Hoje o dia não começou bem para mim. Além de ter acordado
debaixo das críticas e negatividade e drama que imperam na psique da minha mãe,
descobri que ela lê o meu blog. Isso é terrível, pois pode me levar a censurar
coisas que de outra forma não censuraria. Espero que não, que consiga manter a
minha independência intelectual. Se ela já lia e eu só não sabia, que assim
seja. Mas é a última pessoa que eu queria que lesse esse troço. Ela é
mencionada geralmente de modo não muito agradável aqui. Isso porque anda muito
negativa e reativa talvez por causa de tudo o que tem atravessado na batalha
contra o câncer e os efeitos colaterais deste ou da idade. Sei que deveria
voltar à terapia. Como minha tia, sua irmã, me fez prometer que tentaria
convencê-la. Ver a vida de forma tão negativa e ansiosa e ainda com os
“apagões” de memória que vem tendo não é uma forma legal de levar a existência.
Essa constante urgência em relação a irrelevâncias e as falhas de memória me
preocupam, quando não me irritam, pois sou muitas vezes vítima do seu estresse
desmensurado. Os meus estresses guardo para mim, embora não leve uma vida
estressante, pelo contrário, faço de tudo para evitar estresses. Acho que isso
incomoda a minha mãe, essa minha tentativa de viver a vida da forma mais fácil
e confortável possível. É incompatível com os seus arquétipos, com as suas
expectativas do que eu deveria ser. Ela também é incompatível em várias
instâncias com o que esperaria de uma mãe, mas não me estresso com isso. Na
maioria dos casos, deixo bem salientado isso aqui, porque há momentos em que
não há como não sucumbir aos seus ataques, ela consegue me estressar com seu
estresse, sou extremamente vulnerável a isso, levo muito a sério. Como hoje
quando acordei e ouvi um monte porque não fui dormir na hora que ela esperava
que eu fosse. Dentro do meu padrão eu me retirei cedo, antes da uma da manhã, e
antes seria se o computador não tivesse pedido para fazer uma atualização que
sempre gosto de acompanhar. Mas minha mãe não se agradou do horário e teceu o
seu rosário durante o almoço inteiro. Eu preciso aprender a interrompê-la de
forma assertiva e, de alguma forma que me escapa, botar as coisas nas suas
devidas proporções. Fui dormir mais tarde do que ela esperava, esse foi o meu
único erro. Para que todo o resto? Para que a tempestade num copo d’água? Eu
sei que sempre foi assim. Mas ainda há tempo de mudar. Para levar uma vida
menos urgente e catastrófica. Se ela experimentasse um pouco da vida como a
levo, talvez compreendesse. É um saco e desgastante ir a supermercado fazer
compra? Não vai, pede tudo por telefone. Dinheiro serve para esses confortos
também, principalmente no atual estado de saúde em que ela se encontra. Não há
culpa ou desperdício nisso. Eu odeio supermercados, tudo neles me incomoda, a
logística, a morosidade no atendimento, por isso prefiro pagar mais e ir à
pizzaria aqui em frente do meu prédio. É para esses pequenos confortos que
dinheiro também serve. Essa é a minha opinião. A vida é curta e cada dia mais
curta, então para que se estressar com coisas desnecessárias ou se submeter a
provações desnecessárias? Assim eu penso. E penso, mudando completamente de
assunto, acho que esse já deu, só queria que mamãe ouvisse minha tia e voltasse
à terapia assim que possível (antes da viagem, obviamente), que minha irmã não
vai aos EUA, não por falta de vontade, mas por falta de condições. Físicas e
financeiras. Mais pelas primeiras. Veremos, o milagre pode se dar e ela ficar
boa da coluna. Se isso acontecer, o resto, a parte financeira, se resolve em
família, eu acho.
16h13. Fui pegar Coca e perdi o fio da meada. Ainda me pesa
o fato de minha mãe ler isso daqui. Ela não entende que é um texto sobre mim,
que eu sou o protagonista e que todos são coadjuvantes, embora ela seja, bem
dizer, a segunda protagonista porque é a pessoa mais próxima a mim. Se bem que,
a depender de com quem eu esteja na hora, tal pessoa tome papel proeminente na
minha narrativa. Isso são impressões subjetivas, pessoais e não uma redação
jornalística. É altamente parcial e fala de como reajo aos estímulos internos e
externos que recebo e de como os interpreto. Não busco aqui nada mais que
escrever o que sinto, penso e percebo. Se minha mãe aparece quase sempre em
contexto negativo é porque é esse lado que me cala mais profundamente à alma.
Se falo das pessoas de forma relativamente distante algumas vezes, é porque
estou deveras ensimesmado e fechado em mim no momento. Nesses momentos, que são
bastante frequentes e que me são os mais libertadores, todos os outros tomam uma
dimensão menor. É assim que é. É assim que a coisa flui para mim. Gosto da
noite. Gosto da madrugada em especial. Estou acordado e todos dormem, isso me
agrada, me faz sentir mais livre, não apenas no papel eletrônico, mas ao redor.
