quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

IDA PARA A CASA DA MINHA TIA-MÃE





14h00. Acabei de publicar o meu post anterior. Nele combinei que de 14h30 iria tomar banho e arrumar as coisas para a minha estadia na casa da minha tia-mãe, para onde irei hoje à noite. Meu primo urbano me mandou mensagem dizendo que quer ver os novos bonecos e o Switch. Vou preparar o Switch para que ele não veja a fase avançada em que estou no Mario Odyssey. Mas só depois do banho e da sacola arrumada. Tenho menos de meia Coca Zero para passar o resto do dia, um prospecto ruim. Mas prefiro beber com a voracidade que me é peculiar e depois passar para a água do que ficar poupando o negro líquido. Falando nisso, vou pegar mais um copo de Coca.

14h07. Vou ver as mensagens que meu primo urbano me mandou.

14h16. Vi e respondi as mensagens me dando tempo para tomar banho e arrumar as coisas para a minha estadia.

14h20. Preciso preparar meu ânimo para começar a agir dentro em breve. Não sei se comece de 14h30 ou 15h00. Já estou querendo protelar. Sou ozzy mesmo. Mas eu decido o meu tempo.

14h54. Já separei todas as roupas que queria levar e coloquei na sacola aquelas que eu sabia dobrar. Localizei e guardei também os apetrechos do Vaporfi.

15h23. Pronto, tomei banho, arrumei minhas coisas até onde dá pelo momento. Não vou guardar o computador e o Switch agora. O resto já está todo guardado, eu espero. Se esquecer alguma coisa, eu posso sempre passar com meu primo para pegar depois. Mas não haverá necessidade disso, eu creio. Acho que levarei tudo. Acho até que estou levando roupas demais.

15h45. Dei um toque a meu primo urbano, mas minha mãe ligou agora dizendo que eu vou ter que descer para pegar as compras. Disse para eu descer em 15 minutos. Com essa pressão de tempo nem sei o que falar. Estou pensando em como mostrar o Nintendo Switch ao meu primo urbano. Mas acho que é da mesma forma que vou mostrar ao meu primo-irmão. Vou botar o Mario Odyssey do zero para ele jogar. A diferença é que vou dizer para o meu primo-irmão criar um avatar para ele salvar o seu progresso. Se ele quiser ver o Zelda, boto de onde estou. 15h54. Daqui a cinco minutos, desço.

16h15. Peguei as compras. Vou me comunicar com o meu primo urbano. Deixa só eu me refrescar um pouco aqui no ar.

18h05. Meu primo urbano acabou de sair daqui. Gostou do Mario aparentemente. Acho acessível e divertido. Fiquei feliz com isso. Tentou ainda enfrentar umas três vezes o bicho do shrine de Zelda e quase o mata.  Foi melhor do que eu. Queria muito que matasse. Não ficou impressionado com os gráficos do jogo, já deve ter visto o PS4 ou coisa do gênero. Acho que na despedida, eu fui meio antissocial. Nossa, como estou me comunicando mal, tenho dificuldade de me exprimir de forma oral. Espero treinar mais isso na casa do meu primo-irmão. Começo a ficar ansioso com o fato de ir para lá. Uma ansiedade ruim, de achar que não vou conseguir me comunicar com a família. A minha família. Não posso ficar assim. É só uma antecipação catastrófica e idiota. Deixar disso. Espero que minha tia esteja melhor da gripe que pegou. Meu primo passou até que um bom tempo aqui jogando. Mario é realmente um jogo para todo mundo.

18h23. Peguei um copo de Coca com muito gelo. Gelo é uma commodity mais rara na casa da minha tia-mãe. Minha casa nesse sentido é mais adaptada às minhas necessidades de refrigeração, so to speak. Estou sem saber o que dizer. Daqui a pouco vou preparar o Switch para levar. O computador só desarmarei no último instante. Meu padrasto arruma a sua mala. Acredito que mamãe só vá me deixar na casa da minha tia por volta das 21h00. Nossa, como estou destreinado socialmente. Ficar empulhado com o meu primo urbano. Ainda bem que ele foi supersociável.

18h40. Minha mãe veio aqui e acabamos de arrumar a minha sacola de roupas. Ela ainda não comprou os remédios.

