20h34. Perdi o meu Vaporfi. Ou caiu no Uber ou no carro de
titia. São as únicas possibilidades que posso divisar. Já liguei para ambos e
ambos ficaram de me dar retorno. Não posso cobrar o cara do Uber sem saber da
minha tia e não posso cobrá-la para não ser chato, logo, estou de mãos atadas
até receber o telefonema da minha tia. Tenho grandes esperanças que esteja no
carro dela. Tomara. Torna tudo mais fácil. Aí posso ligar para Geovando, o
motorista do Uber, e dizer que achei o cigarro eletrônico. Nenhum dos dois
ligar é que é ozzy. Já faz mais de uma hora que liguei para eles. Homem
prevenido vale por dois, entretanto, e tenho um Vaporfi reserva, novinho em
folha aqui em casa, que é o que estou usando agora. Porém, se perder esse, fico
sem cigarro eletrônico. Se bem que acho que tenho um tanque velho e duas
baterias que não duram muito. Bom, nada posso fazer senão esperar o contato de
um dos dois, a ordem realmente não interessa. Comuniquei à minha mãe e ela
ficou danada, quase como se eu tivesse perdido de propósito. Nem o fato de ter
um sobressalente amenizou completamente a sua “danação”. Mas aí mudei o foco da
conversa no telefonema, ela ainda está vindo do shopping, e ela acabou se
acalmando. 20h49. Tem muita gente que vai fazer concurso amanhã, nossa. Ainda
bem que não estou na pele dos concurseiros, obrigado a quem de direito pela
minha curatela. Quero fumar um cigarro de verdade, mas agora só depois que a
minha mãe chegar. Pode ser que eles cheguem exatamente quando eu estiver fumando
e vai ser uma situação social desagradável. Já vai ser desagradável se fizer
depois. Mas esse Vaporfi não está satisfazendo a minha fissura por nicotina.
Não sei se o atomizer está ainda ficando bom ou se o líquido é que já ficou mal
após tantos meses fora da validade. Ou talvez seja porque fumei muitos cigarros
hoje, depois que a bateria do Vaporfi que perdi arreou. Não sei, não sei, não
sei. Só queria fumar um bom e velho Marlboro. Queria receber uma das duas
ligações. 20h56.
20h57. Ah, mandei uma reclamação para a Coca da Alemanha a
respeito da mudança de embalagem da Cherry Coke que ficou praticamente igual à
da Classic Coke. Chegaram. Ouvi o barulho da porta. De qualquer forma, a Coca
da Alemanha me respondeu explicando que fazia parte da estratégia global da
marca, chamada “One Brand”. Prometeram levar o meu questionamento adiante e
disseram que sobre a Cherry Coke no Brasil, outro assunto que levantei, deve
ser tratado com a Coca do Brasil, visto que a Coca da Alemanha só cuida do
mercado alemão. Achei massa a resposta. Sei que isso não vai mudar nada, mas é
bom receber a resposta. Será que chegaram mesmo? Minha mãe ainda não veio bater
à minha porta. Bater é forma de dizer, ela nunca bate, só entra. Mas chegaram,
vejo pela fechadura uma luz acesa que não havia.
21h11. Fui lá e falei com mamãe. Ela quer que eu compre um
novo Vaporfi nos EUA. Mais um item a ser comprado. Além dos outros cinco da
minha lista: o celular, o kit adesivo protetor mais case do celular, o game Persona 5, o CD “Bastards” de Björk bem
como o seu novo disco, se sair até lá (que acho que vai). Se eu estivesse
podendo mesmo, eu compraria o “Björk Surrounded” com os sete primeiros discos
de Björk em 5.1 e um Bleu de Chanel Eau de Perfum. Mas acho que já é querer
demais. Sim, e pretendo comprar a Red Sonja antes da bomba Hulk explodir,
alegando o fato das parcelas serem mais baixas, por serem mais parcelas. Quando
menos parcelas, mais altas vão ficando, obviamente. E não há juros. Afinal
estamos falando dos Estados Unidos. Mas o que estou quase comprando é a caixa
“Björk Surrounded”. Se tivesse abertura para falar com a minha mãe sobre o
assunto... é, hoje estou com o meu lado consumista exacerbado. Tem que ver o
quanto de dólares vou querer que mamãe me compre. O problema da caixa de Björk
é que ela pode ser vendida a qualquer momento e está por menos de cem dólares.
