domingo, 12 de novembro de 2017

DA PISCINA UMA VEZ MAIS

15h20. Acabei de publicar e já conto com dez pageviews. De repente a minha teoria do tempo e persistência como formas de consolidar uma marca ou produto ou serviço, no caso o meu blog, que não sei onde se enquadra, talvez seja verdadeira. Ou não. Como é uma questão de tempo, o tempo dirá. Mas já subi de uma média de 30 para uma média de 40 visualizações. Vamos ver com esse post se sai. Quem sabe em dez anos eu não chegue a cem. Hahahaha. Duvido, com as pessoas lendo cada vez coisas mais concisas, algo tão caudaloso nunca vai atrair tantos leitores. Que seja. O meu destino não é ser star pelo visto.

15h51. Coloquei o som. “Tola Foi Você” de Ângela Rô Rô. Emendou em Placebo. Claro, “Every Me And Every You”. Sugestão do Spotify que adicionei à lista 6. Não gosto muito desta música de Ângela Rô Rô, principalmente do aspecto vingativo da música, “o mal é vai e vem, pode esperar” ou algo assim. De resto a música não me desagrada, acho que só botei para ter um música de roedeira na minha playlist. Há uma IA no Word. Rudimentar, mas há. Em breve tudo terá inteligência artificial em algum grau e essas inteligências se comunicarão, pode ser por aí, dessas interações, desse oceano de inteligências artificiais, das mais avançadas às mais simples, trocando dados que emergirá a Singularidade. Ou será que não será uma geração tão espontânea? Será algo intencionalmente desenvolvido pelos homens? Ou uma mistura dos dois? Cria-se a inteligência e conecta-se ela à internet. Sei lá. Espero pelo ano 2047, se vivo estiver. Vamos ver se Ray Kurzweil é bom de previsão mesmo. A música dela me desliga dos pensamentos cibernéticos e me traz para paragens mui humanas. E me dou conta da imensidão da minha solidão. Será que no evento de amanhã, ao qual o meu primo-irmão e mais um monte de contatos do Facebook pretendem ir não encontraria... ah, deixar de fantasias. Mas, se meu primo for, eu pretendo ir.

16h17. Dei uma olhada no grupo da minha família paterna e parece que amanhã vai rolar aniversário da minha prima na casa do meu tio. Não posso perder. Talvez meu primo vá da festa para o evento, chamado “Cerveja Som e Arte”. Vou me comunicar com ele, mas o coitado está no trabalho. Deixa para lá, me comunico mais tarde.

16h25. Fui pegar Coca e ouvi uma enxurrada de críticas da minha mãe. É incrível a capacidade dela de me estressar e me botar para baixo. Nossa, como isso me envenena, é nocivo para a minha alma. E o pior é que ela está apenas descontando em mim o estresse que está tendo com o seu trabalho no computador. É foda, me perdoe a palavra, mas não consigo pensar em outra mais adequada. Ela que é supersensível a qualquer tipo de crítica, até ao que não é crítica, mas que ela toma como tal, não tem o mínimo pudor de descarregar um monte de críticas em mim. Um dia ainda perco o autocontrole e digo umas verdades a ela. Ainda bem que não sou de guardar mágoas. Mas na hora machuca e permanece por algum tempo. Mas não vou remoer isso que não me trará bem nenhum. O que faço é uma tremenda perda de tempo. Esse pensamento pode ser um reflexo do astral em que minha mãe me deixou. Por outro lado, quantos não gostariam de estar no meu lugar, fazendo o que gostam sem dever nada a ninguém? Ouvindo o som que curte, bebendo a bebida que ama, obedecendo o ritmo do seu organismo... não adianta, as críticas ressoam na minha cabeça. Estou de baixo-astral, não estou a fim de escrever. E não há nada que queira fazer. Ainda bem que logo mais estarei com o meu amigo da piscina. Isso me trará mais paz. E ainda há essa viagem no meio do inverno rigoroso de onde meu irmão mora. Deixar tudo para lá por um momento. 16h57.