É quando me sinto mais inteiramente livre. Por isso gosto tanto. Mesmo que para
ter isso perca a minha manhã. Definitivamente não gosto da ideia de que minha
mãe leia isso, mas é público, que posso eu fazer, não vou tornar o meu blog
secreto por causa dela, gosto de ser lido por desconhecidos. Não gosto de ser
lido por conhecidos, não gosto da ideia de que aqueles com quem tenho
intimidade, que conhecem os personagens dessa narrativa saibam tanto de mim e
das minhas percepções de mundo, mas não vou mudar as configurações de privacidade
agora que finalmente alcanço cerca de 30 visualizações por post. Às vezes 40 e
o recorde total foi o do dia em que encontrei Popeye, com 70 visualizações.
Acho que a foto, um selfie com Popeye, ajudou. Não tocou nenhuma das músicas que
salvei de Mario Galaxy no Spotify. Minha mãe já acordou do seu cochilo, será
que ainda está amuada comigo? Sei lá e não quero descobrir agora. Não quero
estresse, embora me estresse só de pensar que ela está estressada comigo. Não
devia ser assim. Nossa, como espero que a terapia traga alívio para ela e para
todos nós em contrapartida. E que mostre os caminhos para tratar do assunto da
memória. Parece que é um efeito colateral do remédio, ou assim quis entender.
Quem me dera fosse só isso. E se for só isso, talvez haja uma forma de
contornar ou melhorar a situação. Minha tia acha que a terapia em si, ajudará
mamãe a ter mais foco, concentração, dar prioridade ao que realmente importa,
reorganizar sua cabeça muito agitada e bagunçada, e com isso melhorar sua
memória. Tomara. Se eu sou desorganizado, minha mãe é muito mais. Eu aprendi a
lidar com a minha desorganização utilizando o mínimo, quanto menos se usa e
mexe, menos se pode desorganizar. Ainda trago impressões mórbidas daquele lugar
onde mamãe foi tomar o remédio intravenoso ontem. Ali eu vi a triste
fragilidade da vida e quantas mulheres são acometidas por câncer de mama. O
consultório estava cheio. Ainda bem que mamãe não usou peruca, vi três de
peruca e para mim era mais do que óbvio que aquilo não eram os seus cabelos.
Tinha até uma muito bem-feita, com um corte curto e moderno, mas a aparência de
que era algo acoplado à cabeça ainda estava lá. A área de tratamento estava
repleta de senhoras recebendo suas químicas no sangue. Os acompanhantes
contavam uma história em si, pois eram mais jovens que os pacientes e mostravam
que a doença mexe com toda a família. Ozzy. Mas é a vida, é a vida. Fiquei a
pensar se algum dia serei eu a tomar química nas veias e me perguntei quem
estaria lá para me acompanhar. Quem seria essa pessoa mais jovem com olhar
fatigado que estaria esperando o líquido descer para dentro de mim. Vixe,
deixar de pensamentos sorumbáticos. Minha mãe está livre do câncer ao que tudo
indica e isso é que merece ser lembrado e celebrado. O problema agora são os
seus ossos. Espero que a medicina opere milagre nesse campo também. Mas no
emocional, só terapia e quem sabe um pouco de psiquiatria. E quem sabe um pouco
de geriatria. Sei lá. Não entendo nada dessas coisas. Só sei que terapia, se a
pessoa se jogar de coração aberto e houver empatia com o/a terapeuta é uma
coisa muito boa para a alma. Eu estou ainda ressabiado com terapia, mas me
coloquei como meta fazer quando voltar da viagem no ano que vem. É porque me
vejo bem e vivendo uma vida boa, por isso não sinto necessidade de terapia,
mas, como minha tia disse, sempre é bom. Pode ser que esteja fazendo um bicho
de sete cabeças e que seja bom para mim afinal voltar a essa modalidade de
tratamento. Prefiro muito mais que o CAPS, acho que será muito mais produtivo
também. Do CAPS estou saturado. Poucos, pouquíssimos fazem tratamentos tão
longos quanto o meu lá, o ciclo é de nove meses, eu acho, não mais que um ano
com certeza, e eu já estou lá há vários, não porque queira e ache válido, mas
porque minha mãe vê como uma profissão em sua cabeça que não consegue ver que
passo a minha vida a escrever e que esse é de fato o meu ofício. Ofício que
faço com prazer e dedicação. Muitas vezes com enorme prazer, o que não está
sendo o caso hoje. Espero que após a descoberta de que minha mãe lê o blog
esfrie dentro de mim, eu reencontre o frame
of mind para produzir de forma arrebatada aqui.
