
outro lado, dei vazão à minha necessidade de fala, calado escrevendo. Não
consigo nem passar um tempo com a minha família lá fora, que ozzy. Vou lá.
Tomar a iniciativa. Nem repeti os comandos desde que o Switch chegou. É ainda
estou aqui. Mas vou lá agora.
0h02. Fui, mas rapidamente voltei. Não estou sociável hoje.
Mas estou me coçando para jogar o Zelda na TV. Vou esperar ou vou me meter na
sala na maior cara de pau? A secura chama. Parece que minha cunhada vai botar
um seriado para o meu irmão ver. Só não sei se na sala ou no quarto. Ligaram a
TV na sala.
0h21. Estão vendo o seriado na sala. Que pena. Não se pode
ter tudo. E eu já tenho praticamente tudo o que eu quero. O que não tenho está
encomendado. Só falta a namorada mesmo. E a imagem que me vem dela é sempre a
da garota da noite. Mas isso é um delírio. Uma completa idiotice. Algo que sem
pé nenhum na realidade. Melhor voltar a realidade alternativa dos videogames
para não apertar o já comprimido peito. Acho que minha sina é ficar mesmo para
titio. Bom, reitero o que disse, não consigo conceber para onde as séries de
Mario e Zelda podem ir depois disso. Não faço ideia. Só se o Zelda tiver
gráficos realistas e lançarem Mario o Odyssey 2 e pirarem ainda mais na
batatinha. Fazia três dias que não ouvia o “Utopia” que agora ouço e estou
tendo uma nova visão dele. Estou achando um disco mais alegre. Algumas músicas
ao menos. A que estou ouvindo agora, por exemplo, “Courtship”. Estou sem nada a
dizer, cismando com a garota da noite e a minha imensa covardia em relação a
ela. Eu nem sei mais trocar afeto. Tenho intenções e ideias de afeto, mas não
sei se tenho mais a desenvoltura para pô-las em prática. A garota da noite
teria que me dar uma mãozinha. Coisa que ela nunca vai fazer. Embora eu seja
dos que nunca dizem nunca. Ou sempre. Que seja o que tiver que ser até quando tiver
de ser. O problema é que não vai ser. E minha cabecinha dura não conseguiu
assimilar isso direito. Não consegue perceber que eu mesmo hei de me sabotar.
Realmente preciso rever os comandos.
0h45. Repeti 30 vezes “eu tomo a iniciativa”. Não me sinto
muito mais confiante por conta disso. Também não me sinto tão derrotista quanto
no parágrafo anterior. Algum efeito faz, não posso deixar de sentir. Eu o
percebo dentro de mim. Não posso ter medo de uma garota. Não posso ter medo de
levar um fora. É que será o fora da única garota quase possível que me
despertou algo. Quase possível porque me desperta algo e porque semi-inserida
no meu círculo social. Sou encantado por ela. Jogarei Switch na sala quando as
pessoas se retirarem. Vou tirar uma foto da caixa do Nintendo Switch para
guardar de recordação.
3h26. Que babaquice tirar fotos da caixa de um videogame.
Hahahaha. Mas fã é assim. Estava jogando o Zeldinha até agora. Ficou mais
parecido com o Zelda agora que encontrei o primeiro vilarejo. Eu pensei que
tudo seria deserto, sem pessoas para interagir, como a área inicial do jogo. Ainda
bem que Kakarico Village me trouxe um pouco mais para perto do Zelda que eu
conhecia. Está bem legal o jogo agora. Tenho vários afazeres, há as main quests e as side quests, adoro fazer essas últimas, mais até do que as da
história mesmo, que sempre acabam revolvendo matar algum mestre. Queria jogar
um pouco mais na telona, mas o sono está demais. Fui dormir muito tarde e
acordei muito cedo.
-x-x-x-x-
14h55. Mamãe comprou um elefante branco. Um colchão pesado e
gigante. Acho uma caixa que, colocada em pé, fica quase da minha altura e,
segundo ela pesa 31 quilos. Eu já havia visto que o aeroporto de Guarulhos não
aceita bagagem com excesso de tamanho, só precisava de uma confirmação que
consegui achar. Mamãe ainda não se aclimatou com a ideia, vai querer levar de
qualquer maneira. Espero que o meu argumento prevaleça e ela devolva o colchão.
O meu argumento, não, os fatos. Não vai nem caber no carro quando chegarmos a
Recife com quatro malas mais o elefante branco. Eu simplesmente não acredito
que mamãe comprou isso. Vai dar muita dor de cabeça ainda. Ela vai insistir.
Talvez leve até o aeroporto. Espero que meu irmão consiga a dissuadir da ideia.
Só falta a caixa estar dentro dos limites do tamanho de bagagem normal, mas
acho praticamente impossível. Queria jogar Zelda na telona, mas, em não
podendo, vai na telinha mesmo.
