22h11. Coloquei no ar o outro post e cá estou, depois de ter
comprado as Coca-Colas e ter tomado um copo e fumado um cigarro de verdade na
piscina, escrevendo de novo. Sem saber ou ter nada de mais motivador a fazer.
Queria encher o copo aqui do quarto de Coca, mas meu padrasto está na cozinha e
vai ficar fulo se sentir o cheiro de cigarro normal que deve estar impregnado
em mim, então mais Coca para beber só daqui a uns dez minutos. O meu primeiro
de dois frascos de líquido do Vaporfi sabor cereja com cola (de Coca-Cola, please) acabou. Abri um de cereja puro
para usar. Ele tem mais nicotina e um sabor mais agradável que o outro, eu
acho. A “cola” não ajudou muito no sabor do outro. Embora ele fosse da coleção
“Reserve” e custasse mais caro que o de cereja que é da seleção normal de
sabores da Vaporfi. Comprei dois de cada e mais uma garrafa de 500 ml, também
sabor cereja, dos chineses da Best E-Cig. É o que tem o sabor menos ativo de
todos e, por isso, é o menos enjoativo, graças. Ainda tenho mais de meia
garrafa do de sabor tabaco (que tem mais gosto de tapete velho molhado) e que graças
também tem um sabor pouco ativo. Com essa quantidade de líquido, espero passar
2017 sem precisar comprar mais nada. Ainda bem, pois obter seria tarefa árdua,
pois acho que os parentes da minha cunhada se recusariam a trazer, muito
provavelmente. Nem sei. Eles são tão legais. Só sei que bonecas gigantes, eles
não trazem. Também já é pedir demais. Trouxeram uma vez. E nunca mais. Seria
massa se o pai da minha cunhada, que viaja de primeira classe, inventasse de
trazer outra na próxima viagem. Ele é muito gente boa, mas acho que tirei uma
brincadeira sem graça sobre isso com ele no Facebook que melou tudo. Como
sempre, mesmo sem beber, eu acabo falando o que não devo, por isso tenho ficado
cada vez mais calado. Só conto agora com o meu irmão, no final das contas. Essa
é a dura realidade. Ou se mamãe inventar de ir visitá-los. E me levar, claro.
Pois ela não vai trazer, eu é que vou ter que trazer. Se for, vou levar uma
mala vazia e outra com bem pouca roupa, pois eles têm lavadora e secadora em
casa, para ver se trago duas bonecas grandes. Mas lá vou eu de novo começar
falando de bonecos. Daqui a pouco descambo para games, já me conheço. Mas
tentarei evitar ao máximo. Sobre o Baile da Macuca, que perdi de ir hoje (não
sei se para o bem ou para o mal), há coisas que o destino se encarrega de
decidir por nós. Espero que o destino não tenha posto lá a mulher da minha vida
e me negado a oportunidade de conhece-la. Isso seria uma ironia escrota. Ainda
bem que nunca saberei. Se a mulher da minha vida estava lá e eu não, é porque
não era o momento de nos encontrarmos. Ainda. Boto mais fé de encontrar a
mulher dos meus sonhos no Sai Dessa Noia. Pelo menos lá eu sei que haverá
pessoas muito mais like-minded comigo
do que em qualquer outro lugar. N’Os Barbas também. Mas o Clubinho Anárquico
Parasita tem durado o mesmo tempo do outro bloco que sai no mesmo dia. E entre
um e outro fico com os expurgadores de neuroses. Posso até dar um pulo n’Os
Barbas e voltar. Ou ir para lá só beeem mais tarde, desde que tenha dinheiro
para comprar Coca-Colas até lá, pois o que motivou a minha partida do Sai Dessa
Noia para casa no ano passado foi meu dinheiro ter acabado. Tanto é que, pelo
que me lembro, eu fui para casa, mas depois, mais tarde, me aventurei n’Os
Barbas, quando caiu um dilúvio e me arrependi profundamente da minha corajosa
decisão. Dessa vez, levarei R$ 100,00, afinal é meu único dia de carnaval.
Quero curti-lo até a última gota. De Coca-Cola Zero, de preferência. Mas da
normal também tá rolando, afinal é carnaval. Falo como se gostasse dessa
manifestação popular. Infelizmente, não é o meu caso. Até nisso sou alienígena.
Principalmente Olinda que, tirando a criatividade das fantasias dos foliões é
uma eterna repetição. Gostaria de, se pudesse, me teleportar para ver o Homem
da Meia-Noite. Sem ter dinheiro algum, pois dizem que é um momento mágico cheio
de uma energia mística e de malas por todos os lados. Se tivesse uma casa com
varanda para ficar os quatro dias de carnaval, com comida feita e Coca a dar de
rodo, eu daria uma chance a Olinda. Mas a ida e a volta para casa são
torturantes, assim como o sobe e desce nas ladeiras sendo comprimido pela
multidão. Não gosto. Não é o estilo de diversão de um comodista como eu. E me
falta a “pernambucaneidade” para amar muito e passar por tudo isso por paixão à
nossa cultura. A Nintendo é muito mais a minha cultura que o Hino de
Vassourinhas. Mas entendo porque os gringos gostam. É um calor humano
metafórico e literal que eles não têm em seus países de origem, que só ocorre
aqui. Em Olinda e no Galo. Há o fato de o meu pai não ser um folião e de ter
enorme ascendência sobre mim, sobre quem eu sou, em vários aspectos. Da minha
repugnância à leitura, talvez sua maior paixão depois da minha mãe e dos seus
filhos, à minha paixão pela escrita, coisa que não ousava, provavelmente porque
achava que não tinha nada a acrescentar em estilo ou em narrativa a tudo aquilo
que havia lido. Eu, da mesma forma, sei que não acrescento nada com o que
escrevo, mas ao contrário dele que tinha o peso das grandes obras lhe bloqueando
as aspirações literárias, tenho a leveza de não conhecê-las e por causa disso
não guardar grandes pudores sobre o meu dizer escrito. E quero que continue
assim. O que deveria ler, já li ou lerei se a oportunidade se me aparecer, mas
acho que agora que chego aos quarenta e as letras miúdas vêm se tornando
inimigas da minha visão, a possibilidade de ler diminui consideravelmente.