A outra opção – e só há duas no eBay, único lugar onde encontrei a dita caixa –
é mais de 200 dólares e o frete é muito caro, por vir do Canadá.
22h10. Estava atualizando as minhas informações no eBay. Só
não puxo o gatilho no box set de Björk, pois preciso falar com a minha mãe
primeiro. Poderia pedir de presente de natal para ela. Tenho que pensar melhor
no assunto. Não acho uma boa ideia. Se perder essa oportunidade, só deus sabe
quando outra vai se dar. Mas nem tenho sistema 5.1 aqui em casa. Não me valeria
de nada ter os discos com essa qualidade de som se não posso ouvir. Meu
padrasto já disse várias vezes que vai botar na sala, mas os anos passam e
nada. Posso pedir na reforma do meu quarto que botem o sistema aqui. Iria ser o
bicho. Mas acho que é sonhar alto demais.
22h31. Pesquisei sons 5.1 na Amazon e além de grandes para
trazer fugiriam ao meu orçamento. Acho melhor deixar esse sonho de ouvir
Medúlla em 5.1 de lado. Vamos ver quanto consigo negociar com a minha mãe de
dólares que terei para gastar. Se der e a oferta ainda estiver de pé no eBay,
compro o box de Björk mesmo sem ter o som. Por quê? Porque tenho esperança que
meu padrasto ainda bote um na sala. Hahahaha. Pesquisei o perfume e está mais
caro que na Europa. Muito mais caro, diga-se de passagem. Tenho que escrever
uma coisa para o marido da minha prima que vai fazer um cursilho. O que diria?
Vamos ver o que sai no próximo parágrafo.
Primeiramente, não vamos falar da minha fé. Ela é minha e
somente minha. Vamos falar da sua fé. Aposto que você está meio esvaziado nesse
quesito, não é? Muitas dúvidas e nenhuma certeza. Eu sei bem como é. O que
posso dizer? Ninguém pode enfiar fé na sua cabeça. É algo que vem de dentro,
mas que talvez as condições certas ajudem a aflorar. Não sei. Só sei que ter fé
é algo bastante confortante. Pelo menos eu sinto assim. Acho que esse conforto,
conforto da alma, da mente, do ser que você é, é a maior qualidade ou benesse
da fé. Um conforto maior que a maior das adversidades. Pelo menos é assim que
sinto. Quando está tudo dando errado para mim, eu tento ver o macro, em escala
universal mesmo, e me sinto confortado que tudo está dando certo, apesar dos
meus pesares. Se você vai encontrá-la no cursilho? Sinceramente não sei. Mas se
até a sua esposa, que você conhece melhor do que ninguém, encontrou, tudo é
possível. Se fosse te dar um conselho seria manter a mente e o coração abertos
e ver no que vai dar. Quem sabe você dá a sorte de encontrar um pouquinho que
seja desse conforto que mencionei? Boa sorte. Ou bom destino. ;)
22h46. Pronto. Foi o que saiu. Espero que dê pro gasto. Quem
sou eu para falar de fé! Hahahahaha. Percebi agora que repeti a mesma frase
duas vezes. Agora já foi, já está na caixa de e-mails da minha prima. Relendo
dá vontade de acrescentar ou mudar sempre. Ainda bem que já está enviado. Assim
não fico na paranoia do estica-e-puxa. Acho que vou ficar por aqui por hoje.
