5h27. Acordei hoje com uma crise de proctalgia fugax, tudo
me leva a crer que este é o mal que me acomete de tempos em tempos, uma dor
forte e chata na região do cóccix que, graças, não dura mais que 15 minutos.
Não dormi bem, dormi pouco (fui me deitar por volta de uma da manhã) e mal.
Acordei diversas vezes durante a noite preocupado com o horário do evento de
hoje. Minha mãe e meu padrasto ainda dormem. Eu estou zoró de sono, mas não
adianta tentar dormir agora se minha mãe disse que iria me acordar às 6h00.
Aproveitei e mandei um e-mail de agradecimento à incansável garota da Sideshow
que lidou com o problema do meu cartão e o solucionou. Meus olhos ardem. Acho
que vou tentar jogar um pouco de Mario. É só escrever a frase que a vontade se
esvai. Acho que vou deitar mais um pouco. Vou é tomar um banho para já ficar
pronto e não ter estresse. Nossa, como quis ter essa estátua do Homem-Aranha
Simbionte que tenho agora à minha frente. A mesma coisa para a Rei Ayanami e o
Coisa. Às vezes me impressiono como a existência sorriu para mim. Quase todas
as figuras que tenho no meu quarto eu quis muito adquirir, poucas são aquelas
que eu queira me desfazer por ter sido uma compra mais de impulso. A maioria
foi muito namorada e pesquisada antes da aquisição. Esperei o momento certo
para tê-las em minha coleção, a melhor oferta de um vendedor confiável. Anos
esperei para que, após a compra, elas se materializassem em minha mesa, tendo
ficadas guardadas todo esse tempo no porão do meu irmão. Ainda há outras para
virem de lá, mas uma parte significativa já aportou aqui. Graças aos esforços
de familiares, especialmente do pai da minha cunhada e do meu irmão. Não posso
deixar de mencionar minha mãe que nessa viagem que fizemos fez o máximo para
trazer o maior número de peças possível. Nem acredito que tenho a Hatsune Miku
Mebae Version dentro de uma caixa ali na prateleira. A caixa é grande, embora a
boneca não seja, e mamãe arrumou um lugar para ela dentro das nossas bagagens.
Foi massa. E, de quebra, ainda trouxe o Nintendo Switch com os dois melhores
jogos do sistema até agora. E provavelmente até o seu final. Se bem que temos
um Metroid Prime no caminho. Confesso que estou com sentimentos ambíguos em
relação ao jogo. Talvez seja para jogar com um Joy-Con em cada mão,
desatrelados do grip, o que levará tempo para me acostumar. Mas não devo pensar
nele agora. Ainda tenho dois jogos gigantes para zerar. Dois? Eu tenho por
volta de duas dezenas de grandes jogos para zerar. Eu tenho três consoles só
com a nata dos games lançados para cada um e não joguei uma fração dos jogos
que possuo. Espero voltar a gostar de videogames com o Nintendo Switch.
6h05. Já ouço movimentação pela casa, em breve minha mãe
virá aqui. Acho que vou logo tomar banho.
6h21. Tomei um banho meia-boca, mas já estou pronto. Falta
as meias e sapatos apenas. Sou daqueles que tem mais prazer em gastar dinheiro
do que em fazer dinheiro. Mas já fui mais gastador. Aliás, não acho que tenha
mudado muito, o fato é que não há mais coisas que me interesso em ter.
7h21. Estava jogando Mario até agora, pena que não posso
contar do jogo. Estou muito avançado nele. Mas voltou a ser uma delícia. Minha
nota volta a ser 10 e está no meu top 3 de melhores jogos de todos os tempos.
19h05. Estou de volta da Paraíba e trouxe comigo alguns
e-mails que escrevi durante a viagem.
Assunto: Batizado
Já começamos bem, com meu padrasto armando um barraco no
posto de gasolina. Meu padrasto está estressado. Finalmente estamos a caminho.
É difícil escrever com o carro tremendo. 8:21. O estresse impera no carro. É
incrível como esse casal se estressa. Mutuamente inclusive.
8:33. Estamos na BR. Conversa-se sobre religião e genética.
