Meu irmão já está chiando com o número de bonecos(as) que
estão chegando lá. Ainda bem que parei de comprar. De vez, eu digo. Talvez eu
compre mais um só para usar meus “reward points” da Sideshow um mês depois de o
último chegar, pois somarão mais de cem dólares. Isso lá para novembro. Não
quero desperdiçar. Gostaria de comprar a She-Ra, se ela sair realmente linda.
Na verdade, gostaria de ter gastado os reward points que já disponho na última
boneca que comprei, mas minha incompetência não permitiu. Também, como já
disse, a forma de colocar os reward points é meio escondida no site,
principalmente em monitores widescreen como este que eu uso. Talvez nem compre
nada, deixe os pontos lá. Até porque não tenho dinheiro para comprar. Os preços
subiram muito porque o número de colecionadores aumentou bastante e dentre
eles, muitos são ricos e pagam o preço que for por um boneco. Já decidi que
venderei o Goliath, pois seria muito oneroso trazê-lo para o Brasil e eu não
teria espaço no meu quarto para exibi-lo. Como comprei muito barato, eu posso
revender por um preço abaixo do preço pedido pelo próprio fabricante e ainda
ter lucro. Assim espero. Poderia em vez de estar escrevendo esta besteirada
sobre bonecos, estar transcrevendo o meu diário. Porém, não me sinto inclinado
a isso agora. “Uma palavra” de Chico passa no iPod ligado ao som. Uma ode de
amor à escrita. Toda vez que ouço essa música tenho vontade de escrever. Se há
uma palavra que eu amo é aurora. Se pudesse iria dormir após a aurora e
acordaria antes do crepúsculo. E teria a noite toda para mim. Adoro a noite, me
sentir dono dela, por causa da solidão proporcionada pela turba adormecida. Os
vazios de carros e de gente. O silêncio que se ouve. A liberdade dos pardos.
Até minha mãe aparecer na porta do meu quarto me mandando dormir. Cortando o
meu barato. Mas não é horário de gente (normal) esse que sonho praticar. E nem
poderei, pois voltarei ao CAPS. Amanhã mesmo irei ao Manicômio pegar o
encaminhamento da Doutora para lá. Marcarei ou direi estar com o encaminhamento
e esperarei o CAPS me dar o retorno de quando eu devo ir lá sacramentar a
coisa. Da última vez demorou quase um mês. Espero que se dê o mesmo agora. Não
estou com disposição para levantar cedo e ouvir lamentações de pessoas tão ou
mais problemáticas que eu. Me animo mais com papo que posso ter com as
estagiárias de psicologia no entregrupos. Espero que tenha várias bonitinhas
nessa nova safra de 2017. A empatia rola mais fácil quando são bonitinhas,
gatinhas, pois o eros, mesmo meio adormecido, se manifesta e motiva uma conexão
mais forte ou, como é o termo mesmo, algo como projeção. Mas não tenho certeza
de que seja mesmo projeção a palavra usada pela Psicologia, para mim, era algo
que começava com “trans”, mas não consigo me lembrar de jeito algum. Bom,
quando eu desistir de lembrar, a palavra me surge. Mas projeção dá uma boa
idéia do que seja, projetar na psicóloga uma possível namorada ou coisa do
gênero. Mudando completamente de assunto. Zerei o FarCry3, ou seja, alcancei os
objetivos que queria, que eram dominar todas as fortificações inimigas e pegar
todas as 120 relíquias do jogo (nem ganhei um troféu pro isso... L). Pegar todos os “loot
crates” seria uma tarefa por demais cansativa e chata, pois deve haver cerca de
500 espalhados pela ilha. Consegui obviamente acabar todas as missões ligadas à
história e no final me foram dadas duas alternativas de final e escolhi o final
“bonzinho”. Gostaria muito de assistir o final em que me torno um guerreiro da
ilha, ou seja, um guerrilheiro lunático. Infelizmente o jogo não deixa a
possibilidade de jogar este trecho final novamente e para chegar a este momento
decisivo uma vez mais teria de começar o jogo todo de novo, o que é claro que
não vou fazer. Só se tivesse apenas esse jogo para jogar. Mas tenho inclusive o
FarCry4 aqui. Entretanto, não me desviarei das minhas metas: Mario Kart 8,
Super Mario 3D World e Splatoon do Wii U e depois Persona 4 até a tia de minha
cunhada trazer os jogos que comprei (no precinho) nos EUA. Se é que ela vai