17h22. Fui comer umas bananas fritas que sobraram do café da
manhã e dei de cara com dois sonhos de creme em cima da mesa. Supus que um era
para mim e fui tirar a dúvida com mamãe. Ela ainda está ressabiada da conversa
no almoço ou sou eu que ainda estou ressabiado e projeto nela a minha mágoa,
não sei. Sei que a maioria das pessoas só valoriza quando perde, será que serei
assim em relação à minha mãe ou haverá uma forma de resgatar a relação, de
reconstruí-la de maneira mais equilibrada para mim? Estou tentando fazer isso,
aliás tentei fazer isso um pouco no almoço e no sábado quando me recusei a
dormir na hora que ela queria que eu fizesse, mas a resistência do outro lado é
grande e me machuca por causa da chantagem emocional a qual sou muito
suscetível. Será que não haverá outro caminho? Está calor no quarto, vou ligar
um pouco o ar. 17h30. O quarto já está escuro por causa do dia que dá o seu
último adeus e não quero ficar no escuro, não agora. Acendi a luz. Eu bem que
podia jogar um videogame. Eu geralmente engulo tudo o que mamãe me joga, mas
acho que está na hora de mostrar o meu descontentamento também. Ela não mostra
todo o seu descontentamento comigo? Por que não posso mostrar o meu
descontentamento com ela também? Agora eu tenho que valorizar o que ela faz de
bom para mim e acho que valorizo. É verdade que não cito muito aqui, ou será
que cito? Realmente nunca citei que geralmente ela me dá um copo de leite bem
achocolatado, como gosto, na cama, para que eu tome o remédio da manhã.
18h10. Me perdi pela Amazon brasileira, que só vende
eletrônicos. E e-books. Não vende Nintendo Switch. Pelo menos não achei. O
preço não é mais barato que os que acho pelo Zoom ou Buscapé. Não há nada de
interessante para quem vai em dezembro para os EUA. Olha eu contanto goga.
Hahahaha. Estava pensando em descer para escrever, faz tempo que não faço isso,
mas a preguiça me impede. Sexta, se meu amigo Marinheiro aparecer, desço com o
computador e, se minha mãe estiver mais em paz comigo, com a caixinha de som
dela. Em verdade queria ir hoje ao cinema com o meu amigo jurista, mas acho que
não vai acontecer. Mil coisas passando na cabeça e não apreendo nenhuma. Estou
sem saco para escrever no momento. 18h20.
18h25. Fui buscar Coca, peguei uma fatia de um minibolo de
macaxeira que mamãe comprou e, por pura falta de alternativa ou iniciativa,
volto para cá. Como as coisas que mamãe falam calam em mim, ela mencionou que
às vezes trato aqui ela e meu padrasto como “o casal” e ela falou mal disso,
como se não fossem parte da minha vida ou algo assim. Acabou por dizer que a
casa era dela. Isso me atingiu e fico agora empulhado de tratá-los como o casal
aqui. Não vou ficar, esse é o meu espaço e escrevo como me der na telha, se se sentir
ofendido ou qualquer outra coisa de ruim, é muito simples, não leia. Quem me
dera. Se bem conheço a minha mãe – e tenho isso dela – é pedir para não fazer
para ela fazer mesmo. Hahahaha. Bom, bem-vinda, mãe, ao meu pequeno rol de
leitores. Finalmente tocou uma do Mario Galaxy. É um som bom para escrever.
Ainda tinha um tubo de líquido da Vaporfi aqui, não do chinês que uso comumente
e o gosto é muito mais ativo, só não sei gosto de quê. Não é muito agradável,
mas tem um cheiro bem ativo. Isso pode dar problema com o meu padrasto. O
quarto agora está incensado desse odor, mas queria ver se o líquido da Vaporfi
matava com mais eficiência a minha fissura por nicotina, o que acho que
aconteceu. Pena ser o último e ter um gosto tão ruinzinho. Algo como baunilha e
coco queimado. Ou café. Sei lá que sabor é esse e não diz na embalagem. Gosto
do de cereja. Descobri que sou um grande apreciador do sabor da cereja, paladar
infantil, eu suponho. É a berry que
mais gosto. Nunca comi in natura, mas gosto de quase tudo que tem sabor cereja.
Tenho ainda meio litro de líquido sabor cereja do chinês. Espero que demore
para sair da validade. Vou abrir a janela, nem eu estou aguentando o cheiro no
quarto. Gostava quando era fera no Mario Galaxy, o que definitivamente não sou
agora. Eu pegava as coisas com a maior facilidade, era bom demais, divertido
demais. Morri muitas e muitas vezes para ficar tão bom, mas valeu o esforço ou
valia o esforço. Hoje não mais. Não sei se não gosto do Persona 4 pelos
gráficos datados, porque não entrei ainda na história ou porque não gostei
mesmo. Sinto que preciso dar uma chance a mais para o jogo antes de
dispensá-lo. Estou muito no comecinho. Não enfrentei nenhuma batalha ainda. O
misterioso assassinato agora que aconteceu na história, meu segundo dia no
mundo do jogo e vou passar um ano nesse mundo. Os dias, obviamente, passam
muito mais rápido no jogo que na vida. Alguns demoram mais que outros, já
percebi. Pode ser que, com maior liberdade, o tempo passe de forma mais fluida,
não pule da tarde para a noite, por exemplo, de acordo com a narrativa. Sei que
já passei uma cantada de leve numa gatinha da minha classe. Pelo menos no jogo
eu consigo fazer isso. Hahahaha. Parece que outras gatinhas vão surgir. E
parece que eu posso optar qual eu vou paquerar, mas não tenho certeza disso.