Farei, sem dúvida um segundo óculos para as coisas pequenas, uma vez que a
visão é de longe o sentido que mais me encanta. E há letras miúdas que
inevitavelmente precisarei ler, como instruções de videogames, só para citar um
exemplo inevitável. O Word posto no modo de visualização que está – “Largura da
Página” –, numa tela Widescreen não oferece grandes desafios à visão, a única coisa
curiosa é que com os graus que tenho agora de miopia e astigmatismo, as últimas
linhas do texto parecem ligeiramente curvas. É uma ilusão/distorção visual
interessante e que em nada me atrapalha na digitação. Por falar em digitação,
nunca mais digitei os “Diários de um Manicômio III”. Tenho que me prometer que
no carnaval me dedicarei a isso. Ou melhor, que me dedicarei uma hora por dia a
isso. Poderia começar por hoje. Se ainda restasse uma hora hoje. São 23h34. Mas
posso escrever até as 0h e digitar uma hora a partir daí. É estranho revisitar
o que pensei e passei enquanto internado. Por vezes tedioso, por vezes
surpreendente. Muitas coisas das quais não me recordava vêm com extrema
vivacidade à minha memória. A escrita deixa a desejar e a parte mais chata é
corrigir sem transformar demais o sentido ou conteúdo; em verdade, tudo é chato
em digitar algo que já está escrito. Vale apenas por revisitar o passado e
perceber as semelhanças e diferenças do eu de antes para o eu de agora. E quanto
do eu de agora foi construído naquele período de internação. E muito do que era
foi descontruído naquele internamento e reposto por esta pessoa pior e menor
que vos escreve. Eu era um ser mais interessante e magnânimo do que esse poço
raso de limitado repertório e profundo de egoísmo e acomodação. Eu me tornei
quase o inverso de mim, ou melhor – ou pior –, o que não prestava em mim
aflorou e dominou o que de bom e virtuoso um dia habitou meu ser. Sei que ainda
habita, só não sei mais acessar essa parte bela de mim. O mais contundente
disso tudo para mim é que não me faz a menor falta acessá-la ou manifestá-la,
estou muito confortável como sou agora, embora a parte virtuosa de mim grita
sei lá de onde na forma de culpa. E como grita a maldita-bendita. 23h45. Mais
quinze minutos até ir para o labor, aos cadernos, ao lugar no tempo e espaço
que me facilitou ser essa pessoa mais repugnante que sou hoje. Mais seco, menos
amável, mais distante das pessoas, mais ensimesmado. Praticamente um Dom
Casmurro. Saio com meus amigos como se eles não fossem tão mais meus, tão mais
amigos. Ouço-os, presto atenção neles, mas faço o máximo para que não prestem
atenção em mim, que não requeiram de mim uma participação de fato na conversa.
Sou mais um mero e distante observador da experiência deles que parte da
experiência em si, na qual de fato estou inserido tentando não estar. Não sei
se me explico bem. É como se a vontade que minha alma tem é a de ser um
fantasma, invisível do qual não fosse possível extrair qualquer coisa, qualquer
opinião ou percepção. O pior é que acho que este comportamento começa a saltar
aos olhos deles e não sei o que será de nossa amizade quando for desmascarado,
quando quiserem puxar o lençol do fantasminha camarada que perambula com eles
pelas noites pernambucanas. Tinha um cabelo meu em cima do teclado que estava
me dando nos nervos. 23h54. Seis minutos para abandonar o fantasma atual e
encarar os meus fantasmas dos tempos de internação. Minha psiquiatra disse que
essa tendência a introspecção e ao isolamento seriam um crescendo no meu
comportamento e preparou minha mãe para isso. Só não preparou o resto do mundo.
Mas preparou a pessoa principal. Tanto é que minha mãe tem respeitado o meu
espaço, sem fazer grandes exigências de presença ou reprimendas ao meu novo
estilo de vida. Sou muito grato à Doutora por isso e mais ainda à minha mãe por
tê-la ouvido e estar me respeitando na forma como hoje me manifesto. Ou deixo
de me manifestar. 23h58. Posso me arrepender tremendamente disso, pois estou
perdendo um tempo precioso com minha mãe. Tempo que não volta. Tempo que fica
cada dia mais curto. Tempo que eu desperdiço comigo mesmo. 23h59. Vou pegar
Coca e o caderno. Depois, talvez volte para cá. Quem eu serei eu, então, depois
de mergulhar no meu passado no Manicômio?