trazer mesmo. Minha cunhada disse que ela traria sem problemas. Os jogos aqui
no Brasil têm preços absurdos. Lá nos EUA eu consegui uns usados vendidos como “Like
New” por uns precinhos da hora. Mas tive que garimpar bastante e esperar as
ofertas surgirem. Mas é uma pesquisa gostosa, pois é algo que realmente se
almeja e é sempre prazeroso fechar um bom negócio. Já o Wii U seria muito mais
vantagem ter comprado nos EUA, em alguns lugares, digo, pois na Amazon e no Walmart
estão vendendo o sistema por absurdos 500 dólares. A Target ainda o tem por
299. É a única que restou que ainda oferece o console pelo preço sugerido pela
Nintendo. Acho que esse boom nos preços se deve ao fato de que realmente
pararam de fabricar o console. O sucessor, Nintendo Switch, já chega agora, dia
3 de março. Nos EUA e no Japão, ao menos. Pelo mesmo preço do Wii U. Porém,
como disse em posts passados, não me interessa o novo sistema, nada na proposta
me atrai. Gosto de jogar sozinho em uma tela grande com um controle ergonômico.
O Wii U me oferece isso, embora não tenha o controle mais ergonômico do mundo
(porém tem o com mais funções do mundo). Só gostaria que os jogos da Nintendo
anunciados para Switch, fossem lançados para Wii U também, embora aparentemente
a arquitetura do chip do novo console seja toda outra. Mais potente que o Wii U
e nunca utilizada antes em nenhum console, o que dificultaria a conversão dos
jogos para o console que vou ganhar. Super Mario Odissey, o novo Super Mario 3D
me deixou intrigado, pois tem um sabor meio “open world”. Confesso que me
remeteu a GTA o que não foi uma correlação legal. Mas a galera que cria o Mario
sabe o que faz. E o que fazem é pura diversão. Sempre. E eu queria ter
oportunidade de jogá-lo no Wii U, pois o controle do Wii U tem tudo o que é
necessário para jogar o game. Só falta boa vontade e respeito com os donos de
Wii U, aqueles, que, ao contrário de mim, sempre suportaram a plataforma,
comprando os jogos por preço de lançamento. E acreditando na promessa que o Wii
U não seria abandonado com a chegada do Switch, o que parece ser mentira, visto
que todas as fontes afirmam que a Nintendo já parou de fabricar o console.
Tomara que o Zelda para Wii U (que terá também versão para Switch) venda
zilhões de cópias e de posse desse resultado, a Nintendo resolva continuar
dando suporte à plataforma antiga. Mas acho difícil. Não impossível, mas muito
difícil. Veremos. O que não queria era que o Jornal do Profeta se tornasse um
blog de videogames e bonecos. Aliás, das minhas lamúrias sobre os dois
assuntos, mas é o que está me vindo. Bom, uma coisa a mais sobre videogame: se
o universo conspirar a meu favor, o Wii U chega amanhã! Que estranho, a
expectativa veio fria, não sei por quê. Como se não fosse uma maravilha que vai
acontecer na minha vida, quando é exatamente isso. Ou deveria ser. Ou me
parecia ser. E será. Uma vez que comece a jogar o Mario Kart ou o Super Mario,
sei que será delicioso, um prazer que só a Nintendo sabe oferecer. Por mais que
FarCry3 esteja no meu top 15 dos melhores jogos que joguei na vida. E ser do
tamanho certo, grande, mas não escandalosamente imenso como GTA IV. Deixei de
fazer muitas side quests de caça a
animais específicos com armas específicas, de entrega de mantimentos, de caça a
bandidos perseguidos, de ajuda a pessoas dos vilarejos. Deixei tudo isso para
lá porque não me apetecia. Mas quem sabe um dia não volte e faça? Estou tão
familiarizado (estou ficando dislexo, demorei um minuto para escrever familiarizado)
com o mundo luxuriante, com as armas prediletas, não há porque não acabar essas
side quests, não são muitas, umas 30
ao todo, eu acho. Ah, ainda tem as provas de tiro, as corridas e as trials da tribo, mas se as outras eu não
tenho saco de fazer, essas que não tenho mesmo. Nunca direi nunca, mas minha
pretensão é zerar os 3 de Wii U que tenho aqui e começar Persona 4. Comecei
Mirror’s Edge, mas estou tão acostumado com os controles de FarCry3 e os de Mirror’s
Edge são tão não-convencionais que levei o maior pial no começo do game.