18h43. Mamãe entra no meu quarto sem a menor cerimônia, gostaria que se acostumasse a bater antes de entrar. Creio que seria o mais respeitoso a se fazer, o menos invasivo. Mas ela está arrumando e distribuindo as roupas lavadas e nesse pique não se preocupa com tais formalidades. Eu entendo. Cruzei com o meu amigo corretor ontem e também tive extrema dificuldade em lidar com ele. Estou em plena derrocada social rumo ao ostracismo completo. Percebo que só pioro. E isso é péssimo, me sinto péssimo por conta disso. Espero muito que essa temporada na casa da minha tia-mãe me sirva como treino de socialização e que eu de fato treine e melhore. Vou guardar o Switch. Não vou jogar mais agora, não estou com vontade.

18h56. Guardei o Switch na mochila. Mamãe comprou seis Cocas para levar para casa da minha tia. Mais serão necessárias. Meu primo urbano gostou da estátua do Coisa, mas achou as duas outras pouco interessantes. O Homem-Aranha Simbionte, ele disse que parecia ser feito de plástico. Ele também quer marcar para levar o Switch para jogar em sua casa. É um novo canal de socialização que se abre, com alguém que gosto bastante. Ele quer incluir o meu amigo jurista nessa programação também. Seria massa. Acho três o número mágico para uma socialização excelente. Eita, quase me esqueço do principal para o Switch, o game do Mario. Foi por muito pouco. Ia deixar os games em cima do Wii U. Vacilo. Ver meu primo jogando Zelda me reacendeu um pouco a chama pelo jogo. Se ligarmos o Nintendo Switch na TV da sala, tentarei jogar quando todos forem dormir. Lembrei da cadelinha da minha tia e em como o meu tio se apegou a ela. Como queria que tivesse acontecido o mesmo com o meu pai. Mas deu-se o inverso. Ele repudiou completamente a cadelinha que lhe dei de presente. Por falar nisso nada de foto de Poeira, a outra cadelinha que comprei junto com a do meu pai para criar e da qual tive que me desfazer por ir morar em um apartamento muito pequeno. Pense num dos momentos mais deprimentes e depressivos da minha vida. Acabara de destruir um relacionamento, perder a minha cadelinha e ir morar num cubículo. A depressão me pegou com força. Odeio a solidão completa, gosto de estar só aqui no meu quarto-ilha, mas sabendo que há pessoas coabitando comigo. A solidão completa só se for por curtos períodos de tempo. Por exemplo, gostaria de passar esses nove, dez dias em que o pessoal estará viajando aqui em casa. Seria um período aceitável. Por falar no pessoal aqui de casa não sei como se aguentam, ambos são altamente estressáveis e estressantes. Uma combinação explosiva. Acho que é a magia do amor. É certo que também experimentam momentos de paz e harmonia e que são frequentes, tanto quanto há os de estresse. Acho que se equivalem. São donos de personalidades fortes e autoritárias. Mas se gostam e estão há 25 anos ou mais juntos. Acho que se completam, apesar das arestas no relacionamento. Mas qual relacionamento não tem arestas? Não conheço nenhum. A minha relação comigo mesmo tem várias arestas, imagina com outra pessoa. Se bem que eu e a Gatinha tivemos um relacionamento em sua maioria pacífico e divertido. Ela é uma pessoa muito divertida. Eu costumava ser também. Não sei como me tornei tão sério, sisudo, pensativo, indeciso quanto as coisas do mundo. Eu tinha sempre uma resposta na ponta da língua, hoje faltam palavras para me expressar presencialmente. Palavras escritas não faltam, mas palavras ditas fogem-me à boca. Isso é muito ozzy. Não trocaria uma coisa pela outra e também não acho que uma coisa exclui a outra, pelo contrário, o fato de escrever deveria melhorar a minha forma de me exprimir, como de fato ocorreu por um período. Depois, à medida que a dificuldade com o social foi aumentando, mais e mais calado me tornei. E mais e mais calado me torno. Não gosto dessa direção para a qual a minha vida aponta, mas não sei como fazer a volta. Só posso crer que me socializando o máximo possível. As oportunidades é que não são muitas. Ou eu não crio tais possibilidades. Sei lá. Me perdi agora no que dizia pensando no Sai Dessa Noia no sábado.

