Recife, sexta-feira, 27 de janeiro de 2017.
Meu Wii U não chegou. Meu primo não vai sair hoje. Ou seja,
só me resta este computador e o PS3. Que é o que eu tinha antes e estava
bastante confortável com isso. Quando os meus irmãos estavam aqui, nem o PS3 eu
tinha. E também não podia sair. Porque agora que estou de volta ao meu quarto,
tenho o PS3 para jogar, posso assistir filmes além de escrever aqui e navegar
na internet, eu estou reclamando? Mudança de paradigma? Talvez, uma vez que
algo mudou na minha vida, eu encomendei um videogame novo e agora voltei ao
CAPS. Queria fazer algo de diferente hoje, algo que me gerasse mais adrenalina
e prazer, que compensasse a minha frustração de não ter recebido o meu sistema
novo e a obrigação de estar indo a um lugar ao qual eu não estou muito disposto
a ir. Dá até uma vontade de começar Persona 4, mas acho que o Wii U chega antes
de eu zerar, mesmo que me mandem outro, então não vale a pena. 200 horas-jogo
equivalem a mais de um mês jogando, ainda mais agora que tenho o CAPS na minha
rotina. Que saco. Estou parecendo um borderline, que nunca está satisfeito com
o que tem. Quer sempre mais. Mais frisson, mais adrenalina. Vamos parar com
isso, né? Eu já estou muito crescidinho para dar uma de bebê chorão. Acho que
vou encarar um Mirror’s Edge. Ou até começar o Metal Gear Solid 4. Não, esse
último seria besteira começar, pois não daria tempo de zerar muito
provavelmente. E é outro jogo que tem uma história a ser seguida, uma mecânica
própria a ser aprendida, etc. E é um jogo que eu quero parar para jogar, para
ver se me imerso nele como ele parece pedir. Mas ele está na lista para depois
do Persona. Quem me dera tivesse um filmezinho que quisesse assistir, mas
nenhum me vem à mente. O negócio é Mirror’s Edge mesmo ou algum bestinha que eu
já tenha baixado aqui no meu PS3. O Rayman é um que me atrai, mas não sei se
consigo passar do mestre que é uma azia no estômago de um monstro. Tem o Bit.
Trip. Run. 2, mas esse é ainda mais frustrante, foi um que eu devia ter parado
para jogar de cabo a rabo. Se morre muitas e muitas vezes nele para passar de
um estágio, mas, mais ainda que o Rayman, você sabe que o vacilo foi seu. A
falta de reflexo ou o caminho errado foram culpa sua. Não encaro ele porque
além de ser muito frustrante eu já adquiri novos movimentos e não sei mais como
executá-los e utilizar-me desses movimentos é essencial para passar do nível em
que estou. O pior é que não consegui passar nem do primeiro mundo neste jogo
ainda. Também, estava jogando como uma completista, que queria tirar a máxima
pontuação em cada estágio. Para isso, não se pode cruzar a linha que demarca o
meio da fase, consequentemente, se morrer começa-se do começo do estágio e não
do meio da fase, o que demora muito mais tempo para dominar cada estágio e
torna o jogo deveras mais frustrante. Sei não. Ficar falando em jogos também
não é o melhor divertimento. Mas parece que para mim é. Tanto é que em vez de
virar a cadeira e começar a jogar, continuo escrevendo aqui. Estou esperando
dar 21h para poder comprar Coca-Cola na pizzaria aqui em frente de casa, que
aumentou o preço dos refrigerantes vertiginosamente: de R$ 8,50 para R$ 9,90!
Faz uma grande diferença no final do mês quando se bebe de três a quatro litros
de Coca por dia. Mas não quero ir no mercado, que é onde provavelmente minha
mãe vai querer que eu vá se resolver comprar as Cocas antes da 21h, pois há uma
lista de coisas que ela quer que eu compre. Parece até que vou ter que pedir
para um dos boys que levam carrinho de supermercado vir trazer as compras
comigo, o que significa que a lista é grande. E odeio supermercados. Tirando o
que fica perto da casa da minha irmã na Alemanha. Mas aí é luxar demais. Acho
que porque lá só fazíamos compras pequenas, para o dia mesmo. Não para a semana
ou o mês inteiro. No máximo para três dias. Enfim, dava para eu carregar tudo
pra casa. Até porque lá eu podia colocar coisas na minha mochila. E as sacolas
eram de pano que já levava comigo para o supermercado. Senão teria que pagar
por sacolas de plástico do supermercado, uma medida de sustentabilidade, para
não desperdiçar plástico à toa. Mas por que estou falando nisso? Bom, é tão
chato quanto falar de games, talvez até um pouco menos. Na Alemanha tem muitos
corvos e poucos pombos. Na Alemanha tem mais fumantes que aqui e cada um assume
a idade que tem. Digo isso principalmente dos mais velhos, que não tem vergonha
das rugas que carregam nos rostos nem dos fios prateados que ostentam na cabeça.