15h51. Ainda não joguei. Continuo aturdido com o elefante
branco. Essa viagem de volta não vai ser nem um pouco divertida. Nunca é. E não
estou a fim de jogar na telinha. Queria ver o jogo grande, ele pede isso. Está
começando a cair a ficha da minha mãe. Ou assim espero. Nossa, meu maior desejo
agora é que ela devolva o elefante branco. É simplesmente inviável. Foi por
isso que não cogitei enviar o Hulk para cá e tentar levá-lo de avião. Me
lembrei agora que cancelei o Malavestros para poder adquirir o Hulk. Foi a
melhor coisa que eu fiz. O boneco vem todo desmontado, uma miríade de peças que
quebram o encanto da figura para mim. E a pintura deixa muito a desejar. Ainda
bem que não mantive a encomenda da peça. Não preciso de mais nenhuma figura.
Tenho todas as que desejo. Embora as novas da DC estejam maravilhosas. Mas
superei isso. Não terei mais nenhuma figura, ponto.
16h56. Tomei um bom banho e coloquei desodorante pela
primeira vez desde que cheguei aqui. Não tinha e não se fez necessário. Só
coloquei porque achei o de mamãe. Às vezes acho uma enorme perda de tempo
escrever isso. Por outro lado, se é algo que me agrada, me dar prazer e ocupa
meu tempo, não há porque achar necessidades outras além dessas. E me dá a sensação
de que trabalho em algo, por mais que seja um produto que não tenha apelo
comercial algum, nem qualidades outras que o ato de escrever em si. Escrevo. E
seguirei escrevendo enquanto isso me apetecer. Espero não deixar de escrever
nunca. Pelo menos enquanto faculdades mentais e físicas para isso eu possua.
Não vou divulgar esse post, pois está cheio de spoilers das primeiras horas com o Zelda e por ter falado única e
exclusivamente de videogame. 90% do post é sobre o Switch e seus jogos, eu
creio. Não vou dar esse fardo a ninguém. Por falar nisso, tenho que arrumar
mais 50 rupees para poder então procurar a grande fada que vive perto da
Kakarico Village. Gastei o meu dinheiro numa side quest e comprando uma roupa que me protege do calor intenso.
Sei que terei que enfrentar um deserto mais adiante no jogo, ou presumo isso,
baseado nos demais jogos da franquia, então é melhor já estar preparado. O pior
que eu tenho que voltar lá onde comecei o jogo para achar a cabana do velho e
pegar o seu tacho de cozinhar, para que possa cozinhar onde quiser. Espero em
algum momento achar algum item que me permita produzir fogo, pois a lenha já
tenho. Com a panela, só me faltará o fogo. Sem fogo os demais itens são
inúteis. Vou comer. Falei tanto em cozinhar que meu fome. Hahahaha.
17h31. Comi um delicioso purê com um porco igualmente
delicioso, muito bem temperado feitos vozinha e por minha cunhada,
respectivamente. O interessante que eu como já pensando na minha refeição
madrigal, que é a minha principal refeição do dia. A Doutora disse que eu me
viciei em comer nessa hora, não acredita que seja fome causada pelos remédios.
Se ela entende dessa forma, talvez seja, não sei. Sei que não gosto de comer em
companhia de pessoas, acho um ritual quase tão privado quando ir ao banheiro.
Gosto de comer arrodeado de solidão, poder procurar as coisas que me agradem na
geladeira. É uma invenção legal, ainda mais no frio, mas não só por causa dele,
a escada coberta por carpete. Aquece além de dar mais aderência a um lugar
muito passível de acidentes, principalmente para pessoas de mais e menos idade.
Como o meu sobrinho caçula ou minha mãe. Pensando bem, escadas são invenções
perigosas, por mais que não haja solução mais prática para unir dois andares
ocupando o mínimo de área possível. Pensando bem, é uma invenção incrível.
Ainda mais com a adição dos corrimãos, que dão a dose de suporte, apoio e
equilíbrio necessários a uma travessia com segurança. Mas não vou transcorrer
mais sobre as minhas impressões sobre escadas. Nossa, estou temendo muito que o
Hulk estoure o limite do meu cartão de crédito. Ainda mais porque a compra do
kit Switch foi transferida para janeiro, segundo os cálculos de mamãe e o que
vi na hora do pagamento. Certamente vai estourar o limite. Não sei o que
acontece quando isso se dá, mas vou descobrir. E minha mãe vai ficar indignada.
Meu deus, e não há nada que eu possa fazer. Não vou desistir do Hulk. É a
estátua que mais quero e quis na minha vida. Vou ver se consigo mudar a data do
pagamento do Hulk para o dia 25 de janeiro, que aí já vira para o mês de
fevereiro.
17h58. Ufa, consegui. Espero que o mês do cartão já tenha
virado mesmo. Acho que vou jogar um Zeldinha. Não, não estou com vontade de
jogar agora. Não sei por quê. Eu não me lembro direito o que tenho que fazer. Lembrei.
Acho que vou encarar. Mas primeiro vou revisar e postar essa inutilidade
textual.
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