Preciso avançar no jogo para descobrir. Mas cadê a vontade? Talvez hoje eu
assista “Wonder Woman”, mas, novamente, cadê a motivação? 18h58. E a única
coisa que me preenche é a escrita e uma ou outra olhada na net. Ah, ontem fiz
uma camisa com a Foto de Popeye que me agradou. Talvez tente outra hoje. Mas
estou satisfeito com a que produzi. Fato é que gostaria de colocar as demais
fotos dele sem ficar poluído o layout. Queria saber fazer um gif animado. Sei
que o Photoshop me permite isso, mas não sei como fazer. Já soube, no Photoshop
4, eu acho. Era mais intuitivo. Esse que tenho não sei nem para onde vai, só
sei fazer o básico do básico. E é uma ferramenta tão poderosa. Tempo eu tenho,
não tenho interesse de cutucar em tudo. Não preciso cutucar em tudo. Não
preciso de tudo o que o programa me oferece para levar uma vida agradável e
feliz. Tenho o ZBrush que é um programa bem mais curioso e não uso. Não saber
usá-lo também não impacta negativamente a minha qualidade de vida. Seria interessante,
eu acho, se instantaneamente eu aprendesse a usá-lo, talvez tentasse fazer um
boneco, mas não dou certeza disso. Pensando bem, nem sabendo o programa, eu
investiria meu tempo nele. Mas gosto de tê-lo em meu computador. Como gosto de
ter os games e a possibilidade de jogá-los mesmo que não jogue. Parece que me
satisfaço com a possibilidade, o que sinceramente acho um tanto limitante. Mas
jogá-los por obrigação é algo que não vou fazer, pois seria transformar uma
diversão em trabalho, não faz sentido. Sentido faz o inverso, transformar
trabalho em diversão. Que é exatamente o que acontece no Word. Me sinto
trabalhando e ao mesmo tempo me divertindo à beça. Sem o Word minha vida seria
quase sem sentido. Graças aos céus eu o possuo e tenho tempo para escrever esse
besteirol nele. Não sei quase nada do Word, como talvez a imensa maioria dos
usuários. Para mim, ele é uma máquina de escrever do futuro que salva o que
está escrito, me permite reorganizar o texto como eu quiser, editá-lo e
reeditá-lo a meu bel prazer. E bota negrito, itálico e sublinhado. Hahahaha.
Sei um pouco mais que isso, mas não muito mais. O cheiro e o gosto do Vaporfi
já estão me enjoando. Se mamãe entrar aqui vai ficar toda cheia de suspeitas.
Coitada. Pelo menos será fácil de provar a origem do cheiro. Eu não posso é
calhar de abrir a porta quando o meu padrasto estiver por perto. 19h41. Admito
que gastei uma parte do tempo procurando porta-retratos digitais na Amazon
americana e achei todos caros. Se tivesse um baratinho resolveria o meu
problema de fotos. Nossa, já entro na quinta página de Word. Devagar se vai ao
longe realmente. Agora está passando várias do Mario Galaxy. E muito The Cure
que é o que mais tem na pasta. O que queria fazer agora? Uma entrevista onde eu
seria o entrevistado. Por escrito, claro. Ou com a Gatinha. O gosto do líquido
do Vaporfi é para lá de enjoativo, mas pelo menos me tirou completamente a
vontade de fumar. É uma questão a ser levantada, comprar mais líquidos do
Vaporfi para misturar com o chinês? Comprar um novo aparelho do Vaporfi já que
perdi o meu outro (e já dei uma queda nesse)? E aí, mãe, o que você me diz? Eu
não vou usar do meu dinheiro para comprar, pois, como você já sabe, eu não
terei dinheiro para isso comprando o celular. Eu já enumerei mais de uma vez os
6 itens que eu vou comprar nos EUA e que consumirão todo o meu dinheiro: O box “Björk(_surrounded)”, o “Bastards” de
Björk, “Utopia” (adivinha de quem? Pois é) de Björk, o celular, o kit case +
protetor de tela para o celular e o game Persona 5. Aí, com isso, voa
praticamente todo o meu dinheiro. Por sinal, acho que escolhi o melhor case e
protetor de tela e mesmo assim eles não são lá esses balaios todos, mas são o
mais bem cotados na Amazon. Espero que funcionem. Se é que vai haver do celular
ainda quando chegarmos lá, pois só restam 17 unidades segundo a Amazon. Espero
que reponham o estoque até lá. Ou que ele não se esgote. E que não seja
marmelada. Só tem 8 reviews.
21h29. Comi, não tudo o que poderia, mas o suficiente para
me bater no bucho e me tirar a vontade de fazer qualquer coisa. Não sei nem se
escrever rola. Acho que rola. Mamãe está falando melhor comigo, ainda bem. Está
rolando uma batucada aqui numa das ruas de trás, maracatu. Nossa, o que comi
agora só fez abrir meu apetite. Não sei por que, mas “Poses” de Rufus
Wainwright me lembra Munique. Não sei, mas é uma boa correlação
músico-geográfica. Hahahaha. 21h35. Acho que hoje à noite, para variar, vou me
dedicar ao Vate. Preciso dizer coisas lá que não são para os olhinhos de vocês,
eu acho. Veremos. Talvez continue aqui. Nada firmado ainda. Por que temos
facetas que não gostamos de revelar a ninguém? Aliás, eu posso ser um caso
isolado, mas acho difícil, acho que todos têm algo de secreto para consigo
mesmos que não revelam a ninguém. Não sei se isso é verdade, posso ser só eu
mesmo que não gosto de escancarar tudo para o público, por mais que já
escancare bastante.