Quero ir para o Desabafos do Vate. Talvez volte para cá, não sei. Ah, liguei
para o cara do táxi que me garantiu que o Vaporfi não estava lá. Liguei para a
minha tia e ela disse que minha prima saiu com o carro. Eita, botar o meu
celular para carregar! E ligá-lo assim que a bateria permitir. Botei para
descarregar e me esqueci. Droga, minha tia disse que ainda ligava hoje, senão
amanhã. Mas se ela ligar hoje, preciso atender. Disse a ela que estaria à
disposição. Que furada. Pronto já ligou. Só falta ela ligar quando eu for
fumar. E, para completar, minha mãe acordar por conta do barulho do aparelho. Ouxe,
acabou de chamar uma vez e parou. Não mostrou nem de quem foi a ligação
perdida. Que estranho. Não entendo nada de celular mesmo.
-x-x-x-x-
17h48. Agora tenho a minha própria conta do Spotify. Criei
uma nova playlist 6 e a estou
testando agora. Não está não inspirada como a outra, embora contenha muitas
músicas em comum, mas inclui bem mais The Cure, que domina a lista, incluí “A
Love Supreme” de John Coltrane. Não coloquei “Little Joy”, nem “Cavalo” de
Amarante e deixei “Pitanga” de Mallu também de fora, mantendo só o “Vem”.
18h18. O excesso de Cure se reflete no modo aleatório da
nova pasta 6 do meu novo Spotify. Não sei se gosto da minha nova pasta 6 ainda,
por mais que só tenha músicas do meu agrado. Acho que é o costume com a
anterior. Rufus vem como um familiar alívio. Ontem tentei me comunicar com
Eugênio Mohallem, meu ídolo-mor da Publicidade nacional. Foi engraçado e
divertido. Não sabia que a tecnologia de hoje me permitia tais facilidades. Não
sei se ele vai ler ou responder, mas creio que não. De qualquer forma foi uma
experiência singular que dominou o conteúdo do Desabafos do Vate. Agora veio
“Plainsong” do Cure e entrou bonito. É uma das três músicas mais lindas de
todos os tempos para mim. Não me pergunte quais são as outras duas que eu não
sei. Só sei que ela está entre as três. Hahahahaha. Algo sem graça aconteceu,
meu padrasto me pegou fumando Vaporfi no meu quarto. E ficou puto. Ainda bem
que não explodiu comigo, foi falar com mamãe, mas não sei o que disse, pois
quando ouvi “ele está fumando aquela porra aqui...” eu fechei a porta e
continuei fumando. Ato falho da molesta fumar com a porta aberta. Bom, se estou
fumando até agora, talvez eu siga fumando, agora com o conhecimento do meu
padrasto. Não sei. Mamãe foi dormir logo após o almoço. Pode ser que me venha
com alguma novidade quando acordar. Espero que não. Gostaria que tudo
continuasse do mesmo jeito em relação ao meu uso do cigarro eletrônico. Cure
realmente domina a pasta. Talvez tenha que dar uma equilibrada nisso, por mais
que me agrade ouvir a banda.
18h44. O HP Assistant mandou eu reiniciar a máquina e, sim,
agora acho que definitivamente perdi o meu Vaporfi. Minha tia disse que não
estava no carro dela, a mesma coisa disse Geovando. Então, graças que sou um
homem prevenido e comprei um sobressalente antes que saísse de linha. Como de
fato saiu. Minha mãe quer que eu compre um modelo mais novo quando for nos
States. Toda vez que rola Rufus me dá um sentimento de alívio e familiaridade,
mas creio que dentro em breve, eu vou me acostumar com essa nova lista. Porém
acho que vou tirar os “Disintegration” do Cure, para que ele não perca a sua
aura de especialíssimo e vire arroz de festa aqui. É o que farei agora.