Pelo menos a maioria. Vai ver que cirurgia plástica lá é mais cara. Fato é que
cada um aparenta a idade que tem. 20h54. Mamãe está fazendo sanduíche de
maionese com atum pra gente. E eu com esta má vontade de ir fazer compras.
Vergonhoso. Ela já disse que vai me dar o dinheiro para comprar as Cocas. Vou
lá ficar um pouquinho perto dela.
22h01. Voltei da pizzaria agora, ainda impressionado com o
aumento do preço da Coca. Aproveitei para tomar um copo na piscina desfrutando
do ambiente bucólico e degustando um cigarro de verdade. Mamãe,
coincidentemente, veio me falar de planos que tem de viajar com o meu padrasto
para a Alemanha – e me levar – esse ano. Não estou muito entusiasmado com a viagem,
mas estou entusiasmado com a volta, nos planos deles de navio, o que é um
espaço bastante favorável para paqueras, devido ao confinamento das mesmas
pessoas num ambiente confortável e lúdico. Uma motivação para perder peso. Se
isso tudo acontecer. Mamãe ainda está passando por uma quimioterapia, é bom
lembrar. E lembrar também que tal empreitada é cara para cacete. Mas também,
não devemos nos esquecer que minha mãe já vai fazer 66 anos, então tem que aproveitar
enquanto o físico e o psíquico ainda estão razoavelmente legais. Eles pretendem
me deixar na casa da minha irmã e fazer uma pequena turnê pela Europa, só o
casal, para que meu padrasto finalmente conheça o Vaticano. Há outras paradas planejadas
no percurso deles, mas não decorei. Quero mais é que aproveitem enquanto podem.
Eu, se for, tentarei passar o máximo de tempo fora de casa possível. Espero que
estipulem um valor de 30 euros por dia para mim, para que possa visitar museus,
comprar um CD ou outro e coisas assim. Mas não vou voar alto demais para não
acabar como Ícaro. Duvido que me deem tal quantia diariamente. Se não me derem,
pelo menos de forneçam o valor do ticket de metrô e de duas Cherry Cokes. Já
está de bom tamanho. Ficar em casa da minha irmã com duas crianças é algo que
não me apetece. Bom, pelo menos ela não mencionou reformar o meu quarto. Espero
que se esqueça disto. Não sei por que eu não quero que façam a reforma do meu
quarto. Isso é uma coisa bastante contraditória com a minha suposta vontade de
exibir minhas bonecas e bonecos. Às vezes me dá vontade de me livrar de todos
eles. Mas daí olho para a minha coleção, a parte que está aqui em casa, e mudo
instantaneamente de ideia. Não sei o que quero realmente. Sei que parei de
colecionar. Comprarei talvez só mais uma peça para utilizar meus reward points
que tenho na Sideshow. Penso na She-Ra, pois tenho o He-Man e o Esqueleto. E
são peças magníficas. E mais baratas também porque são 1/5 e não 1/4, ou seja,
são ligeiramente menores que as do formato Premium que é o padrão colecionado
pelos entendidos. Eu não tenho isso de padrão, talvez até por isso seja tão
difícil para mim divisar como vão ser as prateleiras para dispor as figuras,
posto que as tenho de todos os tamanhos, de 1/4 até Nendroids que não chegam a
10 cm. Minha coleção é uma mistureba só. Mas amo todas as minhas bonecas.
Espero que mamãe me permita um dia mandar pintar os kits que tenho, hoje
raríssimos, das garotas do Evangelion. Com o dinheiro que sobrar da pensão,
digo. Eu vou economizando, sei lá, R$ 50,00 ou R$ 100,00 e quando juntar o
suficiente para o frete e o serviço eu faço uma, depois faço a mesma coisa para
outra e assim vai. Acho que tenho uns seis kits para pintar e montar. Ao longo
de dois ou três anos acho que conseguiria tê-los todos pintados. Não tenho
pressa. Tenho pressa para a chegada do meu Wii U. Segunda-feira, se não chegar,
vou mandar outro e-mail para Luiz da Brasil Games através do Submarino.
