quarta-feira, 30 de novembro de 2016

2016-11-30

Recife, 30 de novembro de 2016.

Faz muito tempo que não venho escrever aqui. Tenho me dedicado muito mais à escrita de um outro blog que criei e que nada tem a ver com este. Não faz tanto tempo assim, entretanto, que pego uma folha em branco sem ter idéia do que vai sair. Escrevi o equivalente a dois cadernos de 10 matérias na munheca, com canetas Bic azul – sequei três e meia escrevendo – e muita disposição. Minha intenção final é transcrever tudo para o Word, o que será uma tarefa que me tomará uns seis meses, pois não pretendo fazer nem com pressa, nem de uma forma estressante para mim, pois sou alérgico à estresse e isso só me faria desistir da empreitada. Fazendo aos poucos, exercito minha disciplina e autocontrole, coisas às quais eu sou moderadamente alérgico apenas. O sonho final, se meu senso crítico estiver baixo o suficiente, é transformar o material em um livro. Mas duvido que chegue tão longe. Tenho minhas dúvidas quanto a digitar o treco todo, que dirá tansformá-lo no objeto livro com ISBN e tudo o que tem direito? Além do que o livro feriria muitas sensibilidades e provavelmente arruinaria com preciosas amizades que cultivo com o maior carinho. Estes fatores são primordiais para que não publique o livro. É melhor que certas verdades minhas permaneçam assim, só minhas. Não sei. Tenho mania de me desobedecer, o que me leva a crer que nem digitar o texto se realizará. Vamos ver. O texto é um diário, bem ao estilo do 10° Passo de NA (Narcóticos Anônimos), onde reparto o que aconteceu de relevante e de irrelevante em dado dia. Ele cobre um período de dois meses da minha vida que foram, digamos, peculiares. Por isso, inclusive, foram escritos à mão. Só de pensar no trabalho que vai me dar reescrever aquele monte de baboseiras já me desanima. Mas enquanto escrevia, eu me prometi transformar tudo em formato digital. Então é o que tentarei fazer. Não me prometi publicar pelos motivos acima mencionados. Mas o desejo existe, quase como o desejo de usar ou de comprar um boneco que não posso. Falando em bonecos, não, não vou falar sobre isso, já basta o que tenho escrito sobre eles no outro blog; que talvez atinja a marca das cem mil visualizações, coisa que este recanto nunca atingirá a não ser que a vida dê muitas voltas. E o pior é que ela dá. O mundo gira e nós com ele, nesse balé louco e meticulosamente preciso ao redor do Sol e, por extensão, da Via Láctea, que deve ela mesma passear lentamente pelo Universo à medida que esse se expande e que corpos atraem corpos. Menos o meu, que parece ungido de algum repelente nesse sentido. Nada que me incomode muito. Nada que me incomode mais. Já me acomodei quase que completamente à solidão. Uma companheira talvez viesse baratinar toda a minha constelação de uma estrela só. Talvez a Dalva que, na verdade é Marte e é de onde cada vez mais sinto que deveras sou. Enclausurado no meu quarto, na minha caverna urbanoide que talvez seja reformulada agora no ano que vem para acomodar a minha coleção de bonecos, HQs, CDs, DVDs, Games e Coca-Colas. Duvido que haja paredes suficientes para todas estas coleções, pois além disso, tenho roupas e me foi prometida a velha cama de casal, que alegremente reparti por três ou quatro felizes anos com minha Gatinha, posta aqui no quarto. Só que agora ela está com um colchão enorme e não dormirei mais tão perto do chão, o que é bom para a velhice que se aproxima galopante (ano que vem entro – e não saio, provavelmente – nos “enta”) e péssimo para a coleção de bonecas, pois não posso coloca-las mais tão próximas da minha linha de visão sob pena de acertar as prateleiras com cabeçadas sonolentas durante a noite. Vamos ver. Parece que até uma arquiteta vai ser chamada – e isso se faz extremamente necessário – pois não sei como solucionar o dilema dos bonecos, cuja maior parte da coleção ainda se encontra nos EUA, no porão do meu irmão. O que há aqui no quarto já o abarrota de coisas, não deixando espaço sequer para mais nada. Tudo bem que estão ainda em suas caixas e isso torna o volume bem maior, mas a maioria dos bonecos grandes está na casa do meu irmão. Ou ainda nem chegou lá. Bom, o site tem as dimensões de todos os bonecos e isso servirá para a arquiteta(o) fazer seus cálculos e usar sua criatividade para com que tudo caiba – de forma visível a mim – nas estantes. Tudo isso levando em conta ainda que tenho uma TV que não é pequena e uma gama de eletrônicos diversos a serem conectados a ela, além de um som muito do fuleiro que “engasga” se o CD tiver muitas músicas / minutos e “engasga” também sem motivo aparente. Mas deixa tudo isso para lá. É futuro e quem vai quebrar a cabeça com isso não sou eu, mas a pobre da arquiteta. Há crianças na casa, duas, um menino e uma menina filhos da minha irmã que também cá está. Não interajo muito com eles porque são pequenos demais ou porque não quero essa responsabilidade de cativá-los e me ver obrigado a estar sempre presente. Mais chegarão em breve, pois meu irmão também virá passar 3 semanas aqui na Veneza Brasileira com os seus.

20h34. Joguei muito FarCry 3 agora e naveguei um pouco pela web. Estou sem saco para escrever mais. Estou meio saturado de escrever sobre mim depois dos cadernos. Fico por aqui.

Sagittarius

domingo, 21 de agosto de 2016

FIV E OUTRAS BABOSEIRAS

Fui ao FIV – Festivas de Inverno da Várzea – e achei o ambiente bastante peculiar. A Várzea aparenta ter uma comunidade própria que se aproxima da de Olinda, mas não completamente. Muitos rastas, muitos homossexuais, muitas morenas bonitas, negras bonitas, pouquíssimos obesos, gente geralmente da classe C média, muito aprazível. Não consegui dar em cima de ninguém e quem me apeteceu ou aparentava ser jovem demais ou já estava acompanhada. Muita maconha no ambiente e sabe-se lá mais o quê. A coca estava barata variando entre três a quatro reais. Fiquei perto de um lugar onde ela estava a três e cinquenta. Agora o Word tira tremas, que droga. Acabei de descobrir ao escrever cinquenta. Encontrei a psicóloga do meu grupo de CAPS. E devia ter seguido o conselho dela e perguntado onde ela estava bebendo sei lá o quê que não reparei o preço da Coca antes de ter pago quatro contos na minha (lá onde ela estava era três). Arrependi-me, mas foi também a última coca da noite, pois os meninos partiram para o antigo e eu queria pegar a festa da minha prima e vizinha. O que de fato fiz, interagindo muito pouco com os convidados restantes porque eles não estavam muito a fim de conversar comigo, o que me deixou levemente irritado. Ninguém gosta de ser ignorado e foi assim que me senti, mesmo quando eu puxei o papo. Tem nada não. Achei-os meio boçais, estes novos amigos dela que nunca havia visto antes. Bom, perderam de conversar com alguém superiormente interessante, com uma vivência completamente diversa da deles. Perdi pelo mesmo modo. Mas não foi escolha minha. Ainda penso em voltar lá. Já que ainda está rolando e a porta está aberta. Mas entrarei mais para comer alguma coisa e encher meu refil de coca quando acabar. Estou trêmulo. Isso é falta de comida.

2h56. Deixei a idéia besta de ir lá e comi aqui em casa mesmo. Acho que a tremedeira está começando a passar. Queria comer bife à milanesa com purê. Vou pedir a mamãe para ela pedir a Dona Carmelita fazer quando ela vier. Aliás, queria comer bife à milanesa com batatas fritas. Ia ser perfeito. Eu sei que eu estou de dieta, mas ela iria para uma pequena viagem interespacial nesse dia. Eu mereço, eu acho. Nem sei se mereço alguma coisa. Já tenho mais do que mereço, tendo em conta o meu passado, mas, que seria bom, isso seria.

Por falar em passado, encontrei um companheiro de internação na Villa Passos. Ele me pareceu muito bem. Fiquei muito contente com isso. Conheci finalmente sua família, a qual tinha sincera curiosidade de encontrar, já que ele falava incessantemente nela durante a internação. Foi interessante e com colocar rostos e corpos nos personagens de suas histórias.

Foi bom esse encontro. Ele me tratou com calor e animação, o contrário da receptividade que tive na festa da minha prima. Puxa, realmente a frieza, a meu ver infundada, dos amigos da minha prima realmente me incomodou, pois voltei a falar nisso. Vou deixar esse assunto de lado. Eu estou com a vida ganha, graças a Deus. E agradeço a ele aqui com certa fé. Não sei de onde vem, mas surge, sempre que penso nesse assunto da curatela. A paz de espírito que ela me garantiu. Nunca havia experimentado tamanho alívio na minha vida. E todos os dias me sinto grato por isso. Morro de medo de perder. Acho que nem sei o que aconteceria comigo. Mas não quero falar disso para não atrair. Não acredito muito na lei da atração. Mas por via das dúvidas. Mudar de assunto.

Como venho dizendo, tem me trazido um prazer enorme o outro blog. E agora, uma certa ansiedade, posto que estou ficando sem ter sobre o que escrever.

Estou escrevendo encontro instalo o jogo Evolve do qual comprei o boneco Goliath há mais de um ano e que agora é gratuito. O jogo é enorme. Parece que tem 19 GB. Não sei nem se vai rodar nessa máquina, mas, como comprei o boneco, quero testar o jogo. Só para ver como é. Se não gostar ou não rodar, apago.


Faltam dez horas de download até eu poder instalar o jogo e ver se o meu computador roda. Cara como me arrependo de não ter comprado o outro computador... mas tudo conspirou contra. É a vida. Não tenho do que reclamar. Tenho um computador relativamente rápido, pelo menos para coisas não tridimensionais (como jogos ou ZBrush, que também não sei nem para onde vai :P). Tenho dois blogs que me preenchem o tempo, me preenchendo assim. Tenho um PS3 com vários jogos e acho que aprendi como consertar a armadura do meu personagem no Diablo 3, pois só faço morrer porque minha armadura está toda danificada. O ícone, além de partido em três partes, ficou vermelho agora. Aí, em qualquer luta que entro, me lasco. Espero que tenha entendido as coordenadas do meu amigo fã de Diablo (que estava conosco no FIV) e consiga reparar meus equipamentos. Aprendi que posso vender os itens que não quero do jogo (e pensar que joguei várias dezenas fora...) e fazer uma grana extra para poder pagar o conserto das minha armadura. Vou testar isso amanhã. Acho... Ando tão sem paciência para videogame ultimamente... E isso me incomoda bastante, pois tem zilhões de jogos irados que eu quero jogar e vou jogar. Não é possível. E ver filmes também. Preciso me reeducar a ver um filme por dia. Vamos ver se consigo pôr essas duas coisas em prática, quem sabe amanhã. Quem sabe... não sei de que horas eu vou acordar... só sei que vou acordar debaixo de esporro porque certamente, indo dormir mais de 3h43 da manhã eu vou acordar tarde. E aí enfrentarei um surto de mau humor por uma hora, pelo menos. Mas assim é minha vida, com seus percalços, mas finalmente agradável de ser vivida. Vou ficar por aqui, senão o “tetéu” vai aparecer aqui furioso.

10 horas de download...