22h07. Estava acompanhando o meu box de Björk no eBay. Meu
não, alguém pode dar um lance maior que o meu agora que o vendedor tirou o
“compre agora”. Foi muito espertinho. Viu que era um item visado porque dei o
lance logo no começo do leilão. Espero que ele esteja enganado e ninguém além
de mim queira o produto com caixa danificada. Espero que ele mesmo não tenha
lacrado a caixa de novo com plástico e esteja tudo detonado lá dentro e eu
compre uma roubada dessas. Um vendedor com score 1 de mais de um ano. Com um
nome de homem vendendo coisa de mulher. Muito estranho. Espero não ter me
metido numa furada.
22h36. Estou tentando o contato para uma entrevista do meu
blog de bonecos, mas está de rosca. Acho que os demais habitantes da casa se
preparam para se entregar aos braços de morfeu. Eu também não tardo. Eu acho.
Veremos. Dormi bem de ontem para hoje ou do comecinho de hoje para depois do
meio de hoje. O gosto do líquido da Vaporfi é muito enjoativo, putz. E me é
familiar. Não é possível que eu tenha caído na esparrela de comprar duas vezes
o mesmo líquido. Só se estou enganado e o gosto já me impregnou a tal ponto de
gerar familiaridade ou comprei em alguma promoção do site. Sinceramente não
sei.
-x-x-x-x-
15h28. Meu amigo Marinheiro, perguntou se era possível vir
hoje, mas algo o impediu. Não sei o que e achei de bom tom não perguntar. Não
gosto de me imiscuir assim na vida das pessoas. Ele deve ter tido suas razões.
Rolou “Subterranean Homesick Alien” do Radiohead e agora rola uma do Mario
Galaxy, acho que da fase de fantasmas. Agora veio Mallu. Mamãe quer que eu
prepare linguiças para comer, mas não estou com fome, acordei agora há pouco e
comi biscoitos logo que levantei. Minha mãe vai dar piti porque não comi, mas
não vou me forçar a fazer uma coisa que não estou com a mínima
vontade/necessidade de fazer. Ainda mais tenho medo de sujar a cozinha com óleo.
Por que será que o Marinheiro não pôde vir? Preguiça ou mãe, ou trabalho? Não
sei e não me cabe indagar. Deixei só a mensagem de que, quando pudesse, me
desse o toque.
16h00. Esse negócio de fritar as linguiças me perturba, mas
não vou fazer uma coisa que não quero comer, pelo menos agora, só para agradar
a minha mãe. Ela que me perdoe, mas não faz sentido. Eu não estou com a mínima
fome. Se fome eu tiver, linguiça eu faço, entretanto, não é o caso no momento.
Em não sendo o caso, vou receber um rela, à toa, na minha opinião, por não ter
feito o que minha mãe esperava de mim porque não me cabia. Minha vontade é
voltar para dormir. Mas também não farei isso. É fazer por demais a minha
vontade. E posso não dormir à noite, o que não quero. Outra do Mario Galaxy.
Estou muito a fim de comprar o CD com a trilha original do jogo no eBay,
orquestrada. Não é caro. Deixa eu ver se ganho o box de Björk primeiro. Emendou
numa do Radiohead. Não estou muito animado hoje para a viagem aos EUA. Essa eu
acho que vai ser pior que a outra, principalmente pelo clima e por não se ter
uma Munique para passear. Não fora pelas bonecas e meu irmão... bom, esse é o
clima, pensamento negativo, expectativas as piores possíveis que o que vier é
lucro.
16h29. Gostei do filme da “Wonder Woman”. A atriz é muito
carismática, adorável. E embora não seja uma grande atriz, cativa e é agradável
vê-la na tela. A estória não é ruim e não me liguei para furos no roteiro. Acho
que por não ser dark como os demais da DC, me agradou. Estava bem no clima de
ver o filme ontem à noite. Tanto é que o assisti quase sem interrupções. Tenho
intento de ver o resto de “Alien: Covenant” hoje. Espero que comece de onde
parei. Se bem que não me lembro mais do começo. Minha mãe e as linguiças me
voltam à mente e me perturbam. Não deveria ser assim. Acho que tem algo muito
errado nesse quadro. Acredito que minha mãe deveria respeitar o meu apetite. E
não quero fazer uma melequeira na cozinha limpa ontem pela fantástica
faxineira. Estou gostando das duas músicas de “Glory” de Britney Spears que
coloquei na lista 6. Eita “No Surprises” do Radiohead. O líquido da Vaporfi
diluído com o chinês fica muito mais palatável. Preciso tomar banho. Minha mãe,
novamente ela, me cobrou isso e isso acho válido. Vou lá tomar a minha
chuveirada.
