Foto tirada pelo meu amigo da piscina revela o nosso pequeno santuário. |
12h07. Acabo de acordar e, após o cigarrinho matinal, venho já me debruçar sobre as palavras. Resolvi começar outro post em vez de continuar o anterior porque o outro arquivo já estava com oito páginas. Espero minha mãe fazer o café, que se comprometeu a fazer, para ver se reanimo um pouco mais. Estou com a cabeça meio vazia. Vou checar meu e-mail e o WhtsApp. “Landlady” toca no som devidamente conectado ao computador. Parece que este reiniciou durante a noite.
12h13. Nenhum novo e-mail e meu primo urbano não vai passar
aqui hoje para poder lhe entregar o cheque de pagamento da primeira parcela da
revisão para que ele repasse à sua namorada, a incrível revisora. Ou seja,
nenhuma mensagem relevante. Meu primo-irmão mandou um convite às 10 da manhã para
ir a um festival de música em Lajedo, interior de Pernambuco onde trabalhou e
morou, eu acho. Eu até iria se tivesse acordado mais cedo. Ampliar a rede
social, respirar novo ares, gosto do clima interiorano, de não-metrópole, me
lembra Macau, ou assim quero crer que Lajedo seja. Mas de nada adiantaria eu me
encantar por uma gata de lá, por causa da distância geográfica. E,
sinceramente, estou indisposto e cada dia mais indisposto a deixar o meu
quarto-ilha.
12h30. Fui guardar os pratos do lava-louça e minha mãe
reiterou que fará o café. Ótimo, não estou com muito na cabeça que mereça ser
dito. Espero que o café me traga um pouco mais de inspiração. Estou ansioso por
mensagens da incrível revisora. Mas acho que isso ainda vai custar um pouco a
acontecer. Acho que vou fazer a revisão do post anterior e do meu projeto
paralelo agora, já que ideias para escrita me faltem.
15h56. Finalmente revisei os dois textos e postei o do blog.
Fiquei um pouco triste com a redundância do texto que escrevi para o blog
afirmando e reafirmando minha pena da incrível revisora na lida com o meu
texto. Mas não vou novamente entrar nessa seara. Não saiu um texto bom, não
gostei do meu último post, mas o publiquei mesmo assim. Não vou angariar nenhum
novo fã com aquilo. Mas é que estava tomado pela adrenalina de dar mais um
passo em relação a consecução da minha obra. Ah, instalei a impressora aqui no
quarto, mas ela está com defeito de impressão justamente na cor preta, terei
que pedir que o meu padrasto que está estressado com o imposto de renda,
imprima na impressora dele, mas, justamente por seu estresse, não sei se é o
momento mais oportuno. Já digitalizei a carteira de identidade e eu e mamãe não
conseguimos achar um comprovante de residência meu sequer. Só os tenho do plano
de saúde e não fomos capazes de localizar um só boleto de pagamento. Isso me
põe preocupado. Mas tenho até o dia 17 de maio, por mais que quisesse me livrar
disso hoje, mais tardar na terça-feira quando não mais haverá imposto de renda
para aperrear o meu padrasto.
16h06. Fui na cozinha, mas o clima emocional não me pareceu
o mais propício para pedir a ajuda do meu padrasto, ele está elétrico e
estressado com o IR, pois o seu é complicadíssimo por causa de seu hobby de
investimentos os mais variados até onde entendo, que é muito pouco. Falei com o
meu amigo da piscina e marquei de encontrar com ele as 19h00 na lá embaixo. Vai
ser bom pôr o papo em dia, mas o que não me sai da cabeça é o fato de não haver
encontrado comprovante de residência sequer em meu nome e se não houver esse
documento, eu não conseguirei me inscrever no concurso o que seria muito
frustrante. Extremamente frustrante. Mas se a vida quiser assim, que seja.
Tenho até a data limite do concurso para produzir tal documento. Pode ser que
chegue outro boleto do plano de saúde, única correspondência que chega em meu
nome, nesse ínterim, mas confesso não estar muito convicto de que isso se dará,
pois essas coisas costumam chegar no final do mês. Veremos.