Combinação curiosa. Estamos no carro, além do casal, minha irmã PE e eu.
8:48. Soube que Sandy completou 35 anos, cinco anos não são
nada na idade em que estamos. Hahaha.
8:56. Minha amiga do CAPS conversa comigo. Minha mãe fala do
seu teste de memória na consulta com a neurologista.
10:13. Estamos na igreja, o batizado está prestes a começar.
Vou fumar ali fora o Vaporfi. Só trouxe ele.
10:22. O batismo começou. Vou tentar tirar uma foto do Jesus
estiloso dessa igreja. Parece que vai ser uma cerimônia rápida.
10:32. Acho que já está no final. Já botaram água, óleo e
agora a luz, simbolizada por uma vela. Agora as consagram à Maria.
10:40. Acabou vou tentar tirar uma foto de Jesus.
Assunto: Aniversário
Estou na casa do meu irmão JP. 11:41. O aniversário vai ser
no apartamento. Estou na escada dando umas baforadas no Vaporfi e aproveito
para escrever um pouquinho e me isolar. Meu irmão JP lê o meu blog. Que
vergonha. Ele encomendou um Xbox One S com Kinect e adaptador para o filho mais
velho jogar Just Dance, mas disse que está pensando em tirar uma casquinha.
Hehehe. Ele sabia que eu tinha o Switch por causa do blog.
12:52. Incrível como o dia rende quando se acorda às cinco
da manhã. Ainda não teria despertado se não fosse um dia especial. Não sei mais
o que dizer, tive uma conversa com o meu padrasto e ele disse que, com o avanço
das inteligências artificiais, em 150 anos quem não souber programar será um
analfabeto para as profissões do futuro. Meu irmão JP tem um problema sob seus
pés, o quarto do bebê do andar de baixo fica exatamente onde é a sala dele e a
vizinha veio pela terceira vez reclamar do barulho. Estou com sono. Escrever
nessa telinha com esse tecladinho contribui para isso.
14:22. Ainda estamos na festa. Os parabéns já foram cantados
e as fotos tiradas. Não sei o que vai acontecer ou o que é preciso acontecer
para que partamos. Não que eu desgoste das pessoas, pelo contrário, mas estou
cansado. Pensar que ainda tem uma viagem para voltar...
14:45. Estou quase pedindo para dar uma deitada para ver se
deixo um pouco desse sono para trás.
15:12. Vendo meu irmão JP casado, com filhos e um lar, se
virando sozinho em outra cidade, fico a me indagar o que deu errado comigo, eu
que comecei tão bem na corrida da vida, estanquei e fui ultrapassado por todos
os meus irmãos. Se queria trocar de vida com eles? Confesso que não. O que
queria, para ser sincero, era estar de volta ao meu quarto-ilha, que pode ser
considerado um lugar medíocre para todos os demais, mas é o meu lugar, o meu
reino. Ou posso pensar como sendo a minha gaiola, que depois de tanto tempo e
tantas vezes aprisionado, desaprendi a alçar asas para enfrentar o mundão. Acho
essa metáfora com o pássaro que se acostumou ao cativeiro bastante condizente
com o meu caso.
16:12. Estamos no carro, conversando sobre o emprego da
minha irmã PE. Fui muito bem servido pelos anfitriões, a esposa do meu irmão JP
foi super comigo, um doce. E nem dei um beijo de despedida nela. Fiquei triste
comigo por causa disso. Mas não há nada que eu possa fazer, só ser mais cortês
da próxima vez.
-x-x-
19h08. Foram esses os e-mails que me enviei. Me encontro
muito cansado e meio zoró devido ao horário em que acordei. Não sei quanto
tempo durarei acordado, mas prevejo que não muito (mas adoro desdizer minhas
previsões). Não estou nem com disposição de jogar o Mario, que está numa parte
muito legal do jogo. Não sei o que dizer.
19h13. Continuo sem saber o que dizer. É bom estar de volta
ao meu amado quarto-ilha, já em clima de despedida, pois irei passar, a partir
do dia 30, nove ou dez dias na casa da minha tia-mãe por conta de uma viagem
indispensável que mamãe e meu padrasto precisam fazer. Não sei se o Sai Dessa
Noia foi hoje, mas espero que não.