Segunda, por todas as contagens, completam-se os cinco dias úteis para a
resposta dos Correios. Aí saberemos se houve extravio, quando vão me mandar o
console, se este vai chegar em boas condições etc. Tenho medo da brutalidade
como lidam com encomendas nos Correios. Embora seja um console da Nintendo e,
por isso, mais parrudo e resistente que os da concorrência, via de regra, se
jogarem a caixa no chão não sei se o bichinho aguenta a lapada. Estou muito
preocupado em relação a isso. Se a caixa vier toda amassada, tirarei fotos,
pois, se o console não funcionar, eu tenho a prova documental de que não foi
por mal-uso, mas sim pelo manuseio desqualificado dos Correios. Mas espero que
chegue bem, mesmo que com esse atraso imenso. Segunda-feira me parece o dia que
ele vai finalmente chegar. Como sexta me pareceu... a quem estou querendo
enganar? Há algo de muito estranho nessa história toda. Não preciso saber o que
é, só preciso que o Wii U chegue são e salvo na próxima semana. Só isso. Não é
pedir demais, é até pedir de menos, quando o prazo máximo da entrega combinado
era dia 20 de janeiro.
23h00. Fui pegar Coca. Minha nova cama é massa,
superconfortável, porém acho que ela me provoca mais o ataque de dor no cóccix
que a outra dura de solteiro que eu tinha. A impressão que eu tenho é essa.
Ontem mesmo tive uma crise dessas. Demorou quase uma hora para passar. E é uma
dor forte e incômoda para caramba. Espero que esteja enganado e uma coisa não
tenha correlação com a outra. Senão, há bem que vem para males. E terei que me
acostumar a ter crises mais frequentes dessa dor odiosa em troca de uma cama
mais confortável. Fico só imaginando uma linda garota dormindo ao meu lado e
desfrutando de todo o conforto que a minha cama oferece. Seria um diferencial
meu. Como seria um diferencial negativo um quarto cheio de bonecos. Hahahahaha.
23h06. E eu que ia jogar videogame, até agora nada. Vou
ligar o Profetafy... daqui a pouco. Não quero barulho agora. Quero silêncio, só
com o som das teclas sendo digitadas e do ar refrescando-me do verão recifense.
Se bem que daqui a pouco desligo o ar, pois começo a ficar com frio. Vou encher
o copo de Coca novamente, porque, para variar, tomei quase de uma sentada só.
Quando me perco em pensamentos, tomo a Coca que nem sinto. Enquanto escrevia
pensava em jogar Mirror’s Edge (que passarei a chamar de ME, para simplificar
minha vida e dificultar a do leitor). Por falar em leitores, com a frequência
que estou publicando posts imensos, cada vez menos leitores têm lido os meus
posts. Curioso e justificável. Só faço reclamar dos Correios e falar do Wii U e
de games que quero jogar e nunca jogo. Vez por outra é que aparece um assunto
diferente. Cheguei a sonhar que ganhava o Wii U hoje de tarde e que meus
sobrinhos queriam jogar e eu cheio de ciúmes do videogame só queria dar
controles do velho Wii para eles jogarem, para poupar o Gamepad do console. Foi
um sonho bom misturado com pesadelo. Hahahahahaha.
23h14. Liguei o Profetafy. “Bye, Bye, Brasil” na voz de Ed
Motta. Prefiro a versão original. Acho que vou encarar um ME. Não tenho muito o
que falar. A menina do meu grupo AD do CAPS parece que vai pro Bloco do Nada
amanhã, um dos destinos sugeridos pelo meu primo. Quem sabe Mariana também não
vá? Seria interessante. Eu não tenho a mínima atração pela menina do CAPS, mas
vai que ela, corpulenta como está, não atrai o meu primo-irmão? Ele que gosta
de mulheres grandes e ela que certamente é ou está uma mulher grande. Seria
curioso se os dois ficassem. O mundo encolheria um pouco mais ao meu redor se
isso acontecesse.
23h21. Vou logo ligar o PS3 e descobrir de onde começa o meu
último save game de ME.
23h23. Outro número engraçadinho. Me lembrei que tenho um
Street Fighter III que não baixei ainda para o meu PS3. É um jogo que eu
gostaria de jogar. Vou botar para baixar. Deve ser um jogo pequeno. Deve caber
no meu HD. Vou ver quanto espaço eu tenho disponível. 21 GB. Acho que dá
demais. Vou ativar o download pelo computador, funciona melhor.