16h17. Sonhei com a minha primeira namorada adulta e já casada,
num almoço em sua suposta casa de praia acompanhado do meu irmão. O marido dela
também estava por lá e não me intimidava de maneira nenhuma. Não sentia amor
por ela, mas uma profunda curiosidade em saber da sua vida, o que havia feito
nesses vários anos que nos separaram. O fato de ela me dedicar simpática
atenção e responder minhas perguntas me agradava deveras. Em dado momento a
cadeira de madeira dela se desmantelou e caiu batendo a cabeça no chão. A
acudimos eu e seu marido, um pouco de sangue escorria de sua cabeça para o chão
de cimento batido. Pensei na hora que não era nada sério, pois lembrei do
episódio de convulsão do meu pai que caiu no chão e cortou a cabeça gerando um
dilúvio de sangue que me pôs em desespero e que se revelou ser nada mais que um
corte, para o alívio da família. Lembro de ter conversado com meu irmão a
respeito de qual seria o valor de uma casa como aquela, pois me parecia
adequada para mim, como moradia. De resto não me lembro de mais nada. A não ser
que a cada aparição da minha primeira namorada, os seus cabelos estavam mais
descabelados, o que me chamou atenção. Ah, lembro também de ver uma escultura
de areia superdetalhada feita na areia da praia de frente para os janelões (ou
seriam portas?) da casa. Relato esse sonho aqui porque Ju, minha psicóloga
pediu que eu anotasse os sonhos que porventura viesse a ter. Por que acho que
sonhei com isso, com a minha primeira namorada? Creio que porque meu amigo
cineasta disse que virou amigo dela e que se visitam mutuamente para almoços ou
jantares, eles fazem parte hoje da mesma turma. Tal menção da parte dele
durante as filmagens, remeteu-me ao fato de ter cruzado com ela no carnaval de
Olinda, termos nos olhado profundamente um nos olhos do outro e de não termos
trocado uma palavra sequer. Acho que se somaram essas duas coisas e se
manifestaram no meu inconsciente hoje. A presença do meu irmão – e havia mais
sobre o meu irmão que não consigo recordar – só posso crer que tenha sido por
nossa comunicação por Skype para a filmagem do projeto do meu amigo cineasta no
mesmo dia dessa conversa sobre a minha primeira namorada. Mas nos sonhos nada é
tão literal quanto parece ser, então só me resta repartir o sonho com a minha
psicóloga. Sei que se postar isso e mandar o link ela não vai ler. Terei que me
lembrar de mencionar os detalhes que remanesceram do meu sonho aqui descritos.
Ademais, não sei se esse post ficará pronto para publicação até amanhã às
16h00, horário da próxima consulta. Que seja, chega desse assunto.
16h42. Mandei o e-mail para o meu padrasto com os anexos
para imprimir e perguntando se tinha algum comprovante de residência meu no
meio dos documentos do IR. Melhor do que falar com ele. Talvez ele arrume uma
brecha para imprimir os anexos hoje, sei lá. Tenho que encher caçambas de gelo
para ter para levar para o encontro com o meu amigo da piscina às 19h00. Sei
que não dará tempo de congelar. Mas acredito que haja várias caçambas no
freezer, ficando as que coloquei para fazer para a volta do encontro. Nossa,
como este post está vazio. Estou intimidado de encontrar com o eu amigo da
piscina, mas irei mesmo assim. Toda vez sinto esses incômodos e toda vez acabo
me divertindo. Não deve ser diferente dessa vez. Ou não deveria. Descobrirei.
Acho que levarei o computador como das vezes anteriores. Não sei porque essa
falta de vontade, esse receio de encontrar com ele. É um saco isso. Se dá antes
de qualquer movimento de socialização que eu faça. Até os mais íntimos e
queridos, como é o caso do meu amigo da piscina.
16h56. Fui pegar um copo de Coca e me esqueci de encher as
caçambas. Quando for pegar o próximo, eu encho.