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

UMA OUTRA ESTAÇÃO





Ouvindo “Uma Outra Estação” do Legião. Pois é, dei uma pausa pra Mallu e pro Bowie. Está tocando a música título, a segunda do disco e minha predileta. Para mim, é o melhor disco póstumo – brasileiro, pelo menos – empatado com de Cássia Eller cujo nome é uma data que não me recordo. Péra, vou ver no mestre Google. “10 de dezembro”. Pronto. Esses dois são os dois melhores discos póstumos que já ouvi. Se bem que não me lembro de ter ouvido outros. Só tributos. Entretanto, esses dois poderiam entrar na discografia original com louvor. Mas não sei se quero falar do meu gosto musical ultrapassado. O que me faz me lembrar de algo que não devo lembrar. Mariana, esqueci disso. De cobrar ao amigo do meu primo-irmão o contato dela no Facebook. É chato cobrar, mas com o blog de bonecos, estou aprendendo a ser mais chato do que já sou. Amanhã cobro a ele. Se me lembrar, quero dizer. Por falar nisso, não pude ir à Vila Edna no Dia dos Pais, pois estava tendo o Dia dos Pais do meu padrasto aqui em casa. E depois do almoço peguei num sono ferrado e só fui acordar quando mamãe veio me dar os remédios. Aí também fiquei acordado até as quatro da matina. No mundo fantástico dos bonecos. Darei mais um golpe financeiro na minha mãe. Na minha mãe, não! Vou usar minha pensão para pagar os fees do eBay. Acabei de fazer isso. Não sei se vai passar pelo crivo dela quando ela olhar a fatura do cartão. É o velho, se colar, colou. Por falar nisso, não sei se a atividade de hoje do grupo foi muito terapêutica, pois era para fazer uma história em quadrinhos do uso da minha droga de preferência, obviamente, a Norcola. Isso me deu um pouco de fissura, mas tenho muitas razões para não recair. Boas razões. Como não voltar para a clínica, como ganhar a aposta que fiz com um amigo meu de que não recairia de novo até o final do ano (e nem depois! Mas a aposta foi até dezembro). Como uma possível viagem no ano que vem, como o meu blog de bonecos, como não sofrer mais em troca de apagões. Como não ficar mais seqüelado do que já sou. Não, não e não! Mas esse exercício foi meio fora de contexto por gerar em mim memórias eufóricas da droga. Se tiver oportunidade de comentar sobre o exercício no próximo encontro, levarei esta observação. E amanhã seria o dia perfeito para recair, pois minha mãe vai passar o dia todo fora de casa. Mas não o farei. Tô cansado de me foder. Simples assim. Vou mudar até de assunto que falar sobre isso alimenta a fissura.

Sobre o que falar, então?

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16 de agosto de 2016.

Continuando ou recomeçando, melhor dizendo. Tanto tempo desde a última frase. Fui pegar o “Blackout” de Britney Spears para ouvir e achei embaixo “Recanto” de Gal (que Caetano compôs para ela e arranjou com um arranjo bem diferente, meio eletrônico, o disco todo é meio difícil a priori, depois se torna o bicho. Um dos discos que mais gosto da minha coleção). Minha coleção de CDs... é uma pena... só sei onde está no máximo 1/3 dela. Vários CDs que gostaria de ouvir estão perdidos pela casa ou para sempre. E eu não tenho ânimo para localizá-los, sei que há muitos no quarto da minha irmã, num armário específico, mas nem me dou ao trabalho de ir resgatá-los, pois não há espaço no meu quarto para coloca-los. Meu quarto é um amontoado. De coisas minhas e não minhas. No mínimo, 1/3 do volume é não meu. Quero ver com essa reforma, o que será das coisas todas que amontoam o meu quarto, pois terei que abrir espaço para as bonecas e bonecos. Quando esta reforma vier. É uma pena and a pain in the ass minha mãe não deixar eu usar o dinheiro da pensão para bonecos. É só remédio, vestuário, plano de saúde, psicólogo, coca-colas, saídas e quetais. É uma pena que eu não posso eu mesmo gerir o dinheiro, mas teria que pagar tudo o que é pago com a pensão para poder pensar em gastar em boneca, não iria adiantar de quase nada. Não daria para eu comprar uma boneca, só se poupasse. Mas não posso. Então tenho que me contentar com as que já tenho e em como elas são. É a vida. E é bonita, é bonita e é bonita. Finalmente acho assim. Por mais que o caos às vezes opere contra. São várias variáveis, como diria Humberto Gessinger, e não se pode dar conta de todas. É impossível. É incrível que ainda mantenha esse quantidade enorme de controle sobre a minha vida quando penso que sou eu contra o universo inteiro de coisas que podem vir contra minha vontade! Chega a ser miraculoso isso. Que cada pessoa consiga isso ainda mais aglomerada no mesmo planeta, um monte de quereres e vontades dissonantes coexistindo em sua maior parte em paz cada um respeitando o máximo que consegue o quadrado do outro. É fantástico. Parece mágica e deve ser. Como a mágica dos formigueiros se auto-organizarem espontaneamente.


1h57. Nem lembro do que estava falando. Me perdi no Facebook. E uma googleada ou outra por aí atrás do que botar no blog de bonecos. 2h21. Ainda perdido no meu mundo de bonecos. Como diz a música “Estou longe, longe, estou em outra estação...”. Ah, cobrei ao amigo do meu primo-irmão que arrumasse o endereço de Mariana. Vamos ver no que é que dá. Ah 2, levarei o texto da Novíssima Religião para duas meninas do meu grupo do CAPS amanhã! Vai ser doideira!

sábado, 13 de agosto de 2016

EQUILÍBRIO

Chamei de "Liberdade da Plenitude", concluíram que eu era desequilibrado
depois que interpretei o desenho...




Num dos grupos do CAPS quarta-feira, num debate sobre a figura acima, que elaborei durante a atividade, o mediador do grupo pediu que eu pensasse sobre a palavra equilíbrio. Disse a ele, então que escreveria sobre ela aqui neste espaço. Passaram-se dois dias e eu não consegui achar motivação para escrever sobre o tema. Mencionei o fato para ele hoje e ele me disse para tentar equilibrar coisas, fisicamente falando mesmo, para ver se isso me dava uma luz sobre o texto. E não foi que deu? Tentei equilibrar meu isqueiro em pé na minha mão e descobri que alcançar o equilíbrio é a parte mais fácil; mantê-lo é que é extremamente difícil e, no caso do isqueiro, para mim, impossível.

Eu sou uma pessoa de extremos ou pelo menos assim me julgam. É fato que nem sempre consigo manter o controle sobre certos aspectos da minha vida. Me considero inexperiente emocionalmente em relação a garotas e ando um tanto quanto introvertido. Por outro lado, pego uma psicóloga do CAPS e falo abertamente da minha vida, como faço aqui. Da mesma forma, muitas vezes repetitiva, como aqui. É fato que tenho baixa autoestima no que diz respeito à minha aparência e minha cultura, por outro lado o meu blog de bonecos bota meu ego lá para cima quando recebo um elogio. Enquanto fisicamente me sinto um fracasso e isso me põe para baixo, assim como os meus defeitos de caráter que não consigo ainda controlar (e há também alguns que não quero controlar), de resto vou muito bem comigo mesmo. Acordo gostando de viver. Tenho coisas para preencher todos os meus dias e todas as minhas horas. Coisas que gosto de fazer. Então não tenho do que reclamar. Não me vejo como um desequilibrado emocional. Sou desequilibrado corporalmente falando e acho que isso se deva em parte aos remédios que eu tomo ou assim quero crer. A droga é que não consigo me lembrar os extremos que o terapeuta mencionou no grupo para transcorrer melhor sobre o assunto. É óbvio que não consigo manter o equilíbrio o tempo todo e cometo excessos. Mas, em comparação com dois anos atrás, eu estou muito mais comedido. Como consegui isso? A custa de muito esforço e de muita cabeçada na parede. Ainda ando dando com os cornos no muro, mas muito mais de leve agora, adquiri um autocontrole que não me imaginava capaz de ter, que ainda me é penoso controlar, mas a sensação de não ter feito uma besteira que vem depois e é recompensadora. Uma coisa que me incomoda, mas não o suficiente para que eu tome uma atitude é que me sinto em débito com uma série de pessoas, mas, por outro lado, gosto tanto de usar meu tempo da forma que me apraz que esse prazer empalidece qualquer vontade mudar a minha rotina. É algo que preciso trabalhar. Há certas responsabilidades de cunho emocional mesmo que preciso assumir. Não são tarefas domésticas. São cultivos de relações afetivas que estou deixando ao deus dará. É uma das mudanças que vejo como mais prementes na minha vida. Isso vai requerer esforço e privações aos quais certamente não estou disposto a me submeter, mas por um bem maior que eu, se fazem necessários. Falo principalmente da minha mãe e, num segundo plano, dos meus avós; e num plano intermediário das garotas. Por sinal a Mariana que encontrei na Bodega do Eduardo não me saiu da cabeça ainda e ainda estou batalhando por seu Facebook, muito embora eu tenha grandes suspeitas de ela ser lésbica, por mais que não aparentasse no agir, como também não aparentavam suas amigas, mas nas gírias relacionadas a mulheres. Espero estar redondamente enganado e espero conseguir o Facebook dela. Mas estou fugindo do meu assunto que é o equilíbrio. A pergunta que me vem é: se estou me sentindo majoritariamente bem – e bote majoritário nisso – deveria eu me forçar a mudar o andamento das coisas? Obviamente gostaria de emagrecer, mas exercícios estão cortados do meu rol de possibilidades, só me resta fechar a boca, por mais que este remédio da noite me dê uma fome do cão. Vou ter que voltar a pedir para trancarem a cozinha. Agora mesmo, 23h36. Estou com uma larica enorme. Doido para colocar algum alimento para dentro. O meio pacote de biscoitos que comi para enganar já não enganam nada. Por isso é bom trancar a cozinha. Para que eu não vá lá “estraçaiá” tudo o que encontrar pela frente. Funcionou antes. Pode funcionar agora. Reduzir a quantidade de Coca-Cola Zero também está fora de cogitação. Se minha barriga for por causa de contenção de líquidos por causa dos remédios, um abraço, xau pro louro, que as Cocas eu não abandono. Poderia tomar menos Coca, seria a decisão equilibrada, mas eu prefiro do jeito que está. Afinal a decisão tem que ser a mais equilibrada para quem? Este é o meu equilíbrio. Pelo menos por ora. Todos procuram o seu próprio bem-estar, se eu encontrei  e construí meu bem-estar por que deveria alterá-lo? Por que um adulto precisa de mais responsabilidades, mais repressão e mais sofrimento para amadurecer? Ah, só quem já passou pelo que eu passei sabe das responsabilidades, da repressão e do sofrimento inerentes à minha condição. Para mim tá bom disso. Serei para sempre infantilizado? Talvez, quem sabe? Tentarei dar mais atenção à minha mãe. É a única meta que me coloco no momento. E isso significa visitar meus avós domingo sim, domingo não. Vamos ver se consigo, pois estou sem a menor disposição para isso.


No que mais estaria desequilibrado? Nos gastos? Esta é a parte em que tenho exercido mais o meu autocontrole. Eu não tenho culpa se o estabilizador queimou. Mas tenho culpa de ter encomendado duas camisetas para mim. Infelizmente, não me sinto culpado pelas camisetas. Acho que, de vez em quando, eu posso escolher as roupas que quero vestir, não ser sempre uma escolha da minha mãe. Fato é que estou muito feliz do jeito que estou, tirando essa caspa que me deu na barba, meu bucho e a falta de uma flor na minha vida. Eu não sei, posso estar completamente equivocado, mas me sinto equilibrado. Em vista do que já fui. Em vista dos demais que me cercam. Estou em paz comigo e com o mundo. Nunca 100% em paz nem com um, nem com o outro, mas quem está? Não sou Buda, nem tenho pretensões budistas. Falta-me mais auto-aceitação e mais autoestima, mas um passo de cada vez, já percorri um caminho enorme e tenho sempre que ter cuidado para não tropeçar no meio dele, porque buraco preu cair é o que não falta. Já está de bom tamanho para mim, não preciso de responsabilidades outras, sofrimentos outros, repressões outras. Quero a vida o mais livre, leve e solta possível. Eis aí meu ponto de equilíbrio. Poder fazer minhas próprias escolhas dentro dos limites da curatela. A curatela é um fator bastante limitante, mas mesmo assim, existem graus de liberdade a se apreciar. E eu os aprecio. E como.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

MUITO DO POUCO QUE ME CERCA

Casa dos três velhos



Ouvindo, Blackstar de David Bowie. Venho ouvindo com frequência agora que me acostumei com o disco. Também tenho escutado bastante New Adventures in Hi Fi do REM, aquele disco que meu primo me deu anos atrás e ao qual não havia ainda dado uma chance. Maria Rita agora me faz lembrar a época em que estava jogando FEZ (jogo nota 10 que aconselho a qualquer gamer jogar, desde que com acesso à internet, pois certas coisas só com a ajudinha de um bom walkthrough). E Mallu. Ah, Mallu é para quando eu quero deixar a vida mais leve e doce. É um disco tão inofensivo que chega a ser indefeso. É tão carinhoso, posto que devotamente apaixonado, e um tanto hesitante, inseguro, como uma garota de 18, 19 anos que ama profundamente um cara barbudo de trinta e tantos anos.