Recife, 22 de janeiro de 2017
0h57. Não digitei uma hora. Digitei um dia. Ainda bem que
peguei um dia curto. Haverá dias que passarão de dez páginas de caderno, eu
acho. Digitei até as 0h45, mais ou menos e me dei por satisfeito por ter
coberto um dia de internamento. Hoje à noite ou à tarde, encaro outra página.
Fui matar, nesse ínterim entre os diários e a volta a este texto, a larica que
o remédio me dá. A comida no bucho me dá sono. Mas eu sei que esse passa. Se
não passar, vou dormir.
O que digitei hoje dos diários não teve nenhum impacto
emocional ou de qualquer outra estirpe sobre mim. Foram coisas bestas e
irrelevantes. Nem sei sobre o que escrever, estou com meu pensamento enevoado
pelo sono da barriga cheia. Não me lembro bem sobre o que escrevia aqui, mas
acredito que a síntese é que a internação no Manicômio contribuiu para eu me
tornar a pessoa esquisita, arredia, isolada e egoísta que sou hoje. Penso que o
Manicômio exerceu sua influência sobre mim, como exerce sobre todos os outros,
só que eu me deixei influenciar mais talvez porque tenha feito um mergulho mais
profundo sobre o meu eu através da escrita. Muito embora o que digitei hoje não
aponte isso, sei que há partes de autorreflexão espalhadas pelos diários. E que
sem a devida orientação terapêutica talvez, tenham me trazido até este aqui e
agora que sou eu. Ou talvez eu tenha apenas tirado de vez a pele de cordeiro.
Não estou com saco de escrever isso. Não estou com saco de nada. Nem de dormir.
Maldita comida. E abençoada comida, sem você estaria todo me tremendo aqui,
como comecei a ficar da metade para o final da transcrição do caderno. Será que
o Wii U vai fazer essa diferença toda em minha vida? Ou será somente mais uma
ilusão consumista? Eu acho que vai. Eu amo a Nintendo. Já pensei em tatuar o
logo da empresa, para você ter uma idéia. Mas acho demais. Já pensei em tatuar
tatoo de Björk. A única que idéia que persiste é o nome de Adeline, se soubesse
onde está. E se tivesse dinheiro. O jogo que me bateu vontade de jogar agora
foi Metal Gear Solid 4. Mas esse eu sei que dura mais de um final de semana e
eu quero jogar numa sentada só. Não digo de uma vez, sem dormir. Mas pegar e
jogar só ele. Não é que nem o Mario Kart e o Super Mario 3D que você pode ficar
revezando entre um jogo e outro para desopilar. Se bem que quando pegar um
deles, acho que pegarei o Super Mario 3D World primeiro, eu não vou descansar
enquanto não zerar todo e completamente. Depois a mesma coisa com o Super Mario
Kart 8 e, finalmente Splatoon. Confesso que foi um dos jogos que comprei mais
pela hype e pelo ótimo preço do que pela vontade de jogá-lo. Espero que a
Nintendo me prove errado. Mas no Metacritic, a nota foi 8,1. É uma boa nota,
mas já joguei muito jogo média 8 no Metacritic e não gostei muito. Espero que
Splatoon seja uma honrosa exceção. Acredito que se me dedicar o necessário, vou
acabar viciado no modo multiplayer. Não sei, entretanto, se terei essa
dedicação. Vou jogar o modo off-line, para uma pessoa, pegar o jeito do jogo e,
uma vez zerado o este modo, me arrisco online. Um que estou bastante
interessado e que adquirirei quando baixar de preço é Shentae: Half-Genie Hero.
8,2 no Metacritic e um platformer 2D
com gráficos Full HD. Do jeitinho que eu gosto. Mas tenho outros para zerar,
principalmente se a tia da minha cunhada trouxer os games dos EUA. E ainda
dizem que vão lançar DLC (Downloadable Content) para Shantae, então vou esperar
lançar a versão completa e deixar esta baixar de preço, daí compro. Tenho
muitos jogos de PS3 para jogar para esperar que isso aconteça. A maioria
gigante. Certamente com os de Wii U que ganharei conseguirei passar seis meses
jogando. Fora os antigos de Wii (sem U) que pretendo jogar novamente. Aí é
coisa para um ano. Três gigantes de PS3 levam com certeza mais seis meses. E
tenho mais de três jogos gigantes para jogar. Vai dar para esperar o Zelda Wii
U virar Nintendo Selects. Se virar. Senão até abaixar o preço. Só o Persona 4
são umas 200 horas de jogo, segundo o amigo do meu irmão que me recomendou
bastante o jogo. Enfim, não tenho pressa para comprar novos jogos. Pressa
nenhuma. Fiz uma boa coleção de Wii U, no precinho pelo eBay, tenho uma grande
coleção de jogos de Wii e tenho uma enormemente gigantesca coleção de PS3
graças ao PSPlus. Tenho jogo pra jogar uns cinco anos. Ou mais. É porque tem
muito jogo chato de PSPlus que ganhei e sei que nunca vou jogar. Mas há muitos
que merecem ser jogados. Há jogos que são difíceis de entrar no clima – como o
já famigerado Bioshock, do qual tenho a trilogia – e com tantos jogos para
jogar, qualquer emperradinha que você dá no jogo, já dá vontade de pular para o
próximo. O mesmo se deu com Fallout 3. Mas não vou me repetir nisso. Olhaí, o
sono já tá passando. Ou já passou. Daqui a pouco vem é minha mãe aqui me mandar
dormir. Saco. Vou logo encher meu copo de Coca.
