segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

FALADEIRA

Meu irmão já está chiando com o número de bonecos(as) que estão chegando lá. Ainda bem que parei de comprar. De vez, eu digo. Talvez eu compre mais um só para usar meus “reward points” da Sideshow um mês depois de o último chegar, pois somarão mais de cem dólares. Isso lá para novembro. Não quero desperdiçar. Gostaria de comprar a She-Ra, se ela sair realmente linda. Na verdade, gostaria de ter gastado os reward points que já disponho na última boneca que comprei, mas minha incompetência não permitiu. Também, como já disse, a forma de colocar os reward points é meio escondida no site, principalmente em monitores widescreen como este que eu uso. Talvez nem compre nada, deixe os pontos lá. Até porque não tenho dinheiro para comprar. Os preços subiram muito porque o número de colecionadores aumentou bastante e dentre eles, muitos são ricos e pagam o preço que for por um boneco. Já decidi que venderei o Goliath, pois seria muito oneroso trazê-lo para o Brasil e eu não teria espaço no meu quarto para exibi-lo. Como comprei muito barato, eu posso revender por um preço abaixo do preço pedido pelo próprio fabricante e ainda ter lucro. Assim espero. Poderia em vez de estar escrevendo esta besteirada sobre bonecos, estar transcrevendo o meu diário. Porém, não me sinto inclinado a isso agora. “Uma palavra” de Chico passa no iPod ligado ao som. Uma ode de amor à escrita. Toda vez que ouço essa música tenho vontade de escrever. Se há uma palavra que eu amo é aurora. Se pudesse iria dormir após a aurora e acordaria antes do crepúsculo. E teria a noite toda para mim. Adoro a noite, me sentir dono dela, por causa da solidão proporcionada pela turba adormecida. Os vazios de carros e de gente. O silêncio que se ouve. A liberdade dos pardos. Até minha mãe aparecer na porta do meu quarto me mandando dormir. Cortando o meu barato. Mas não é horário de gente (normal) esse que sonho praticar. E nem poderei, pois voltarei ao CAPS. Amanhã mesmo irei ao Manicômio pegar o encaminhamento da Doutora para lá. Marcarei ou direi estar com o encaminhamento e esperarei o CAPS me dar o retorno de quando eu devo ir lá sacramentar a coisa. Da última vez demorou quase um mês. Espero que se dê o mesmo agora. Não estou com disposição para levantar cedo e ouvir lamentações de pessoas tão ou mais problemáticas que eu. Me animo mais com papo que posso ter com as estagiárias de psicologia no entregrupos. Espero que tenha várias bonitinhas nessa nova safra de 2017. A empatia rola mais fácil quando são bonitinhas, gatinhas, pois o eros, mesmo meio adormecido, se manifesta e motiva uma conexão mais forte ou, como é o termo mesmo, algo como projeção. Mas não tenho certeza de que seja mesmo projeção a palavra usada pela Psicologia, para mim, era algo que começava com “trans”, mas não consigo me lembrar de jeito algum. Bom, quando eu desistir de lembrar, a palavra me surge. Mas projeção dá uma boa idéia do que seja, projetar na psicóloga uma possível namorada ou coisa do gênero. Mudando completamente de assunto. Zerei o FarCry3, ou seja, alcancei os objetivos que queria, que eram dominar todas as fortificações inimigas e pegar todas as 120 relíquias do jogo (nem ganhei um troféu pro isso... L). Pegar todos os “loot crates” seria uma tarefa por demais cansativa e chata, pois deve haver cerca de 500 espalhados pela ilha. Consegui obviamente acabar todas as missões ligadas à história e no final me foram dadas duas alternativas de final e escolhi o final “bonzinho”. Gostaria muito de assistir o final em que me torno um guerreiro da ilha, ou seja, um guerrilheiro lunático. Infelizmente o jogo não deixa a possibilidade de jogar este trecho final novamente e para chegar a este momento decisivo uma vez mais teria de começar