Faz tempo que não venho aqui ao território das palavras livres, leves e soltas, das palavras jogadas ao balanço do mar de pensamentos que as carrega de mim para o papel digital. Ainda estou me sentindo desapontado comigo mesmo por ter perdido a oportunidade de conversar coma menina solitária do Forró da Casa Astral. Quando me decidi ir ter com ela, ela não estava mais lá. E foi uma garota que sinceramente me agradou e que me pareceu simpática. Por mais que parecesse chateada com algo. Não é como a minha outra musinha do forró, que sempre está com cara de poucos amigos ou de estar acima da humanidade. Não sei porque, nem como se consegue, alguém se dar tanta importância e se achar tão especial. Gostaria de saber, mas não de praticar. Quem sabe, sabendo isso, eu não saberia agir normalmente e não como um sub-humano? Meu psicólogo disse que minha casa havia se tornado uma casa de velhos e que eu deveria dar mais atenção à minha mãe. O chato foi que ele me incluiu dentre os velhos da casa. E não me sinto velho por dentro. Embora a idade já pese um pouco por fora. Talvez por dentro também. Não aguentei a farra dos meninos na sexta ou no sábado, nem lembro. Fui embora bem mais cedo que eles. Por volta das duas da manhã. Eles ficaram até umas quatro. Num lugar barulhento, tocando música que não gosto, com gelo pago, onde não conseguia ouvir as conversas direito. Ou seja um lugar inóspito para a minha velha alma. Muito melhor seria a máquina de chope ter funcionado e termos ficado na casa dos meninos, sentados, jogando conversa fora. Mas o destino e o tanque de gás não quiseram assim. É a vida. A vida. Que coisa mais estranha é a vida. Nos apresenta impossíveis. Nos faz desejar impossíveis. Como não morrer ou não envelhecer. Eu acho que minha vida está perfeita do jeito que está agora. Pena apenas não haver gatinha para me aconchegar e aninhar. Mas também não sei se estaria disposto a transformar minha rotina para fazê-la caber na minha vida. Dependendo de quem fosse, faria sim. Daria o meu mundo e minhas bonecas. Mas a vida não está querendo assim. Nem vai querer. É bom que continuo com as minhas bonecas. E todo o resto da minha vida que está estruturado de um jeito muito cômodo para mim. Se pudesse, ainda desistiria do CAPS e talvez até do psicólogo. Mas sei que não posso. Senão viro um vampiro. Troco a noite pelo dia e não me sociabilizo mais com ninguém durante a semana. E não acho que consigo achar tanto conteúdo para o meu outro blog para preencher minha vida só disso. Se bem que consegui um novo estabilizador e meu videogame está operacional mais uma vez. Então, estivesse eu com disposição para jogar, que não estou com a mínima no momento, eu teria centenas e centenas de horas de jogo para me distrair, ou seja, me tornaria praticamente um eremita urbano. O que praticamente já sou, não fora o CAPS e as saídas de final de semana. O psicólogo não deixa de ser uma forma de sociabilização. Mas não gostei da idéia da “casa de velhos”, por mais que ela se me afigure de certa forma verdadeira. O nome “casa de velhos”, me soa mal aos ouvidos, me lembra asilo para idosos debilitados. Será que tão em breve serei isso? Eu que nem quarenta fiz ainda (embora não falte muito). Acho um tanto forçada essa nomenclatura para o meu lar ainda mais estando eu incluso neste lar, mas sinto uma certa validade nesta afirmação daqui a dez anos. Não por mim, ainda, mas por mamãe e meu padrasto. “Casa de velhos”, vocês gostariam que dessem essa nomenclatura ao lar de vocês? Mas o meu lar é deveras sui generis, assim como a minha situação pessoal, assim como a minha própria pessoa. Mas me recuso a ser considerado ou me sentir, aos 39 anos, um velho. Tudo bem que tenho a alma empoeirada de solidão. Tudo bem que carrego nela amores que mais se parecem fantasmas de tão etéreos, mas não sou velho. Sou apenas alienado. Da maioria das coisas do cotidiano de uma pessoa dita normal. Não sou alienado sobre bonecos ou games (até que de games estou um pouco alienado, pois decidi ficar na geração passada, por ter tantos jogos para zerar), mas não me alieno da vida, a vivo com a intensidade que me é particular e peculiar, como qualquer outro ser humano. Com a grande benesse de ter uma pensão que me garante quase que certamente que não descerei ao inferno da depressão profunda, da angústia sem tamanho e do pânico imensurável nunca mais. Vivo um paraíso em terra, frente ao tanto que já sofri. Então casa de velhos ou não casa de velhos, me sinto melhor agora do que não me sentia há anos. Não fôra a falta da costela para me esquentar ou para eu esquentá-la, tudo estaria perfeito. Tirando que não contei a mamãe que resolvi me dar três camisas de presente: uma da Majora’s Mask (quem é gamer sabe o que é) e duas dos Strokes. As dos Strokes estavam com 25% de desconto, não consegui resistir. Há mais de ano quero uma camisa dos Strokes, cheguei a encomendar uma, a camisa dos Strokes dos meus sonhos, que nunca chegou, deu back-ordered, que eu nem sei o que é. Só sei que nunca me cobraram nada e nunca chegou nada. Então comprei essas duas agora. Como é roupa, mamãe vai chiar menos... eu espero. Não é boneco, nem game, então tá “quase” limpeza.

Não sei mais o que escrever por ora, está no lusco-fusco do final do dia, já não consigo ver as letras direito. Vou acender a luz. São 17h37. O disco de Bowie, que também é curto, há muito já acabou. Vou encher também meu copo de coca que já secou faz tempo. E vou voltar ao mundo dos bonecos. Se der na telha, volto a despejar palavras aqui. “Palavra minha, criatura, palavra, que me conduz...”

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23h16. Acabei de brincar de boneco por, por enquanto. Foi divertido. É uma coisa que me absorve porque gosto muito. Estou com uma vontadezinha de jogar Diablo 3, porém não posso dormir muitíssimo tarde porque amanhã vou ao manicômio participar de uma dinâmica com os pacientes da casa e o meu psicólogo, que agora faz grupos terapêuticos por lá. Nem sei o que me espera, só sei que me espera acordar cedo que odeio. É uma das coisas que mais odeio na vida. Mas torço para que um dia isso mude, sabia? Gostaria de gostar de acordar cedo. Mas é incompatível com o meu amor pela solidão da noite. Quando me sinto meio que dono do mundo adormecido. Sempre fui notívago desde que me entendo por gente. Sempre tive extrema dificuldade em acordar cedo para ir para o colégio. Sempre fui coruja. Não sei mais o que dizer. Estou ouvindo Mallu agora. Já é a terceira ou quarta vez que boto o disco para tocar. Logo, logo vai ser a quinta, pois a última música, que está tocando agora não vai durar até eu terminar essa frase. Dito e feito. Hora de recolocar minha pilulazinha musical de candura para ouvir novamente. Por falar nisso, não gostei nem um pouco do clipe de “Velha e Louca”, preferia nunca tê-lo visto, aliás, nem suportei assistir todo. Muito mais interessante foi vê-la executando algumas das canções do disco e respondendo perguntas no programa de China na MTV. Adorei. Mas será que é de Mallu que quero falar ou da expectativa de entrar no manicômio sabendo que não vou ficar internado lá? O que será que vou sentir? Como serei recebido? Dúvidas, dúvidas. Mas dúvidas que não me acanham ou amedrontam, já que eu sei que não vou ficar lá com eles. Eles que devem ser vários que já cruzei pelas internações da vida. É uma pena que a menina que eu mais queria encontrar teve alta. Uma convergência de fatores impediu o encontro. Talvez o destino não queira que nos reencontremos. A mãe dela certamente não quer. Tanto que me ameaçou caso voltasse a contactar a filha dela pelo Facebook. Coisas da vida. É uma família bem mais adoecida que a minha. Tenho pena da garota, que pelo menos via em mim um confidente e ombro amigo. Alguém que compreendia sua condição e as vicissitudes decorrentes dela, sem a repreender ou com moralismos. É triste, sinto saudade dos nossos papos. É a vida que muitas vezes corre por regatos que a gente não deseja. A vida é assim, para a gente valorizar o que tem quando perde. Se bem que eu valorizava desde antes da ameaçadora mensagem que surgiu no meu Facebook vetando nossas relações cibernéticas. E pior que não é a primeira vez que acontece. Acho que atraio essas coisas. Fui banido dos dois maiores blogs de bonecos e foi uma luta para ser aceito de novo. E estou preparando mais uma bomba que talvez me leve ao banimento novamente. Acho que não ao banimento, embora a hipótese não esteja descartada, mas ao veto das minhas polêmicas publicações. Polêmicas para quem é muito inocente nos grupos, pois eu mesmo não precisei de muito tempo para perceber que rola um mercado negro de figuras muito bem estruturado e lucrativo. E vou abordar diretamente esse tema. Que é velado, embora a divulgação dos produtos se dê nos próprios grupos apenas as negociações sejam feitas via mensagem privada no Facebook. É um negócio relativamente sigiloso, ma non tropo. Eu apenas exporei o que a maioria já sabe. Talvez eu surpreenda um ou outro e revele um mundo novo para alguns colecionadores, mas acho que a imensa maioria já sabe do movimento. De qualquer forma o meu blog de bonecos de nada interessa aqui. E em nenhum lugar senão nos grupos especializados do Facebook. O disco de Mallu já vai acabar de novo. Queria que meu padrasto já tivesse ido dormir para eu poder fumar o meu cigarro de verdade antes de dormir. Se fumar agora, certamente ele vai sentir o cheiro no corredor, devido à geografia da minha casa. Que saco. Já-já dou uma bizoiada para ver se ele já se retirou ao recinto conjugal. E aproveito para encher meu copo de coca-cola. O disco de Mallu acabou. Acho que vou dar essa bizoiada agora.

0h02. Ele já foi dormir. Vou aproveitar que a minha janela ainda está aberta e não liguei o ar para fumar e torcer para o cheirão sair. Porque minha mãe pega quando eu fumo. É muito ozzy. O cara reduz para um cigarro por dia e ainda ouve esporro. Tenha dó. Tem dias que não fumo nenhum. Até porque não tenho. Bom. Vou lá fumar. Quando voltar, sai Mallu e entra REM de novo.