2h07. Já enchi o copo. Agora é escrever até que ela venha
fazer seu melodrama aqui comigo. O que não tardará muito. Estou ficando com a
memória fraca. Isso é um mal sinal. Escrevi quase a mesma coisa sobre minha mãe
no parágrafo anterior. A da minha mãe aparenta estar mais fraca ainda. Preciso
fazer com que ela vá a um médico especializado nisso quando o tratamento de
câncer estiver devidamente terminado e ela tiver reestabelecido completamente a
saúde. Muitas vezes, a falta de memória dela vem a meu favor. Mas é desonesto
usar isso para a minha benesse. Prefiro que ela mantenha a memória e se
possível a exercite para melhorá-la do que eu me beneficie de seus
esquecimentos. Sinto nela uma pulsão de morte, uma postura derrotista em
relação à vida. Não sei se isso se dá pela consciência da perda de memória ou
por causa do fantasma do câncer, só sei que tal posicionamento não é nada bom
para ela. A mente é poderosa e o desejo de morte pode acelerar processos de
degradação da parte física. Isso também me preocupa. Por isso é bom que ela vá
à psicóloga do CAPS, o que ela disse que faria. Cobrar que ela faça isso até
que se concretize será o meu primeiro passo para ajudá-la com esse problema de
memória. Acredito que ela se abrindo com a psicóloga e falando que memória anda
falhando, a própria indicará um médico especializado para mamãe ir. Sobre a
reforma do meu quarto, espero que isso demore o máximo possível que, de repente
só se dê ano que vem. Gostaria de trazer mais bonecos para o Brasil antes disso.
Gostaria de ter todos aqui. A verdade verdadeira é que há muitos que eu queria
vender ou me desfazer. Mentira, não muitos, mas alguns que estão na casa do meu
irmão certamente eu revenderia. Não os grandões. Os grandões quero-os todos.
Não são muitos. Mas os menores, estes, sim, têm um bocado que daria fim. Nossa
e ainda tem um grandão que falta pagar o frete. Tinha esquecido deste. Este é
um que certamente me desfaria. Se fosse fácil. Foi uma compra por impulso. Mas
não me desfarei. É uma produção artesanal brasileira. Mas que o boneco não
ficou lá essas coisas, isso não ficou. Quando aplicaram as cores nele foi que
deu para notar. De toda sorte, vou valorizar o trabalho dos artistas
brasileiros. E há um ângulo do boneco em que ele fica bem legal. É o ângulo que
o exibirei, meio de perfil. A pintura é fantástica, por mais que ela ressalte
os defeitos do boneco, ele é muito bem pintado. E é um Wolverine, um dos meus
personagens prediletos e não tenho nenhum boneco dele. Mas minha coleção acaba
com o Killer Croc, porque o meu dinheiro acabou. Agora só tenho a pensão e a
pensão é para a minha sobrevivência mensal. Os remédios custam uma nota, a
diversão também sai cara, e tomo um monte de Coca-Cola, além da alimentação,
claro. E provavelmente vou ter que ajudar mamãe na reforma do quarto. E, se
formos viajar para visitar algum dos irmãos, também sou eu que banco a maior
parte da minha parte da viagem. Então, tendo tudo isso em vista, adeus bonecos,
vou ficar com os que tenho e pronto. Provavelmente vender alguns que tenho por
lá pelos EUA. Embora lá também não há muitos que não queira, pensando bem. Um
vou ter que vender porque é intransportável. E é um dos que mais queria ver. É
uma pena, mas não sabia dos limites de tamanho para bagagens de avião quando
comprei. Nem sabia que seria tão grande assim. Comprei com um grande desconto e
ainda consegui o frete grátis. E o frete sairia uma nota para um monstrengo
desses. 2h54. Tô com mais saco de escrever agora não. Vou fumar um cigarro e ir
dormir.
16h12. Acordei há mais ou menos uma hora. Minha presença
mais assídua nesse blog significa apena uma coisa: não tenho assunto para
colocar no outro blog e não tenho nada de mais interessante para fazer de
acordo com os meus impulsos interiores. Fico me sentindo um pouco culpado por
ter dado uma nota baixa a Brasil Games por não ter cumprido o prazo de entrega
combinado e eu não ter recebido o meu Wii U ainda. Por falar nele, não acho uma
boa idéia ligar na mesma entrada do estabilizador o Blu-Ray, que é bivolt, o
gamepad do Wii U, que é 110. Isso pode acabar queimando a fonte do gamepad.
Acho que o Blu-Ray vai ficar desligado até que se opere a tão falada reforma no
meu quarto. Até porque o único lugar que achei para colocá-lo foi literalmente embaixo
da TV, bem próximo a tela, o que pode, sei lá, danificar a TV por algum motivo,
já que pedem na instalação que ela fique a 10 cm de distância em todas as
direções de qualquer outra coisa. Então o Blu-Ray vai ficar de quarentena até
haver lugar e tomada para ele. Não havia pensado ainda nisso de que plugar um
aparelho bivolt e um de 110 V na mesma tomada poderia queimar o de 110 V. Não
tenho certeza, mas o melhor é não arriscar de forma nenhuma. Ainda bem que
ainda não recebi o Wii U, ou poderia tê-lo queimado logo de primeira. E, se
aqui em Recife está difícil achar Wii U, que dirá fonte compatível para
gamepad. Eu iria me lascar de verde e amarelo. Há males que vem para o bem.