18h53. Fiz. Retirei o disco. Acho melhor. Não quero enjoar
dele nunca. Enjoo das músicas foi a razão de não reproduzir a lista 6
exatamente como estava lá no Spotify de mamãe. Eu quero ver o que eu escrevi no
Desabafos do Vate ontem.
19h38. Acabei de revisar. Estou com muito calor, vou ligar o
ar. Não sei como tirei o “Disintegration” e continua passando músicas dele.
Acho que o Spotifi não processou o meu pedido, embora não apareça mais na
lista, ou se fiz da maneira errada. Eu selecionei tudo com shift segurado e
apertei “delete” e aí as músicas sumiram da lista, mas continuam tocando.
Bizarro. Se Eugênio Mohallem me contatar, eu mando o texto do Desabafos do Vate
para ele. O texto que trato dele e de um monte de momentos odiosos da minha
vida. Penso em mandar para o meu amigo cineasta também. Mas não sei se quero me
expor tanto no documentário. Vou meditar sobre o assunto. Deixemos assim, se
mandar pra Geninho, como carinhosamente apelidei Mohallem no outro post, eu
mando para o meu amigo cineasta. Se não, terei que considerar muito. Talvez se
meu amigo cineasta pedir, eu mande. Desde que ele respeite a minha vontade
expressa no tal post do Desabafos do Vate.
20h58. Fui comprar uma Coca, minha mãe disse que meu
padrasto está puto porque fumo Vaporfi no quarto e que isso gerou estresse na
relação. Ela me pediu para que eu nunca mais fume de porta aberta. Eu disse que
o vacilo foi meu, um ato involuntário e lhe prometi que não fumaria mais de
porta aberta. Pelo menos agora fica tudo às claras e liberado, como gosto. Meu padrasto
vai acabar se acostumando com a ideia. Assim espero. Voltando a Eugênio
Mohallem, é claro que ele não vai ler ou, muito mais além, me contatar. Isso é
um pensamento absurdo. Onde estava com a cabeça quando cogitei sobre a
possibilidade de isso acontecer? Tenho medo de estar entrando em hipomania.
Espero que não. Deus me livre. Não é como a depressão que a gente sente se
apoderando da alma, a hipomania é sorrateira e faz a gente se sentir bem,
excitado, falante e por aí vai. E vai até dar em merda. Como gastar
compulsivamente ou me expor desnecessariamente, inconvenientemente. O que me
traz de volta à ideia de compartilhar o post do Desabafos com o meu amigo
cineasta. Acho que talvez seja equivocada também. Se ele pedir, eu mando para
ele analisar. Isso será uma prova para ver se ele lê esse blog mesmo ou não.
Hahahahaha. Aposto que pedido nenhum vai vir. Se fosse eu a fazer o projeto,
não acumularia leitura, já ia lendo e separando os trechos que achasse
pertinentes ao documentário. Essa seria a forma como trabalharia, mas não vou
me meter no processo dele. O Spotify continua tocando o “Disintegration”, por
que eu não sei. De qualquer forma me está me agradando. Queria ouvir mais alto,
mas minha mãe pediu para abaixar e hoje não quero desagradá-la, pois ela
defendeu o meu lado. Me garantiu algo para lá de fundamental na minha vida, na
minha rotina, fumar o Vaporfi no meu quarto. Ainda bem que ela fez isso. Acho
que no fundo ela sabe que se eu fosse obrigado a fumar toda vez o cigarro
eletrônico no hall de serviço, eu acabaria voltando para o normal.
21h26. Me perdi um pouco pela internet. Este post está tão
pouco inspirado. O que poderia fazer para torná-lo mais interessante?
Sinceramente não sei, minha vida não está interessante no momento. Eu odeio colocar
aspas nas coisas! É um saco. Quase sempre largo “shift” antes de pressionar a
tecla de aspas e sai um apóstrofo ou sei lá como chama quando é um tracinho só
em vez de dois. Acho que vou jogar um pouco de videogame. Daqui a pouco, como
sempre. E, como sempre, vou acabar sem fazê-lo. 21h30. Gostaria que o casal se
retirasse mais cedo hoje. Gostaria de ir dormir mais cedo também. No máximo de
2h00, 2h30. “The Caterpillar” me lembra uma antiga paixão de colégio, a minha
última paixão de colégio, pois já estava no segundo ou terceiro ano científico.
