segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Acho que sei lá




Novo dia, nova jornada para ver se consigo fumar só de hora em hora. Vou fumar um agora, antes de começar o desafio. 14h15.

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14h23. Outro cigarro agora só de 15h23, ai, ai... Palavras, me ajudem a fazer esse tempo passar da forma mais suave e menos sofrida possível. Esqueci de mencionar que encontrei Oscarzinho na Hellcife CrashParty. Ele me convidou para visitá-lo e conversar sobre a vida. Somos amigos de infância, nossos pais eram melhores amigos. Não sei se algum dia eu irei lá. Nossos universos são totalmente diversos do que um dia foram. Há uma série de visitas a velhos amigos que a vida por suas voltas e curvas distanciou e que não tenho ainda autonomia nem coragem de fazer.

Não sei se vocês já tiveram essa sensação: “e quando encontrá-lo, sobre o que falaremos, o que ainda temos em comum será suficiente?” No fundo, acredito que sim que, depois do gelo quebrado, a conversa naturalmente flua, principalmente se regada a umas cervejas geladas. Esperemos então que eu volte a beber... J (E que não dependa do meu primo-irmão para sair, por mais que eu ache que ele fosse gostar dos meus amigos, é pedir demais dele.)

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14h35 e já estou com vontade de fumar outro. E olha, tenho que admitir, já fumei cinco desde que acordei há mais ou menos uma hora e meia. Vou encher um copo de Coca-Cola com o restinho que tem na geladeira (e na casa toda).

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Não havia mais Coca, bebi um suco de goiaba que estava em cima da mesa e acabei fumando um cigarro, logo o horário para o próximo passa a ser às 16h00, posto que agora são 14h45 e eu me botei uma multa de 15 minutos pela transgressão. O pior que nem aproveitei o cigarro, fiquei foi pensando porque vários amigos em comum meus e de Pedro, seguem o boraver e não seguem o meu blog. Deve ser muito chato esse meu mesmo. Dane-se. Não vou fazer diferente para gerar mais interesse. Se aqui é onde tenho liberdade irrestrita, não vejo porque restringi-la, muito menos a troco de alguns leitores. Leia quem quiser. Faço isso primeiramente por mim e para mim. E espero seguir assim, pois só assim sei seguir. Mommy está acamada, diz que está com moleza no corpo e dor de cabeça.

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Começou Björk. All the modern things have always existed, they’ve just been waiting for the right moment… Eu tenho pensamentos platônicos dessa natureza, eu penso que as ideias estão todas aí, pairando no ar, esperando que a cabeça certa as capture e transforme em realidade. Esperando que as ideias preliminares sejam capturadas permitindo assim que a rede de captura das ideias abarque novas e mais modernas ideias. Acredito também que a necessidade é a mãe da invenção, então é preciso que o caçador tenha necessidade da ideia para persegui-la. Tenho absoluta certeza que várias ideias importantes passam na nossa cara e nós não as pegamos por falta de necessidade ou interesse. Eu, atualmente, tenho a mente estritamente fechada para novas ideias, desde que capturei a minha grande ideia, a ideia de uma vida, não me preocupo mais com ideias, como quem pegou o maior peixe que acredita que poderia pescar. Todos os outros se tornam insignificantes. Para não deixar de citar, a minha grande ideia está em Algo 0003. E traduzida em vários outros idiomas. Por sinal, vou traduzi-la para o espanhol, pois vejo que gente da Colômbia acessa esse blog. Vou fazer isso agora. 14h59.

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15h12. Pronto traduzi, quer dizer o Google traduziu, e postei. Estamos aqui de volta eu, este post e os 48 minutos que me separam do meu próximo cigarro. O que posso dizer de superficialmente interessante? Que outra pessoa se declarou superinteressado na minha impossível Clementine e que prometi dar uma força a ele? Isso não é lá muito interessante, até porque não sei se ela já está envolvida de fato, num relacionamento firme, com alguém. A vi acompanhada um dia desses. Vamos mudar de assunto, pois esse não me anima muito...

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15h17. Eu comecei a ler A Brief History Of Time de Stephen Hawking e parei. Devia criar coragem e retomar a leitura, talvez ela me traga novos insights sobre a minha teoria de Deus. Ou a inviabilize de vez! Hahahahahahaha! Não posso nem rir pois isso seria o ó do brogodó para mim. De toda forma uma das pessoas para quem mandei o texto de Algo 0003 em Inglês foi para o editor de Mr. Hawking, mas não sei se obtive qualquer resposta, pois meu e-mail foi bloqueado, deletado da rede, quando tentei espalhar a mensagem para o mundo através da lista de contatos mundiais da Xerox.