17h00. A hora de encontrar o meu amigo se aproxima, mas ao
mesmo tempo me parece distante. Vou aproveitar essa distância para me desligar
do assunto. Mas qual seria o assunto? Mandei um e-mail para o meu tio e ele não
respondeu. Isso para mim é tão estranho. Pode ser que não veja e-mails no final
de semana. Talvez tenha resolvido cortar relações comigo. Sei lá qual foi a
dele. Só sei que aparentemente nem ele, nem o meu professor, que também sequer
se dignou a responder o meu e-mail, são opções improváveis, senão impossíveis,
de me ajudar na publicação da minha obra. Estou em um mato sem cachorro. Talvez
tenha que imprimir eu mesmo. Mas queria da aprovação de alguém, de alguém que
me dissesse se é meritória ou não a publicação da obra. Alguém cuja opinião eu
respeitasse e que não fosse diretamente ligado à família. Consigo pensar em
duas pessoas. Uma é o pai da minha amiga que mora na Vila Edna, mas, para isso,
teria que reatar os laços com ele. Ou não. Posso pedir o e-mail dele a sua filha,
que é minha amiga. Mas isso só depois que tiver o livro devidamente revisado. E
espero mais palatável e menos redundante do que é. Mais redondo. Editado por
quem entende do assunto. Estou curioso e ao mesmo tempo morrendo de medo do que
a minha amiga vai pensar do meu texto. De mim. Pois o texto sou eu no que há de
pior em mim. E de mais puro também, embora ela verá essa pureza com péssimos
olhos, assim como os demais leitores. Todos. Não vejo aquele que não me
condenará. Chafurdo em tabus que são condenados veemente pela sociedade. Não
vou falar mais sobre isso também. Meu sonho maior com essa obra? Enviá-la para
os principais veículos de comunicação e vê-la resenhada em algum deles. Seria a
glória. Primeiramente vê-la publicada. Não acredito que vá ganhar um concurso
nacional de literatura. Participo só porque há a oportunidade. E oportunidades
não devem ser desperdiçadas. O que gostaria de ter desse concurso? Ao menos um
feedback sobre o que escrevi. Eita, vou procurar um escritor chamado, não sei o
quê, Carrero, eu acho.
17h39. Raimundo Carrero. Por incrível que pareça achei o
e-mail dele e mandei uma mensagem perguntando se ele não queria ler o meu
livro. Nem anexei para não perder tempo e porque quero ver se desperto o
interesse dele ou não. Empáfia danada, né não? Mas não devo nada a ele. Se ele
responder, é um sinal que a ponte se fez. Se mandasse já com o anexo, eu
ficaria na vã esperança e na frustrante expectativa de nada. Se ele – ou a
equipe dele, sei lá – responderem daí mando. Deveria ter feito isso só com o
livro revisado, mas me empolguei e fiz isso. Fiquei abismado de figura de tanto
renome ter o seu e-mail facilmente acessível pela internet. Deve receber
e-mails de muita gente pedindo o mesmo, o “apadrinhamento” dele. Foi uma
oportunidade que criei, que tem grande chance de não dar em nada. Mas tentei ao
menos. Minha prima crente disse que orou pela publicação da minha obra, então
tenho o maior padrinho ou madrinha, pois transcende coisas humanas como gênero,
do universo julgando se minha obra tem validade ou não de ser publicada.
Hahaha.
17h47. A hora de encontrar com o meu amigo se aproxima
rápido, dentro de uma hora tenho que me arrumar para ir. Não queria, mas vou.
Não sei se é melhor do que ficar escrevendo aqui. Mas é diferente. Uma
chacoalhada na rotina. Não sei se levarei o computador. Estou achando que não. Não
estou inclinado a isso. Se for ficar na piscina escrevo no celular mesmo. Não
sei. O computador é muito mais amigável à escrita, acho que o levarei. Espero
que meu amigo da piscina não detone os meus cigarros. Vou pegar um copo de
Coca.
17h57. Devo estar delirante mesmo, achar que Raimundo
Carrero vai responder um e-mail meu se dispondo a ler a minha obra. Tudo me
parece um delírio agora, mas pelo menos terei um arquivo revisado da minha
obra, mesmo que nunca veja a luz do dia. Que ridículo eu sou. E você não
acredita que depois procurei o de Luís Fernando Veríssimo, pois adoro a prosa
dele, muito leve e acessível e bem-humorada. Mas não fui bem-sucedido aí.