23h30. Pronto, está baixando. 620 MB. Vamos ver onde estou
em ME. Passando “Bad” do U2 no Profetafy. Linda. Triste. Minha cara. Minha
vida.
23h46. Passei a fase em que estava no ME. Não tive saco de
começar a outra. É a maldição que trouxe para mim mesmo. Muitos jogos bons, não
me fazem focar com o devido interesse em nenhum deles. Seria melhor que tivesse
ganhado cada um à medida que zerasse os demais. Me dedicaria mais a eles. Valorizaria mais os
jogos. Street Fighter Third Strike, eu nunca joguei, mas dizem que é o melhor SF
old school, por isso baixei ele em
vez do SF II, já está quase acabando de baixar. 80% do download. Vou ver se
ainda consigo dar um “dragon punch” com Ken. Isso me parece divertido, posto
que familiar. Espero que a mecânica não seja diferente do SF II, que não tenha gauges para carregar para dar especiais
que não sei como ativar. E acredito que não tem tutorial. 93%. Vou descobrir
dentro em breve se deveria ter pego o SF II normal ou ter investido nesse
número 3. Acho que vou me decepcionar. Download completo. Vou instalar o jogo e
dar uma sacada. 23h53.
0h15. Os gráficos são muito pebas do game e eu sou muito
peba jogando. Não passei do terceiro personagem e depois de três tentativas
enchi o saco. Há golpes especiais, com uma barra de charge, como eu suspeitava,
mas os golpes especiais estão além das minhas habilidades. Ou seja,
provavelmente um jogo que nunca jogarei novamente. Fiquei particularmente
desgostoso com os gráficos. O dos Street Fighter II dos fliperamas pareciam ter
mais definição. De toda forma estou com uma securinha de jogar. Se Rayman não
estivesse tão difícil dava uma chance a ele. O ME, pode ser uma daqui a pouco.
Começo um novo capítulo, que provavelmente vai exigir habilidades que ainda não
desenvolvi no jogo, mas que não me intimidam muito pois há vários checkpoints
ao longo da fase. Muitos, não, uns três. Mas as fases não são muito longas –
até agora que, só passei do capítulo um. Vou pegar mais Coca e gelo.
0h32. Aproveitei para comer um arroz composto por várias
qualidades de arroz que prepararam hoje com tempero “Grill” que coloquei por
cima para dar sabor. Ficou salgado para caralho. Só espero que os jogos do
Vitual Console do Wii U não tenham gráficos tão porcaria quando este Street
Fighter que eu baixei. Espero que eles apareçam fidedignamente a como eram os
originais, não pareça uma coisa meio borrada e com poucos pixels como este é. O
gráfico é muito pior que o da foto do Street Fighter II que coloquei no post
passado. Por mais que seja uma versão bem mais recente. Aquele sim, estava
pixel perfect. Acho que a Nintendo é mais cuidadosa nisso e não vai oferecer
uma coisa do baixíssimo nível que esta conversão do SF III para PS3. Os
gráficos de escolha dos jogadores e oponentes são todos em alta resolução, mas
quando chega o jogo, é um vexame. Não acredito que o SF III tenha gráficos
piores que o SF II, ou então estou muito mal-acostumado com a qualidade dos
jogos nativos do PS3 e esse antigão tenha me pego desacostumado. Mas acho que
foi mais uma conversão falha. Espero que Chrono Trigger e Harvest Moon tenham
gráficos fiéis em toda a sua gloriosa pixalização às suas fontes originais. Não
fique lavado e distorcido como este. Tenho estes dois jogos no meu PS3 e ainda
não dei chance a eles, embora sejam clássicos indiscutíveis, especialmente
Chrono Trigger, tido por muitos como um dos melhores jogos já feitos. Só não
sei se ele é RPG de turnos ou se você efetivamente luta no jogo. Nem
descobrirei tão cedo. Visto que depois dos de Wii U que tenho aqui, vou encarar
Persona 4, que esse já sei, é de em turnos. Espero aprender e não apanhar muito
para pegar o ritmo do jogo. E que ele seja realmente envolvente como dizem por
aí. Suas notas são altíssimas, mais que nove, eu acho. Só os melhores dos
melhores tiram notas assim. Então merece o investimento de tempo e paciência
para aprender a lutar por turnos. E uma vez que domine essa forma de jogar, um
novo horizonte de jogos se descortinará para mim. Jogos que evitei justamente
pelo combate ser desta forma.