Não, não sei a nomenclatura de hoje em dia. Ensino médio, talvez, sei lá.
21h36. Fui pegar Coca e o casal está assistindo TV na sala o
que significa, ao meu ver, que estão em processo de fazer as pazes. Ainda bem.
Meu copo está com cheiro de cebola ou alho, ou ambos, só sei que irei trocar de
copo no próximo round. Nunca esqueci nenhuma paixão que tive. São eventos que
me marcam profundamente, as danadas das paixões. E guardo todas com carinho em
meu peito. Alguém de Fortaleza aparentemente invadiu o meu Facebook, mas estou
sem saco de mudar a senha. Não sei como vou me lembrar da nova. Já sei. Eita,
aparentemente a minha conta do alter ego de bonecos também foi hackeada. Sabe de uma coisa? Eu vou
deixar é para lá. Ligar o foda-se. Quero só uma desculpa para abandonar o
Facebook. O pior que nem posso, é o meu canal de divulgação dos blogs e dos
links afiliados. Mas não vou mudar as senhas, pelo menos não por ora, se algo
muito sinistro acontecer aí eu mudo. Algo muito sinistro já aconteceu hoje. Eu
recebi um e-mail do Facebook perguntando se eu não queria fazer o meu login por
e-mail, pois havia tentado várias vezes sem sucesso, coisa que eu não fiz. Ou
seja, alguém estava tentando acessar a minha conta indevidamente. E o
“Disintegration” continua a tocar, isso está começando a me incomodar. Daqui a
pouco reinicio o computador para ver se curo esse bug do Spotify. 21h53. Já
tomei o remédio e o casal parece que já vai se retirar. Provavelmente dormirei
mais cedo hoje. Botei mais Coca e esqueci de trocar de copo. Ozzy. Mas dentro
em breve vou para mais uma rodada de Coca e troco. Parece que o casal se
retirou. Puxa, esse disco de Ella Fitzgerald e Louis Armstrong é uma delícia de
ouvir. É como uma janela que dá para um jardim na ensolarada primavera. De uma
casa norte-americana, claro, porque é um som genuinamente americano na minha
cabeça. E muito genuíno mesmo. Toda a música popular americana tem raízes
negras. Acho que mais que no Brasil. Aqui já é mais misturado, acho que as
influências portuguesas foram grandes também. Posso estar conversando água
aqui, mas é como sinto. Se bem que os States têm o country e suas variações
também que são coisa mais de branco, eu acho. Falo só do pop, não do erudito, do
que entendo ainda menos. Acho que por ser islandesa, Björk pode agregar tanto à
sua música e de forma tão diferente. Lá não tem a riqueza musical do Brasil,
com sua miríade de ritmos de cada recanto do país. Acho que isso deu a ela a
sede de se imiscuir em novas searas de todas as partes do mundo e criar uma
sonoridade muito própria. Enquanto isso, no Brasil, a mediocridade musical
impera, pois o a música é hoje feita para o povão, é produto para as massas.
Nada contra. A voz do povo é a voz de deus, já se dizia. Se é isso que a
maioria quer ouvir que os alimentem culturalmente com isso. Mas me contem fora
dessa. A música atual não me desce, o que é apenas mais um sintoma de que estou
ficando velho. Não escrevi nada que se salve sobre música agora. Ozzy.
22h18. Me enganei, o casal ainda não se retirou. 22h22.
Agora se retirou e acho que ainda brigados, pois cada um foi dormir num quarto
diferente. Meu padrasto lida muito mal com frustrações. Perdeu uma, eu vou
fumar no meu quarto e pronto. Tomara que ele não consiga dobrar mamãe. Tomara.