Ainda bem que pensei nisso agora. Ufa.
Hoje mamãe me deixou dormir bastante, até quando eu queria,
eu diria, o que foi ótimo. Adoro dormir até o meu sono acabar. Obrigado mommy.
Dormi até depois das 15h, aí fui colocar os pratos e talheres no lava-louças e
encher a água das garrafas e do receptáculo da porta da geladeira. Depois vim
para cá. Onde permaneço desde então. Dei uma olhada no Facebook. As meninas não
entraram no Baile da Macuca. Meu primo-irmão não foi, então, caso eu tivesse
ido, seria uma grande furada. Elas disseram que ficaram do lado de fora da
festa, o que muita gente faz por aqui.
Meu quarto está escuro, pois já são 16h40 e as persianas
estão fechadas, mas vi o sol agora quando fui colocar mais gelo e Coca no copo.
O único jogo que me animaria jogar era Rayman Legends, mas por motivos citados
no post anterior não o farei. Não dá para começar nenhum jogo novo hoje, pois o
Wii U pode chegar amanhã. Não é possível que não chegue. Espero que chegue
intacto, sem ter sido remexido pelos Correios. Não teria porque ser, visto que
é uma entrega interestadual, não passa pela alfândega. É torcer. Meu irmão
disse que os jogos que comprei aparentam estar em excelente estado e isso me
anima. Comprar essas coisas usadas é meio que um tiro no escuro, mesmo que
sejam categorizadas como “Like New” no eBay. Mas, parece que dei sorte.
Conseguir preços super em conta, bem abaixo da média dos jogos novos e, pelo
que tudo indica, todos vão rodar no meu vindouro videogame. Resta torcer para
que a tia da minha cunhada, que dá a maior força para cuidar dos meninos quando
está lá, traga os joguinhos para mim. Nem que seja metade nessa viagem e metade
na viagem que fará novamente para lá em maio. Chegando os jogos para mim este
ano está ótimo. Chegando o videogame em perfeitas condições já estará
excelente, para ser sincero. Houve uma compra que não realizei no cartão de
mamãe e que apareceu lá. Já ocorreu fato semelhante e muito mais extremado,
foram dezenas de compras que não realizei, mas depois desapareceram da lista de
despesas do cartão. Espero que essa desapareça também. Vai ver que foi mamãe.
Sei lá. Se continuar aparecendo nos meses vindouros, uma medida vai ter de ser
tomada. O pior é que as parcelas do último boneco que comprei estão sendo
descontadas desse cartão. E isso vai até agosto. Espero que não ocorra mais
nada dessa natureza. Vou até ver se sumiu.
É de um tal de Gaumont Opera 1 4542469. Um nome muito
suspeito realmente. Esse Gaumont Opera 1 muito me intriga...
O “O” do meu teclado já está desgastado, a tinta prateada da
tecla já deu uma boa descascada. Fica engraçado quando acendo a luz do teclado
e fica claro que as teclas são em verdade transparentes e pintadas de prateado.
Vai ver que o “O”, por seu posicionamento e alta utilização foi sendo arranhado
pela minha unha e descascando com o tempo. Ainda bem que nenhuma das outras teclas
apresenta nenhum tipo de desgaste semelhante. Gosto de marcas de como essas,
são como cicatrizes de guerra, provas de que ali já houve muito uso. Menos nos
meus videogames. Aí gosto deles o mais conservados possível. Lembrei agora, não
sei por que, de que fiquei de pegar o DVD de Chico com uma amiga que mora aqui
no prédio. E nunca o fiz e provavelmente nunca o farei. Mas não estou tão certo
desse nunca. Entretanto, com a chegada do Wii U, não vou ter onde tocá-lo então
se este empréstimo do DVD houver de acontecer vai ser só depois que o quarto
for reformulado. Não sei o que farão com o amontoado de coisas que está nos
armários daqui. Ainda mais quando quero trazer minhas HQs para cá. Talvez uma
troca de lugares: as HQs vêm do quarto da empregada para cá e as tralhas que
estão aqui vão para lá. Não sei. Acho que há mais tralhas que HQs. Bom, isso é
para mamãe lidar com a arquiteta. Mas não gostaria realmente de ter meu quarto
reformado esse ano. Mamãe já gastou muito dinheiro com esse tratamento de
câncer. Espero sinceramente que deixem para o ano que vem. Mamãe, como está,
indisposta para as coisas, pode acabar deixando mesmo. Principalmente se quiser
visitar a minha irmã esse ano. Daqui que fique boa da quimioterapia, será abril
já. Senão mais. E essas reformas demoram sempre muito mais tempo que o
estipulado. Não queria passar meses sem poder jogar videogame. Ou ter o
videogame e ter que utilizar o computador na sala, onde não posso baforar.