20h06. Até agora a saída daqui de 21h00 se mantém. Quem sabe até um pouco mais tarde. Me deu vontade de jogar Mario Odyssey agora, mas não vou ligar tudo nem a pau. Deixo para a madrugada de hoje, caso meu primo-irmão tome a iniciativa de conectar o Switch na TV. Não vou jogar em modo portátil. Se o modo portátil for tudo o que rolar para o Switch lá, vou deixar o meu primo securando e me focar na escrita. E, se conseguir, na interação social.

20h58. Meu palpite do horário vai ser ultrapassado. Acho que não chegaremos lá antes das 21h45. Mamãe fez dois sanduíches para mim, para que eu já vá jantado para a casa da minha tia. Mas acredito que quando a fome dos remédios bater eu vá atacar o que vier pela frente. Eu tenho a sensação que a cada dia que passa vou ficando mais burro. Cada vez entendo menos as coisas. Estou com sono, acho que porque comi. Vontade de tirar um cochilo. Sei que esse sono passa rápido. Rapaz como gosto de cebola. O sanduíche ganha uma nova dimensão de sabor com cebola. Ainda vou fazer um purê com creme de leite e cebolas douradas na manteiga. Faz de conta que acredito. Hahaha.

Assunto: Chegada
23:29. Cheguei há cerca de uma hora e já me sinto em casa. Vou ligar meu computador na bateria mesmo enquanto meu primo-irmão não tira o dele do quarto onde vou dormir. Não considero um quarto-ilha porque não fecho a porta e me isolo da casa. Meu primo fez menção de ligar o Switch na sala, mas foi dormir antes de fazer isso. Minha prima assiste o seriado Casa de Papel, que também nos foi recomendado por nosso amigo projetista.

23:52. Migrei para o quarto e já fiz a primeira merda, derrubei o ventilador no chão e acho que ele nunca mais será o mesmo. O computador está carregando. Vou escrever nele. Minha tia-mãe, super como sempre, vai arrumar gelo para mim. Vou para o computador. E me enviar isso.

(Fim do e-mail)

0h03. Estou no computador, na bateria, por ora. É bom que é um limitador de tempo. Quando a bateria for arrear eu vou dormir... eu acho. Me sinto tão livre aqui, é um sentimento muito bom. Não que lá em casa eu seja reprimido demais, mas me sinto sob a eterna vigilância da minha mãe, o que gera certa tensão no meu ser. Aqui não há pressões ou cobranças, me sinto mais relaxado. É como se houvesse mais confiança (aparente ao menos) aqui do que na minha casa. Minha mãe está muito calejada depois de ter lidado com tudo o que precisou lidar por conta das minhas crises e isso a deixou um tanto paranoica. Também tem uma índole controladora, adora dar ordens. Não me entenda mal, amo minha mãe incondicionalmente, mas uma separação temporária dela, um corte nesse cordão umbilical psicológico me faz bem. Talvez faça bem a ambos. Embora ela não esteja indo a São Paulo de férias, talvez consiga relaxar e aproveitar um pouco. Não sei. Eu sei que eu já estou conseguindo relaxar e curtir a casa da minha tia-mãe. Admiro muito a minha tia, tenho por ela um sentimento quase filial. Ela muitas vezes substituiu minha mãe quando esta não podia me apoiar em alguns dos inúmeros internamentos a que me submeti. Minha tia é uma pessoa muito boa e tem muita serenidade para a vida que leva, trabalhando para um sistema de saúde completamente falho que a coloca numa rotina mais das vezes frustrante por não poder oferecer aos pacientes aquilo que necessitam por falta de infraestrutura, ou assim vejo o seu trabalho. Eu certamente em seu lugar já teria pirado da batatinha e surtado. Mas eu sou uma pessoa extremamente intolerante ao estresse e à frustração. Olha quem veio me fazer companhia. É muito charmosa essa gata. Gatos são por natureza muito charmosos e sensuais, mas essa é um pouco mais ainda. Me sinto querido com sua presença aqui. Me sinto querido aqui, ponto.