Minha mãe me ligou pedindo que fechasse a sua porta porque o meu padrasto foi
para o outro quarto e a deixou escancarada. No
kidding, já está me dando a fome do remédio, que ozzy. Vou ficar por aqui
hoje, eu acho.
22h48. Troquei de copo, coloquei mais Coca, da nova que
comprei, e comi um pouco da farofa de linguiça. O quarto da minha mãe ainda
está aceso. Não me sinto dono da noite dessa forma e pouco se me dá. Dentro em
breve estarei dormindo mesmo. Vou esperar até as 23h00 para ir fumar o meu
cigarrinho da noite sem causar nenhum estresse adicional. Falando em estresse,
preciso preparar a minha mãe para a vinda do Marinheiro essa semana. E o
próximo estresse, tentar convencê-la a liberar que eu faça o pre-order da Red
Sonja. Tudo isso deveria ser tão mais fácil. 22h58. Eu vou fumar um cigarro.
-x-x-x-x-
13h33. Acabei de acordar, ou melhor, ainda estou acordando.
Tico e Teco ainda não se entenderam. Minha mãe teve uma discussão com o meu
padrasto sobre almoçarem juntos ou separados e isso me despertou. Não sei se
são ecos ainda do episódio Vaporfi. Botei “Cheek To Cheek” para dar uma
despertada. Estou com calor. O pior é que acabou a pilha do meu controle do ar.
E nesse climão que está por aqui, fico acanhado de pegar as últimas duas pilhas
palito que estão no armário. Eu sei que uma coisa é completamente desconexa da
outra, mas só vou pegar as pilhas depois que pedir à minha mãe. Ela me chamou
para o almoçar com ela dentro em breve. Não estou com fome, mas pelo menos
farei companhia. Não sei se coma alguma coisa, só para fazer a linha, visto que
ela já está estressada com esse negócio de almoço junto ou separado.
13h50. Peguei a pilha, botei e liguei o ar. Como queria
entrar na cozinha e encontrar Dona Carmelita e principalmente Coca-Cola.
Preciso de Coca. Vou ver.
13h55. Nada de Dona Carmelita ou Cocas. Que pena. Peguei
água. Acho que trato as cadeiras do computador com muita brutalidade, preciso
de uma cadeira super-resistente. Embora a que eu tenha posto em substituição a
que vovó me deu esteja suportando o tranco, já começa a ficar com uma série de
rangidos. Não sei por quanto tempo aguentará o uso intenso que faço dela. Ainda
mais com o meu peso de quase cem quilos. Não sei se desligue o ar ou não, para
mim já resfriou e tenho medo de a minha mãe entrar aqui e reclamar. Mas estou
gostando da temperatura e se desligar, rapidamente o quarto fica quente de novo
pela incidência do sol na minha janela. Se bem que olhei pela janela e nem está
esse sol todo. Nessas horas gostaria de estar em Munique. A viagem dessa vez
deixou gostinho de quero mais. Desliguei o ar. O controle está respondendo bem
melhor agora com as pilhas novas. Acordei relativamente cedo, o que acho que
agradou a minha mãe.
14h55. Acompanhei mamãe no almoço e descobri a razão de não
haver Cocas, hoje é o Dia do Comerciário. E descobri por que não há Dona
Carmelita também. Porque ela prefere ficar vindo às terças e quartas. Mudou os
dias. A veinha merece escolher os dias que trabalha, do alto dos seus 70 anos,
a imensa maioria deles dedicada a servir na casa de terceiros, ela merece.