17h32. Banho tomado, cheiroso. Lembrei de uma canção, “I
Remember You” do Skid Row, durante o banho e resolvi adicioná-la à minha lista
6 para deixá-la ainda mais eclética. E porque gosto da música, me traz
memórias. Ouvindo “The Gate” agora. Estou muito curioso para ouvir o novo de
Björk, “Utopia”, que será lançado em novembro. Trarei dos EUA, se tudo der
certo. Mamãe está em teoria no médico que vai dar um direcionamento para como
ela pode tratar da melhor forma dos ossos e articulações, que a estão
machucando e debilitando bastante. Espero que traga boas notícias. Espero que
haja alguma solução para as dores que ela agora carrega, especialmente no
joelho e espero que ela não me descasque porque não fiz as linguiças. Desse
último tenho pouca esperança, mas alguma ainda. Queria muito que ela achasse
solução para os seus problemas físicos. E que depois se focasse nos problemas
da cabeça. Sei que estes também a estão incomodando. 296 hits no meu post para
o blog de bonecos, para a média de hoje em dia está ótimo. Talvez chegue a 300.
Não é tão impossível. Acho que se fizer o do Spooktacular, evento anual da
Sideshow que traz lançamentos, promoções, códigos de desconto e revelações, vou
ter mais visualizações. O Swamp Thing certamente vai ser lançado nesse período.
Talvez o Coringa da linha Gotham City Nightmare também apareça. Veremos. Mas
desde já acho que minha coleção acaba na Red Sonja. Não gostei do acabamento
envernizado brilhante que deram ao Swamp Thing. Acho que gostarei ainda menos
do preço. Mas tudo isso só saberei com certeza quando do lançamento. Ouvindo
uma das duas músicas do Infected Mushroom que coloquei na pasta 6. Minha mãe
acaba de ligar dizendo que está na fila do McDonald’s e me trará o lanche que
tem tudo o que eu quero. Mas que beleza. E eu que não estava com fome já sinto
o meu estômago todo eufórico por receber esse, por assim dizer, alimento. Pedi
uma novo Cheddar Rib Babercue ou coisa que valha, um Big Mac, uma torta de maçã
e um milk-shake de chocolate. Delícia. Depois um cigarrinho de verdade para
coroar. O famoso digestivo. Queria tomar Chartreuse verde como digestivo, mas
acho isso uma impossibilidade. Mas é um sonho que acalento, ter uma garrafa do
divino licor para bebericar depois da refeição principal do dia. É a bebida
alcoólica mais deliciosa que já experimentei. E só serve em pequenas doses, não
presta para se embriagar. Serve como um ótimo digestivo. É uma bebida divina
que deve ser apreciada com moderação. Senão, prepare-se para a ressaca. E uma
coisa que nunca mais quero ficar na vida é embriagado e ainda por cima ter
ressaca. Não quero intoxicar o meu organismo dessa forma. Bom, quem sabe um
dia, não tenha e tome diariamente um cálice de Chartreuse verde. Não custa nada
sonhar. Aí sim, seria um senhor digestivo, tomar um Chartreuse verde fumando um
cigarro. Uau. É a vida tem muitos prazeres. Esse, infelizmente, não sei se
terei novamente. Gostaria muito, entretanto. Quem sabe da próxima vez que for a
Munique? Quem sabe não tenha no Edeka? Hahahaha. Deve ser caro. Mas vale cada
centavo. Obrigado, papai, por ter me apresentado essa delícia. Como tantas
outras. Tantas que nem posso enumerar. Que pena o seu final de vida tão triste.
Você merecia mais, mas não se permitiu. Especialmente na terapia. Lhe faria tão
bem. Por você, quase chego a desejar que a estória de reencarnação seja
verdadeira. Mas fica no quase, não quero ficar atrelado a quem sou por toda a
eternidade. Por mais que queira, se esse delírio de Singularidade acontecer, me
fundir a ela de forma temporal indefinida. Se for libertador e não
escravizador, claro.
19h24. Minha mãe voltou com notícias não tão boas do médico.
Está com os leucócitos extremamente baixos e isso impede qualquer tratamento
para as juntas, precisa solucionar primeiro a parte da baixa imunidade. Pobre
dela, chega está triste, parece realmente, como ela disse, que é saindo de um
problema e entrando em outro, num ciclo sem fim. Parece até urucubaca. O lanche
me deu um peso no estômago, uma sonolência.
19h40. Acho que vou tirar um cochilo. Aliás, quero muito
tirar um cochilo, mas não vou, sob pena de chatear ainda mais você sabe quem.
Mas estou quase deitando.
21h26. Deitei e dormi até 20h55. Pensei em emendar, mas
achei que acordaria no meio da madrugada. Preferi então me levantar e ir dormir
no meio da madrugada. Amanhã mamãe me acordará, espero que depois do meio-dia.
Quem me dera deixasse eu dormir até quando meu corpo e minha mente pedissem.
1h19. Minha mãe (quem mais?) entrou no quarto e pediu para
eu dormir, pois meu padrasto vai viajar e ela vai ficar sozinha em casa. Não é
lá o argumento mais forte. Vou esperar o copo de Coca terminar e o quarto gelar
para ir dormir. Escrevi até bastante no Desabafos do Vate hoje. Nada que possa
vir para cá. Estou ouvindo uma versão de uma música do Mario Galaxy, muito
doida, com uns vocais que afinam e desafinam. Essas músicas dão vontade de
jogar Mario Galaxy. “Cigarettes And Cholate Milk” já me dá vontade de dormir.
Quando acordar tenho que revisar e postar isso. Está ficando para lá de grande.
Novembro não pode chegar soon enough.