0h20. Acabei de ver que o Skeletor que vendi foi entregue. Esperarei que o comprador me dê o feedback para então dar o feedback a ele. Espero que não invente de devolver a estátua. E me roubar a cabeça exclusiva. Torçamos para que amanhã (hoje mais tarde, digo) ele me dê o bendito feedback. Até lá esse caso está num limbo que me causa apreensão. Mas estou esperançoso que tudo dará certo. Mamãe quase estrilou com a mensalidade do cartão esse mês. Mas vai estrilar mesmo é com a mensalidade do mês que vem, com a última parcela e o frete do Hulk, fora a parcela da Red Sonja. Acho até melhor que venha numa lapada só. Assim não sofro duas vezes. Nossa, como a bateria desse computador se esvai rápido. Indica que mais de 1/4 da carga já foi consumido. Ah, vou divulgar o meu novo post, o anterior, onde me humilho expondo o meu ponto de vista sobre a existência.

0h39. Divulguei. Meu primo-irmão não quer ir para o Sai Dessa Noia, disse que vai para um bloco no Mercado da Madalena no mesmo horário. Espero que não haja entraves para eu ir para o Sai Dessa Noia sozinho. É um ponto que discutirei com mamãe amanhã quando ligar para ela. Estou esperando o meu celular descarregar completamente para pô-lo na tomada. Está com 7% de bateria apenas, dentro em breve apagará. Ainda bem que tem um T aqui que cabe várias tomadas. Uns três desses lá em casa resolveriam meus problemas com o Vaporfi, o computador e o celular. Os adaptadores de tomada americana para brasileira que tenho são muito pebas e as tomadas caem deles com a maior facilidade. É um problema a se resolver quando voltar para casa. Espero que a Multicoisas tenha coisas melhores. Estou meio sem assunto. Sobre o que divagar? Tenho muita vergonha de pessoas conhecidas lerem o meu blog, saberem das minhas mazelas e da minha mediocridade como ser humano. Mas é o preço que se paga por dar a cara a tapa. Vi que minha tia, irmã da minha tia-mãe, leu o meu post. Nem sei qual. Vou tentar descobrir. Foi logo o do “grande inútil”, também da saída para a praia com o meu primo-irmão. Ainda bem que ela curtiu.

1h15. O celular é guerreiro, ainda tem 5%. Há agora nada menos que quatro blogs direcionando conteúdo para o meu. O próprio (Jornal do Profeta), O Grande Inútil, O Bonobo e o Algo ou Teorias do Fruto da Árvore Envenenada. Resolvi registrar todos os endereços que me interessavam, criar headers com o macaquinho para cada um e criar um post direcionando os possíveis visitantes para cá. Fiz isso mais porque posso do que por acreditar que isso vai realmente gerar mais visitas para o meu blog. Quero registrar enquanto títulos de blog não são uma commodity escarça. Haverá um dia em que será. Mas não pretendo por enquanto criar mais nomes de blog.

1h28. Fui pegar um copo de Coca. Isso merece um cigarro. Vou pegar um cinzeiro. Faz tanto tempo que não escrevo fumando cigarros de verdade.


Daily drugs.



1h30. Peguei. Vou acender o digníssimo. Tenho um problema nas cordas vocais, não sei se são calos, falta de uso ou coisa mais séria. Sei apenas que a minha voz anda falhando. Cada vez mais. Isso piorou depois que o Vaporfi entrou na minha vida. Pode ser coincidência, mas acho que há uma correlação direta. Talvez o vapor do aparelho seja muito quente e queime a minha garganta e cordas vocais. Não sei. Seria o golpe final na minha vida social se ficasse mudo. Não sei se teria paciência para aprender a linguagem dos sinais. E não gostaria de ter aquele buraco na garganta e falar com voz de robô. Acho aquilo aterrorizante. Acho que preferia ficar mudo. Mas vou espantar pensamento tão nefasto. Me preparo para ter um final de vida bastante sofrido. Cuido com total desleixo da máquina que me carrega. Se meu corpo é meu templo, esse está para lá de profanado. Gosto do meu corpo, é um corpo parrudo e resistente. A única coisa que desgosto é da aparência dele, mas mesmo essa não é das piores, por mais que esteja a uma distância imensa de ser considerado bonito. Fico pensando se entrar numa terapia com a psicóloga lá do CAPS me faria bem. Todos dizem que terapia faz um bem danado. Talvez precise desse espaço, nem que seja para poder dialogar por 40 minutos ou quantos minutos dure uma sessão. Só para soltar o verbo, reaprender a me expor pela fala e, de quebra, tratar de outros dilemas. É algo que preciso considerar com muito carinho, pois estou muito resistente à ideia. Começo a ficar meio sonolento. 1h45. Vou dormir no máximo de 3h00. Ou quando acabar o gelo. Ou a bateria. A bateria está em menos da metade. Vou desligar o som para ver se poupa. Ou melhor, vou não. Está tão bonzinho assim. Nossa, como me sinto livre aqui. Como me sentir assim em casa? Será que quero me sentir assim em casa? Será que não tenho uma dependência da constante gerência de mamãe sobre a minha vida? Talvez tenha um pouco e não sei sinceramente se, em ela mudando, coordenando menos os meus passos, o condicionamento de ficar em estado de alerta quase constante desapareceria. Acho que levaria um bom tempo para eu me acostumar com a nova realidade se mamãe mudasse a sua abordagem comigo. Está bom como está. Bom é suficiente para mim. Não preciso do ótimo e nem sei como seria o ótimo. Sei que é ótimo estar aqui e agora numa casa que respeita e não critica a minha rotina. Que não vê nada demais nos meus hábitos, não me julga ou rotula. Tenho que admitir que mamãe melhorou mundos em vista do que era. Está muito mais maleável e tolerante. A minha vida lá em casa está muito melhor do que jamais foi. Não tenho do que reclamar. Na verdade, minha mãe está ótima comigo tendo em vista como era a nossa relação, mudou da água para a Coca Zero. É pedir demais que mude para Coca Zero com muito gelo. Por falar tanto na bebida, vou pegar um pouco.

2h05. Tirei o som do computador, pode estar empatando os demais habitantes da casa de dormir. Não está alto, mas consigo ouvir da sala, não acho educado num horário tão avançado estar colocando música na casa dos outros. Até porque a arquitetura da casa faz com que o som vaze de um quarto para o outro. Falta 1/3 da bateria. Acho que vai dar a conta certa o gelo, o tempo de bateria e o meu sono. O celular está em 3%. Agora entendi por que o Switch é bivolt. Ele é um sistema portátil, quase mais portátil que de mesa, e pessoas podem querer levar ele em viagens internacionais, onde a voltagem muda. Eu acho que ele é bivolt, foi o que consegui decifrar das miudíssimas letras que haviam no carregador. E meu amigo jurista disse que o dele era e este foi comprado nos EUA assim como o meu. Não quero falar do Switch que me dá vontade de jogar o Mario Odyssey. Estou também com uma leve securinha do Zelda. Eu já estou até esquecido dos controles desse último. Estou curioso para ver qual a reação do meu primo-irmão em relação ao Mario. Queria tanto que ele gostasse. A probabilidade é grande, eu suponho. Se até meu primo urbano gostou. Por falar nele, foi muito bom revê-lo. Eu estava cheio de dedos para variar, mas acabei relaxando (embora não completamente). Acho que com esses encontros mais frequentes, aos quais ele se propôs, as barreiras em mim se desconstruam e eu leve a interação com mais tranquilidade. Eu preciso conversar aqui na casa de titia, é um bom laboratório social. Uma prova branda para mim, pois amo toda a família. É bom porque em termos de interação me tornei café com leite. E pensar que já fui um ás da socialização, modéstia à parte. Não consigo divisar como tudo degringolou. Acho que foi desde que saí do trabalho. E não, não quero voltar a trabalhar um trabalho normal. Sei onde esse caminho vai dar e não é nada legal, nada bonito. Prefiro o isolamento social e me ocupar desse meu ofício de me contar aqui. O sono está ficando mais intenso. É bom isso. Não quero dormir muito tarde (de manhã). Se bem que se e quando o Switch for ligado naquela TV enorme da sala, vou querer jogar madrugada a dentro. Veremos se amanhã meu primo-irmão estará com mais disposição para uma sessão de Mario. Hoje ele estava com um semblante cansado desde que cheguei. Incrível como ele tem contatos e trava diálogos pelo WhatsApp. Passei um tempo com ele na varanda e o celular dele só fazia apitar. Perguntei com quantas pessoas ele geralmente fala ao mesmo tempo e ele respondeu três. Não sei se conseguiria. Aliás, já consegui no Facebook com teclado, mas no celular acho que seria impossível. Do jeito que cisco para achar as teclas, iria ser muito difícil gerenciar e responder a contento três interlocutores. Acabaria trocando as bolas.