17h40. Minha mãe veio aqui toda amorosa, pediu desculpas pelo tom de voz, disse que tudo o que faz é pensando no meu bem e perguntou se eu não tinha nada a dizer. Não me veio nada à cabeça. Pensei que qualquer coisa que dissesse de sincero a enfureceria e preferi calar. A única coisa que me vem a cabeça agora é deixa eu viver a minha vida. Mas deixa isso para lá, vou me arrumar para ir para a piscina. Meu amigo disse que iria descer hoje.

18h23. Já estou aqui na piscina, só que o meu celular está sem rede. Então, para me comunicar com ele, eu terei que interfonar. O problema é que tenho vergonha de interfonar para a casa dos outros.

18h29. Reiniciei o meu celular e a internet voltou a pegar. Consegui me comunicar com ele. Disse que em breve desceria. Espero que não venham reclamar da música puxada da internet do prédio, pois a secretaria do condomínio ainda está aberta. Já disse a mamãe para propor na reunião dos condôminos a colocação e internet na área comum do condomínio e uma geladeira com freezer na piscina. Mas ela até agora não levou as propostas adiante, embora tenha acatado ambas. Gostaria que a secretaria fechasse. Não gosto de me sentir espionado pelas câmeras. Por pessoas. Acho que câmeras deveriam ser colocadas para vigiar a entrada de invasores não os próprios moradores. Creio que cada vez mais primo pela minha privacidade. Que é um bem cada vez mais raro hoje em dia. E completamente inexistente nas internações. Penso que principalmente por causa delas é que tenha a privacidade em tão alta conta. Só quem viveu a completa ausência de privacidade pode entender o seu real valor. Não sei bem o que escrever, estou com o pensamento convoluto com vários pensamentos e ainda me concentrando em “Everlong” e me indagando se o meu amigo da piscina já ouviu e se aprecia. Quando ia descer, minha mãe chegou do cabeleireiro, estava com um corte digno o seu cabelo agora. Muito melhor do que estava, sem jeito nenhum. Não cortou muito, mas o suficiente para dar um aspecto feminino e bem cuidado à cabeleira. Espero que a animação da bateria do computador tenha poucas etapas, de outra forma, já terei gasto um quarto da bateria, o que não pode ser verdade. Só tenho dois aplicativos abertos. O Word, que não consome quase nenhuma energia e o Spotify, que não é nenhum YouTube. Sexta-feira atribulada essa aqui no prédio. Carros não param de chegar. Pelo menos não estão fazendo nenhuma festa na piscina. Ainda. 18h59. Capaz do meu amigo da piscina dar para trás hoje. Mas acho que não. Não é do feitio dele. Ou assim quero crer. Está passando a música tema de Zelda. Essa certamente o meu amigo não conheceria, como as demais de Super Mario que há na lista 6. Acho que vou botar mais um copo de Coca para mim. Parece que o ícone da bateria tem mais frames de animação do que imaginava, ele acabou de ficar ligeiramente menor, um terço da bateria já consumida. Não entendo. Ontem durou tanto. Bom, espero que o milagre se repita hoje. Acho que tenho uma prima cristã, pois ela repudia a demonstrações de afeto entre homossexuais ou homoafetivos, como queira. Não é possível que hoje chova. Está ventando à beça. Toda vez que olho para o ícone da Intel, por ser brilhante, penso que molhei o computador, que saco. A sala da gerência continua ligada.

21h02. Meu amigo chegou e saiu um pouco mais tarde. Assistimos um vídeo incrível sobre Nikola Tesla. Nem o Word o reconhece, inacreditável, o cara inventou várias patentes que são utilizadas até hoje, que baratearam e melhoraram a vida de milhões ou bilhões de pessoas. E praticamente apagado da história e até no Google ele é desprezado em comparação com a marca de carros em suposta homenagem a ele. Isso me deu uma ideia para um Twitter para a Tesla que fabrica os carros.

If you praise Nikola Tesla so much why don’t allow his Wikipedia page be the first link entry when Googling “Tesla”?
21h26. Postei e ainda mandei no meu Twitter que havia mandado. Acho uma injustiça com o nome Tesla. Esqueci de novo que estava com meu look apresentável. Amanhã, vai ter aniversário na casa da minha tia-mãe, do meu primo-irmão. Outro que saiu de casa, mas voltou. Minha mãe me ligou agora para testar se o problema de ligar para o meu padrasto e dar ocupado era só com o número dela ou com todos. Com o meu, funcionou. Espero que não gere discussão.