Preciso limpar minha mente de FarCry3, jogar coisas totalmente diferentes para
encarar esse FPS de parkour que é
empolgante se você se habituar com seus controles. Morri umas 7 vezes só no
tutorial. Não consegui fazer nenhum dos movimentos da heroína de primeira. Um
fiasco. Por isso é bom jogar a série de Wii U e depois Persona 4 para depois
tentar o Mirror’s Edge. Assim o FarCry3 fica lá pra trás da memória e posso me
habituar a uma configuração totalmente outra de controle para FPS. E isso é
porque iria parar de falar de videogame. Pelo menos a excitação com o Wii U
parece que esquentou um pouco mais agora. Só criar meu Mii e minha conta já vai
ser o bicho. Usar a stylus que vem com o controle para colocar as letrinhas,
tudo isso me empolga. Fora que, graças a tia da minha cunhada, terei os melhores
jogos de Wii U para jogar. A pena ou a glória, depende do ponto de vista (eu
prefiro deixar o melhor para o final, logo para mim está mais para pena), é que
os dois melhores jogos que joguei no Wii U da minha prima foram justamente
Mario Kart 8 e Super Mario 3D World, o que terei aqui. Assim começarei a jogar
pela nata dos games e depois passarei para os um pouco menos maravilhosos da
Nintendo. Gostaria que a ordem fosse num crescendo de diversão, mas não vai
dar. Não vou deixar o Wii U mofando até março para não jogar de cara o MK8 e
SM3DW. Vou é mergulhar neles. De cabeça.
23h32. Estava rememorando a saída de ontem e ela me chega
com um misto de diversão e culpa. Não deveria haver culpa aí. Posso me dar a
certas liberdades de vez em quando. Que ironia, Maria Rita canta “Um belo dia
resolvi mudar...”. E fazer tudo o que queria fazer é justamente o que não
posso. Pois o bichinho precisa ficar no controle. A fera tem que ficar segura na
coleira da mamãe. Pois o bichinho é um incapaz civil. Ele não tem os mesmos
direitos – nem os mesmos deveres, que é o que compensa essa condição – de um
cidadão comum. Mas o bichinho está cada vez mais acostumado a ficar dentro do
seu quarto, como um cão que não quer sair de sua casinha. E isso não deve
prosseguir assim. Tenho que me esforçar para me integrar em algum grupo social.
No caso, o grupo social do meu primo-irmão. Me preocupa o caso de um amigo
nosso que parece meio perdido na vida. Meio com o mesmo problema que eu, o
temor de crescer e assumir responsabilidades. Espero que o negócio de cervejas
não seja apenas um disfarce de atividade que gera renda e que deslanche como
negócio. Que ele consiga levar uma vida mais mansa que as dos demais mortais e
ganhe seu dinheirinho de forma honesta com essa onda de cervejas artesanais.
Torço muito por isso. Afinal, ele não tem um histórico de transtorno e abuso de
substâncias que eu tenho para dar justamente substância ao pleito de uma
curatela. E ele parece muito menos domesticável que eu, no sentido de não
querer dever nada à sua mãe ou quem quer que seja. Embora todos devam algo a
alguém. Sempre há uma responsabilidade a ser tomada até por irresponsáveis como
eu. Há fatores condicionantes aos quais todos temos que nos submeter. Seja um
presidente (inclusive Trump), um dono de cervejaria artesanal ou um curatelado.