19h21. Vi agora no Facebook, é sábado que vem. Mesmo se meu
primo-irmão não quiser ir, acho que vou. O acho não é pela insegurança de sair
só, mas a incerteza de disposição para tal feito. Talvez meu primo queira ir e
de lá esticar até Os Barbas, mas, caso vá, não arredarei pé do Clube Anárquico
Parasita para ir a esse outro bloco. Novamente, eu acho. Dizem que Os Barbas
está muito lotado, parece Olinda e essa não é uma comparação nada instigante
para mim. Mas tudo é possível. São tão próximos um do outro que posso ir lá
conferir. E voltar para o Sai Dessa Noia. É onde encontro a maioria dos meus
amigos e conhecidos. Não sei mais se tenho amigos de verdade ou só conhecidos.
Claro que há meu primo-irmão e meu primo urbano, meu amigo cineasta e há a
Gatinha, são as pessoas mais próximas a mim nesse espaço-tempo em que me
encontro. Não sei se é pouco ou é muito, mas não me sinto extremamente íntimo
de mais ninguém, embora haja laços que queira voltar a estreitar e o Sai Dessa
Noia é uma ótima oportunidade para isso. Por falar em amizades, não sei se meu
amigo cineasta deu os CDs de Mallu às minhas amigas psicólogas, mas não recebi
nenhum obrigado. Não dei os presentes para receber obrigado, mas para
catequizá-las e agradá-las. E sabe de uma coisa, dane-se. Não estou nem aí,
embora o dane-se é uma resposta um tanto agressiva que revela uma certa reação
emocional à história toda. Toda vez que chego de uma viagem, de uma privação
demorada do meu quarto-ilha, demoro um tempo para me aclimatar, bate um leve
baixo astral. Acho que ocorrerá o mesmo quando regressar desse período na casa
do meu primo-irmão. Meus olhos ardem. Meu pai me pedia com seis anos de idade
para ir comprar cervejas para ele num boteco a alguns quarteirões da casa em que
morávamos na Cidade Universitária. Achava um saco como ele achava um saco ter
que acordar de quatro e meia da manhã para levar um copo de água com limão para
o meu avô na loja quando criança. Mas fiz todas as vezes que me ordenou como
ele fez todas as vezes em que foi ordenado. Interessante como, sem perceber, um
filho repete padrões de seus pais com os filhos. Acho que meu pai nunca se
apercebeu disso. Eu não havia me apercebido disso até agora. O que ele me pedia
não era muito diferente do que meu avô pedia. E que ele odiava fazer. E agora
pensando no que meu pai disse e que ficou na minha cabeça desde que o meu
primo-irmão me contou, que o meu problema é que eu tinha a mentalidade de uma
criança de 8 anos de idade, talvez meu pai falasse isso com uma ponta de
inveja, pois sempre alardeou que teve uma infância perdida. Mas não vou revirar
velhos fantasmas. Meu pai se foi e seu impacto na minha vida foi colossal, sem
dúvida a pessoa que mais me impressionou e influenciou na minha vida. Minha mãe
vem em segundo lugar em termos de influência, mas nem de longe era alguém tão
impressionante quanto ele. Em terceiro vêm empatados Maria, o Imperador da
Casqueira e meu irmão. Meu irmão talvez seja ainda mais impressionante que meu
pai em alguns aspectos. Nos aspectos que realmente importam. Embora
inteligência impressione também, a moral e a ética me impressionam mais, talvez
porque tenha mais de inteligência e fique a dever muito nos aspectos morais e
éticos. Sempre fui mais malandro e transgressor que o meu irmão e a convivência
com outros como eu nas internações certamente não me estimularam ou
influenciaram positivamente. Por isso temo o poder e me corromper com ele. Por
isso estou tão confortável como inválido civilmente, como o grande inútil que
me tornei. Minto. A verdade é que me dizer inválido, curatelado, como seja, me
causa constrangimento, acho que as pessoas me têm por vagabundo. Nenhuma delas,
entretanto, passou pelo inferno em vida que passei. Só eu sei o agudíssimo
sofrimento que atravessei. Que me julguem me incomoda, mas não me incomoda um
centésimo, um milésimo do que me incomodaria entrar em um novo ciclo de
depressão profunda e abuso de drogas. Acho que escrevo para provar a mim mesmo
que sou produtivo. Para não me sentir tão inútil quanto a minha condição faz
supor. Talvez essa seja a mola mestra desses textos, mas não fico pensando
nisso quando escrevo (exceto agora). Se essa ânsia de ser produtivo a meu modo
existe, age em nível subconsciente. Eu acredito que escrevo primeiramente por
que me dá prazer e sentido à vida. Com a narrativa da minha vida e dos
pensamentos que me cruzam a cabeça, a possibilidade de burnout praticamente inexiste, pois apenas narro o que sai de mim
ou o que experimento da existência, então sempre me há assunto e sempre há
palavras para dizê-lo.