Estou muito condicionado a baforar o tempo todo. Vai ser difícil mudar de
hábitos. Inclusive se for levado nessa viagem para a Alemanha. Queria parar de
vender bonecos de macumba pela internet. Acho que vou fazer isso, mas não
ainda. Talvez depois do carnaval. Queria vender pelo menos a grandona, para
poder pagar a pintura dos dois kits que estão com minha amiga Daisy lá na
China. Pois é, tenho uma fornecedora de montagem e pintura de kits que mora na
China. E temos uma relação quase de amizade. A internet realmente deixa o mundo
menor. E mais interessante. A conheço há mais de dez anos. Mais do que muitas
das amizades com quem saio hoje. É curioso isso. Ela inclusive me mandou fotos
de seus animais de estimação e de si própria, mas com essa troca de computador
que aconteceu ano passado, eu não sei onde foram parar tais fotos. Não quis
encher o meu computador de coisas para não ficar carregado e lento. Embora já
venha gradativamente enchendo esse, mas de forma muito mais lenta. Primeiro não
tenho mais acesso ao banco de imagens e vetores da agência, o que consumia boa
parte do meu HD. Segundo, tenho salvo a maioria, senão tudo o que produzo, no
pen-drive de 124 GB, se não me engano, que comprei para poder ter tudo em
qualquer lugar. Mas tenho baixado filmes e ele ocupam um espaço considerável,
além mas milhares de músicas que transpus todas para esse computador, para
poder colocar no iPod. Por sinal, as caixas de som do meu computador são Bang
& Olufsen e têm um som bastante bom. Quando acabar de tocar o disco do Radiohead
novo no som, vou colocar um shuffle aqui para ouvir músicas do meu computador,
coisa que rarissimamente faço e que deveria fazer com mais frequência, para
aproveitar que tenho um som tão bom no computador e tantas músicas disponíveis.
Fiquei noiado agora de arranhar as outras teclas do meu computador, minhas
unhas já estão começando a ficar grandes. Vou cortá-las amanhã. Visto que já as
sinto roçar nas teclas quando digito. Deixarei o meu Blu-Ray desligado embaixo
da TV ou o tirarei de lá? Eis a questão. Não sei se há algum tipo de magneto no
aparelho que possa danificar com o tempo a tela da TV, então, por precaução o
tirarei de lá. Onde colocá-lo é que se faz a questão presente agora. Acho que
vou colocá-lo no quarto da minha irmã. Não acredito. Já vou com sete páginas
deste besteirol?! Quando comecei a escrever isso? Ontem, às 22h e pouco?!
Carai, tô escrevendo muita merda muito rápido. Como pode tanto conteúdo ser
produzido de uma vida tão estéril de acontecimentos como a minha? Até eu fiquei
abismado agora. De cara. O disco do Radiohead está na última música. O pior que
a minha vontade é botá-lo de novo para tocar ao invés de botar o som saindo
aqui da frente do computador no meu pé do ouvido e passando um bando de músicas
que não vão me apetecer. E muitas que vão me surpreender, é verdade. Vou botar
o som do computador. Se não gostar, volto pro Radiohead. Por sinal, acho que o
som do Radiohead cada vez se dilui mais ou é preciso ouvir mais alto para pegar
todas as nuances das músicas, coisa que não posso fazer, senão mamãe reclama.
Só quando ela estiver fora. O que é raro nesses tempos de quimioterapia. Bom
vou colocar o som do computador. One
moment, please. 18h04. O tempo voa.
Finalmente entendi, eu acho, como botar o iTunes em modo
aleatório. Estou ouvindo uma música do Jesus & Mary Chain que nunca ouvi na
vida e que é bastante barulhenta. Por falar em barulhento, tenho que me lembrar
de baixar a discografia do Nirvana qualquer dia desses. Poderia fazê-lo agora,
mas não quero. Essa barulheira já está mais do que suficiente por hoje. É só
altas microfonias e uma guitarra superdistorcida. Agora! Let’s Go To Bed, do
Cure. Vou pegar Coca.
Há pouco gelo na geladeira. Gostei do novo sabor da Coca
Zero, parece menos químico que o anterior. Não faço a mínima idéia do que
esteja tocando agora, sei que é cacofônico. Que onda é a demo caseira de 10:15
On a Saturday Night do Cure! Que preciosidade. Como é diferente da versão
finalizada. E pior. É só guitarra, teclado e voz. É como estar no quarto com
Robert Smith no meio do processo de criação dele. Massa. All That Jazz (Live)
do Echo & The Bunnymen. Parece uma versão caseira, por mais que não conheça
essa música. Vou procurar a versão oficial. Mas a voz de Ian está muito boa,
não detonada e frágil como é hoje, devido a muito cigarro, acredito. É, a
versão de estúdio não é muito diferente, só mais bem equalizada e limpa. A
música é que não é muito do meu agrado mesmo. É nisso que dá ter milhares de
músicas. Outra do Cure, agora uma que gosto e na versão original. Out Of This
World. Foi uma boa escolha ter dado uma chance ao computador. Ele está me
surpreendendo com sua predileção por demos e lados B das bandas que eu gosto.
Apesar de essa ser de estúdio mesmo. Tenho ela na versão remix, mais limpa e streamlined, por falta de termo melhor,
que a versão do álbum, com arranjo mais complexo e rico. Quando for pegar mais
Coca, preciso encher algumas caçambas de gelo. Umas oito, pelo menos. Queria
jogar o Rayman Legends. Ou ainda tentar passar da fase de Limbo na qual estou
empacado. É isso! Limbo. Até mais.
