Esta semana trouxe interações bastante prazerosas com o sexo
oposto, por mais distantes que tenham sido de uma cópula de fato.
O primeiro momento marcante foi no curso de artes, com a
entrada de uma nova aluna, de seus cinqüenta anos, muito bonita. O professor
passou uma atividade de desenho cego, em que não podemos olhar para o papel. O
objetivo era que um desenhasse o outro. É estranha e deliciosa a intimidade
silenciosa de olhar e ser olhado nos mínimos detalhes, de ser permitido estudar
a bel prazer todas as partes do outro, seios, boca, olhos, sem que isso seja
invasivo por causa da natureza do exercício. Houve um momento em que nossos
olhos – ou melhor, nossos olhares – se
encontraram e deixaram estar se olhando profundamente por vários longos
segundos. Não estávamos só desenhando nessa hora, estávamos vendo profundamente
um ao outro. Embora não tenha havido toque ou malícia de fato, o exercício foi
de um erotismo diferente, concentrado, subtendido e, como todo erotismo,
prazerosos e divertido. Em outras palavras, menos românticas, pude secar uma mulher
bonita e madura à vontade sem parecer tarado.
O segundo e inesperado momento se deu mesmo dia, no blues
que rola às quartas-feiras à noite aqui na praça. Sempre tive vontade de ir e
estava com vontade de ir ontem, mas já me encontrava desiludido de que isso acontecesse.
Eis, entretanto, que a chegada de um amigo espanhol do meu primo veio para
mudar as coisas. Ele me chamou para encontrá-los no local ao que prontamente me
dispus. Pensei que iríamos ser só nós três, mas chegando lá encontrei
uma animada mesa que, além de nós, contava com a presença de mais duas garotas
e dois rapazes. Todos muito legais e toda a noite foi muito divertida, mas o
tema aqui é a interação com garotas e a
desta noite me deixou muito feliz, alimentando inclusive minha auto-confiança,
que o leitor sabe ser quase inexistente, em relação a essas misteriosas e
complicadas manifestações da existência chamadas mulheres. Fato é que havia um
cara absolutamente lindo, desses que parecem modelo, na mesa. Mesmo assim, as
garotas conversaram mais comigo, justificando que eu era engraçado.
Retorqui que elas conversam com o cara engraçado e vão para a cama com o bonitão,
no que disseram que nem todas as mulheres se agradam pela embalagem e que este
seria o caso de uma delas, precisamente a que me encantou. Me encantou por
vários aspectos, por ter me lembrado Britney Spears, por ter mãos tão, tão
delicadas e, principalmente, por sexo ser um assunto complicado, pouco
explorado e não superestimado, exatamente como é para mim. Ter segurado a sua
mão e brincado com seus dedos foi a melhor experiência táctil que tive em meses
(os leitores sabem o quanto eu estava sentindo falta de segurar a mão de uma
moça e a dela foi uma das mais suaves e macias que já segurei). Foi muito bom
ter sua atenção, seus dedos e suas risadas ontem à noite. Momentos preciosos e
necessários. Tanto é que sua lembrança me acompanhou ao longo do dia. Será que
nos veremos novamente? Quem sabe. Quem dera mais quartas-feiras gratas de
presença feminina como esta.
XXXXX
Ei, votem na enquete no topo direito do blog!
Adoro a forma como você conta as menores coisas de forma a se tronarem especiais... lindo mesmo. (Já votei lá em cima kkk)
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