Descobri pelo porteiro que a pizzaria aqui em frente está aberta, resolvi ligar
para perguntar porque li nas paredes do recinto que ele abria todos os dias. O
que parece ser realmente um fato. Preciso criar coragem para ir lá. Preciso
criar coragem para pedir à minha mãe que volte a terapia. Mas parece que ela
tem exames a fazer e tem que mostrá-los a quem de direito ainda. Então,
provavelmente só vá à terapia após a viagem. Acho que o incidente Vaporfi
estremeceu a minha relação com o meu padrasto, ele não fala comigo, eu não falo
com ele. Vou comprar a Coca.
15h42. Comprei Coca, fumei um cigarro de verdade e fui no
banheiro. E a minha vontade ainda é de não fazer nada, nem escrever, para
variar, até pegar o embalo. Falei com a Gatinha agora pelo WhatsApp. Perguntei
quando ela vem aqui de novo e sugeri a parte dois da entrevista. Acho que ela
gostou de fazer. Coloquei para ouvir “Cantada (Depois de Ter Você)”. Só
sofrência. Roedeira. Hahahahaha.
19h06. Fui acompanhar mamãe na sua primeira saída de carro
desde que perdeu a carteira de motorista. Fomos pegar exames médicos, passamos
no McDonald’s e no posto também. Acabei de devorar um Quarterão, um Cheddar e
um Chicken Junior. Agora bateu um sono com esses três sandubas no estômago,
acho que vou tirar um cochilo. Os resultados dos exames das mãos pés e
articulações de mamãe não foram lá muito animadores, cheios de creca. A pobre
chega está abatida, mas vamos ver o que o médico vai dizer, né? Talvez haja solução
ou pelo menos melhora na qualidade de vida dela.
19h32. Fui fumar um cigarro de verdade e mamãe e meu
padrasto tentam agora resolver a superfaturada fatura da Oi. Acho que vou me
deitar um pouco. Estou precisando.
19h40. Coloquei o link aí para ver se vejo um dia, se (e
para) me lembrar. Dica do meu primo urbano.
22h52. Li. Era informativo, não sabia o nome do CD nem a
data de lançamento, nem o conceito por trás da obra. Agora sei o que consegui
entender. É bem curto o texto em questão, mas valeu a atenção do meu primo em
me repartir tal informação.
23h22. Li outra entrevista de Björk, mais substancial,
também no Pitchfork, e naveguei pelos meus e-mails promocionais. A energia deu
uma oscilada agora. Será que vai faltar luz? Era só o que me faltava. Depois
desse cochilo que tirei pós-McDonald’s estou sem sono nenhum. Tomara que amanhã
mamãe consiga as Cocas. Gostaria de acordar e já tê-las à minha disposição.
Geninho não me deu notícias, como era de se esperar.
1h48. Está com uma promoção excelente de memórias da San
Disk na Amazon. Só dura mais duas horas e tem o SD card de 256 GB por metade do
preço. Hoje era um dia que eu queria que mamãe acordasse me mandando dormir
para eu mostrar a ela e perguntar se eu posso comprar e se ela quer um para
ela. Se bem que é algo relativamente supérfluo para quem tem (ou terá) um
celular com 128 GB de memória. Estava quase comprando o micro SD sem
consultá-la, mas tenho medo da retaliação. E prefiro muito mais comprar a Red
Sonja antes do mundo desabar com o Hulk. Vou deixar para lá. Só se ela aparecer
mesmo. Vou ficar acordado até a promoção acabar e vou dormir. Enquanto isso, o
que dizer? Estou com um assunto do Desabafos do Vate muito presente na minha
cabeça, mas não posso trazê-lo aqui. Tentou segurar, mas duas pétalas mui
rubras ainda lhe escaparam à boca. É o máximo que posso dizer. 2h00. Agora já
está tarde demais para outros intentos. Queria que o Marinheiro viesse amanhã/hoje.
Mais do que isso, gostaria que o meu amigo gordinho, que passarei a chamar de
amigo jurista, fosse ao cinema amanhã/hoje ver “Blade Runner 2049”.