0h49. Ouvindo minha amada Björk, “Wonderlust”. Eu deveria
colocar aspas nos nomes dos jogos também, mas tenho preguiça. Se dá para
entender, tá bom. Não estou em nenhum concurso literário e ninguém deve se
incomodar com isso, creio. Então vou continuar fazendo assim. Não tenho saco na
revisão de por aspas em todos os nomes de jogos que citei. Uma coisa que me
atrapalha em ME é que não consigo me concentrar no que o cara que me auxilia
nas missões diz. Eu pus legenda, mas geralmente estou numa correria tão grande
para me manter vivo (ou viva, já que sou uma mulher no jogo) que não dá tempo
de ler as legendas e eu não consigo entender o que o carinha diz,
principalmente por causa do Profetafy no pé do meu ouvido e porque eles usam
algumas gírias que eu não entendo se não ler. Vou desligar o Profetafy. Está me
dando nos nervos. O som fica aqui muito perto e não estão rolando músicas boas.
Pronto. Dei pause. Assim recomeço de onde estava quando for ouvir mais uma vez.
0h59. A única parte ruim da noite/madrugada é que não recebo
e-mails. Nem possíveis mensagens dos Correios. Gostaria que Luiz prometesse o
que cumpriu e me comunicasse do feedback da reclamação nos Correios.
1h05. Incrível. Esqueci o que estava pensando há um minuto.
Minha memória também está uma porcaria, mas a de mamãe dá sinais muito maiores
de decadência, na verdade é mais uma falta de foco do que de memória ruim. Ela
não consegue se concentrar numa coisa só por muito tempo, aí acaba esquecendo
do que ia fazer porque novos pensamentos tomaram conta da sua cabeça. É mais ou
menos o que acontece comigo. Estou com o pensamento muito fragmentado. Penso
numa coisa, de repente pulo para outra e acabo esquecendo o que ia fazer ou
dizer. Estou querendo comer uma coisa doce. Vou à cozinha à procura de algo.
Fiz uma oferta quase imoral a um carinha do eBay para um jogo de Wii. Tomara
que ele não aceite. Fiz no impulso.
2h04. O pior que o cara aceitou a minha proposta. Comprei
pelo preço mais baixo do eBay e um item descrito com “Like New”. Meu irmão é
que não vai gostar nada disso. A culpa vem me assolar de novo. Espero que pelo
preço e pela reputação do cara que é 99,3%, não seja fuleiragem. Afinal é um
jogo antigo de Wii, não é nem de Wii U, que inclusive eu tenho, mas não roda
mais, emprestei às minhas primas e elas arranharam de um jeito que não pegou nunca
mais. É o New Super Mario Bros Wii. Aqui esse jogo é uma fortuna (novo). E não
confio nos usados daqui do grupo de Facebook Nintendo Recife. Além do que
ninguém está vendendo ele. Mas isso tudo são justificativas para um impulso
consumista que eu tive. Quero muito jogar esse jogo de novo. Zerá-lo mais uma
vez, mas poderia muito bem sobreviver sem ele. Como poderia sobreviver sem o
Wii U. Mas são coisas que agregam prazer à minha vida. Eu acho que mereço isso.
E ainda fiz um negócio da China por um jogo “Like New”. Não devia me sentir tão
culpado. Só meu irmão que vai chiar, eu acho, por causa de mais um jogo. Pelo
menos não é mais um boneco que isso, sim, ocupa espaço. Aí ficam faltando só
dois jogos de Wii U que eu quero comprar: Bayonetta 2 e The Legend of Zelda
Breath of The Wild. Mas esses só ano que vem. Se lançarem o Super Mario Odyssey
por Wii U, ficam 3. Mas todos podem esperar mais 365 dias e 6 horas. Ou mais. O
quanto for necessário para os preços baixarem.
2h20. Começo a ficar com sono. Vou ligar o ar mais uma vez
para me preparar para ir dormir. Não fôra o mega cochilo que dei hoje à
tarde/noite, provavelmente já estaria dormindo. Vou pegar uma Coca-Cola Zero.
2h24. Olhei pro meu caderno agora, o dos diários, e a
lembrança de que tenho que digitá-lo me açoitou a mente como um chicote. Não
garanto nada, mas dependendo de como acordar amanhã, eu digito mais um
pedacinho. Amanhã... ir para o Bloco do Nada, de repente encontrar minha amiga
do CAPS lá, quem sabe Mariana. Isso se meu primo for mesmo. Tomara. Seria
engraçado se os psicólogos do CAPS resolvessem aparecer por lá também, como se
deu da última vez. Aí o circo estava montado.
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