0h13. Já fumei, já coloquei REM e já estou aqui de volta. Estou puto por que tecla de Shift do meu computador já não está respondendo bem. É uma das teclas principais de qualquer computador (maiúsculas, anyone?) e já está dando pau. Devo confessar que não sou dos mais delicados com as teclas, gosto de teclar com certa violência, acho que resquícios do uso de teclados de desktop antigos com suas teclas altas e resistentes. Estou pensando, mas este pensamento se tornou mais distante agora, em ligar meu computador à TV para usá-la de monitor. O cabo HDMI eu já tenho, faltam o teclado e mouse wireless e principalmente um apoio para tudo isso. Talvez essa migração tecnológica se dê quando minha mãe resolver fazer a reforma do meu quarto, quando poderei enfim exibir minhas bonecas e bonecos para poder contemplá-los em todo o seu esplendor. Ter meu sonho finalmente contemplado. Mas acho que isso ainda demora alguns anos. Espero que menos de cinco. Mais do que isso fica meio chato. Meio intranquilo e desfavorável. Uma espera muito longa. Espero que a suposta arquiteta(o) que desenhará o meu quarto arrume lugar para todos os meus bonecos. Amealhei muitos ao longo dos últimos 10-15 anos. Muitos me desfiz para comprar novos e me arrependi. Outros, não. Espero que não me arrependa do custom que comprei com a venda de bonecos, ele me alisou completamente. E nem sei se vai ficar pronto mesmo. Espero que sim, que galera não dê calote. Pois nessa área de customs há muitos caloteiros e este boneco que comprei é 100% made in Brasil, o que foi decisivo na hora de definir a compra. Já paguei o boneco, só falta o frete, que vai ser caro porque, segundo os caras o boneco vai ser sólido e deve pesar uns 10-12 quilos. Sólido que eu digo é que não vai ter partes ocas, vai ser maciço. O que é uma coisa que nunca vi ninguém fazer e que pode muito bem ser uma enrolada. Só sei que só vou pagar o frete depois que me mostrarem uma cópia da nota do frete com o meu tracking number. Se eu fui o único cliente fiz um voto de confiança e já paguei o boneco inteiro, sem nem o protótipo ficar pronto, eles vão ter que fazer um voto de confiança em mim e confiar que eu vou pagar o frete depois do envio. Minha grana tá reservada para isso. E para os outros pre-orders que vão chegar lá na casa do meu irmão nos EUA. Tive que vender bonecos valiosos para conseguir estes. Este é o lado bom de colecionar bonecos, eles se valorizam muito. Mas estes que comprei não vou querer vender de jeito nenhum. Assim espero.

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Recife, 2 de agosto de 2016.


Só mais um pouquinho sobre bonecos. Ontem eu intermediei uma possível parceria entre dois caras que, se der certo, vai causar o maior frisson no mundo dos bonecos. Eu nem acredito que participei desse momento que pode ser histórico. Intermediei = passei o e-mail de um para o outro que me pediu. Mas já me senti “o phoda”. Hahahahaha. Só porque repassei um e-mail. Mas a vida é feita dessas pequenas conquistas. A minha pelo menos é. O resto da minha semana está repleta de compromissos chatos de ordem médica e psicológica. Que saco. E eu ainda estou com um sono arretado aqui e percebendo que estou me tornando disléxico, pelo menos em relação à digitação. Talvez seja o sono. Vou tentar dormir um pouco. 16h33. Vou publicar logo isso que já está com quatro páginas de Word. E eu nem em apercebi.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

UMA COISA QUALQUER


Só para ter a foto de uma coisa qualquer em vez daquele negócio sem graça que aparece.
Esse é um kit original muito antigo. Acho que comprei faz uns 10 anos, que um dia, se conseguir,
Vou mandar alguém montar e pintar, mas não vou querer a moto azul. Vou querer ela cor de pérola
ou branco perolizado. Um dos dois. Vamos ver se eu consigo. Nem que me tome mais 10 anos!


Faz algum tempo que não venho aqui. Venho da Casa Astral. Vi uma garota que muito me agradou sozinha e quando finalmente tomei a coragem necessária para falar com ela, a danada tinha sumido. Quero ir na Casa Astral de novo só para ver se encontro com ela novamente. Minha vontade era arrumar mais vinte reais e voltar lá agora, pois acredito que ela ainda esteja lá, mas sei da impossibilidade disso porque minha mãe não tem vinte reais trocado e não me permitiria sair novamente. O meu amigo falou para a sua acompanhante que eu era um grande poeta. Não sei de onde ele tirou essa, mas ele não estava nem um pouco interessado em mim e sim na menina e falou qualquer bobagem para me apresentar rapidamente a ela. Sendo educado, sabe? Comigo e com ela. É o jeito dele. Fato é que isso me deu vontade de escrever algo de forma mais poética. Eu era capaz disso antigamente, não sei onde foi parar esse talento, como foi que os anos me roubaram isso. De toda forma, vou tentar escrever algo mais poético para uma musa qualquer. Vamos ver o que sai.

Da pureza dos teus olhos, sai um olhar que me diz o que as palavras escondem. Falam de um abraço desejado, mas nunca prometido e de um possível beijo depois desse abraço. Da pureza dos seus olhos é lançada sei lá que luz que ilumina o meu peito e o faz arder uma ardência amorosa que é ao mesmo tempo frio na barriga e raio na espinha, é uma chuva que transborda minha alma por ser maior que ela. Da pureza dos seus olhos algo se transmuta em desejo infinito, eterno e terno, essa chama que os românticos como o bobo que escreve isso chama de amor. Dos meus olhos não sei o que emana, o que a ti chega. Não sei se meus olhos sabem emanar o sentimento que as palavras que não posso ainda dizer calam. Não posso ainda dizer porque algo maior que eu, um pudor desmesurado, uma vergonha doentia me impedem, principalmente diante da pureza dos teus olhos. E fico eu a te fitar e você a me fitar. Em silêncio. No mais evocativo silêncio.

É, perdi o jeito, perdi minha poesia. Estranho isso. Não acho que seja falta de prática. Talvez seja falta de algo na alma, de poesia na alma. São tantos anos de solidão que a poesia em mim atrofiou como um músculo pouco utilizado. Tenho convicção de que se tiver minha alma preenchida de amor ou paixão, a poesia brotará novamente e caudalosamente como dantes.

No mais, tenho vivido mais o meu outro blog que este, pois ele tem me dado mais prazer, posto que me dá uma sensação de realização superior a este que é apenas um fluxo desconexo de idéias. Tenho medo de que o conteúdo para o outro site seque, como secou a poesia em meu coração. Mas espero que não. Tenho medo que os leitores cansem e deixem de visitar o outro blog. Medo que não tenho com este, pois este eu escrevo mais para mim que para o mundo. Escrevo para me enxergar melhor, para desanuviar as idéias e descomprimir pressões internas e externas. Este não escrevo visando os outros. Escrevo por escrever, pelo prazer da palavra. Ao contrário, o outro visa os outros que, como eu, amam bonecos. Se eles não visitarem, não há razão de ser para o blog. Espero que isso não aconteça, pois é o que tem preenchido esta vida vazia que levo. Principalmente agora que o estabilizador pifou e estou sem Netflix, filmes e games. E estou perdendo minhas habilidades sociais todas. Sento numa mesa de bar com um punhado de amigos e amigas e fico calado, ouvindo. Vejo a menina bonita e solitária e não vou falar com ela. Minha vida social se resume ao CAPS e, mesmo lá, tenho calado muito mais do que falado. O silêncio só não existe diante do computador, onde me torno muito prolixo como vocês podem ver. Mas em todo o resto, na parte real, calo. Isto não é bom, embora seja agradável ouvir apenas e ver meus amigos e as outras mesas existindo. Por mais que este tipo de interação passiva me pareça algo um tanto doentio, assim mesmo me agrada. E se me agrada acho que está bom. Se achar que tem que melhorar, certamente abrirei minha boca para despejar minhas inutilidades. Ou pelo menos creio que vá fazê-lo. Certamente irei fazê-lo. Mas, por ora, não me sinto confortável em fazê-lo e nem sinto que tenha algo de aproveitável para acrescentar ao diálogo. Quando tenho acrescento. Não fico absolutamente calado o tempo inteiro. Isso seria uma afirmação hiperbólica, mas digamos que fale 90% menos que os demais. Também não tenho a muleta social da cerveja, mas o caso não é esse. O caso talvez seja que eu esteja alienado do mundo em que eles vivem, da mesma forma em que eles estão alienados do mundo em que vivo. Essa incompatibilidade de realidades gera o silêncio. Mas absorvo e me aproximo assim de onde eles estão no mundo. Não seria egoísta de tentar fazê-los entrar no meu mundo. Não importa, me aproximando do mundo deles, posso opinar e combinar mais as conversas. Com o tempo e mais saídas, talvez me aproxime e me torne mais vocativo. Sim, é o que vai acontecer. Tenho apenas que aguentar as saídas até mais tarde e aumentar o número delas. Fico por aqui, pois quero voltar para o meu outro blog. E porque não há nada mais que possa dizer aqui. Ah, há sim. Uma coisa me doeu e esta coisa que ainda dói, dói calada. Pois calada em mim ela deve permanecer e ser. Vou revisar e publicar para poder voltar aos meus bonecos.



domingo, 17 de julho de 2016

TUDO MENOS O COMPUTADOR


O finado


Meu estabilizador queimou com as quedas de energia constantes que houve hoje aqui em casa. Com isso, eu só e meu número limitado de tomadas, eu só posso ligar um dispositivo nelas. O que eu escolhi. Exato. Este que produz as palavrinhas. E navega na web. E faz outras cositas mas que não tenho utilizado ultimamente. Sem dúvida este é o eletrônico mais importante para mim. A falta de luz me fez ver isso. E olha que estava jogando Diablo e me divertindo. E assistindo a um filme de vampiro lento, porém interessante (Only Lovers Left Alive), que eu posso muito bem assistir aqui no computador, mas prefiro esperar pela tela grande.

Vocês não sabem com quem eu falei recentemente: com Randy Bowen! Mas quem é Randy Bowen, né? Bom, ele é simplesmente o cara que inventou essa coisa de bonecos colecionáveis. Ele está para os bonecos colecionáveis como Stan Lee está para as HQs. Foi uma experiência incrível. Mesmo que a conversa tenha sido pelo Facebook. Também falei com Matt Black da Sideshow Collectibles (a fabricante do meu Demolidor), inclusive foi ele quem me indicou o filme dos vampiros e foi ele quem modelou o He-Man e o Esqueleto que há séculos pré-encomendei e que só vão ser lançados no final do ano. E que talvez não tenha ninguém na casa do meu irmão para receber... Isso me preocupa. Pois não foram baratos, são frágeis e o menino que é vizinho do meu irmão tem autismo e pode querer abrir as caixas para brincar com os bonecos... E provavelmente vai ter neve... Só Deus sabe o que vai acontecer com os bonecos... Espero que dê tudo certo. Tive que me desfazer de bonecos muito queridos para ter grana para encomendar esses. Uma droga o lançamento coincidir com a vinda do meu irmão e família para cá. Se eu der sorte, pois encomendei logo no começo, os bonecos cheguem enquanto eles ainda estão lá pois estão estimados para serem entregues entre outubro e dezembro e entre novembro e janeiro, respectivamente. Mas como esses malucos por bonecos compram logo um monte no dia que lançam a pre-order, eu provavelmente deva estar no meio da fila, o que significa que eles chegarão em dezembro, quando a galerinha vem para cá. Bem feito para mim.

Mudando de assunto de bonecos que é só sobre o que falo no outro blog, quero falar de outras coisas. Encontrei minha amiga psicóloga por acaso no aniversário da filha de uma moradora aqui do prédio, irmã de um grande amigo meu e amiga minha também, além de, como a outra, psicóloga. A quantidade de amigos psicólogos que tenho não está no gibi, pois meu primo-irmão também é psicólogo e a galerinha dele, com quem eu ando, também em grande parte é da mesma profissão, mas raramente discutimos o tema. Essa monocromia profissional não me incomoda, em primeiro lugar porque cada qual tem uma personalidade diferente e é bom quando queremos tratar de um tema com maior profundidade, um tema humanista digo, relacionado com a condição humana. Obviamente não falamos de Cálculo 2 ou de programação em Java ou qualquer coisa do gênero que vocês já conseguiram captar.