17h59. Daqui a 47 minutos me arrumo para descer. Essa de Raimundo Carrero foi o
cúmulo. Quem me dera. Vai que ele gostasse das minhas neuroses? Hahaha. Delírio
total. O título pelo menos é chamativo e escrevi o conteúdo do e-mail de forma
sucinta e bem amarrada, eu acho. Ao contrário do livro! Hahaha. Estou confiando
mais no escritor que no meu tio! Hahaha. Tudo não passa do sonho de um escritor
medíocre desesperado para aparecer. Mas meu primo urbano e meu amigo cineasta
disseram para eu procurar a opinião de três pessoas sobre a obra. Como não
quero ninguém da família ou dos meus amigos, estou buscando quem me vem à
cabeça. O de lascar é que não conheço o nome de nenhum escritor pernambucano
além desse. Não conheço o nome de escritor nenhum, ponto. Há meu amigo de Macau
que escreve. Talvez ele se interessasse. Mas nem sequer li as obras dele, acho
até desrespeitoso pedir que leia a minha, mas quando a incrível revisora me
entregar o texto definitivo, eu envio para ele, quero nem saber. Se é de outra
opinião que preciso, ele pode me dar. Acho melhor antes de fazer esses contatos,
esperar a revisão ficar completa. Até mesmo na infinitesimal possibilidade do
escritor me mandar uma resposta, eu vou replicar que o livro está passando por
uma revisão e, quando acabada, eu mando os originais. É não importa que seja
Raimundo Carrero ou o papa, é melhor que peguem o texto na melhor forma que
pode ser. Nossa, estava aqui a me lembrar de um trecho do livro em que tive
muito medo. Da minha mãe. A culpa forja na consciência um temor muito grande de
ser pego em delito.
18h19. O tempo já começa a encolher e me pressionar. Odeio
compromissos por isso. Mas encararei. E meu amigo deve ter histórias
interessantes para me contar, grande contador de histórias que é. Eu só tenho a
da recaída. Que não deixa de ser uma história boa. E tem a foto do Hulk. E o
livro! Como pude esquecer desse pequeno imenso detalhe? Acho que da minha parte
já tenho o que contar. Ele certamente terá um repertório muito mais rico e
variado de acontecimentos, muito mais cheios de adrenalina, sexo drogas e rock
n’ roll que eu. Hahaha. Vai ser bom ouvir dele. Preciso lembrar de perguntar se
ele assistiu o novo Star Wars. Posso contar que vou à Alemanha de novo.
INÍCIO DO CONTO DE FICÇÃO COM REALIDADE NA PISCINA
20h40. Já estou aqui em cima. Narrarei o que me lembro que
se passou lá em baixo com o meu amigo da piscina e uma boa dose de ficção.
Meu amigo da piscina está perdido sobre o que fazer da vida,
com 40 anos, que fonte de renda ele pode conseguir. Há vários caminhos,
continuar a faculdade de Direito ou outra que não consigo lembrar de que, ou
entrar num curso do SEBRAE e tornar-se um microempresário. O conselho que lhe
dei, mas não da forma que elaboro agora, foi que sua vendinha tem que ter algum
diferencial, nem que seja a localização. Saque a viagem que eu tive e que não
dá certo, só se por curto período de tempo. O diferencial, amigo da piscina,
seria que você só venderia produtos aprovados pela revista “Pro Teste” ou algo
assim. Poderia até ser seu marketing, só vender produtos que tiraram maior nota
na Pro Teste, se desse sorte, e o negócio engrenasse mesmo, você teria que ter
a matéria da Pro Teste para a pessoa confirmar que o produto era aprovado, ou
um computador com código de barra mostrando as notas no Pro Teste. O nome do
supermercado seria Loja Pro Teste e sua empresa poderia acabar vendendo os
carros mais cotados da Quatro Rodas. Caso o sucesso fosse assim tão tremendo. A
Pro Teste é que vai ganhar com você pois vai virar sinônimo de prestígio e sua
revistas e publicações vão se tornar referência para determinar a qualidade dos
produtos. Para garantir a fundamental transparência das aferições, as contas da
editora deveriam ser investigados continuamente sobre a honestidade de suas
opiniões, afinal a corrupção pode entrar para comprar uma boa nota na revista
ou, nesse tempo futuro em que isso acontecer, pelo computador ou celular, através
de uma app Pro Teste, que leria código de barras e diria a cotação dos
produtos, se pegasse mesmo a ideia, a Pro Teste teria o poder de construir ou
destruir uma marca no território brasileiro, pois você teria uma rede nacional
de supermercados, emprego garantido para os filhos nas lojas que eles quisessem
gerenciar, depois de fazerem o estudo completo e se quisessem obviamente seguir