20h21. Na festa hoje houve momentos de constrangimento
social, mas acho que me virei bem. Só não me despedi direito da minha cunhada e
de sua família, eu creio. Houve um momento meio tenso quando sentamos eu e meu
padrasto para almoçar, mas acho que conseguimos dialogar razoavelmente bem. Foi
um bom exercício social e, de zero a dez, tirei 5,5 ou 6. Não fui tão comunicativo
quanto a minha mãe e me isolei em alguns momentos. Aproveitei a disposição da
casa para me alojar na varanda. Havia uma bela vista para o mar, de um colorido
bonito que esqueci de fotografar, ainda estou me acostumando à ideia de que
tenho uma boa câmera à minha disposição e que isso enriquece a enfadonha
narrativa desse blog. Tirei uma foto do céu que achei particularmente belo
porque gordo e escuro de chuva.
20h33. Outras fotos que não sei se compartilhei aqui foram
desse mimo que o meu sobrinho, filho do meu irmão EUA fez para mim.
20h38. Ainda não me acostumei com o novo nome do meu blog.
Acho que menos pelo nome, que sempre desejei que fosse o nome da minha obra, e
mais pelo layout. Qualquer coisa, posso ficar trocando de nome ao meu bel
prazer, tenho todos os headers prontos e substituí-los é facílimo.
20h47. Mamãe veio aqui para se despedir e me dar os últimos
comandos da noite, pois já vai se retirar. Aproveitou e passou hidratante na
parte do meu corpo torrada pelo sol da praia que peguei com o meu primo-irmão
há alguns dias. Está menos ardido e dolorido, acho que despelarei em breve.
Realmente ficou bastante vermelho. O sol é cruel, na hora não me apercebo a
gravidade do estrago, mas basta sair debaixo dele para sentir o drama. Talvez o
hidratante esteja mesmo ajudando a reduzir os efeitos solares na minha
epiderme, não sei. Me senti meio burro hoje e acho que estou ficando mesmo.
Ouvi duas explicações, uma sobre um composto sobre o qual o meu padrasto
pretende desenvolver uma pesquisa (revolucionária, na minha opinião) e outra
sobre probabilidade e estatística e não tenho certeza de compreendi direito
ambas. Me sinto muito burro quando não consigo compreender algo. E isso se faz
cada dia mais constante. Constante é exagero, mas menos esporádico. Sei lá,
fato é que me sinto muito burro quando não compreendo algo e agora tenho
vergonha para indagar mais sobre o assunto a fim de compreender melhor. Ainda
isso! Mau Sapão, mau Sapão (será que alguém conhece a referência ao desenho
animado dos anos 80? Nem lembro o nome do desenho, mas essa frase me vem à
cabeça com muita naturalidade e intimidade, ficou definitivamente marcada na
minha memória).
21h04. Novamente me falta o que dizer. O irmão da minha
cunhada deve ter me achado um cara muito boçal por não ter me comunicado
direito com ele. Tive vergonha. Não consigo me ver como um homem de 40 anos que
não tem que ter vergonha dessas coisas, mas foi como se deu e frequentemente
tem se dado. Estou com frio, pois estou sem camisa devido ao hidratante, mas
acho que a pele já o absorveu em sua maioria, vou vestir a camisa do pijama.