2h38. Ainda estou de olho no cartão de memória, mas acho que
mamãe não vai acordar. Vou dar por perdido. E, como disse, se o celular for
mesmo o que o que sugiro, ele terá 128 GB de memória, vai ser difícil encher. E
prefiro comprar a Red Sonja. Vou tocar no assunto da estátua, se tudo der certo
amanhã, ao comentar do dispositivo da San Disk. Pois é, a ida aos EUA está
despertando o consumista em mim. Hahahaha. Pensando bem, o micro SD card é uma
futilidade sem tamanho para mim, só estou de olho nele porque está metade do
preço. E no Brasil nem se encontra, o mais próximo é um SD tamanho normal por
mais de quatro vezes o preço deste. Ou seja, está muito barato. E poderia
filmar em alta resolução à vontade, não que filmagens sejam coisas que faça
muito. Não fiz mais de cinco vezes. Até pelas limitações de memória do meu
celular. Acho que o pulo de 8 GB para 128 GB é o suficiente para mim. Mas penso
mais em mamãe que vai querer comprar um tablet para substituir o computador. Do
jeito que ela enche de coisa esses dispositivos, viria bem a calhar essa memória
extra. Até para o celular mesmo.
3h47. Faltam menos de 15 minutos para a promoção acabar. Eu
poderia comprar como presente de natal para mamãe, mas não tenho certeza se ela
gostaria. Acho que vou perder essa boquinha mesmo. Mas comprar o que não se
precisa de fato só porque está por metade do preço é gastar dinheiro à toa. E
não é barato mesmo com esse desconto. É muitíssimo mais barato que no Brasil,
mas não é um item barato em si. Deixa para lá. Menos de dez minutos. Vou
acompanhar para ver o que acontece com a página da Amazon quando a promoção
acaba. Estou curioso. Vai acabar exatamente às 4h00. São 3h52. Estou com sono, ma non troppo. 3h54. Achei a versão mais
fuleira do celular que pretendo adquirir e teve gente dizendo que é gato por
lebre, melhor apostar na versão porradão que é mais difícil de falsificar.
Agora ele é bem maior que o meu. E bem mais frágil. Parece que é todo recoberto
de vidro, o que não me parece a ideia mais genial para um celular. Espero que o
case o proteja. 3h57. Vou acompanhar lá. Apareceu a mensagem “deal has ended”,
vou dar um refresh na página para ver
o que acontece. Aumentou, mas não para o preço listado. Está ainda acessível,
mas foi a promoção acabar e todo o meu frisson pelo produto se esvair. Curioso.
Seria uma compra somente por impulso. Ainda bem que resisti ao meu. Se mamãe
quiser, ainda pode comprar. Mas tem que comprar logo, pois leva de duas a
quatro semanas para entregar, não dá tempo de pedir durante nossa estadia nos
EUA. Mas deixa isso para lá. Resolvi dar o virote. São 4h57. Acho que vou
tentar me deitar.
5h12. Me perdi no maravilhoso mundo dos bonecos. Fazia tempo
que não visitava direito. Às vezes eu me sinto meio culpado por alimentar a hype da galera com meus posts. Não sei
se eles têm esse impacto todo, mas já percebi reflexos deles em comentários de
outros colecionadores. Eu, queira ou não queira, nesse universo que é muito
restrito, sou um formador de opinião com o meu blog e meus comentários. Estou
completamente inativo hoje em dia, pois não vejo nada de interessante a comentar.
Não há nenhuma figura que me chame a atenção ou nenhuma polêmica que queira levantar.
5h44. Fui fumar um cigarro, mamãe levantou e já veio cheia
de pra-que-isso para cima de mim, então disse a ela que iria ficar acordado, o
que ela achou a melhor opção. Então vai ser no virote mesmo. Espero que meu
amigo Marinheiro não venha hoje. Ou que venha. A companhia dele é sempre
bem-vinda. Estou sem assunto. Estou é com sono. E este post está muito grande
já. Vou revisar (haja saco) e postar.
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