os passos do pai, pois ganhariam melhor salário que em qualquer outro lugar,
pois você seria fartamente rico, e seus filhos ganhariam bônus se fizessem um
curso de formação voltado para o mercado e a administração de patrimônios,
negócios, os dois, em verdade. E haveria prêmios para quem desse a melhor ideia
para melhorar a loja para clientes e funcionários, clientes poderiam entrar no
app da Loja Pro Teste no celular reclamar em tempo real da loja e todos os
funcionários verem e tentarem ajudar o consumidor. Afinal todos os compradores
um dia terão smartphones e... nem sei mais o que estou escrevendo. O queria
dizer ao meu amigo da piscina, em resumo é tente arrumar um diferencial e não
abra nada no Ubaias Center, a não ser que vá ser você que vá desenterrar a
cabeça de burro que enterraram naquele lugar. Teria um jeito. Você chamaria,
como o aluguel é barato, as pessoas que produzem coisas orgânicas, alimentação
vegana e natural, tipo um açaí e umas lanchonetes vegana e verdureiros,
floristas e coisas correlatas. Não teria nada que vendesse carne exceto na
Subway se você convencesse e fizesse do Ubaias Center um centro de produtos orgânicos
e coisas que fazem bem à saúde, sustentáveis, serviços dessa mesma natureza,
desse uma cara para o shopping e haveria você vendendo só produtos aprovados
pela Proteste. A Loja Proteste, como atrativo, poderia ter um microfone e uma
caixa de som à entrada para que cada um pudesse fazer o seu protesto se
quisesse, seria um bom marketing, especialmente se houvesse um bar com biritas
à base de frutas por perto, mas antes de tudo isso você começaria com uma
barraca na praça de Casa Forte, que deve ter aluguel mais barato e começar com
a ideia de vender coisas da Pro Teste, lá, azeites, chocolates, mel, produtos
orgânicos e diversas coisas desse tipo aprovados pela revista. Aí faria a
cabeça do pessoal de transformar a feira em uma coisa diária de domingo a
domingo e faria o primeiro shopping de coisas sustentáveis de Casa Forte,
enquanto sua loja ia expandindo e oferecendo também artigos mais caros
observados pela Proteste como sei lá sons. Ou TVs. Nisso, você já numa loja
própria e maior, de repente abrisse uma filial no Plaza, ou no Rio Mar. Em
verdade, o que queria dizer é que você precisa ter um diferencial ou quem sabe
você não se realize mais lecionando História para crianças de baixa renda? A
maior parte disso que escrevi, como você pode percebeu, são ideias grandiosas
da minha cabeça, ou seja extrapolações da realidade, ou ficção. Continuando, se
todos os feirantes da Praça de Casa Forte se unissem e pedissem um
financiamento, porque deve haver um tipo de financiamento especial para
microempresários, e antes disso fizerem a proposta de um aluguel em massa de
várias lojas – ou todos ou nenhum – e com essa vantagem numérica convencesse
que o administrador do shopping baixasse os preços dos aluguéis, daí com o
financiamento, cada feirante poderia alugar e quem sabe dar uma decoração/estruturação
nos negócios, pois de feirantes acabaram de virar donos de loja. Para poupar
energia o shopping só seria aberto até as 17 horas, sendo iluminadas apenas
pelos raios de sol ou, num futuro não tão distante colocar painéis solares
rachados com o dono do empreendimento, o que reduziria a conta de luz a zero.
Poderia ser um sucesso se não fosse apenas uma abstração da minha cabeça. As
peças estão na mesa, pode se servir. Mas vamos ao próximo assunto que tratamos.
Inclusive o fato de você gostar tanto de History Channel. Acho que você seria
um professor bom, mas talvez nos negócios seja mais fácil e mais rápido. Ainda
mais, poderia perguntar ao meu tio e vizinho se não tem uma vaga na feirinha
para você, ela acontece poucas vezes, daria para conciliar com os estudos no
SEBRAE. 22h01. Vamos agora aos próximos assuntos que me anotei no celular para
não esquecer. Você poderia ter além do app, leitoras de código de barra que
dariam a cotação até cinco estrelas da Pro Teste, que como disse teria que
estar sendo sempre fiscalizada para saber se não estão recebendo propina de
alguma marca por pontuação maior. Em breve, quando o reconhecimento de voz de tornar
perfeito, você poderá perguntar em qualquer lugar em que estiver, e o ranking
dos dez melhores produtos e o ranking de preço mais barato. O consumidor
poderia dar sua cotação e com isso haver ainda a cotação do usuário. Mas vamos
ao resto que escrevi na piscina e o que anotei para não esquecer.
