21h20. Acabo de retornar da casa de um grande amigo meu que
voltou a morar aqui no prédio. Ele havia gravado Volta de Björk ao vivo e em HD. Quase não acreditei quando ele me
disse. Corremos então para o apê dele para ver. Muito show de bola. E muita
coincidência porque eu acho que ele nem é tão fã de Björk assim. É, a vida traz
desses presentes às vezes. Conversamos bastante também o que foi ótimo, pois
estivemos separados por vários anos. Ele está com a vida equilibrada e é uma
pessoa equilibrada de modo geral, além de amigo fidelíssimo de primeira
qualidade. Fiquei muito feliz com sua visita, imagine tendo ainda a chance de
ver Björk ao vivo como bônus! E ainda fui o mais rápido a montar o
quebra-cabeças do quadrado, viu? Nem tudo está derretido no cérebro do profeta!
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Ouvindo Cure. Fumar
um cigarrinho.
21h49. Começou só B-sides do Cure agora. Massa! Era o que eu
estava a fim de escutar.
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21h53. Sobre o que falar, eu que já falei tanto hoje? Sei
lá, só sei que quero continuar falando. Falar sobre amor? Tive uma prova de
amor fraternal hoje com a visita do meu amigo. Do amor carnal de homem e
mulher, este eu não posso falar muito, apenas citar meu amigo que não falou
muito, mas falou o suficiente: “não adianta procurar, o amor surge quando você
menos espera”. E, realmente, comigo se deu assim todas as vezes. Eu não posso
acrescentar nada de novo ao tema amor, pois acredito que este seja o tema mais
abordado em toda a história da humanidade. Ou após o Romantismo que
superdimensionou o termo, é claro, como o Imperador dizia. Mas duvido dele,
acredito que índios, com cultura tão diversa da ocidental e independentemente
do surgimento do conceito ou de correntes literárias por lá, já se amavam e
deviam ter sua palavrinha para o amor ou para coisa muito semelhante a ele, que
significasse amor de índio, que eu não sei como é, mas duvido que seja muito
diferente do nosso no que realmente importa. A mesma coisa posso dizer de todos
os povos da Terra. Afinal me apaixonei pela primeira vez com quatro anos de
idade e não sabia que aquela vontade de estar junto o tempo todo da garotinha
se chamava paixão ou que pensar nela quando ela não estava se chamava saudade.
O amor... é bem divertido quando acontece para duas pessoas, é a melhor das
brincadeiras, a melhor das lombras, a coisa mais linda do mundo. Sempre me
escapa um sorriso de ternura e cumplicidade quando vejo um casal se amando. De
mãos dadas. Ou rindo juntos. Ou se beijando. Ou trocando carinhos. Enfim, trocando
amor. É triste imaginar que há e houve gente que passou por essa vida sem amar
e ser amado. É como se tivesse assistido a um filme e perdido a melhor parte.
Como comer o bolo sem recheio nem cobertura. Alguma coisa falta. E até acredito
que para algumas pessoas isso realmente não faça falta. Mas acredito que gente
dessa espécie é rara e pouca. Não diria que têm problemas emocionais, apenas
não dão a atenção necessária ou conseguem afeto de outra forma. Acho que fico
com a segunda opção. Pois acredito que todo ser humano necessita de afeto. Eu
não sei viver sem afeto. Isso me afeta. J
Prova maior disso novamente foi a felicidade que a visita do meu amigo das
antrolas trouxe para mim. Preciso cultivar essa amizade de novo. Regá-la, como
mencionei no post anterior. E não foi necessária grande quebra de gelo, tudo
transcorreu com uma naturalidade assombrosa. Foi ótimo.
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22h14. Hora de outro cigarrinho. Ainda tenho nove, por isso
não vou me controlar muito agora no final da noite.
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22h28. Na verdade ainda tinha dez, agora é que estou com nove.
Uêba!
E pensar que várias pessoas que a desejaram menos que eu já
beijaram seus lábios, que talvez muitos tenham apenas a usado e que eu seria o
último dos homens a quem ela se entregaria, logo o que mais a desejou em toda a
sua delicada e alegre existência... Dava enredo para um romance tipo
Crepúsculo, dava não? Ou romance do século XVIII (Hahahahahaha! Ah, Imperador,
tua ia rir demais da minha cara, ia não?). Mas para que pensar nisso? O negócio
é deixar o barco correr e ver onde as casualidades e causalidades da vida me
levarão. E espero muito que seja para paragens mais felizes. E serão paragens
mais felizes, pois é isto que desejo agora. Sinto uma pulsão de vida em mim que
não sentia antes, por mais que as palavras ainda saiam titubeantes dos meus
dedos, eu desejo o melhor para mim agora, não o pior, não a morte, como tanto
fiz antes. Eu busco vida e o que a vida me mandar, eu traço. (Tomara!)
-X-X-X-
22h36. A água do filtro está acabando e, quando isso
acontecer, eu, de tanta preguiça, beberei água da torneira em vez de trocar o botijão.
Ou trocarei e mostrarei para mim mesmo minha pulsão de vida? Para vencer minha
preguiça tem que ser uma puta pulsão de vida, viu? Se bem que já estou me
conformando com a ideia do botijão. Não me tomará mais que cinco minutos e um
pouco de esforço muscular. Trocarei o botijão então, mesmo meu primo-irmão
tendo afirmado que a água da Compesa é potável. O farei pelo bem comum. Não
posso deixar para Jô, que é uma nanica, um esforço tão grande. É pura
sacanagem, malandragem da pior qualidade.