Continuo sozinho e à procura, ou melhor, à espera deste grande amor que a vida há de me colocar frente a frente. Achei que tinha achado, mas foi uma ilusão fugidia. Se estivesse à procura, ou seja, tomando atitudes para ele acontecer, talvez as coisas fossem diferentes. Mas para as coisas serem diferentes, eu precisaria ser diferente, agir de forma diferente, agir de fato, mas não tenho conseguido. Continuo acabrunhado e muito seletivo. Isso dá sempre no mesmo lugar, qual seja, lugar nenhum. E continuo só com minha camisa sem botões. Mas penso cá com os meus botões imaginários que a garota e a situação vão aparecer e eu saberei agarrar a oportunidade. Juro que não duvido disso. Só preciso de um empurrãozinho do destino. O destino me empurrou uma chacota e mesmo assim tentei, então quando for na vera, confio que conseguirei. Confiar em mim é algo raro. Mais rara ainda a oportunidade se dar, mas como não se deu até agora, a probabilidade de ela aparecer aumenta, se bem que a vida é como a Mega-Sena, é possível dar a mesma combinação de número duas vezes e não dar a sua, muito embora o acaso não pareça trabalhar assim. As aparências enganam. Mesmo assim gosto de belas aparências. No mais me sinto um completo alienado, confinado no meu quarto, sem saber do que acontece no mundo direito, trancado no meu mundo de bonecos e games e palavras. E alguns pedaços de filmes e um pedacinho de livro. Converso mais com o meu computador que com pessoas de carne e osso. Essa foi uma das semanas em que conversei mais com pessoas de carne e osso mas através do computador, que foram os escultores. Ah, e além do CAPS, onde não tenho falado muito, falei com minha amiga psicóloga. Poderia ter conversado com mais gente se tivesse saído com o meu primo-irmão ontem, mas a preguiça foi maior. Ah, conversei também com o filho do meu padrasto que veio aqui com a família repartir a boa nova de que terá outro filho. Achei legal da parte dele ter vindo pessoalmente. E foi bom que ele passou da fase de God of War que eu não estava conseguindo de jeito nenhum, tanto que já tinha dado o jogo por visto. Agora me reanimei para jogá-lo. Isso se conseguir consertar este estabilizador ou conseguir outro. Meu videogame é 110 V, é botar na tomada e queimar. E não tem buracos suficientes para ligar a TV e o videogame mesmo. Vixe, pensando em como anda limitado o meu repertório de assuntos, caso eu encontre a garota e haja oportunidade de conversar com ela, eu não terei muito o que falar. Isso é problemático. Mas nem tanto. Porque podemos conversar sobre ela. Adoro aprender sobre pessoas, mesmo que não me lembre depois. Mas acho que sempre fica uma coisinha ou outra. Não estou tão desmemoriado assim. Ainda mais se a pessoa me interessar.


Já começo a gostar do disco de David Bowie. Já escuto sem estranheza, as músicas se me tornaram familiares, já consigo discernir melodia nelas, estrutura, continua sendo um disco difícil com arranjos estranhos, mas começo a gostar dele, às vezes ele parece meio “espacial”. É um disco deveras interessante. Muito bem produzido em seu caos sonoro que tem uma ordem por baixo. E é esta ordem estruturante que quando desvendada, deixa o disco mais palatável e até aprazível. Por falar nisso, vou ver se baixo o torrent do novo disco do Radiohead. Baixei. Obviamente, passou-se algum tempo entre a vontade e ter o torrent baixado. Eu fiz outras coisas. Mas estou aqui de volta, só para acabar o post, pois nem me lembro mais sobre o que estava divagando. Xau.

domingo, 10 de julho de 2016

POSTANDO DE UM NOVO VELHO ENDEREÇO

Quinta-feira, 7 de julho de 2016.

Hoje estou postando de um novo endereço: da casa da minha tia amada, onde permanecerei até o domingo, em vista da viagem da minha mãe com o meu padrasto. Me sinto em casa aqui também. Em alguns aspectos, me sinto até melhor do que em casa, pois aqui tenho menos censura e muito mais liberdade e autonomia. Tudo isso é muito saudável para mim. Além disso, a comida é uma delícia (não que a de mamãe não seja, mas aqui o cardápio é mais regional e eu adoro isso). Meu primo-irmão que chegaria hoje, voltará apenas amanhã, então cá estou eu de novo com o meu computador. Estou paralelamente, tentando impulsionar o meu outro blog, mas percebi que, por hoje, houve uma estagnação, o que torna as coisas pouco interessantes de acompanhar. O grupo do qual fui banido não permitiu que eu publicasse um novo post hoje.

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Sábado, 9 de julho de 2016.

2h15. Não continuei a escrever aqui (ante)ontem porque me detive na divulgação do meu outro blog. Consegui publicar meu post no grupo do qual fui banido, mas ninguém o acessa, é como se ele não existisse. Acho que os moderadores fizeram alguma mandinga para tornar a publicação não acessível ou coisa do gênero, pois houve uma grande afluência de visitas no primeiro minuto, depois parou. Nada. Ninguém mais acessou. Muito suspeito. Outra notícia chata é que o Cristo Redentor que Maria de Buria havia me dado como pingente junto com um trancelim, caiu, perdeu-se. Só tenho o colar agora, o que não tem sentido de ser sem o Cristo. Fico parecendo um malandro com o trancelim. Vou ligar para Maria para matar as saudades e comunicar a perda do presente, que usava com bastante carinho.

Domingo, 10 de julho de 2016.

2h19. Fui para o Forró na Caixa da Casa Astral e confesso que a nova configuração do espaço com a banda tocando no jardim da casa ao invés da sala me incomodou, pois estava acostumado a ter a área externa como meu espaço de contemplação, ouvindo meu iPod, o que se tornou inviável agora. Considerarei duas vezes a minha próxima ida, pois o novo formato me força a ficar dentro da casa para ter o meu sossego, o que não é nem de longe tão “astral” quanto o jardim. Entendo a decisão, entretanto, para os que vão bailar ficou ótimo e miraculosamente o número de casais e pessoas dançando aumentou consideravelmente, tanto que até o jardim ficou pequeno para os dançarinos, indo alguns dançar dentro da casa pela falta de espaço. Fui com meu primo-irmão, mas de lá voltei aqui para a casa de titia enquanto ele seguiu para a casa de um amigo em Olinda para continuar a noite lá. Não tenho mais esse pique. Ou estou fora de forma, ou não tinha mais saco para mais farra. Queria mesmo voltar para a frente desta tela, ver como anda a divulgação do meu outro blog e, agora escrever. Ah, vale ressaltar que saímos do aniversário de outra tia, que aparentemente está de novo amor – uma cara bastante extrovertido e divertido, um tanto diferente dela – e de lá seguimos para o forró. O novo afeto da minha tia me deu a falsa superstição de que o meu amor esteja próximo também. Mas isto é ilusório, vi tantos homens até menos atraentes do que eu com suas namoradas hoje que cheguei a óbvia conclusão que o problema está em mim. Preciso tomar uma atitude, um curso de dança, por exemplo para poder me sociabilizar mais e com mais frequência com as mesmas garotas e daí poder, com a convivência, surgir alguma coisa. Mas não tenho a mínima disposição para tal empreitada. Sempre quis aprender a dançar a dois, porém todas as vezes que dancei (exceto as duas ou três vezes em que dancei música lenta) o dançar com alguém me foi bastante custoso, pois requereu uma dose enorme de concentração nos movimentos que roubou qualquer traço de prazer do momento. O foco em não errar – e, mesmo assim, frustosamente errando – não me permitiu me focar nem na música, nem no fato de ter uma garota nos meus braços. Isso me desmotiva a tentar uma aula de dança, além da logística para chegar a um lugar onde se ofereça este tipo de serviço. Por essas razões, acho, a idéia da dança de são não saia do campo imaginário para o real. Sei que coma prática eu acabaria aprendendo os passos de cor e adquiria ritmo e ginga e seria capaz de dançar confortavelmente, o que tornaria, provavelmente, a atividade em algo prazeroso e divertido, mas o bloqueio inicial ainda é muito grande. E tenho na minha cabeça que só encontrarei pessoas mais velhas nessas aulas e elas não me atraem. Posso estar redondamente enganado nesse aspecto, mas minha suspeita, eu suspeito, tem alguma procedência de coisas eu acho que já ouvi. Por falar em ouvir, estou ouvindo advinha o que no meu iPod? Exato: Mallu. Mas quando o disco acabar vou para o shuffle, não estou disposto a ouvir duas vezes seguidas o disco. Aliás, hoje estou meio avesso às coisas. Talvez meu mal seja sono, como diria Maria de Buria. Mas são ainda 2h50. De toda forma, não pretendo passar muito mais tempo aqui. O movimento no meu outro blog já baixou bastante devido ao horário e já-já o “dia de arrecadação” fecha. Espero que o domingo gere mais pageviews, mas não tenho tanta certeza. Preciso postar com menos frequência ou postar coisas ainda mais curtas, não sei, temas muito polêmicos são vetados no grupo que gera mais tráfego. Mas não quero falar sobre isso. Sobre o que quero falar, então? Preciso de umas baforadas e de uma coca zero para pensar. Ou sentir.

Acho que parte da minha antipatia advenha do fato de ter tomado muita Coca-Cola e não ter comido nada. Comi umas bolachinhas agora para ver se amenizo isso.

O projeto de ir com meu primo para o interior foi totalmente frustrado por minha mãe e minha tia amada, mas houve uma mudança de planos que talvez reverta a situação. Ao invés de ficarmos em Lajedo, como a priori, foi sugerido, meu primo-irmão pretende ir para Caetés, onde ficaríamos na casa de familiares, o que talvez soe muito mais seguro para ambas. Então, a possibilidade dessa viagem ainda não está totalmente descartada. Acho que seria uma experiência nova, enriquecedora e agradável. Espero só ter pique para aguentar o pique do meu primo. Isso se o FIG não se der na mesma [época da convocação dele para a vaga que conquistou aqui em Recife. Várias variáveis. Vamos ver como o universo conspirará sobre esse caso. Amanhã mesmo, compartilharei com minha tia que o plano é ir para Caetés para ter uma prévia do que será o julgamento da minha mãe (muito embora uma coisa não implique de forma alguma na outra). Uma intervenção positiva da minha tia, contaria muitos pontos na formação de opinião da minha genitora, caso favorável seja.

Mudando completamente de assunto, preciso assistir o filme “O Traidor” para debater com uma conhecida. Já o tenho baixado aqui, mas com legendas em Inglês. Acho que meu seria legal meu primo-irmão assistir pois ele é super a fim da nossa conhecida e, vendo o filme, teria assunto para conversar com ela no Facebook ou por qualquer outro canal, de preferência presencial, eu creio.


Tá bom. Já escrevi besteira demais.

terça-feira, 5 de julho de 2016

INUTILIDADES

Coloquei finalmente Pitanga no meu iPod. Tive de baixar o torrent porque meu computador não tem drive de CD. :P

Estou sem idéias para o outro blog então vim para esse onde não se precisa ter idéias para escrever é só escrever por escrever. Finalmente consegui instalar um programa no meu computador que estava me dando muita dor de cabeça. Não sei se a mandinga que eu fiz vai funcionar ad infinitum. Não sei nem se o programa vai funcionar se eu desligar e religar a máquina. Veremos. Mas passei a tarde e até agora, 23h23, batalhando com o programa. Já tinha me dado por derrotado, quando vi um comentário de um usuário do torrent que acendeu a luzinha na minha cabeça e, até agora, que já era para ter bloqueado, não bloqueou. Me senti um superninja dos computadores por ter conseguido tal façanha. Coisa que certamente não sou, é papai Google quem merece todos os louros. Pedi para o bróder que instalou os programas na minha máquina que colocasse um de edição em 3D, mas acho que não vou encarar, não. É muito complicado. Mesmo, mesmo. Mas tenho que criar coragem para dar uma mexida maior do que os cinco minutos que passei apanhando dele e me assustei. Acho que não tenho mais neurônios para o bicho, já estou na descendente em termos de aprendizado, então é bem mais difícil para mim que para um guri de 15 anos. É fato que tenho muito tempo livre, mas mesmo assim, nunca vou conseguir fazer um super-herói em 3D, a realização dos meus sonhos em relação ao programa.