21h15. “Utopia” definitivamente ficou ligado a Mario Odyssey
e ao Switch. Também aos EUA. Bateu saudade dos EUA, se pudesse me teleportar
para lá para passar meia horinha seria massa.
21h19. Não sei se vou dormir logo, se fico por aqui mais um
pouco, se jogue um pouco de Mario numa missão bem pouco demandante, que já sei
até qual é. Sei não. Dormir é o que menos me apetece. Vixe, quase me bateu uma
fissura de cola agora. Foi por perigosamente pouco e totalmente despropositada
pois estou de bem com a vida nesse momento. Que pensamento intrusivo mais
escroto. Gostei não. Mas deixa coisa ruim para lá. Acho que vou atrás das
ovelhas do Mario dentro em breve.
21h35. Comi algumas comidinhas da festa que trouxemos da
Paraíba e me sinto mais sonolento por causa disso. Vou fumar um digestivo.
21h45. Estou com sono mesmo. Acho que vou dormir dentro em
breve. As ovelhas do Mario ficarão para amanhã. Não gosto de ter a casa
desarrumada, ela me é tão mais agradável quanto mais organizada e limpa esteja.
Para ficar perfeito mesmo some-se a isso uma comidinha feita no dia. A vida
segue tranquila, macia, como gosto, estando em paz com ela. Estou muito curioso
de encontrar a garota da noite. Estou mais curioso que acuado com essa
perspectiva, mas tem se mostrado difícil esse encontro se realizar. Talvez
nunca se realize. É a vida. O que diria a ela? Boa pergunta. Talvez nada.
Talvez emendássemos um bom papo. Talvez até ficássemos. Hahaha. Boa piada. Mas
sinto curiosidade em saber o que se daria. Teria que descontar uma ou duas
coisas sobre ela para vê-la como uma possibilidade uma vez mais. Não sei se
conseguirei dar tal desconto. Eu poderia pensar que a vida é uma só, que não
tenho muitas oportunidades, como o suposto encontro, e soltar o verbo. Mas isso
só se a hipnose me ajudar. Não acredite que vá tomar essa atitude de livre e
espontânea vontade. Vou é pegar o meu último copo de Coca
22h28. Nossa, o dia é mesmo longo para quem madruga, ainda é
esse horário? Mesmo sendo cedo para mim me encontro destruído. Vou pegar outra
saideira de Coca.
22h45. Estou meio down
agora. Vou dormir.
-x-x-x-x-
12h01. A pior parte do dia para mim é o despertar. O cair de
volta na realidade. Ainda estou acordando.
12h11. Aos poucos Tico e Teco vão se entendendo melhor e o
mar de tédio que despertar se me apresenta abre-se para que eu possa atravessar
com paz de espírito o meu tempo de vigília. Talvez amanhã eu vá para a casa do
meu primo-irmão. Não quero pensar nisso agora, não quero pensar agora. Não sei
por que acordar é sempre assim, chato. Queria voltar a dormir.
12h29. Peguei mais um copo de Coca, o penúltimo, se não for
comprar mais. Espero que mamãe libere a grana para eu ir.
12h38. Mamãe adentrou aqui com sua série habitual de comandos.
É muita informação para uma mente que desperta. Não assimilei tudo. Ela pelo
menos confirmou que eu vou amanhã para casa da minha tia-mãe. Me peguei
pensando em uma menina encantadora que encontrei há cerca de um ou dois anos, à
época das garrafinhas da Coca-Cola. Lembro porque fiz uma com o seu nome e a
presenteei, sob protestos, pois ela não quis aceitar e eu não quis receber de
volta, disse algo como se não quiser, joga no lixo, dei as costas e saí para
nunca mais falar com ela, embora muitas vezes tenhamos nos cruzado depois do
incidente na Casa Astral. Tenho toda a coleção das mini Coca-Colas. Mas me
prometi escrever um post para cada dia, não acumular vários dias num texto só.
Então vou parar por aqui, revisar e postar.
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