2h42. Acabei de me lembrar que preciso ir ao oculista para depois comprar uma armação de óculos nova para mim. É queima-filme essa com uma lasca branca quebrada. É o desleixo estampado na minha cara. Nossa, como é bom fumar cigarro normal. Eita, o celular enfim descarregou. Vou lá botar na tomada.

2h50. O T que tem aqui é massa. Queria muito uns desse lá para casa. O Vaporfi descarregou. Agora estou sem tomada para colocar ele. Fica para amanhã. Uma desculpa a mais para fumar cigarro normal, embora dentro em breve vá dormir. Tenho medo do meu primo enjoar da minha presença. Acho que ele já está um pouco saturado dela em sua vida. Todo final de semana eu enchendo o saco dele para poder sair com os seus amigos e amigas. Isso acaba cansando o cara. Tomara que seja só impressão. Estou com muito sono. Vou pegar o último ou penúltimo (a depender do gelo) copo de Coca para me recolher em breve.

3h01. Penúltimo. Ainda sobrou gelo lá. Muito bom descarga de parede, o fluxo da água é mais forte e dura o tempo que for necessário. Não sei porque mamãe trocou a do meu banheiro para essas que vem com um tanque de água. Estou zumbi aqui, mas seguirei adiante até o último copo de Coca. Será que o cara do Skeletor vai me dar o feedback? Espero que sim e positivo. Cinco estrelas em tudo.

3h11. Acho que meu ombro está lesionado de tanto escrever. Sinto fisgadas nele. E há movimentos que doem fazer. Mas não saberia como ocupar o meu tempo sem escrever. Ainda por cima estou ficando corcunda, assumo sempre uma postura pendendo para a frente quando estou sentado mesmo sem ter computador. Ossos do ofício. Vou pegar o meu último copo de Coca, escrever mais um pouco e ir me deitar.

3h20. Já botei o pijama. Estou bastante sonolento.

3h27. Estava fumando um cigarro e sacando as imagens que o Pinterest me enviou. Ainda falta ver dois e-mails do site, mas não estou com paciência agora. O copo de Coca está na metade. Não quero largar o texto agora. Meu primo urbano ficou impressionado com quão pequeno é o cartucho do Switch. Ele também achou o controle mais frágil que o de PS3 ou PS4. Não sei qual console ele joga agora. Até onde eu sei, ele só tem o PS3, mas acredito que o Ozzy leve o seu PS4 de vez em quando para as jogatinas de Fifa em sua casa. Avisei ao meu amigo jurista da vontade do meu primo urbano de fazer uma sessão de Switch conosco em sua casa. Meu amigo jurista concordou de pronto. Também sugeri recomeçarmos as nossas sessões de cinema mensais. Ele disse que isso poderia acontecer antes mesmo do carnaval. Esperarei contato. Ele disse que me ligaria. Meu primo-irmão, por sua vez, quer ver o filme de Churchill na sala mais porradão do Rio Mar. Parece que hoje é o último dia. Não sei se vai acompanhado de alguma garota ou não. Gostaria de ir com ele. Nunca fui nessa famosa sala que todos dizem ser o bicho. O filme nem me interessa muito, mas assistiria de boa. Vamos ver o que se dará.

3h37. O sono aos poucos vai diminuindo, creio que porque estou saindo muito do meu horário de me deitar. O computador escureceu a tela para poupar energia, o ícone de bateria está mostrando um alerta pedindo para carregar. Vou ver quanto tempo a bateria durou.

3h39. Pouco mais de quatro horas. Está bom. Usei o Photoshop e o Corel e ainda escutei música. Vou deixar o bicho descarregar, não vou desligar ele. Amanhã carrego do zero. O sono volta a me atacar. O último copo de Coca ainda está na metade. Vou acender o último cigarro da madrugada, beber a Coca e me retirar. Quando acordar, reviso e posto. Divulgar só à noite para dar tempo do post de hoje respirar.  

3h49. A bateria já-já arreia. Tanto a do computador quanto a minha. Vou dormir.

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