o jogo todo de novo, o que é claro que não vou fazer. Só se tivesse apenas esse jogo para jogar. Mas tenho inclusive o FarCry4 aqui. Entretanto, não me desviarei das minhas metas: Mario Kart 8, Super Mario 3D World e Splatoon do Wii U e depois Persona 4 até a tia de minha cunhada trazer os jogos que comprei (no precinho) nos EUA. Se é que ela vai trazer mesmo. Minha cunhada disse que ela traria sem problemas. Os jogos aqui no Brasil têm preços absurdos. Lá nos EUA eu consegui uns usados vendidos como “Like New” por uns precinhos da hora. Mas tive que garimpar bastante e esperar as ofertas surgirem. Mas é uma pesquisa gostosa, pois é algo que realmente se almeja e é sempre prazeroso fechar um bom negócio. Já o Wii U seria muito mais vantagem ter comprado nos EUA, em alguns lugares, digo, pois na Amazon e no Walmart estão vendendo o sistema por absurdos 500 dólares. A Target ainda o tem por 299. É a única que restou que ainda oferece o console pelo preço sugerido pela Nintendo. Acho que esse boom nos preços se deve ao fato de que realmente pararam de fabricar o console. O sucessor, Nintendo Switch, já chega agora, dia 3 de março. Nos EUA e no Japão, ao menos. Pelo mesmo preço do Wii U. Porém, como disse em posts passados, não me interessa o novo sistema, nada na proposta me atrai. Gosto de jogar sozinho em uma tela grande com um controle ergonômico. O Wii U me oferece isso, embora não tenha o controle mais ergonômico do mundo (porém tem o com mais funções do mundo). Só gostaria que os jogos da Nintendo anunciados para Switch, fossem lançados para Wii U também, embora aparentemente a arquitetura do chip do novo console seja toda outra. Mais potente que o Wii U e nunca utilizada antes em nenhum console, o que dificultaria a conversão dos jogos para o console que vou ganhar. Super Mario Odissey, o novo Super Mario 3D me deixou intrigado, pois tem um sabor meio “open world”. Confesso que me remeteu a GTA o que não foi uma correlação legal. Mas a galera que cria o Mario sabe o que faz. E o que fazem é pura diversão. Sempre. E eu queria ter oportunidade de jogá-lo no Wii U, pois o controle do Wii U tem tudo o que é necessário para jogar o game. Só falta boa vontade e respeito com os donos de Wii U, aqueles, que, ao contrário de mim, sempre suportaram a plataforma, comprando os jogos por preço de lançamento. E acreditando na promessa que o Wii U não seria abandonado com a chegada do Switch, o que parece ser mentira, visto que todas as fontes afirmam que a Nintendo já parou de fabricar o console. Tomara que o Zelda para Wii U (que terá também versão para Switch) venda zilhões de cópias e de posse desse resultado, a Nintendo resolva continuar dando suporte à plataforma antiga. Mas acho difícil. Não impossível, mas muito difícil. Veremos. O que não queria era que o Jornal do Profeta se tornasse um blog de videogames e bonecos. Aliás, das minhas lamúrias sobre os dois assuntos, mas é o que está me vindo. Bom, uma coisa a mais sobre videogame: se o universo conspirar a meu favor, o Wii U chega amanhã! Que estranho, a expectativa veio fria, não sei por quê. Como se não fosse uma maravilha que vai acontecer na minha vida, quando é exatamente isso. Ou deveria ser. Ou me parecia ser. E será. Uma vez que comece a jogar o Mario Kart ou o Super Mario, sei que será delicioso, um prazer que só a Nintendo sabe oferecer. Por mais que FarCry3 esteja no meu top 15 dos melhores jogos que joguei na vida. E ser do tamanho certo, grande, mas não escandalosamente imenso como GTA IV. Deixei de fazer muitas side quests de caça a animais específicos com armas específicas, de entrega de mantimentos, de caça a bandidos perseguidos, de ajuda a pessoas dos vilarejos. Deixei tudo isso para lá porque não me apetecia. Mas quem sabe um dia não volte e faça? Estou tão familiarizado (estou ficando dislexo, demorei um minuto para escrever familiarizado) com o mundo luxuriante, com as armas prediletas, não há porque não acabar essas side quests, não são muitas, umas 30 ao todo, eu acho. Ah, ainda tem as provas de tiro, as corridas e as trials da tribo, mas se as outras eu não tenho saco de fazer, essas que não tenho mesmo. Nunca direi nunca, mas minha pretensão é zerar os 3 de Wii U que tenho aqui e começar Persona 4. Comecei Mirror’s Edge, mas estou tão acostumado com os controles de FarCry3 e os de Mirror’s Edge são tão não-convencionais que levei o maior pial no começo do game. Preciso limpar minha mente de FarCry3, jogar coisas totalmente diferentes para encarar esse FPS de parkour que é empolgante se você se habituar com seus controles. Morri umas 7 vezes só no tutorial. Não consegui fazer nenhum dos movimentos da heroína de primeira. Um fiasco. Por isso é bom jogar a série de Wii U e depois Persona 4 para depois tentar o Mirror’s Edge. Assim o FarCry3 fica lá pra trás da memória e posso me habituar a uma configuração totalmente outra de controle para FPS. E isso é porque iria parar de falar de videogame. Pelo menos a excitação com o Wii U parece que esquentou um pouco mais agora. Só criar meu Mii e minha conta já vai ser o bicho. Usar a stylus que vem com o controle para colocar as letrinhas, tudo isso me empolga. Fora que, graças a tia da minha cunhada, terei os melhores jogos de Wii U para jogar. A pena ou a glória, depende do ponto de vista (eu prefiro deixar o melhor para o final, logo para mim está mais para pena), é que os dois melhores jogos que joguei no Wii U da minha prima foram justamente Mario Kart 8 e Super Mario 3D World, o que terei aqui. Assim começarei a jogar pela nata dos games e depois passarei para os um pouco menos maravilhosos da Nintendo. Gostaria que a ordem fosse num crescendo de diversão, mas não vai dar. Não vou deixar o Wii U mofando até março para não jogar de cara o MK8 e SM3DW. Vou é mergulhar neles. De cabeça.

23h32. Estava rememorando a saída de ontem e ela me chega com um misto de diversão e culpa. Não deveria haver culpa aí. Posso me dar a certas liberdades de vez em quando. Que ironia, Maria Rita canta “Um belo dia resolvi mudar...”. E fazer tudo o que queria fazer é justamente o que não posso. Pois o bichinho precisa ficar no controle. A fera tem que ficar segura na coleira da mamãe. Pois o bichinho é um incapaz civil. Ele não tem os mesmos direitos – nem os mesmos deveres, que é o que compensa essa condição – de um cidadão comum. Mas o bichinho está cada vez mais acostumado a ficar dentro do seu quarto, como um cão que não quer sair de sua casinha. E isso não deve prosseguir assim. Tenho que me esforçar para me integrar em algum grupo social. No caso, o grupo social do meu primo-irmão. Me preocupa o caso de um amigo nosso que parece meio perdido na vida. Meio com o mesmo problema que eu, o temor de crescer e assumir responsabilidades. Espero que o negócio de cervejas não seja apenas um disfarce de atividade que gera renda e que deslanche como negócio. Que ele consiga levar uma vida mais mansa que as dos demais mortais e ganhe seu dinheirinho de forma honesta com essa onda de cervejas artesanais. Torço muito por isso. Afinal, ele não tem um histórico de transtorno e abuso de substâncias que eu tenho para dar justamente substância ao pleito de uma curatela. E ele parece muito menos domesticável que eu, no sentido de não querer dever nada à sua mãe ou quem quer que seja. Embora todos devam algo a alguém. Sempre há uma responsabilidade a ser tomada até por irresponsáveis como eu. Há fatores condicionantes aos quais todos temos que nos submeter. Seja um presidente (inclusive Trump), um dono de cervejaria artesanal ou um curatelado. Cada um suporta, entretanto, o fardo de