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15h38. Falando com uma amada amiga no Facebook. Faz uma cara que não nos vemos ao vivo, offline, como queiram. Muita saudade. E ela diz que lê o blog!

15h45. Falando agora com o criador do boraver, ele está me dando uma sugestão de enquete aqui muito escrota. Vontade de fumar bateu agora com força. 15h48.

15h56. Falei com outro grande amigo, que tem vários jogos de PS3 para emprestar – caso ganhe um de Natal – e que me mostrou sobre o concurso da Fundarpe, no qual quero inscrever 15 dias de ócio em 50 páginas. Não queria que minha mãe lesse pelas menções à massa. 16h00. Fumar.

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16h24. Acabou que fumei 3 cigarros. Vamos ver se só fumo de 17h40. Ouvindo Chico, Bye, Bye, Brasil. Agora Olê, Olá. É estranho, como as músicas de Chico parecem mais maduras, mais adultas que as dos adultos de agora. Acho que ser adulto naquela época tinha qualquer coisa de menos adolescente, menos infantil que os adultos de hoje perderam. Hoje a maioria quer ser e sentir adolescente pela maior parcela de vida possível. Em geral, nas Américas a adolescentização da sociedade é fato. Obviamente ela não abrange toda a população, mas uma grande parte dela. Eu faço parte desta parcela, mais até que o resto da população que tem este mesmo comportamento. Os homens de hoje parecem mais ameninados que os de outrora. Coisas das transmutações culturais pelas quais passamos. Ou então seja eu ficando velho.

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16h33. Essa música, El President, do Drugstore com participação de Thom Yorke, tem algo de Echo & The Bunnymen.

16h41. Eu deveria instituir como regra que nenhum post tivesse mais de três páginas de Word. Acho que é um tamanho legal para posts. Portanto, se eu não chegar às 17h40 antes do final desta página, acabo o post no fim dela e começo outro. Entrou na fase Legião do set list, Os Barcos. Já roí muito com essa música. No final do relacionamento com minha primeira namorada. Pense num tempo doído, nunca havia sofrido de amor antes. Doeu paca. Aliás doeu sempre que acabei um relacionamento. Sempre dói eu acho. Você se entrega todo e de repente se vê só tendo só metade de você em si. O buraco é enorme. As vezes parece até mais que a metade, parece que todo o seu ser se foi junto com ela e tornou-se inacessível, irrecuperável. A cura para mim foi sempre uma: o tempo. Vivenciar o luto da relação, com lágrimas, raiva, ciúmes e todo o cardápio de autopiedade que a situação desperta, até que as coisas vão se abrandando, ficando para trás, cicatrizando. Guardo minhas cicatrizes com orgulho, pois se a dor veio, o prazer antes dela sempre foi maior e mais bonito. Não guardo mágoa de nenhuma delas, guardo, em verdade, saudades. Mas saudades frias, saudades dormentes, inertes num tempo e espaço que não mais ocupo ou voltarei a ocupar. A cicatriz que nunca sarou direito foi a de ter traído uma delas. Me culpo até hoje, pois acho que isto contribuiu para que ela se tornasse uma pessoa um pouquinho pior do que era e ela era um anjo de pessoa, boníssima na sua inocência e devoção por mim. Fui um canalha de marca maior e até hoje não consigo me perdoar por isso. Esse papo tá me dando vontade de fumar. 17h01. Acho que não vou aguentar até as 17h40. Se bem que a vontade dá e rapidinho passa. Pronto já está passando.

Qual seria o nome deste post? Acho que Sei lá. Pois nem me lembro por onde comecei. Se bem que vou revisar antes de postar e terei uma visão do todo. Fogo vai ser achar uma imagem. Mas ainda tenho algumas linhas para preencher antes do final da terceira página.

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17h57. Fumei dois cigarros e vou com mamãe ao supermercado agora. Quando voltar reviso e posto.

18h07. Mamãe desistiu de ir ao supermercado porque se lembrou que o carro está no conserto. Tanto melhor, estava com uma preguiça enorme de ir. De todo modo, vou revisar e postar... 

Um comentário:

  1. cara, mais uma vez agradeço teu apreço pelo meu blog, mas estou aqui todo dia tb.
    a proposta do Boraver (cheguei à conclusão que devia ter uma proposta depois de 2 anos de blog e ocultei posts que não condiziam com a tal) é não levar a vida tão a sério
    É ser o pedacinho do Brasil que canta e é feliz, é a parte "manoel carlos" das minhas idéias.
    Mas acredite meu velho, eu não sou só esse pedacinho, ninguém é, por hora escolhi não dividir com o mundo o resto meu Brasil, o núcleo pobre da novela.
    E mereces meu respeito por mostrar o teu brasil por inteiro
    Is nice to have followers, but it can't be the reason for us to write, do it for yourself

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