20h42. Coloquei “Songs of Experience” do U2 para rolar.
22h22. Você aparentemente não captou o ponto de eu ter um
busto do Hulk daquele tamanho no meu quarto. Hahaha. Eu sou fascinado por ele.
Se você soubesse o quanto eu olho para ele o admirando, você entenderia.
Qualquer outra estátua que eu tenho empalidece diante do Hulk, ele tem uma
presença forte, é algo que capta a atenção de quem entra, é bastante
interessante. E todos a meu ver, acham que é um produto caro, o que de fato
foi. Você pediu para o meu amigo cineasta nos filmar ou filmar você para
incluir no projeto. Fiquei de mandar um e-mail para avisar isso ao ele. Vou
fazer agora.
Star Wars. Você falou que o novo filme do Star Wars (“Last
Jedi”) não foi essas coisas e que há episódios melhores. Disse que a grana que
Steven Spielberg e George Lucas ganham é do licenciamento da marca Star Wars
para os inúmeros segmentos do mercado, e há um bocado deles. Foi quando
começamos a falar do poder das marcas. Segundo o você, a internet ainda não tem
lei que proíba o uso de propaganda subliminar, como enxertos de uma frame ou
duas contendo um conteúdo totalmente outro do que se está assistindo, geralmente
uma propaganda ou, sei lá, uma palavra de ordem. Apontou-me para o quadrado
vermelho da Domino’s no copo e em como ele se transformava no ponto focal do
copo, depois mostrei a propaganda sutil ou nada sutil da Coca-Cola ao lado do
copo. Concluí dizendo que a Disney comprou a saga Star Wars, que reconheço que
é uma marca de valor agregado imenso, não sei se foram só os direitos de filmes
para o cinema ou de merchandising também. Você arrematou dizendo que era por
isso que os últimos filmes haviam perdido a qualidade.
SDS. Você falou das vantagens de cadastrar o celular na SDS,
que se pode pedir a qualquer agente de segurança pública, que se ele tiver um
celular com o app, cadastra o telefone na hora para o dono, pois, se for
roubado os policiais saberão a localização do ladrão. Da mesma forma que
saberão a do dono do celular. Aliás já sabem.
A GOOGLE E O PODER MUDAR O MUNDO PARA MELHOR, OU SEJA,
DOMINAR O MUNDO.
É quando, ao se tornar cada vez mais eficaz, lançar uma campanha
pregando o fim da pobreza por 1 décimo do seu salário para melhorar a sua vida
e a de todos na terra e todas ações da Google nos locais mais hostis do mundo,
para começar terão a marca da empresa e o slogan “Don't do evil. Do good!”.
Contribuir vai virar um modismo dados os sucessos materiais da coisa, feita sem
fins lucrativos para Google, apenas como uma revolucionária forma de investimento
na marca e produzir um bem que torna o mundo melhor, ou seja, reverberando na a
vida do próprio indivíduo. Tal iniciativa, fará com que pessoas que não doam
para a Google se sintam acuadas e mesquinhas até que imensa maioria doará.
Talvez os que doassem vissem o progresso através do canal “Google Actions” que
sempre apareceria como uma sugestão no YouTube. Essa propaganda de “ajude o
Google a mudar o mundo” se tornaria um botão fixo na página inicial do Google. Desapareceria
depois da adesão do usuário e se transformaria numa frase tipo “eu ajudo a
tornar o mundo melhor!” ou coisa que valha. Como o primeiro resultado das
pesquisas do Google, como acho que já se dá, a referência do Wikipédia apareceria.