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22h41. Gostaria de saber por que meu amigo Cristiano se
afastou de mim... Ele nunca mais me chamou para seus aniversários ou saídas.
Devo ter queimado muito meu filme no último aniversário. Cris, eu te amo, volta
pra mim! J
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22h43.
Remix de In Between Days, do Mixed Up. Será que estarei vivo para
ver a singularidade tecnológica acontecer? Meu palpite é que acontecerá em
2027. (27 é meu número da sorte! Era a data de aniversário de namoro da minha
segunda namorada, a que disse que traí como um canalha filho da puta no post
passado, desde então esse número me salta aos olhos onde aparece.)
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22h56. O Facebook está uma merda agora, não aparece o chat
de jeito nenhum. Atualizei o Desafio Escrito X - Fé com o texto de
Daniel Násser, autor do Sub Rosa. Só está faltando Mateus, que disse
estar na produção do seu texto. E que já tinha escrito metade quando uma queda
de luz o fez perder o arquivo.
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22h59. Hora do cigarrinho e do botijão.
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23h16. Pronto, cigarros fumados e botijão trocado. Nem doeu.
Uma boa ação para aliviar meu pesadíssimo carma. Eita, já estamos na terceira
página, o que significa a última deste post. Vou logo tomar meus remédios e
ligar o ar condicionado.
-X-X-X-
23h28. Não sei se obedecerei à regra das três páginas desta
vez, ainda quero escrever bem mais que o pouco espaço que me resta. Sobre o quê
eu não sei, mas vamos em frente. Me bateu meio uma deprê agora, não sei se é o
remédio de dormir fazendo efeito, ou a quantidade maior de cigarros fumada em
um espaço menor de tempo. Não há nenhuma razão aparente. Não adianta, o chat do
Facebook não entra de jeito nenhum. Que droga! Ainda bem que tenho o meu fiel
Word up and running. Eita, Razorblade
dos Strokes. Show! Só um som
desses para levantar meu astral. Drop
dead, I don’t care, I won’t worry... there you go... The world is in your hand or is at your throat…23h38. Juicebox com seu baixo de Batman.
Instiga. Shows que eu queria ir: Björk e Strokes. Dos que eu não vi e que ainda
estão em atividade estes são os dois. E o do Radiohead, o do Radiohead, claro!
Aí o set list acaba meio brega grandiloquente com Miracle Drug do U2. Stadium music. Porra ter visto Volta
foi realmente um presente inesperado do destino. Como a visita do meu amigo. Ganhei
meu dia com estes dois eventos.
Meu lado menininha pediu que eu colocasse a lista a partir
de The Blower’s Daughter, de Damien
Rice. Incrível como eu não consigo enjoar de uma música tão repetitiva. Quando
começo a falar assim do set list é porque estou sem assunto, vamos focar então
e revirar o fundo do baú em busca de algum pedaço de sentimento ou pensamento.
De sentimento nem vale a pena comentar. De pensamento, só que eu esteja vivo
quando a singularidade tecnológica acontecer. Quero ver se vai ser como
profetizei ou não. Se o profeta merece crédito ou não. No mais, sonho com o PS3
que talvez role de Natal. Dia 19 tem pneumologista para dar fim ao meu
tabagismo. Um dia certamente triste a curto prazo e alegre a longo. Queria um
dia ver a alvorada por cima das nuvens, voando de avião. O crepúsculo também
vale. Queria que minha mãe parasse de envelhecer e não morresse antes de mim.
Queria que o mundo inteiro se unisse numa só nação, com pensamento sustentável
e respeitando as diversas culturas, mas oferecendo a elas educação, saúde e
bem-estar para que todos pudessem ter as mesmas oportunidades que os demais.
Queria que os físicos achassem uma desculpa melhor que a matéria escura para os
desvios gravitacionais que observam. Queria, acima de tudo, uma namorada. Que o
namoro começasse devagar, sem sexo e agarração logo de cara, mas um conhecendo
um pouco de cada um e ganhando intimidade aos poucos até virar afeto. Não sou
um lobo predador, não faço esse tipo, não tenho nem coragem de assumir uma
postura assim. Mas quem sabe, convivendo com um lobo eu não comece a adquirir
seus hábitos de caça? Quem sabe? Eu não sei, mas acho difícil. Parei no século
XVIII, Imperador. Estou três séculos atrasado. Hoje ninguém sofre por amor,
hoje não é necessário amor, é físico, mais que metafísico. E no físico eu levo
o maior rodo. Deixa pra lá, to falando merda. Ainda existe amor no mundo. O
vejo começar a florescer bem perto de mim. Estou sendo exagerado. Acho que é
tempo demais convivendo com lobos o que distorce minha visão. How am I going to make it right? indaga Björk agora em Desired Constellation. Boa pergunta, Björk…
0h07. Hora do ciga, cigarro.
-X-X-X-
0h19. O sono está batendo. Hora de revisar e postar.
Valeu Amigo, foi muito bom ontem. Realmente foi coincidência pq gosto de Bjork mas onte de ser fã. Fazia muito que eu não a ouvia e, quando vi que ia passar, resolvi gravar só pra me atualiazar.
ResponderExcluirVai ser muito bom voltar a me atualizar musicalmente contigo. Sempre que possível estaremos vendo outros vídeos de shows, tocando violão (Llegião hehehehe) ou jogando conversa fora.
Forte abraço
Massa! Fechadíssimo.
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