Até agora, nada de Mallu no iPod. Vamos ver quantas músicas mais até ela entrar em cena. Digo que, no máximo, daqui a cinco. Escreverei até tocar a primeira música de Mallu, pois não estou muito na vibe de escrever para ser sincero. Estou cansado, acordei cedo para ir ao CAPS e depois disso fiquei batalhando essa parada do programa até agora. Minha mente está meio exausta. Meus olhos também. Além disso, tenho que dar uma trégua pro pobre do computador que deve estar superaquecido. Ah, dei mais uma chance para o Fallout. 3 e novamente fui morto por dois timbus superdesenvolvidos e um cão sarnento. Quando revivi, saí andando por outro caminho e eis que o jogo travou. Parece que Fallout não me quer tanto quanto não o quero. Ou meu PS3 esteja ficando velho, não sei. Espero que não. Senão terei que comprar outro. Com que dinheiro é que não sei. Acho que já vai na quarta música.

Aconselhei, se é que isto é conselho, que uma companheira do CAPS que não sabe o que fazer da vida, que iniciasse um blog, anônimo, e saísse desabafando suas angústias para o Word. Às vezes melhora desabafar nem que seja para esse papel eletrônico, mas às vezes piora também, quando nos damos conta do buraco em que nos metemos e em como não temos idéia de como sair dele. Acho que Mallu não vai ser a sexta música, não. Mudei de idéia. Vou tomar um banho. É, não foi a sexta. Está tocando “Uma Outra Estação” do Legião. Mallu cabia bem depois dessa música. Ela é bem leve, embora melancólica, como quase tudo do Legião. Mas essa é um pouco mais, pois acho que Renato Russo estava nas últimas quando gravou, ele canta quase sussurrando, como se lhe faltasse força para cantar. Eu amo essa música, pois muitas vezes me sinto em “outra estação” em relação aos que me cercam. O que há de errado comigo que distôo tanto? Entre amigos não, mas nos habitats sociais aos quais vou com eles (ou sem eles), me sinto sempre como um peixe fora d’água. Principalmente com a mulheres, infelizmente. Vou ligar o ar. E tomar um banho e colocar o computador para fazer uma varredura completa, pois baixei muita coisa de sites suspeitos hoje até achar a solução para o meu problema, pode haver várias ameaças latentes na minha máquina. Pra rodar keygens, é preciso sempre deativar toda a proteção que eles geralemente vêm ou são encarados como um trojan. Então, para não hiper-aquecer a máquina, o ar condicionado vem bem a calhar. Vou me nessa.

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18h09. Até agora meu iPod só tocou uma música de Mallu. Parece que o shuffle não gostou dela, já tocou música repetida e só umazinha de Mallu. Qualquer coisa, coloco o disco. O dia hoje foi bom porque acordei cedo 10h30 (para um dia em que não tenho atividades, é cedo). Já escrevi um post, pelo visto polêmico, mas uma velha polêmica pelo que a comunidade falou, logo nenhuma novidade, logo não terei muitos visitantes. E parece que fui banido de outra comunidade. Dessa vez, não sei realmente por quê. Nem sei o nome de nenhum administrador da comunidade para poder pleitear a minha volta. E se esta volta for tão cheia de regras e restrições quanto foi na outra, de nada me adiantará, como de nada adiantou voltar à primeira, pois não posso mais replicar meus posts nela. Perdi um monte de leitores com esses dois banimentos. Logo o país da liberdade de expressão da famosa e brandida quinta emenda. Que piada. Já é o terceiro banimento. Bom, que seja.

Outra do dia, foi que colocaram a película na janela do meu quarto, o que é ótimo, pois reduz o calor do quarto em 54%, a entrada de raios UV em 98% e outro tanto a entrada de raios ultravioleta. Como meu quarto é nascente isso vai contribuir deveras com meu sono. Além de proteger meus bonecos e bonecas que com tanto sacrifício amealhei ao longo dos anos. Aliás, esta foi a razão maior para a colocação das películas. Os raios UV queimam e desbotam a pintura dos bonecos. Assim, eles durarão mais. Agora é só esperar o dia que vamos ter condições de colocar as prateleiras para expô-los todos. E mais ainda, o dia em que todos estarão aqui, posto que a maior parte está na casa do meu irmão nos EUA e as pessoas que para lá viajavam e traziam não trazem mais. Cansaram, sei lá. Só posso contar agora com a boa vontade do meu irmão quando ele vem para cá. Mas um dia as terei todas reunidas aqui nas prateleiras antes de morrer. Assim espero, pelo menos. Por ora, me deleito com o meu Demolidor. Um dos únicos grandões que conseguiu fazer a travessia até aqui.

Mas não é de bonecos que quero falar agora. Nem sei do que quero falar. Sim, fiz minha barba também com o barbeador novo. Ele não é para barbas, então não ficou muito legal, nem sei se perceberão a diferença, mas fiz. Estava precisando. Olhaí, já vai tocar outra música repetida e nada de Mallu. Vou acabar colocando o CD. Bom só sei que caiu pêlo para caramba quando fiz a barba, o que significa que houve um representativo debelo da barba. Por falar em barba, não tem o documentário “Este é só o começo do fim de nossas vidas” no Netflix. Queria muito assistir. Lembro que no último ou penúltimo show que fui deles, eu vi a bendita Mallu sentada num cantinho do palco, encolhida vendo a preparação do palco ou passagem de som, sei lá. Foi bem no começo do namoro dos dois. Agora até filho já têm. O tempo passa tão mais rápido quanto mais ele se acumula na vida da gente, né? O que era uma eternidade, agora é um sopro. É estranho que filas e espera nunca diminuam de tamanho ou pareçam passar mais rápido. Nessas horas é bom ter um celular com algum aplicativo que o entretenha.


20h22. Tocou uma de Mallu! Finalmente! Entrei em um novo grupo e meu primeiro post já foi logo vetado. Droga. Amanhã tento outro. 20h36. Ela de novo! Agora o iPod resolveu dar uma chance a Malluzinha! Não estou escrevendo aqui porque vou publicar um post em uma grupo de Facebook e estou preparando ele. 20h56. Outra. Publiquei o que tinha que publicar (e até o que não devia), vou voltar para cá. Não deu resultado nenhuma. Ninguém que ler o melhor artigo que escrevi. Eita povo preguiçoso para ler. E eu que pensei que o post ia abafar, ainda mais num grupo de customs. Eu sei, que diabos é customs, né? Bom são bonecos ou partes de bonecos criados por artesãos independentes que não pagam royalties sobre os personagens retratados (Marvel, DC, Star War o que for) e vendem seus produtos na surdina nesses grupos. É um mercado negro de bonecos. Acho que é a melhor forma de descrever. E esses customs, os bem feitos, são caríssimos, mais do que os bonecos de grife e muitas vezes são mais bem feitos que estes últimos. É impressionante a quantidade de gente talentosa que existe por aí. Muito bons mesmo. E fazem tudo nesse programa 3D que instalei aqui e tô sem coragem de mexer. Não sei se eu já tinha dito isso ontem, se disse, desculpem-me. Esse post já tá muito grande e muito chato. Vou publicar e nem divulgar.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

APAIXONADO... POR UM DISCO







É estranho se apaixonar por uma coisa, mas aconteceu. Me apaixonei por “Pitanga” terceiro CD de Mallu Magalhães. As músicas não me saem da cabeça e eu não vejo a hora de chegar em casa para ouvir o disco. “Pitanga” é um disco que foi me conquistando devagarzinho e, quando eu vi, já me encontrava completamente apaixonado por ele. Todas as músicas, em sua suavidade e delicadeza que não sei classificar, pois não sou bom em gêneros musicais e acho que o disco passeia por vários estilos, mas a sensação é para mim da leveza descompromissada da Bossa Nova, embora ache que não haja nenhuma bossa no disco. Talvez a décima primeira “Ô, Ana” seja a que mais se aproxime de uma bossa. Não é um disco carioca, sinto muito São Paulo nele, mas há em algum lugar uma pitada de Rio, principalmente nas menções sobre o mar.

O disco acabou, vou colocar Coca Zero e colocar de novo para ouvir.

Pronto. Me apaixonar por coisas não é uma novidade para mim, materialista que sou. Por exemplo, sou apaixonado pelo meu PS3, por mais que ele ande meio encostado. Sou apaixonado pelo meu boneco do Demolidor, que, por sinal está colocado ao lado do PS3 e bem perto de mim, para que possa contemplá-lo sempre que a vontade bater. Não me canso de admirá-lo. Mas a paixão que se sobressai agora é a do disco de Mallu. Tanto que eu paro de escrever para ouvir. Não podia ter me dado melhor presente que a idéia de dar ao disco uma segunda chance. É uma pequena pérola, delicada e bela, descompromissada como se tivesse sido fruto do acaso, mas se se reparar bem e isto eu percebo a cada nova audição, que embora os vocais parecem descompromissados e descontraídos, o disco é bem produzido, cheio de barulhinhos e de um arranjo leve e delicado de fundo; é um disco rico, embora esparso, porque sua principal qualidade é a leveza que cai muito bem com a voz de Mallu. Aliás a voz dela é o que está em primeiríssimo plano e sua forma imperfeita de cantar é perfeita para o disco, dá um clima de improviso, de ser o que saiu na hora, ou de uma cantora que não busca a perfeição ou ser uma grande intérprete, coisa que ela nunca vai ser, para ela, a voz é só um meio de transmitir a sua mensagem da forma mais pessoal possível, pelo menos é assim que percebo. Pense no oposto de Sandy, que é pura técnica vocal e aí você entenderá a voz não adestrada de Mallu. E esse descompromisso com a perfeição vocal dá um charme especial ao disco, que não é longo; pelo contrário, é extremamente curto, apenas 32 minutos e alguns segundos, tamanho perfeito para ouvir de novo e de novo. Ela mistura Português com Inglês nas músicas simplesmente porque deve ter lhe dado na telha fazê-lo. Tenho certeza que tudo saiu do jeitinho que ela queria, por inspiração e intuição, sem muito esforço, com naturalidade. E a naturalidade de Mallu é deliciosa, cativante, apaixonante.

Posso estar babando demais; mas não é isso o que fazem os apaixonados? Me deu até vontade de jogar PS3 agora, não é, Demolidor? Mas acho que vou ver um pouco de Evangelion, pois o disco já vai acabar. Mas depois eu jogo. Tô a fim de dar uma pause em Fallout. 3 e jogar Diablo Ultimate Edition. Pelo que me lembro, em Diablo eu estava conseguindo sobreviver mais tempo. Aliás, era difícil eu morrer, eu estava até me garantindo no jogo. Quero jogar um jogo assim, não um em que sou incapaz de matar, com um revólver com 12 tiros, dois cachorros sarnentos e eles me morderem até a morte. Ridiculamente ozzy.

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18h14. Queria escrever algo poético, nunca mais consegui. Algo do tipo: alma minha, que é tão somente sua, faça com que o tempo e o espaço que existem entre nós se desfaçam num enlace perfeito, nó cego de ninguém desatar. Que nossos olhares se encontrem e se percam um no outro, que nossos braços se transformem em abraços e nossas bocas se conheçam e se desvendem todos os dias e sempre que for preciso a saudade espantar ou o desejo querer. Amor, que esta palavra derive em verbo sempre conjugado por nós, para nós. Que a liberdade exista e cada um possa voar os vôos benfazejos que a vida há de trazer e que nós havemos de buscar. Mas que depois de cada vôo, as asas cansadas venham repousar no nosso ninho por não haver melhor lugar. Ninho este construído de intimidade, afago, afeto, de brigas bobas e alegrias imensas. Ninho de dormir e de acordar e de tudo que vem no meio, conversas, transas, risadas e lágrimas, poucas lágrimas e nenhuma mágoa, pois no nosso ninho não se guarda isso, tudo é posto em pratos limpos e cada um limpa o seu prato, pois o ninho é democrático. Não é machista ou feminista, é humanista, respeito é bom e os dois gostam tanto disso quanto um do outro. Vixe, tô fraco de poesia mesmo. Começou meloso e virou quase um acordo nupcial! Hahahahahaha. Assim vai ser difícil arrumar uma “boyzinha”.