18h37. Não vejo solução para o desafio em que encalhei meses
atrás. Vou ver na internet.
19h40. Acabei vendo o resto dos desafios todos, já que
estava a menos de dez minutos do final do jogo. Não conseguiria sem ter filado
na internet. Pouquíssimas partes eu deduzi. O final é tão estranho quanto o
jogo. No bom sentido. Mas descobri que minha praia não são puzzle games. Não
tenho o pensamento “out of the box” necessário para decifrar os enigmas. O
local onde estava empacado foi sem dúvida a parte mais difícil do jogo. As
outras eram mais uma questão de habilidade e timing. E de saber que as placas
com setas mudam a gravidade! Fica a dica. Ou spoiler para os mais hardcores. De
qualquer forma zerei mais um, muito embora considere uma zerada medíocre pelas
filadas que dei na internet. Mereci só ganhar o troféu de prata. Não merecia
mais do que isso. Acredito que joguei 77% do jogo por mim mesmo. O resto foi
filando na internet. A Nintendo é menos cruel com seus fãs no que tange a
puzzles. Os dela são mais fáceis e não precisa apelar para a internet para
descobrir qual a solução, basta parar e pensar um pouco no que se tem e em como
o que se tem pode ser utilizado. Descobrir que existe uma segunda caixa lá na
pqp, num lugar que nunca se imaginaria é demais para mim. Só se só tivesse esse
jogo para jogar. Talvez, talvez, talvez eu chegasse lá. Agora não sei se
conseguiria tirar a caixa de onde estava se não tivesse olhado na internet.
Mesmo sendo o único jogo que tivesse. Haveria uma probabilidade ínfima disso
acontecer. Acho que abandonaria o jogo antes. Quando você vê a solução não parece
tão absurda, mas sem pista alguma parece impossível. É um jogo que é muito
centrado nas leias da Física: inércia, gravidade etc. Nunca fui bom em Física.
Meu pai talvez conseguisse decifrar os quebra-cabeças. Ou tivesse mais
paciência para isso. Por falar nele, comprei um jogo só porque foi o único jogo
que ele demonstrou interesse em jogar: Myst. Outro puzzler. Eu não consegui
passar do primeiro enigma e desisti. Deixa eu ver se ainda tenho ele instalado.
Tenho não. Ele provavelmente caberia no exíguo espaço que resta no HD do PS3
para baixar jogos, mas confesso que não estou com saco de jogá-lo, só me
motivei porque a tela do PS3 estava em modo de descanso e o controle desligado,
mesmo assim, misteriosamente, ela se acendeu quando comecei a falar de Myst.
Aí, como foi uma coisa meio inexplicável de acontecer, eu achei que, com as
cinzas de papai aqui no quarto e tudo o mais, talvez ele quisesse que eu
jogasse o jogo para ele olhar e quem sabe me guiar através de sei lá como. Olha
que doideira da minha cabeça! Fui olhar na minha lista de jogos de PS3 e não
tenho Myst comprado ou ganho pelo PSPlus. E como foi que joguei? Vai ver que
foi uma demo ou um timed trial. Foi mal pai. Nem tenho como adquiri-lo, pois meu
irmão não conseguiu pôr o PayPal dele na minha conta mais. Eu fiz a burrice de
tentar colocar o meu, mas não aceitou porque é brasileiro e o meu videogame
está configurado como se fosse americano. Aí quando ele foi colocar de novo,
pediu para ele cadastrar o cartão de crédito também, aí ele estrilou. Não vai
mais nunca colocar um cartão de crédito na minha mão, por mais que eu não saiba
o código numérico que vem atrás do cartão, logo não possa usá-lo, ele não vai
se arriscar depois do que aconteceu da outra vez que deixou os dados do cartão
comigo. Foi o caos. Então pai, vamos ter que passar sem Myst. Mas como você
disse que me olhar jogando era como ver o mar – era relaxante, você dizia –, então,
isso você vê e verá bastante. Já uma linda mulher nua nesse quarto, está mais
difícil que a paz no Oriente Médio. Só nos vídeos da internet mesmo. Por sinal,
podemos ver um hoje, se bem que eu não estou muito animado no momento para tal
feito e obviamente só quando mamãe e meu padrasto forem dormir. 20h23. Esse meu
micro Spotify que é o meu computador me mostra várias coisas que nunca tinha
ouvido de bandas que eu gosto. Está passando uma do disco Brotherhood do New
Order que eu estou gostando muito. Está passando Milton. Acho que do disco que
meu primo-ex-vizinho repartiu comigo e tem uma cantada linda na música algo
como “agora vou tomar suas mãos, você não conhece o futuro que eu tenho nas
mãos”. Pegar as mãos de uma garota e dizer que ela não conhece o futuro que
tenho nas mãos é uma cantada massa. Se for muito cara de pau, emendo um “se
quiser descobrir, eu te mostro”. Se eu tivesse realmente tal futuro para
oferecer. Até porque um futuro a dois é construído a dois, não vem
pré-fabricado por uma das partes. Mas que é uma cantada massa, é. É meu estilo
de cantada. Se eu fosse de passar cantadas. Agora entendi porque a tela do PS3
acendeu! Porque um aviso de que um usuário amigo meu estava online ou tinha
ficado off-line apareceu. Foi isso que ativou a tela agora e da última vez,
aposto. É a única explicação. Não há nenhum outro evento que conheça que ative
a tela a não ser ligar o controle. Ou mexer nele já ligado. Mas como desliguei
o controle, esta é a razão da tela ter acendido quando escrevia sobre Myst. Fui
pegar Coca e não enchi caçamba de gelo sequer. Na próxima ida, tenho que encher
impreterivelmente. Everything Counts do Depeche Mode. Confesso que estava
esperando por essa desde que botei o som do computador para tocar. Foi a única
que me passou pela cabeça. Hoje é o dia das coincidências. Esse Green Goblin da
Sideshow é muito invocado. Pena ser uma pequena fortuna... Tenho que introjetar
que a minha coleção acaba com Killer Croc. E que não vou ter verba para mandar
pintar os kits que estão na China com minha amiga Daisy. Não acredito! Eu tenho
Skid Row no HD. Por isso tive dificuldade de descobrir o que era esse heavy
metal aguado. Não me lembrava de ter baixado nenhuma banda de metal. Mas baixei
a coletânea de Skid Row por causa de uma das baladas deles que fez muito
sucesso na época que a MTV só passava clipes. Bons tempos. Que não voltam.