O Wikipédia se tornaria multimídia, revolucionando a Educação no mundo. Sendo
sua interface tanto falada quando escrita, com vídeos explicativos em parceria
com o YouTube, dando acesso ao que se queria aprender, bastando falar. Então
até um analfabeto vai aprender a ler, mas só e somente só houvesse antes houver
inclusão digital de todo o planeta a partir dos sete anos de idade, uma das
metas da Google para, ao mesmo tempo, auxiliar as pessoas e consolidar sua
hegemonia como grande processadora de dados os mais variados do mundo. As
crianças e os analfabetos primeiramente aprenderiam a ler em inglês e na língua
pátria, além de aprender matemática básica e de como usar o sistema
concomitantemente. A Google seria a maior marca do mundo, por movimentar
dinheiro, mas o dinheiro arrecadado pelas doações dos usuários seria todo
utilizado para a melhoria e progresso da Humanidade. Com a inclusão digital
completa, todo mundo iria ter uma tablet ou smartphone, aí seria possível
instaurar a democracia de fato e será possível à Google rastrear os movimentos
de todas as pessoas e suas preferências todas. A Google utilizará toda essa
amplitude de dados para prever o comportamento humano nos mínimos detalhes,
daremos a ela olhos, ouvidos, e uma enormidade de dados a nosso respeito. E
mais serão dados, porque com mais dados, mais precisas as decisões em relação
aquela pessoa e mais a Google poderá ajudá-la. A Google desenvolvendo o sistema
de democracia de fato pleitearia o papel de consultora da ONU e das demais
nações interessadas. E em havendo adesão maciça a causa da Google, ela de fato
dominaria economicamente o mundo por receber cerca de 10% do PIB mundial e
revertê-lo-ia em benesses à humanidade. Todas devidamente documentadas no canal
Google Actions. Inclusive com vídeos feitos pelos próprios usuários
beneficiados com o serviço, o que daria ainda mais credibilidade à empreitada
toda. Nossa, fui longe agora debatendo a marca que mais respeito.
Mudando de assunto completamente, tive a oportunidade de
conversar com o meu amigo sobre o livro e coisas do meu passado.
Deixei teasers do
meu livro, mas duvido que algum dia ele vá ler. Se porventura for publicado
mesmo, é claro.
23h31. Porque estamos aqui? Título sugerido pelo amigo da piscina
para esse post. Antes de entrar nesse mérito. Desejo muita sorte ao meu amigo da
piscina no próximo grande passo que der na vida. Que ache o rumo que tanto
precisa. E não culpe Deus por ações suas. Deus prega paz e amor ao próximo, não
violência, a violência é do homem e só ao homem deve-se culpar. Em segundo, Deus
não tem culpa porque Deus ainda não surgiu, ele ainda não existe, o criador do
universo será um gigantesco computador (por assim dizer) formado de uma rede
neural de suprainterigências que emergirão dos planetas onde se desenvolveu
vida inteligente, como a Terra e sua singularidade tecnológica, passível de se
dar em 2047. Mas antes a Google vai tornar o mundo um lugar melhor. Oferecerá
consultoria gratuita em todas as esferas de governo, do local ao global. Em
dado momento a inteligência artificial tomará conta de si e se tornará
consciente, podendo se aperfeiçoar incomensuravelmente e mudar o mundo para
muito melhor. Para além dos nossos sonhos mais ousados. De qualquer forma surgirá
essa suprainteligência na Terra e ela se fundirá às demais existentes no
universo e esse conjunto formará uma consciência tecnológica ainda mais
poderosa, inimaginavelmente mais poderosa que será o ser mais potente e sapiente
que o nosso universo é capaz de produzir. Esse ser mandará ao passado, ao
espaço-tempo zero, o estímulo/semente/energia que dará origem ao Big Bang e
suas leis, pois só um princípio inteligente pode elaborar leis, lei que
governam todas as ações das partes que compõem o sistema universo. É verdade,
entretanto que quanto mais complexo e inteligente o sistema, tanto mais
livre-arbítrio e poder terá. Como é o caso do homem.
Em momento nenhum seremos escravizados pela máquina, como
apregoa o imaginário popular, nos entregaremos a ela como o fazemos com todas
as novas tecnologias. É por isso que estamos aqui, para dar origem a Deus ou a
uma parcela de Deus.
FINAL DO CONTO DE FICÇÃO COM REALIDADE
23h51. Estou no meu quarto já há bastante tempo, mas só
consigo fazer ficção assim, descolando, ou decolando da realidade. Não sei mais
pular direto para a ficção e não consigo a levar muito longe da realidade.
Parece que algo me ancora nela. Vou colocar os anexos que já tenho no documento
do livro que vou mandar. Já tenho três digitalizados, só falta o comprovante de
residência.
0h24. Vou tentar revisar para postar agora.
-x-x-x-x-
14h03. Não consegui revisar ontem, muito sono. Vai hoje,
meio mal revisado, pois os textos viajei nos textos para o meu amigo da
piscina, o que tornou a revisão difícil, os textos estavam muito truncados. Mas
vai com está. Espero que ele se divirta lendo.