Abaixo dois links sobre Pitanga e Mallu Magalhães:



domingo, 26 de junho de 2016

DANDO UMA PASSADINHA

Depois de uma superdose de “Pitanga” de Mallu Magalhães – confesso que estou adorando o disco é uma “little joy”, leve e gostosinho como Bossa Nova – me voltei para “Blackstar” novamente e percebo que já começo a me acostumar com o disco, algumas músicas já me são familiares e palatáveis, o que é ótimo. É um disco conceitual e hermético e adoro quando consigo adentrar um bicho desses. Nada como a repetição. Na música, pelo menos. Para mim, pelo menos. Se tocar o suficiente, acabo gostando ou me familiarizando. Então para mim, tirando as músicas que o povão gosta (forró estilizado, brega estilizado, sertanejo estilizado, axé, funk) e coisas muito pesadas ou toscas, contra os quais admito nutrir certo preconceito, o resto, basta ouvir o suficiente. Aposto que até o que reprovo, se fosse obrigado a ouvir repetidamente, não digo que gostaria, mas me acostumaria e certamente decoraria as músicas, visto que são extremamente repetitivas. Mas prefiro não me submeter a este experimento. O faria apenas por amor, se o meu amor ouvisse em troca o que gosto. Amor democrático. Claro. Só um sofrendo, não. Na alegria e na tristeza para os dois.

Estava cuidando do meu outro blog, mas resolvi desencanar um pouco, até porque o movimento está fraco e qualquer comentário no Facebook fará um barulhinho e poderei ir lá checar o que é. E pensando bem, meu gosto musical é bastante restrito e não tenho muitas intenções de ampliá-lo. Embora me contradiga ouvindo “Pitanga” e “Blackstar”, mas esse estão englobados de alguma forma dentro do que gosto já. Não é o primeiro disco de Mallu que eu tenho (é o segundo porque ela só lançou dois, dã) e nem o primeiro de Bowie. De Bowie já tive ou tenho em alguma parte dessa casa “Earthling”, “Ziggy Stardust” e o que tem “As The World Falls Down” (como dá para sentir, comprei só por causa dessa música. Indo contra o meu comodismo musical que há pouco expunha, procurando o disco de Bowie que tem a balada para ver seu nome, achei um do REM que meu primo me deu há muito tempo e que só ouvi uma vez. Resolvi dar uma chance para ele. Não é algo realmente fora da minha seara – acho “Automatic For The People” fantástico, assim como o “Murmur” (o Out of Time, enjoei) – então não está sendo um grande esforço. Acho que esse, com três ouvidas, me familiarizo. Mais fácil que com o novo do New Order (por ser New Order, eu sou mais exigente).

Mas não vamos discutir meu gosto ou desgosto musical aqui. Não tô com saco para isso. Acho que hoje eu encaro Evangelion. Hoje estou menos “sem querer, querendo” que ontem. Estou bem mais disposto, embora tenha dormido tão pouco. Devo de alguma forma ter dormido melhor. E também ontem dormi demais, me recuperando da festa do marido da minha prima. Fico acabado, mesmo sem beber ou usar qualquer psicotrópico. Acho que é a idade. Ou a falta de farras mais constantes na minha vida.

Será que a amiga para quem passei o endereço do blog agora há pouco irá lê-lo? Se for, olá, seja bem-vinda ao meu universo particular repartido com a humanidade.

Fico até meio sem jeito, cheio de dedos porque ela é a pessoa que sabe mais Português que eu conheço. Ela e a namorada do meu primo que me deu o CD do REM. Ela tem um vocabulário mais extenso, a namorada do meu primo tem um domínio da norma incrível. Inveja boa das duas. Se tivesse ambos, os textos sairiam muito mais ricos e retos do que saem. Perde o leitor e ficará perdendo porque não vou estudar gramática nem ler Rui Barbosa para aumentar meu vocabulário e ter algum domínio sobre esse bicho complicado que é nossa língua. E continuarei escrevendo idéia com acento enquanto o Word não autocorrigir isto. Hifenização eu não sei mais usar, mas parece que é só apagar o hífen e juntar as palavras que o Word aceita, então está legal. Bem, legal não está. Está de acordo com a nova norma. Se bem que eu posso escolher, eu descobri, se o revisor ortográfico vai revisar usando a nova norma ou a antiga. Vou acabar mudando para a antiga, por mais que seja um saco botar trema nesse teclado. Mas não quero falar de Português ou seja, do que não sei aqui para não passar vergonha maior do que já passo.

21h17. Fui interrompido pelo Facebook. Tenho aprendido bastante sobre algo absolutamente inútil. É interessante, pois gosto do tema. Mas é o cúmulo da futilidade. Para ser sincero não consigo pensar em nada mais dispensável e ridículo. Juro! Deve ser por isso que gosto tanto! Hahahahahaha.

Acho que já deu. Não. Vou esperar até o disco do REM acabar, daí vou ver Evangelion. Já vi porque meu primo gostou do disco, tem várias notas dissoantes, que “estranhificam” a música, deixando-a mais hermética e menos acessível aos ouvidos. É um disco menos pop do REM. Por mais que REM sempre tenha melodia, pelo menos nos vocais. Aliás acho que REM se tornou meio redundante e não tem como mudar isso porque é o jeito de Michael Stipe cantar. Por mais que tudo em volta mude o jeito dele cantar permanece imutável, então muitas melodias vocais soam parecidas. Mas esse disco é o mais experimental que ouvi deles. O que não quer dizer muito, pois o último disco que comprei deles foi “Automatic For The People”. Minto comprei um “The Best Of”, mas também não ouvi direito porque meu som é não é dos melhores e se um CD for muito longo e chegar perto das bordas o som começa a tocar tudo truncado, pulando pedaços, com intervalos de silêncio e isto me desmotivou a ouvir o CD. Acho que vou acabar ouvindo-o no computador quando tiver o drive externo.

Comparado com os CD’s de Mallu e Bowie, que são curtos, este do REM é superlongo. Não sei nem se vou ter saco para as três ouvidas.


21h39. Dividido entre o Facebook e aqui. Ah, estou precisando daqueles óculos de velhos para ler letras miúdas. Minha mãe me emprestou o dela e consegui ler (ainda com dificuldade) as instruções do líquido de limpar tela de computador. Fiquei noiadasso com isso. Estou realmente virando um ancião. Ela até me deu os óculos porque tem vários, mas disse que preciso fazer um de acordo com o meu grau e tal e etc. Eles estão ali olhando para mim, parecem até estar rindo da minha cara, óculos safados. Mas admito que foi um alívio poder ler as letras miúdas, pensei que nunca mais seria capaz disso. Como disse não foi 100% mas foi 90%. Então, tá ótimo. Se a oculista conseguir me produzir um 100%, usarei sem vergonha nenhuma. Mas só preciso para letras beem miúdas. As do líquido de limpar telas eram fonte tamanho 5 ou 4, com meus óculos não enxerguei nada. Mas o CD acabou, inclusive com uma música que tem na coletânea (acho que havia outras da coletânea além dela) e por sinal a música era a mais pop e REM do disco. Então vou indo nessa, encarar um Evangelion. Qualquer coisa, escrevo um adendo aqui. Quero postar logo para ver se minha amiga inventa de clicar no blog e lê.

sábado, 25 de junho de 2016

SEM QUERER, QUERENDO



Hoje eu estava a fim de ir no forró da Casa Astral, mas acabei não indo. Começou a chover e o pouco de animação que eu tinha escorreu com as águas. O problema da chuva nem é lá no forró realmente, mas na caminhada até lá. Além disso, as ruas estão meio ermas devido ao São João e isso pode torna-las mais perigosas. Eu sei, eu sei, isso tudo são desculpas de amarelo. É que eu estou com a síndrome do “sem querer, querendo” (ou seria “querendo sem querer?”). É como se eu tivesse o desejo e me faltasse a motivação para certas coisas. O mesmo se deu com o jogo Fallout. 3. Eu primeiro levei dois meses para criar coragem e colocar o bicho para jogar. Assim que saí da fase tutorial e enfrentei minha primeira morte, desliguei o jogo e não sinto o mínimo estímulo de encará-lo novamente. Da mesma forma estou eu com a série Evangelion. Enfim consegui a série completa para assistir, série esta das bonecas que mais coleciono e, pá, empaquei, não estou com disposição nenhuma de ver o quarto disco. E olha que o terceiro acabou com uma grande revelação/reviravolta na estória. E o pior, a síndrome do “’sem querer, querendo” não me perturba tanto, pois o que realmente quero, que é ficar grudado nesse computador, ouvindo música e bebendo coca zero, eu faço com o maior prazer até altas horas da noite. Estarei eu me alienando da vida e perdendo o que me resta de juventude por causa de uma crise de preguiça aguda ou será que ir para o forró sozinho, ainda mais na chuva, já não me parece mais um programa tão atraente? Pior que, ao falar no forró, minha vontade de estar lá aumenta, bicho contraditório que sou, e minha mãe foi ao shopping, logo não tenho como arranjar dinheiro para ir. Selei meu destino e agora não tem volta. Mas, como indiquei, não me considero frustrado por isso. Uma menina que eu acho interessante confirmou que iria, mas não sei se ela foi, nem ela me interessa tanto, nós somos incompatíveis, não duraríamos muito juntos. E não queria que ela me visse gordo e barbudo como estou agora. Ela me conheceu 15 quilos mais magro e com a barba aparada, seria uma decepção ver-me assim, creio eu. Talvez esta imagem que ostento agora seja uma das coisas que me faça não querer ir para o forró. Ouvindo “Pitanga” de Mallu Magalhães. Fato é que preciso perder vinte quilos e, assim, ganhar 200 quilos de autoestima. Mas quero fazê-lo do meu jeito, através da “Dieta Somaliana Leve”. Não quero fazê-lo de nenhuma outra forma, pois esta é a forma que consigo, que consegui. E é a forma que sofri menos. Aliás, tirando superar as fomes noturnas, que são de lascar devido aos remédios, e para elas a única solução é trancar a cozinha, o resto eu tiro de letra. Vou voltar a pedir à minha mãe para trancar a cozinha. Hoje. Preciso tomar uma atitude em relação a esse peso que me pesa a consciência e gera um desamor grande por mim mesmo. Emagrecer. Essa é uma meta que eu tenho que querer, querendo. E eu quero, querendo. Então, hoje, nada de ataque à cozinha, pois ela estará trancada. Com o tempo me habituo a não ter o que comer à noite. Mentira, da outra vez não me acostumei, mas é um preço pequeno a se pagar. Estou escrevendo mas com extrema dificuldade em me concentrar, com dois ou três pensamentos na cabeça e prestando atenção às letras do disco de Mallu. É um disco novo para mim, que pretendo desbravar. Não é um disco difícil o que facilita bastante, já começo a gostar de mais músicas e algumas já começam a grudar no meu ouvido. “Blackstar” é bem mais indigesto e não sei se tenho a motivação para escutá-lo trinta vezes até desvendá-lo. “Blackstar” é sem querer, querendo. Mallu é querendo, é leve e gostoso. Não quero coisas difíceis e pesadas na minha vida. Não quero estresse. Quero leveza e seguir meu rumo do jeito que mais me apraz. Se é, por ora, grudado nesse computador, que seja, então. Não há crime ou pecado nisso. Se não quero, por ora, Fallout.3 ou Evangelion, que seja. É porque eu não quero que seja agora. Pode ser que mais tarde eu queira um ou outro. Sei lá das minhas vontades. Sei que a menina que me interessa acabou de responder no Facebook que não foi pro forró. Menos mal. Aí eu acabei dizendo que não me interessava mais por ela porque acho que a gente não combina por eu ser um completo alienado político. Ela é superpolitizada. É uma parte muito importante da vida dela. De toda sorte, disse que guardaria os chocolates suíços que trouxe pensando em dar para ela por mais um mês, que se ela os quisesse, que marcasse um encontro na Praça até o dia 25/7, senão eu mesmo comeria os chocolates. É claro que ela não vai marcar encontro algum e é bom que aí dou os chocolates para as minhas amigas psicólogas. Que também estão fuleirando muito, por sinal. Vou colocar o disco de Mallu para rolar uma vez mais.