responsabilidade que na infância foi condicionado a suportar. Eu não sei o que deu errado comigo. Acho que foi a ausência dos pais em momentos decisivos da minha formação e o pouco peso que dava às orientações da minha babá, ao contrário dos meus irmãos, que a obedeciam com o devido respeito e aceitação. Eu fui mais bicho solto. E com isso me tornei irresponsável. Não chegaria a dizer indomável, pois me permito usar a coleira, com medo de perder a pensão e o controle. E com medo da minha mãe. Acho que sempre precisarei de alguém que segure esta coleira. Eu preciso sentir que há alguém do meu lado, mesmo que não veja e não conviva muito com este alguém ou estes alguéns, mas preciso senti-los por perto. Saber que estão lá. A solidão me aterroriza. Já falei desse assunto diversas vezes. Mesmo assim, gostaria de ter mais momentos de solidão absoluta. É claro que solidão absoluta me faz falta. Mas não por períodos muito prolongados de tempo. Afinal, a fera só está na coleira porque se deixa estar e quando o dono sai, o rato faz a festa. Esse é o perigo da solidão prolongada. Até onde esta festa iria? Até uma recaída? Possivelmente. Por isso é melhor não querer solidão. Até porque ela me leva não só à recaída, mas também à depressão. Estou quase convicto que o Wii U chega amanhã. Será decepcionante se isso não ocorrer. Mas nenhum fim do mundo. Tem até o dia 20 para chegar. Se não chegar até sexta-feira, aí sim, vai ser bastante frustrante. Esperar a entrega na segunda é a minha mania de contar com o ovo na cloaca da galinha. Acho que vou jogar alguma missão do FarCry3. Já escrevi demais. 0h14. Strokes passa no iPod. Escreverei enquanto essa música passa. Adoro. “I’m tired of evreyooone...”; “On the Other Side”. Vou desobedecer à mamãe e tomar mais um copo de Coca Zero. E fumar um cigarro de verdade. Esse atomizer que coloquei recentemente no meu cigarro eletrônico não está o porradão como o anterior. Poderia estar usando o anterior até agora não tivesse estragado ele fumando sem ter líquido no tanque, por distração. Ficou com um gosto de queimado intragável, aí tive que trocar por esse que não veio o porradão como o anterior. Esses atomizers têm um controle de qualidade muito do fajuto. Mas estou com um estoque gigante de atomizers e líquidos para passar o ano de 2017 inteiro. Assim espero. Apesar do estoque, não posso me dar a liberdade de sair jogando fora todos os atomizers que não façam muita fumaça. Assim o estoque não duraria seis meses.

0h29. Uma coisa que me veio à cabeça agora sobre a conversão de jogos de Switch para Wii U e vice-versa. É que se lançarem Super Mario Maker (um jogo onde você mesmo cria as fases do Mario 2D) a Nintendo vai querer que os usuários de Switch possam jogar todas as fases que já foram criadas para Nintendo Wii U. Além disso, provavelmente deverá ser possível baixar os jogos de Wii U para o novo console, através da Nintendo Store. Seria burrice se não pudesse. Logo, somando alhos com bugalhos, se minhas teorias estiverem certas, será possível, sim, lançar jogos do Switch para Wii U, mesmo que com um atraso em relação aos jogos para o novo sistema para não haver canibalização de mercado. Tomara que eu esteja certo. Principalmente em relação à compatibilidade do Super Mario Maker.

0h37. Não vou jogar mais FarCry3 agora pois isso me tiraria o sono. Vou escrever mais um pouquinho aqui. Se bem que nada me vem à cabeça. A não ser a morte do meu colega. Ainda estou perplexo com isso. Mas quem vai entender as razões da vida e da morte? Eu certamente não tenho a mínima idéia. Só se eu jogar só um pouquinho de FarCry3. Vou colocar o outro copo de Coca clandestino. E jogar algumas missões de caça de gente ou de bicho. É isso. Dar uma revisada e postar antes, claro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário