terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O que posso dizer aos seres cibernéticos nesta terça-feira quente e abafada?




O que posso dizer aos seres cibernéticos nesta terça-feira quente e abafada? Será aquecimento global ou aquecimento local? Pelo que vi no repórter ontem parece que é local, pelo que entendi há uma massa de ar quente e úmido bem em cima do Brasil, sorte que nós, litorâneos escapamos da chuva forte e temporais do interior do país. Só não chove no sertão e os pernambucanos estão indo buscar em Alagoas todos os dias as palmas para a s vacas comerem. Cadê os projetos de irrigação? Será que é impossível levar água até essa gente, minha gente? Será que é porque eles não reclamam, não fazem auê e sofrem baixinho e calados a calamidade das secas? Acho que o Brasil é o país que tem mais água/recursos hídricos do mundo e ainda tem gente passando sede e gado morrendo à míngua. Como é que pode? Querem forçar essa gente a engrossar o número de miseráveis dos grandes centros? Ou é pura sacanagem e descaso mesmo? Essa coisa de seca eu ouço desde que sou guri e acho que meu avô ouve desde que é guri e não resolveram ainda. Como é que pode, pergunto eu mais uma vez?

Mas, como não entendo nada disso, nem sei quais as estratégias traçadas pela Compesa nesse âmbito, vou fechar meu bico e falar de outra coisa, que dessa eu não tenho embasamento, só me parte o coração.

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E o que falar da guerra, então? Por que, em vez de mandar um bando de jovens morrer nas trincheiras, os presidentes das nações em disputa não marcam um duelo e quem ganhar leva a melhor? Ou um torneio de UFC com seus melhores lutadores? Mas não, temos a indústria bélica que precisa dar vazão à sua produção. O que são algumas milhares de vidas perto dos trilhões de dólares que esta indústria movimenta? Ainda mais não sendo a vida de quem efetivamente produz e financia as armas? E essa porra de Israel que faz o que quer com os palestinos e ninguém mete o dedo por causa dos EUA? É, mas tudo isso vai se acabar, como eu digo nas minhas profecias, seremos uma grande nação global, política e economicamente, com sustentabilidade e respeitando os direitos humanos universais de todos. Os abusos cessarão, as guerras cessarão. Mas para isso acontecer acredito que uma grande crise, provavelmente econômica e provavelmente envolvendo a China, precisará servir de catalisadora. Como já falei em uma das profecias, a ONU, não como se configura agora, monopolizada pelos países que tem bomba atômica, mas com igualdade de poderes entre todas as nações, será a gestora mundial desta grande nação, com Secretário-Geral escolhido por votação popular mundial. E teria poder decisório de fato sobre as querelas mundiais. Mas não me repetirei aqui. Veja as profecias todas no marcador/palavra-chave Algo ou Teorias do Fruto da Árvore Envenenada. Por sinal, seria bom postar mais uma, é o que farei hoje. Acho que criarei o marcador profecias para tornar a navegação do site mais intuitiva. Ninguém vai achar que Algo ou Teorias da Árvore Envenenada contém as profecias. Saco vai ser colocar esse marcador em todas as profecias já publicadas. Mas vale o esforço.

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15h00. Já coloquei o marcador Profecias em todas. Foi mais rápido do que pensava. É uma beleza ter cigarro e café aqui bem ao lado do computador. Vou ficar mal acostumado! Sobre o que escrever agora? Estou bem, minha cabeça está no lugar, nenhum sinal de fissura ou mal estar, como mencionei, estar na casa da minha tia, tendo meu primo-irmão logo ali no sofá à minha frente é motivo de alegria para mim. Me sinto menos só aqui.

Viajando em King of Limbs do Radiohead, enquanto fumo e tomo uma xícara de café. Que luxo
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Estou fazendo duas refeições, almoço e jantar, nos horários corretos. Não sei por que não consigo fazer isso em casa. Talvez porque aqui me sinta meio que na obrigação de fazê-las. Talvez porque a comida esteja quentinha na mesa e seja sempre variada e farta. Talvez porque meu primo me acorde para almoçar. Provavelmente por tudo isso junto. Além dos mais, preciso seguir as normas da casa para ser um hóspede o menos problemático, o menos incômodo possível.

Recebi um comentário de Francisco dizendo que Kilma me ama muito. Eu amo demais aquela mulher, sua casa é outro lugar em que me sinto em um lar de verdade. Preciso trabalhar essa história de lar com a terapeuta que vier a me tratar. Pois em casa não sinto como um lar, sinto mais como um porto de descanso para o trabalho no outro dia (isso para minha mãe meu padrasto) eu fico, graças, o dia todo em casa. Só em incomoda um pouco a solidão. Por isso a devoção às palavras e este interminável diálogo entre eu e mim mesmo. Só faltou Irene. (Clementines valem?) :P

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15h25. Pensando muito em entrar na piscina para uma refrescada. Em vez disso, mais uma xícara de café e um cigarro. A única coisa que não procrastino é o meu blog. Em todo o resto eu procrastino, eu procrastino minha vida inteira. Ela está em suspenso, imóvel e eu gosto disso. Mas essa imobilidade já foi tratada tanto e todas as formas em outros posts que não merece ser rememorada mais aqui. Queria dizer coisas novas e interessantes, fabulosas, mas nada me ocorre.

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É curioso, antes eu tinha uma criatividade enorme para criar contos, eles me saiam com a mesma facilidade que este monólogo, bastava que eu sentasse para sentar com o intuito de escrever um conto e ele me vinha, como que do éter. Hoje, não tenho mais esta facilidade. Mas vou tentar, vamos ver no que vai dar. Lá vai.

A moça estava triste, uma melancolia diferente das outras, maior e mais profunda. Era saudade e ela não sabia. Ela não sabia porque não sabia do que sentia saudade. Da festa de ontem? Do baile, das máscaras, das danças e do vinho? Não, não era isso. Ela também não havia encontrado ninguém interessante que fizesse seu coração pular na festa. Então não sabia o porquê daquele vazio dentro do peito. A festa havia sido boa e farta em tudo o que uma festa pode ser. Mas não sentia falta dela. Era uma página virada como tantas outras festas de igual fartura. O vazio vinha de outro lugar, um recôndito de sua alma que não conseguia alcançar. Deixou-se estar mergulhada naquele sentimento por algumas horas. As horas tornaram-se dias. E os dias semanas. Não ia mais a festas nem a lugar nenhum, ficava em seu quarto a cismar de onde vinha aquela cisma. Os amigos preocupados a procuravam e eram gentilmente rechaçados. Até que um belo dia, e era mesmo um dia belo, ela decidiu que a cisma era como as festas, uma página a ser virada. Abriu a porta e saiu. O sol a banhou com calor e claridade. Ela, iluminada assim, pegou uma flor de seu jardim, colocou atrás da orelha e começou a dançar ao som da natureza que parecia cantar só para ela, girou e girou até ficar tonta e cair no chão, tonta de rir. Passada a tonteira, foi atrás dos amigos distribuir o amor e o carinho acumulados naquele tempo todo que passara cismando. A cisma agora era mesmo uma página virada, mesmo que com mais dificuldade, de sua vida bela e ensolarada. E a saudade de que era, vocês se perguntam? Era do que ainda estava por vir. Dos dias felizes que a aguardavam e se guardavam para ela.

Tá vendo, não levo mais jeito para a coisa...

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15h52. Acho que vou dar esse chuá na piscina.

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16h48. O mergulho na piscina foi refrescante e revigorante. Pensei só no começo de uma história: “Ela montou num cavalo marinho, era diminuta como ele, era uma fadinha dos mares, dessas que não se vê por aí, pois fadinhas dos mares não gostam de humanos...” e fiquei nessa. No mais observei o enorme escudo do Santa Cruz pintado na parede em frente à piscina e conversando com Mary sobre o que é melhor casa ou apartamento e outras coisas que não valem as palavras para mencioná-las.

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17h27. Falando com minha tia amada de Natal e Maria. Bom demais. Pensando em ir para lá depois do carnaval. (Acho que já mencionei isso em outro post...)

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18h12. Depois do papo no Skype, ficamos batendo um papo meu primo-irmão e eu. Foi bem legal. Papos sobre réveillon, academia, mulheres, passado, presente, futuro... Rocky Balboa e as voltas que o mundo dá... Ele me ajudou a preparar um café e estou aqui de volta. 18h21. Fumando e tomando café...

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18h38. Minha amada tia larga do plantão às 19h00, então resta-me pouco tempo de escrita aqui na mesa de janta. Também estou sem assuntos para discorrer no momento. Estamos todos conectados segundo a teoria do caos, o que alguém faz no Japão pode me afetar de uma maneira inusitada que nem imagino, muito menos a pessoa lá do Japão. Isso é deveras interessante, pois significa que eu tenho este mesmo poder. E o blog é um multiplicador deste efeito, eu creio, mesmo que jamais chegue ao Japão, ele pode chegar a pessoas que nem imagino e causar uma reação, uma reflexão, no mínimo, uma opinião. Será que se eu usar o Google translator ele traduz o texto de Algo0003 para japonês? Não custa tentar. Mas acho que o blogspot não aceita ideogramas. Ou aceita? Tentarei isso mais tarde. Se funcionar posso traduzir para vários idiomas. Mesmo que não seja a tradução perfeita, pode ser que algo permaneça e pessoas de outros países acessem. É outra forma de expandir o público.

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20h37. Pronto, após o jantar, usei o Google Translate para traduzir Algo0003 para Chinês Simplificado, Russo, Japonês, Francês, Hebraico, Coreano, Esperanto, Aramaico, Africâner e acho que só. Vamos ver no que vai dar.

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20h44. Fumar um cigarro. Como postei tudo isso seguido, quem quiser ver a penúltima postagem em Português vai ter que pular todas estas em línguas estranhas. Acho que nem vai estar na primeira página do blog. Bom vou acabar esta por aqui, caso algum visitante venha hoje à noite ao blog e não entenda o que aconteceu.

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