22h03. Já estou aqui em casa. A bateria do computador alertou que iria apagar, tive que subir. E acabei por presenciar o desfecho do imbróglio do celular, meu padrasto a havia bloqueado por engano, “ a ela e mais uns trinta” segundo ele, minha mãe meio que mordeu a isca. Ou engoliu o suposto fato e se retirou para dormir. Estou pensando na evolução dos gráficos de Zelda, será que alguma vez farão outro realista como o Twilight Princess, só que muito mais realista para um console 4K da Nintendo? Acho que não e sabe por quê? Porque iria precisar de muita gente para fazer os gráficos e tudo o mais funcionar. E a Nintendo tem um número limitado de artistas, de profissionais de todos os aspectos. Ela teria que contratar pessoal terceirizado se já não o faz. Mas muito, muito mais pessoal. Aliás, eu quero ver como ela vai fazer quando lançar um videogame 4K. 4K que digo é no nível de um Xbox mais top que tem, acho que é o S. Como é que vão fazer? Que todos os jogos vão ter milhões e milhões de polígonos, super-realistas. Acho que aí, eles poderiam botar para torar e criar um mundo de fantasia super-realista. Seria deslumbrante. A fauna e a flora que poderiam inventar. Uma Hyrule mágica, pois é um lugar mágico, onde a mágica é possível, as forças emanam e seres muito peculiares o habitam. Deveria ser um processo semelhante a criar o mundo alienígena de Metroid, só que direcionado à fantasia. Botava os caras de Pokémon para criar uns seres para habitar o mundo. Ia ficar incrível. Mais ou menos para onde direcionam os visuais de Final Fantasy, mas com o sabor Zelda que só a Nintendo sabe dar. Me deslumbraria vendo. Acho que processos procedurais vão cada vez mais ser utilizados nesses jogos open world para gerar pequenas coisas como pedras na beira do rio, não vai ser tudo criado a mão. Para criar as feições e as compleições físicas dos habitantes de uma cidade como as de GTA, da mesma forma. Acho que os caras que criaram No Man Sky estão sentados sobre uma mina de dinheiro, eles podiam transformar a ferramenta de geração procedural deles num produto e vendê-lo para outras empresas. Outro Twitter.

Why don’t you transform your procedural generator engine in a product that can be sold and adapted to the needs of other companies? You’re seated over a gold mine.

Mandei diretamente para o dono da empresa. Essa é uma empresa pequena que criou o jogo mais gigantesco da história, com milhões de planetas, uma galáxia a ser desbravada e descoberta. Tudo procedural. Mas um procedural persistente, no sentido que cada jogador viaja para a exata mesma galáxia que o outro e acho que podem se cruzar, não sei. Sei que é a mesma galáxia para todos. Em inglês, o Word reconhece Nikola como uma grafia correta, mas não no brasileiro. O cara foi muito genial, viu muito além de seu tempo, muito além. Era um visionário. Talvez fosse meio pirado, mas era gênio, sem dúvida. Não sei se todos os seus projetos iriam funcionar, mas os que funcionaram e ainda funcionam já contam.

23h16. Fui bater uma boquinha na cozinha, estou quase abrindo aquele pão de mel. Mas não o farei. Não quero estresse para o meu lado. É melhor eu perguntar antes. 23h18. Já é uma boa hora para eu ligar o ar. Estava pensando sobre geração procedural. É um campo promissor. Eu acho. Acho que no futuro, a pessoa fará um scanner 3D da cabeça e terá isso salvo e poderá ser o protagonista de todos os games que jogar. Realistas, pelo menos.

23h45. Fritei três ovos, misturei com o arroz que eu não gosto e pus queijo ralado para dar um toque. Agora acho que enfim matei a minha fome. Acho que é o meu último copo de Coca também. Acho que vou me deitar daqui a pouco.

23h54. Botei sem pensar mais Coca, que ozzy. Acho que vou fumar o meu cigarro da noite.


0h00. Um novo dia começa. Mais um dos meus últimos dias aqui na Terra. Ainda bem que hoje tem um programa bem legal para fazer. Ou assim espero. Para falar a verdade não estou nem muito animado, mas vou mesmo assim.  

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