Ainda bem que eu estava lá no começo da MTV Brasil e assisti muito clipe de
muita banda boa. A música era outra coisa nessa época. Claro, tinha Skid Row,
Vanilla Ice e quetais, mas eram 24 horas de clipes quase ininterruptas, tinham
uns apresentadores, VJs que apresentavam os programas, mas no começo, começo,
acho que nem isso tinha, eram só clipes atrás de clipes. Era muito massa. Não
tinha propaganda, não tinha entrevista, não tinha programas, tudo era em torno
dos clipes. E só. E era o que bastava, estava ótimo daquele jeito, mas aí a
coisa toda mudou para como é hoje. Que nem sei mais como é, pois parei de
assistir. Também não tem mais ninguém que eu queira assistir. Só quem ainda
investe em clipes acho, que gosto e tenha visto são Björk e Radiohead. E
Strokes. Se bem que não cascavilho o YouTube em busca de novos clipes de bandas
que eu gosto. Talvez até ache. Mas não tenho o hábito ou o saco de fazê-lo.
Parei de assistir TV, minha TV é um canal para o videogame aparecer. Nem
Netflix tenho assistido mais. Estava acompanhando Daredevil e o que Kevin
Spacey é um político escroto. Não me recordo o nome. Mas deve estar lá. House
Of Cards, esse é o nome. A última coisa que assisti foi Stranger Things.
Gostei. Principalmente da trilha. Sempre acabava com uma música que eu amo.
Preciso tomar banho. O farei dentro em breve. Depois do próximo copo de
Coca-Cola e de encher as caçambas de gelo. Amanhã é segunda. Nunca fiquei tão
animado com uma segunda-feira em toda a minha vida. Tudo porque uma nova
possibilidade de chegada do Wii U se afigura. Uma bem concreta. Pelo menos acho
eu.
21h24. Coloquei o copo de Coca e enchi sete caçambas que
coloquei para gelar. Minha mãe me mandou tomar banho. Mal sabia ela que eu já
havia me planejado para fazer isso após esse copo de Coca. Ela mencionou sobre
a possibilidade de chegada do Wii U amanhã. Até ela esta na expectativa. Lol.
Aproveitei que estava na cozinha e fui ao hall de serviço ver se estava rolando
alguma coisa na Vila Edna. Parecia ter gente lá, mas está muito tarde para eu
aparecer. 21h27. Droga. Próximo domingo me organizo mais cedo.
21h37. Incrível. Uma olhadinha no Facebook e já perdi 10
minutos da minha vida. Ô buraco negro dos infernos.
21h56. Estava conversando com um primo meu a respeito de um
projeto bem legal que ele estava desenvolvendo e que deu para trás porque os
outros membros do grupo fuleiraram. Estava tentando motivá-lo a não desistir.
Mas acho que ele já se deu por vencido. Uma pena.
22h10. Soltei a cantada da mão para uma menina do Facebook
que nem conheço, mas para a qual já tinha passado outra cantada. Vamos ver se
ela responde. Aposto que não. Mas pelo menos pelo Facebook sou mais saidinho.
Não sei quem foi que me colocou num grupo de venda de móveis usados e aí fico
recebendo as postagens desse grupo. Então apareceu essa menina bonita vendendo
móveis e eu passei uma cantada. Ela riu. Embora tenha me dado uma cortada. Não
tem problema, mandei uma cantada poética agora. Se ela me responder, será
interessante. Mas não vai. É mais provável meu Wii U chegar bonitinho e intacto
amanhã que ela me responder.
22h22. Não vou tomar banho agora. Vou pegar mais um copo de
Coca-Cola, não esperava que a conversa com meu primo programador durasse tanto
tempo. Foi bem legal. Mas quero escrever mais um pouco antes de me banhar.
Gostaria de comer antes de tomar banho e acho que é o que farei.
23h31. Tentei encarar o Mirror’s Edge, mas cansei de morrer
fazendo a mesma travessia correndo através de uma parede. Quando consegui passar
disso fui morto pelos tiros da polícia. Fiquei puto porque não sabia qual era o
caminho a seguir e fiquei que nem um pomba lesa até decidir um caminho que me
levou à morte. Vou dar meu post por visto e publicá-lo.