Cada um suporta, entretanto, o fardo de responsabilidade que na infância foi
condicionado a suportar. Eu não sei o que deu errado comigo. Acho que foi a
ausência dos pais em momentos decisivos da minha formação e o pouco peso que
dava às orientações da minha babá, ao contrário dos meus irmãos, que a
obedeciam com o devido respeito e aceitação. Eu fui mais bicho solto. E com
isso me tornei irresponsável. Não chegaria a dizer indomável, pois me permito
usar a coleira, com medo de perder a pensão e o controle. E com medo da minha
mãe. Acho que sempre precisarei de alguém que segure esta coleira. Eu preciso
sentir que há alguém do meu lado, mesmo que não veja e não conviva muito com este
alguém ou estes alguéns, mas preciso senti-los por perto. Saber que estão lá. A
solidão me aterroriza. Já falei desse assunto diversas vezes. Mesmo assim, gostaria
de ter mais momentos de solidão absoluta. É claro que solidão absoluta me faz
falta. Mas não por períodos muito prolongados de tempo. Afinal, a fera só está
na coleira porque se deixa estar e quando o dono sai, o rato faz a festa. Esse
é o perigo da solidão prolongada. Até onde esta festa iria? Até uma recaída?
Possivelmente. Por isso é melhor não querer solidão. Até porque ela me leva não
só à recaída, mas também à depressão. Estou quase convicto que o Wii U chega
amanhã. Será decepcionante se isso não ocorrer. Mas nenhum fim do mundo. Tem
até o dia 20 para chegar. Se não chegar até sexta-feira, aí sim, vai ser
bastante frustrante. Esperar a entrega na segunda é a minha mania de contar com
o ovo na cloaca da galinha. Acho que vou jogar alguma missão do FarCry3. Já
escrevi demais. 0h14. Strokes passa no iPod. Escreverei enquanto essa música
passa. Adoro. “I’m tired of evreyooone...”; “On the Other Side”. Vou desobedecer
à mamãe e tomar mais um copo de Coca Zero. E fumar um cigarro de verdade. Esse
atomizer que coloquei recentemente no meu cigarro eletrônico não está o
porradão como o anterior. Poderia estar usando o anterior até agora não tivesse
estragado ele fumando sem ter líquido no tanque, por distração. Ficou com um
gosto de queimado intragável, aí tive que trocar por esse que não veio o
porradão como o anterior. Esses atomizers têm um controle de qualidade muito do
fajuto. Mas estou com um estoque gigante de atomizers e líquidos para passar o
ano de 2017 inteiro. Assim espero. Apesar do estoque, não posso me dar a
liberdade de sair jogando fora todos os atomizers que não façam muita fumaça.
Assim o estoque não duraria seis meses.
0h29. Uma coisa que me veio à cabeça agora sobre a conversão
de jogos de Switch para Wii U e vice-versa. É que se lançarem Super Mario Maker
(um jogo onde você mesmo cria as fases do Mario 2D) a Nintendo vai querer que
os usuários de Switch possam jogar todas as fases que já foram criadas para
Nintendo Wii U. Além disso, provavelmente deverá ser possível baixar os jogos
de Wii U para o novo console, através da Nintendo Store. Seria burrice se não
pudesse. Logo, somando alhos com bugalhos, se minhas teorias estiverem certas,
será possível, sim, lançar jogos do Switch para Wii U, mesmo que com um atraso
em relação aos jogos para o novo sistema para não haver canibalização de
mercado. Tomara que eu esteja certo. Principalmente em relação à compatibilidade
do Super Mario Maker.
0h37. Não vou jogar mais FarCry3 agora pois isso me tiraria
o sono. Vou escrever mais um pouquinho aqui. Se bem que nada me vem à cabeça. A
não ser a morte do meu colega. Ainda estou perplexo com isso. Mas quem vai
entender as razões da vida e da morte? Eu certamente não tenho a mínima idéia.
Só se eu jogar só um pouquinho de FarCry3.
Vou colocar o outro copo de Coca clandestino. E jogar algumas missões de caça
de gente ou de bicho. É isso. Dar uma revisada e postar antes, claro.
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