Ontem recebi o conselho de um amigo (muito) bêbado para que eu falasse e pedisse perdão a Clementine agora que desencanei dela. Não se pode levar tais conselhos a sério e eu nunca falaria com a fala disto com ela, mas repartir com ela a boa nova por um e-mail talvez seja uma boa idéia. Não sei. Preciso meditar sobre o assunto. Ele, o amigo bêbado, falou com tamanha convicção da imperiosidade desse comunicado que mexeu comigo. Não sei. Mas sinto um quase querer, querendo escrever o e-mail. Nada muito longo ou meloso, um comunicado simples, simpático e direto. É definitivamente algo a se pensar. São pingos nos “is” que devem ficar bem marcados, já que isso já foi fonte ininterrupta de transtornos para nós dois por tanto tempo. Vou maturar a idéia e tentar botá-la no papel para ver como fica, se fica válido mesmo.

No mais, há coisas dentro de mim que não cabem aqui. Fazem parte dos 3% que não revelo neste espaço. Até porque são coisas que ao mesmo dependem e independem da minha pessoa. E aqui só falo daquilo que é definitivamente meu. E tento ao máximo não envolver terceiros aqui (por mais que às vezes seja inevitável, posto que minha vida se intersecciona com outras), mas estes 3% não estão me assombrando tanto assim, então nem merecem muito espaço no meu armário. Por sinal, é um lugar que preciso revisitar. E talvez seja o que vá fazer agora. Isso ou a carta para Clementine, não sei. Talvez faça os dois. Ouvirei meus quereres quando abrir a página em branco com a barrinha piscando. Ela vai me puxar para o que está para acontecer. Inté.



domingo, 19 de junho de 2016

DENTRE UM MONTE DE BESTEIRAS, MAIS UMA: O SENTIDO DA VIDA

Faz tempo que não venho aqui, dedicado que estou ao meu outro blog, em parco e porco Inglês. É meio chato digitar em Português com o meu teclado (com disposição de teclas americana) e isso meio que me faz rejeitar um pouco este espaço na língua pátria. Preciso do adesivo com as teclas no formato ABNT para grudar aqui e saber onde cada acento e outras pontuações estão. Sempre pensar na hora de colocar um tio ou um “ç” (ou aspas) é incômodo, mas decidi que só com a prática, eu vou dominar este obstáculo. Pois pronto, hei-me treinando, como sempre sem assunto ou tema prévios.



Fui a um chá de fraldas de uma amiga minha com meu primo-irmão e ele levantou um assunto interessante. Uma teoria de um cara aí de que todo ser humano precisa de um sentido (direcionamento) para se sentir (mais) completo na vida. Até que concordo com isso. Vejo que é esta falta de direcionamento, de objetivos, o que leva muitos dos usuários do CAPS a permanecerem adoecidos (a outra parcela grande é por causa do trabalho e o restante é por causa de álcool e outras drogas). A depressão da maioria deles vem desse vazio, de não saber o que fazer com as próprias vidas e de estarem tão acostumados com este incômodo que temem a ação, a mudança, achando que ela vai ser mais dolorosa que o doloroso estado em que estão. Foram de tal forma tomados pela inércia que qualquer forma de direcionamento parece ameaçadora e negativa. Como convencê-los do contrário, eu não sei. Eu estou aposentado, mas preencho minha rotina de pequenos afazeres que me dão prazer, não me sinto paralisado ou desanimado, estou sempre a fazer algo. Tudo coisas fúteis, mas que preenchem meu tempo e me fazem, em alguma instância, me sentir produzindo, ou seja, com algum(ns) sentido(s) direcionamento(s) na vida. Acredito que se não tivesse minhas coisinhas para fazer – coisinhas que me dão prazer, é bom ressaltar – talvez estivesse tão adoecido quanto eles, pois os medicamentos ajudam até certo ponto. Em uma palavra, acredito na teoria de que uma vida desprovida de sentido é uma vida miserável e adoecida. Espero que sempre ache coisinhas para fazer para que não me sinta sem direcionamento e adoeça. Esse blog é uma das coisinhas fundamentais, dentre as coisinhas que faço, para você ter idéia de como são fúteis as tais coisinhas. Uma coisinha que preciso voltar a fazer é jogar videogame. Não sei por que mas não tenho sentido vontade nenhuma ultimamente. Mas planejo encarar Fallout 3, que dizem ser um dos melhores jogos do PS3. Mas não agora, se tenho outras coisinhas que me dão mais satisfação ao fazer. 22h19. Vulnicura de Björk acabou, não sei se ponho ele de novo ou se volto para Maria Rita. Acho que vou dar mais uma chance a Björk. Depois, acho que vou ligar meu iPod no som para ouvir coisas mais variadas (porém deveras conhecidas, pois acabo sempre colocando as mesmas músicas no iPod, mudando duas ou três, cinco, se muito).

Pronto Björk volta a ser a trilha da minha noite. Gosto deste álbum, gosto de álbuns em que o artista se desnuda e se revela, como é o caso deste, totalmente dedicado à separação da cantora. Comprei, pelo mesmo motivo, Blackstar de David Bowie, mas confesso que só ouvi umas três ou quatro vezes e ainda não consegui digeri-lo. Seria uma boa pedida depois de Björk, em vez do iPod. O iPod pode vir depois de Blackstar. É um disco curto, o que desgostei dele foram as letras, por demais herméticas para mim e pouco reveladoras de seu sentimento frente à morte iminente. Mas o tom do disco é sombrio e pesado, o que o torna uma experiência difícil, pelo menos à primeira vista. Pronto, é isso: Blackstar depois de Vulnicura. Depois iPod.

Será que quando tiver minha morte declarada, caso ela seja deste tipo de morte eu vou trazer diferentes insights? Certamente, eu acho. A chegada da morte deve ser uma experiência transformadora sobre valores e visões de mundo. Ao que realmente eu darei importância quando a indesejada das gentes vier bater na minha porta? Que arrependimentos virão? Certamente o de não ter aprendido a dançar forró será um deles. O fato de ter sido tão envergonhado perante o sexo feminino será outro. Eles já me incomodam agora que acho que tenho muito tempo para resolvê-los, imagino às portas da morte, então. Seria bastante satisfatório se resolvesse esses dois assuntos o quanto antes, pois sabe-se lá o dia de amanhã. Principalmente para alguém que maltrata tanto a máquina-corpo como eu.

Mudando de assunto, vocês sabiam que não revelo tudo neste blog? Revelo 90%, mas há esses 10% que não consigo, nem acho cabível tratar aqui. Principalmente porque tais assuntos poderiam me prejudicar de diversas maneiras, creio eu. E não falo em recaídas. Recaídas são assuntos que trato abertamente aqui, mas, graças, estou limpo desde que saí do internamento. Mas, voltando ao assunto, ninguém é 100% transparente, não é? Todos têm seus esqueletos dentro do armário. Eu tenho os meus e com eles lido apenas com meus terapeutas e olhe lá. Com eles, sou 97,8 % transparente, então vocês, comparativamente, têm acesso a uma grande parcela de mim. Mas admito, até eu meço palavras, por questões de autopreservação. E para que algumas das coisinhas que me dão sentido frutifiquem. 23h04. Fui à cozinha fumar e procurar por comida e acabei comendo um pastel de natas que eu nem sei de quem era que encontrei na geladeira. Ainda bem que havia três, logo penso que, em sendo três aqui em casa, um era para mim. Tomara. Senão amanhã vou ouvir. Já vou ouvir mesmo sendo um meu, eu acho. Mas só encontrei o resto do almoço depois. E já aviso que irei devorá-lo dentro em pouco. Talvez quando o disco de Björk acabar. Vamos ver. Ainda bem que, devido à maravilha que é a escrita, vocês não precisarão esperar eu comer para ler o que escreverei a seguir, se ainda estiver escrevendo isso até lá. Estou finalmente assistindo o anime Evangelion, pois comprava as bonecas do Evagelion, mas sem nunca ter assistido episódio sequer. Confesso que minhas expectativas eram grandes e confesso que não cheguei nem na metade da série, mas confesso que, até agora está aquém das minhas expectativas. Embora haja vários pontos que espero que sejam explicados e as personagens das quais eu compro bonecas Asuka Langley e Rei Ayanami têm as personalidades mais ou menos como as imaginava, só que elevadas a enésima potência. Acreditava que Rei era mais reservada e séria e Asuka mais expansiva e emocional. O que de fato é, mas Rei é tão apática que parece quase um robô e Asuka tão expansiva que beira o histerismo, quando não chega de fato a ele. Curioso como os artistas que fizeram as bonecas conseguiram transmitir as personalidades das duas para os modelos, me dando uma vaga, porém certa, percepção de como elas são no anime. A fome pode esperar.23h22. O CD de Björk acabou. Vamos para Blackstar.

O disco é extremamente bem produzido, misturando eletrônico com elementos jazzísticos e definitivamente não é um disco feliz, não é melodicamente acessível, eu diria até que é meio amelódico tirando um trecho ou outro mais leve. Mas aí estou analisando apenas a primeira música. E não vou fazê-lo com o disco inteiro porque não me interessa. Sinto uma pitada de Radiohead no disco, não sei por quê. Preciso me acostumar com o teclado. Tudo na disposição de teclas dele é pior. As setas direcionais, os botões “fn”, “delete”, “home” e “end” dentre outros, são minúsculos. Definitivamente não foi um teclado pensado para pessoas que gostam de escrever. Os tamanho e as localizações das teclas “home”, “delete” e “end” são um crime. Até me acostumar com elas vai levar tempo. Com elas e com as setas direcionais. Com a localização dos acentos, pontuações e o que mais comumente se usa, eu já estou me acostumando, ainda bem. Já me sinto mais confortável com o teclado e digitando quase tão rápido quanto antes. Realmente o disco de Bowie é difícil de escutar e acredito que ele fez assim intencionalmente. Não há hits ou baladas stricto sensu. É um conjunto de músicas estranhas com arranjo criativo e estranho. Eu gosto. Mais do conceito que das canções, mas acredito que as canções são uma questão de costume. Algumas são quase dissertadas. Há duas exclamações no botão da HP na barra de tarefas que estão me incomodando. Vou ver que diabos é isso. 23h43. Acho que acabei de fazer merda no meu computador, mas dessas que dá para desfazer. Coloquei 20% do HD como parte utilizável para backup. É um pedaço grande do HD, mas achei que era o necessário. Qualquer coisa diminuo de novo.

00h39. Facebook me tirou do foco. Vou comer.

00h53. Blackstar acabou faz tempo, mesmo antes de eu ir comer. Vamos para o iPod.  

00h55. Pronto. Legião, Leila. Pensando se assisto Evangelion ou fico aqui com você, quem quer que você seja. Ou vou dormir. Depois de comer, o sono sempre bate em mim. Eu fiz o que o “HP Assistant” pediu e mesmo assim as exclamações não desapareceram. Descobri que tinha que apagar a mensagem para elas desaparecerem. Finalmente. Pô, duas exclamações o tempo todo na sua cara fica parecendo que o computador está com um superproblema. Negócio chato. Mas, enfim, resolvido. Esse negócio da exclamação, por exemplo, já é uma coisinha para eu ocupar meu tempo, usar um pouco a cabeça. É simples e besta, eu sei, mas enquanto estava focado nisso, esse era o meu sentido. Eu tinha um propósito. E a sensação de realização aparece. É um sentimento gostoso de sentir. Sentirei o mesmo quando acabar este post e publicá-lo. E quando acabar o terceiro DVD de Evangelion. São coisas banais, mas que na minha existência banal e fútil, dão um sentido, uma direção e um senso de realização. Por falar nisso, Fallout 3, pelo que me disseram vai me dar uma grande sensação de realização, pois parece que o jogo é enorme. Gostaria de me prometer que vou começar a jogá-lo amanhã, mas não tenho tanta certeza disso. Até porque pode ter Vila Edna amanhã. Que é outro dos prazeres que tenho na vida. Adoro o pessoal de lá. Adoro, não, amo. Acho que vou ficar por aqui para ver o resto do DVD.

Eu sei que é uma data comercial, mas quem tem pai, deseje feliz Dia dos Pais e dê um abraço bem apertado nele. ;)