Estou ansioso para ouvir o novo de Björk, mas antes disso, semana que vem, vou
ter que falar para mamãe da Red Sonja. Tomara que ela aceite. Eu quero muito
esta que para mim é a Mona Lisa das estátuas. Tem um sorriso que é quase uma
não-sorrir, muito misterioso e enigmático, uma expressão dificilmente
replicada, foi um golpe de sorte do escultor, acima de qualquer intenção, na
minha opinião. E é belíssima, me lembra, como já disse aqui, uma dama da arte
nouveau. Preciso dela na minha coleção. O Swamp Thing vamos ver. É meu
personagem favorito, junto com V de “V de Vingança”. Já foi um dia Batman. À
época de “O Cavaleiro das Trevas” e “Batman: Ano Um”. Já foi o Demolidor na
fase da “Queda de Murdock”, eu acho que é esse o nome do arco de histórias. E
nenhum outro me tocou tanto quanto esses quatro. E desses quatro, nenhum me
tocou mais que o Monstro do Pântano, quase, quase empatado com V. Mas V não
daria um bom boneco, enquanto o Swamp Thing dá uma estátua maravilhosa, que foi
o que a Sideshow fez. Só não gostei do acabamento brilhante por mais que
entenda que é totalmente pertinente e dentro do contexto. Vamos ver. O Swamp
Thing eu só compro depois de lançado. Não me importo com a sua versão exclusiva.
E tem que haver um tempo para eu respirar dos gastos. E eu quero saber o
tamanho da caixa que só revelam perto de lançar. Quero ver fotos do boneco
tiradas pelos colecionadores etc. Preciso ter certeza que a estátua é fenomenal
mesmo. Descobrirei o que é mais importante, preço dimensões e fotos de estúdio,
inclusive com comparação de tamanho, na semana que vem quando vai ser
certamente lançado. Mas uma coisa de cada vez, a semana que vem vai ser crucial
para a Red Sonja. Por isso, mamãe, se estiver lendo isso, saiba que na semana
que vem o meu código promocional ainda está valendo e é a última semana em que
posso comprar a Red Sonja pelo maior número de parcelas possível, logo, pelas
mensalidades mais baixas, pois as mensalidades começam em novembro e eu preciso
dar o depósito no máximo no mês anterior, que é este que finda a semana que
vem. Vou desligar o computador para me deitar. Não queria e queria ao mesmo
tempo. Mas como o “queria” agradará muito mais a minha mãe, eu vou deitar. Boa
noite, existência, você é miraculosa, fantástica, maravilhosa, pura mágica.
-x-x-x-x-
15h46. Hoje, acordei tarde e fui direto almoçar, quando
durmo bem assim não acordo com fome, então não comi muito. Só sei que a certa
altura do campeonato mamãe disparou “ser mãe é uma merda”. Não poderia a meu
ver existir maior crítica em relação a um filho que essa e isso me doeu
profundamente. Ela pode ter sido levada pelo seu estado emocional depressivo
por causa da sua situação de saúde e amplificado pelo vinho que percebi que
estava bebendo. Mesmo assim, entendi a colocação “ser mãe é uma merda” como “é
uma merda ter um filho como você” e isso me deixou meio para baixo. Será que
ela preferia quando eu estava desgovernado na vida? Talvez sim, assim não
precisaria olhar para o próprio umbigo e perceber que eu não sou a causa de
todas as suas aflições. Eu estou resolvido à minha maneira, não causo mais
problemas, até ajudo sempre que me é pedido, mas num esforço desesperado de
achar causa outra para a mediocridade de sua existência tal como está dispara
esse petardo contra mim. Minha resolução? Ligar para o meu irmão e pedir que
ele ligue para ela, para ver se a anima. Ele diz que vai fazê-lo. Está fazendo
agora. Espero que a anime e que a faça pensar que ser mãe não é uma merda tão
grande assim, falando com o filho de ouro. Ela ainda, contra tudo o que foi
sugerido, de evitar lugares de contágio, públicos, por conta dos leucócitos
baixos, encasquetou que vai ao supermercado hoje. Eu tentei dissuadi-la da
ideia, dizendo que meu padrasto iria ficar indignado se soubesse, que a
recomendação médica era justamente evitar tais lugares, mas ela está decidida a
ir. Que posso eu fazer? Espero que a conversa com meu irmão a anime mais e a
dissuada de tais ousadias. Mas acho que não vai. Se ela for como eu (ou
vice-versa) ela não vai desistir de uma ideia que já criou firme raiz na sua
cabeça.
16h18. Minha mãe tenta falar com o meu irmão e fica
cortando. Hahahaha. Parece que agora pegou de novo. Espero que ela dissipe essa
ideia de que ser mãe é uma merda. Perceba que isso só se restrinja a mim.
Chegou a essa conclusão porque eu estava sem fome no almoço que ela preparou
para nós. Ou preparou para mim, ela diria. Esse é um típico exemplo de
tempestade em copo d’água, começa por uma razão besta, aí vai rememorando um
bando de situações ruins, vai acumulando uma nuvem de negatividade, catastrofizando
uma situação absolutamente corriqueira, banal e despeja seus raios e trovões na
cabeça do cidadão. Se ela visse o outro lado, o lado bom, que estou bem, que
não estou em depressão ou internado por causa de abuso de cola, talvez, quem
sabe quebrasse esse ciclo. Mamãe tece seu rosário de desgraças para o meu
irmão, acho que desabafar essa negatividade vai lhe fazer bem, se o fato do
telefone cortar não a deixar mais irada que desabafada. Hahahaha. Pelo menos eu
tentei uma solução para o seu baixo astral. Fiz o que podia. Não liguei para a
minha irmã porque é por volta de meia-noite na Alemanha e minha irmã dorme
cedo. Minha mãe se enfureceu com o telefone cortando e meu irmão ficou de falar
com ela amanhã. É muito provável esquecer. De repente, se eu me lembrar, ligo
para ele. Ou mesmo para a minha irmã, se acordar mais cedo que hoje, o que acho
difícil. Me perdi em pensamentos. Pensei na menina com quem troquei olhares
numa das últimas vezes que fui à Casa Astral. O dia está acabando cedo ultimamente,
são 16h49 e está já bastante escuro por aqui. Talvez seja impressão minha por
causa da película que coloquei no vidro para proteger a pintura dos meus
bonecos, ela escurece um pouco o quarto. Mas não muito. Talvez ainda ainda
esteja acostumado com a Alemanha. Talvez, e essa é a hipótese mais provável,
acordei muito tarde e o dia me parece mais curto. Preciso encher caçambas de
gelo. Acabo de me lembrar que este post já está muito grande. Preciso revisá-lo
e postá-lo, eu que faço quem me botou no mundo concluir que ser mãe é uma
merda. Hahahaha. Me doeu. Ainda bem que não sou de guardar mágoas.
17h41. Faltam 31 minutos para acabar o leilão do box de
Björk, achei que seria interessante botar o resultado de tal empreitada aqui.
Vou botar mais Coca. O leilão sempre esquenta nos segundos finais. Pode ser que
o meu lance seja superado. Espero que não. Ou sei lá. Não sei quando vou ter um
sistema 5.1 para ouvir “Medúlla” como eu sempre sonhei. Ou “Vespertine”. Ou
qualquer um dos outros discos do box, talvez menos o “Drawing Restraint 9”, é
um disco muito hermético para mim. Já coloquei Coca. São 17h47 e faltam, vamos
ver... 24 minutos. Posso dar muita sorte e levar pelo meu lance inicial, já que
a caixa está detonada e o cara mesmo assim teve a ousadia de dizer que era “brand new”. Talvez as pessoas que
comprem, comprem para revender e um com a caixa detonada não sirva para isso.
Ou talvez não haja ninguém interessado no box hoje, o que seria massa. Mas não
contarei com isso. Torcerei para o meu lance máximo cobrir os lances de
terceiros, o que não creio, mas é o que me propus a gastar. Veremos dentro de
alguns minutos, 20, para ser mais específico. Acaba hoje de 18h11 o leilão. São
17h53. Falta pouco. Eu já começo a ficar ansioso, receoso e querendo aumentar
meu lance máximo. Tenho que manter a cabeça fria e não fazer nada, entregar à
sorte. Leilões tem um frisson gostoso e ruim ao mesmo tempo. Acho que deve ser
parecido com o dos jogos de azar. A vontade de aumentar o meu lance máximo em
cinco dólares me acomete. Cinco dólares seria uma boa quantia, mas aí seria uma
faca de dois gumes, pois se houver alguém observando, saberá que eu aumentei o
lance, pois o preço não vai mudar e aparecerá outro lance, o que indica que eu
aumentei o lance inicial, o que levará a outra pessoa a dar um lance mais alto
que possa cobrir o meu no último segundo. Melhor deixar como está e deixar quem
estiver olhando pensar que só dei um lance no valor mínimo. 11 minutos para o
final do leilão. O tempo se arrasta nessas horas. Mas estou decidido, não vou
aumentar o meu lance. É a melhor estratégia. Se perder, perdi. Se ganhar,
maravilha. Se ganhar pelo lance mínimo melhor ainda. 9 minutos. O saco é que a
coisa só se define nos últimos segundos, não dá nem tempo de dar um lance para
cobrir. 8 minutos. É instigante participar de leilões do eBay. Gera adrenalina.
6 minutos, vou acompanhar o tempo que resta agora. Depois volto para dizer o
resultado. 4 minutos. Me pego pensando no review
de “Medúlla” do Pitchfork, muito ruinzinho. Gostei não. Voltar para lá. Acho
que vim aqui só para o tempo passar mais rápido. Dois minutos. Nenhum outro
lance ainda. Como disse, isso se decide nos últimos segundos. Ganhei! Pelo lance
mínimo! Massa! Agora tenho os CD’s de Björk que mais gosto, em 5.1 para ouvir
em algum lugar que tenha 5.1. Quem sabe o meu futuro quarto. Vou postar.
Objeto do leilão, espero que a única parte detonada seja essa em cima do código de barras. Aparentemente está lacrado. Vamos torcer para que o conteúdo esteja intacto. |
18h47. O Blogger está dando erro para publicar. Seria isso um sinal? Não sou supersticioso e não escrevi nada demais. Vou tentar pela sexta vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário