domingo, 28 de outubro de 2012

Praia do La Greca





11h37. Ouvindo o novo do Strokes.

Ela se sentou coincidentemente bem atrás de mim, de costas, eu numa cadeira, ela na grama. Podia ouvir sua voz e risadas. Ela era a garota por quem primeiro me encantei na festa a quem dei um bilhete com o endereço deste blog e meu e e-mail (se você ler isso, me escreva!). Ela estava de camisa laranja e era, no mínimo, exuberante. Entreguei um segundo bilhete – este apenas dizendo que achava a garota uma gata e também com o endereço do blog. Não a vi por lá por muito tempo, acho que saiu cedo. A primeira, entretanto, como uma das organizadoras (creio) estava por todos os lugares, inclusive por alguns minutos tão próxima de mim que se quisesse podia tocá-la. Se pudesse...

A festa foi muito divertida, o astral estava muito bom e o “clima de praia” em plena Zona Norte foi uma grande ideia. A das canecas também (embora esta minha mãe tenha me dito que foi importada da Europa), onde você deixava R$ 6,00 pela caneca e se quisesse apenas “alugá-la”, no final da festa você simplesmente devolveria a caneca e recebia R$ 5,00 de reembolso, ficando R$ 1,00 para a organização como taxa pelo aluguel.

As pessoas com quem estava reunido, que obviamente incluíam meu primo-irmão, eram ótima gente e nos divertimos muito conversando besteira e acompanhando os diversos eventos do dia. Uma artista pintando a fachada do museu, um outdoor todo branco para quem quisesse preencher, grupos de chorinho, música cigana (?) e blues, uma corda de equilibrismo, uma dança muito louca, presentação de jovens da comunidade e passeios de barco pelo Rio Capibaribe, cuja revitalização era a causa por trás da festa. Um dia cheio de atrações, enfim.

Fiquei sentado numa confortável cadeira de praia tomando Coca-Cola, fumando, conversando e observando aquela manifestação alegre acontecer o que aqueceu meu espírito, o tipo de evento que eu gosto e pretendo repetir no próximo mês. Espero que as organizadoras sejam as mesmas!!

Obrigado Pri, pelo convite (que hesitei tanto em aceitar)!

sábado, 27 de outubro de 2012

Festa de 15 anos





19h07. Barba aparada. Salão cheio. Casamento na cidade, aparentemente. Estou de volta e vazio de ideias. Vai haver a festa de 15 anos da minha prima hoje. Irei com uma camisa Ralph Laurent (ficou grande na pessoa e passaram para mim, em quem fica quase apertada). Acho que vai ser bom lá.

-X-X-X-

19h23. Fui botar um emoticon no post de Luiz Gonzaga. Vai ser ruim quando estes momentos de marasmo verbal me assolarem depois da alta. Se bem que tenho Algo a fazer (cada vez esta ideia me parece mais surreal e ridícula)! Não tenho absolutamente nada a dizer, não aconteceu nada de relevante na minha existência nas últimas horas e eu acho que perdi a capacidade para criar contos (que antes, quando era publicitário, tinha). Vou fumar. Quem sabe daí não me surge alguma coisa...

Ah, aos que acompanharam meu blog, não fui ao encontro do grupo de artes com havia prometido, mandei uma e-mail, porém, justificando as coisas de forma a não me expor muito nem assumir compromisso de volta ao grupo. Fumar mesmo agora.

-X-X-X-

20h11. Dei um role pela internet e não rolou nada, nadica na caixola. Fumar.

-X-X-X-

Uma coisa me animou. É uma festa de 15 anos! Verei várias meninas-mulheres na fase mais sublime de seus desabrochares e poderei passar a festa inteira bebendo Coca-Cola, fumando e as vendo se exibir daquele jeito exagerado de quem tenta ser mulher sem ainda ser. Vai ser um lindo espetáculo. Todas no limite tênue entre a inocência e a explosão de suas sexualidades, que já bate à porta. Ah, eu sei que são pensamentos pedófilos, mas são só pensamentos e a liberdade de expressão é um  direito constitucional! Vou tomar banho para me aprontar.


Luiz Gonzaga X Boto de Gatas (ou Besteirol 3)



Eu nunca fui o Rei do Baião

Nem sei fazer chover no sertão

Sou flagelado da paixão
Retirante do amor
Desempregado do coração


Lulu Santos



Corel Music 3










Besteirol 2





00h27. Número da sorte. Quem sabe me traga alguma inspiração. Pelo visto, não. Queria conhecer Deus. Saber o porquê de tudo isso. Se estou certo ou não. Pena que da forma como eu O imagino nunca terei essa conversa com ele porque estarei morto bem antes dele surgir.
2h03. Estava fazendo alguns Corel Musics, mas não ficaram tão bons quanto os anteriores (se é que podemos chamar de bons os anteriores). Ouvindo Out Of This World, do Cure.

-X-X-X-

Por que a eterna pergunta: por que tudo existe do jeito que é? Por que eu acho que as minhas respostas são melhores que as demais? Por que eu acho que tenho as respostas, se não posso prová-las? Só posso esperar para ver se acontecem. Por que eu mesmo não acredito piamente nelas? Talvez porque tenha sido ensinado a não acreditar em nada de metafísico, de fantástico. Isso gera o desconforto de Algo. Se eu acreditasse piamente nele talvez as coisas fossem mais fáceis. Só sei que ele se aproxima junto com a alta e farei de tudo para não fugir dele, encará-lo de uma vez por todas. Vomitar a bola de golfe da goela.
2h37. Fui fazer outro Corel Music, de Pictures Of You. Café e cigarro agora.

3h19 (na verdade 2h19, pois o relógio do Windows está em horário de verão). Já tomei o Dalmadorm, então não demora muito agora (além disso, o café está acabando [este que fiz ficou péssimo]). Alexandre conquistou toda a Macedônia e mudou o mundo, queria fazer algo nas mesmas proporções. Ou até maiores. O prazo está chegando ao fim, as desculpas também. Mudei o set list para um antigo que chamei de CURE I, porém ironicamente começa com uma música do U2, One Tree Hill. Nada de relevante a dizer. Estes últimos posts têm tão pouco conteúdo, que fico meio embaraçado de publicá-los, mas ele são, como os psicólogos chamam, uma pulsão de vida, algo minimamente construtivo e não posso desperdiçar nenhuma pulsão dessas.

Ah, este set list é bem legal, agora veio um B-Side do Cure, A Few Hours After This. Amo essa música. Quase entra no álbum The Head On The Door, mas acabaram optando por Six Different Ways.
Por que uma existência que não quer existir? Qual a utilidade disso, o propósito? Principalmente quando tantas que querem são mortas por aí? Tento crer que é por causa de Algo. É o único propósito que vislumbro. Se não for isso, não sei. Acho um grande desperdício de energia agregada na forma de um ser. Estou com sono, meus olhos estão ardendo. Acho eu vou tomar o último café, fumar o penúltimo cigarro e escrever só mais um pouquinho. Afinal amanhã tenho que acordar cedo pro negócio do curso de pintura.

-X-X-X-

2h57 (horário de Recife). Acho que vou mexer nos Corel Musics que fiz hoje para ver se ficam mais apresentáveis. Publicar isso e caminha.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Encontrei uma amiga


22h26. Encontrei uma amiga nossa e foi ótimo. Mamãe a achou bonita. Perguntou se era a que eu tinha dado uma paquerada, respondi que sim (por mais infrutíferas que tenham sido minhas investidas!). Acho que ela é tão platônica ou está numa fase tão platônica quanto eu: só a pessoa perfeita serve. Aquela que não existe. Mas com as quais a gente nunca deixa – bobos – de sonhar.

O Tebas não rolou... e Da Pedofilia


Meu primo-irmão descobriu que o que rolaria lá no Tebas era uma festa GLS (ou aquela outra sigla maior que ainda não decorei). Fomos então para o Cabanga onde estavam rolando duas festas. Obviamente entramos na mais barata que custava metade do preço da outra. Lá um DJ colocou músicas latinas, depois brega e funk pancadão e, por fim, Techno, quando arrisquei alguns passos. Como estou desacostumado a ficar muito tempo em pé, me apoderei da primeira cadeira que encontrei. Dela, bem na minha frente, pude comprovar como o homossexualismo, principalmente o feminino está sendo bem aceito. Note-se que não era uma festa GLS, mas fiquei observando um casal de garotas se beijar e se esfregar tresloucadamente à minha frente, se comprimindo contra uma das vigas de sustentação para aumentar o atrito. Vi um casa de homens escancaradamente gays dançando– muito bem, por sinal – e mais outro casal de garotas num canto mais reservado aos beijos e abraços. Isto muito me alegra, comprova minha teoria de que a humanidade caminha para a bissexualidade em que cada um vai poder experimentar sem pudores todos os prazeres do sexo. Sou um velho romântico à procura da minha princesa encantada, mas acho que se há um prazer que o corpo oferece ele deve ser explorado em todas as suas variantes, inclusive fetiches. Por que não? Cada um sabe o que o excita. Somos 7 bilhões, 7 bilhões de possibilidade. Basta ser consensual.

-X-X-X-


DA PEDOFILIA
Se a garota de 14, 15 anos já teve várias transas com seus colegas da mesma idade (como parece estar se tornando a via de regra) que diferença faz transar com um homem de mais idade, se há interesse mútuo na relação? E tenho dito.

sábado, 20 de outubro de 2012

Parece que o Tebas vai rolar!!! Ueba!




Incrível como não consigo me desvencilhar das palavras. É paradoxal, ao mesmo tempo em que elas me aprisionam a mim mesmo e ao meu mundinho, me libertam. Ouvindo o CD The Sound of Speed do Jesus and Mary Chain (banda dos anos 80, quando clipes de Madonna ainda causavam algum furor clerical, por isso a suposta rebeldia do nome da banda). Como as coisas mudaram nesses últimos vinte anos. Eu gostava daqueles tempos e acho que fiquei um pouco “acorrentado” a eles. De qualquer forma, mommy me arrumou um caderninho que cabe no meu bolso e que vai servir de arma de aproximação das gatinhas, caso vá ao Tebas hoje. Só falta mamãe “esquecer” de sacar o dinheiro. Não tenho absolutamente nada de relevante para dizer agora. Vou beber uma Coca-Cola e fumar. 19h02.

-X-X-X-

19h13. Só estou pensando no Tebas hoje à noite e se terei coragem de entregar algum bilhete a alguma Clementine que achar por lá (principalmente sem o auxílio de cervejas!). Em que mais estou pensando? Por enquanto só nisso. Pensei na Clementine original agora e isto me dá um misto de saudade e mágoa. E ela não tem nada a ver com isso e tem tudo a ver com isso ao mesmo tempo. Ela não tem culpa de não querer o sapo feio. Ao mesmo ela tem o poder de fazer deste sapo feio o mais feliz do mundo. Rolando My Girl na versão do Jesus. Tudo o que eu queria no Tebas era entregar o bilhete (ou os bilhetes) e ter um papo bem legal e descontraído com uma garota dessas que dão o sopapo no meu peito. Não precisaria de beijo nem nada, só uma pouco de atenção e diversão entre duas pessoas. É pedir demais? Talvez para o sapo feio seja. A não ser que ele pare de se ver como sapo feio, como tanto me aconselham, e tome ares de príncipe.
Lembrei agora que não revisei nenhum dos últimos quatros posts que coloquei no ar, vou dar uma checada. 19h27.

-X-X-X-

21h01. Parece que o Tebas vai rolar. Meu primo-irmão não pareceu muito animado, mas dei uma pequenina injeção de ânimo nele, então é bem possível. Já tenho a caneta e o bloquinho aqui ao meu lado. Ele disse que ia dar uma descansada e me ligava. Disse que nosso amigo “perfeito” iria sair conosco. O que vou sugerir a eles é que façamos hora até umas duas e meia três horas no Central e depois zarpemos para lá que já deve estar mais vazio e transitável. Eles disseram que estava muito lotado no final de semana passado. Usei esta estratégia do Central na primeira e única vez que fui ao Tebas e funcionou. Chegamos lá, estava cheio, mas suportável. 21h15. Vou postar.

Meio carnaval, meio bacanal, com por do sol à beira mar no final


Hoje tô a fim de postar vídeos. Este é de Elephant Gun do Beirut. A música é massa, mas com o clipe fica fenomenal, pois eles se complementam de uma forma sublime. Eu comecei um blog antigo postando este clipe e quero vê-lo, tê-lo aqui também.




Tebas hoje? Será?




15h41. Ouvindo Sandy. Nada demais na cabeça. Recomecei minha rotina de café e cigarros. Como supus no post passado, minha mãe me pegou acordado e ficou combinado que não haverá mais café à noite para moi myself. Novamente o peso das escolhas. Nesta casa é proibido ser notívago. A casa não é minha, logo tenho que me submeter. É uma troca justa, os ganhos superam muitíssimo as perdas. Abaixei o volume e Sandy não interrompe mais tanto os meus pensamentos. Só um pouquinho. Tenho saudades dos almoços na casa de Kilma, me sentia em um lar lá também. Lar-lá-ri-lá-lá. Estou pensando numa nova técnica para abordar as meninas na noite: levarei um bloquinho, escreverei um bilhete para elas e, se alguma se interessar que dê o segundo passo. Não consigo ver outra solução. Chegar chegando realmente não é a minha. O papel oferece a distância segura e as palavras me vêm com mais fluência do que no chegar chegando. Se for comprar a calça hoje para os 15 anos da minha prima, vou ver se compro um bloquinho de notas, destes que cabem no bolso, de espiral na horizontal.

Caso vá ao Tebas hoje com meu primo-irmão como ele planeja, será um bom teste para esta nova abordagem. Mas antes preciso convencer minha mãe a liberar a grana para a saída, pois já gastei R$ 20,00 ontem e hoje não sai por menos de R$ 40,00. Vou barganhar sugerindo que no final de semana que vem não saio. Vamos ver. Fumar e tomar café. 15h56.

-X-X-X-

A tarde cai, não como um viaduto, mas como uma pluma a bailar no ar ao sabor do vento. Enquanto isso me indago em vez de achar soluções. Em verdade, soluções até tenho, coragem é o que me falta. A única vontade que me toma são destas palavras. Em breve estarei livre do manicômio e isto me assusta. Menos pela cola, mais pelo medo do ócio me causar angústia, embora seja o ócio o que busco. Tenho o plano da loja de camisetas no Facebook e de escrever o livro, mas tenho medo da minha própria covardia me impedir de levá-los adiante. Também estou bastante acostumado à vida de ócio no manicômio e, por mais repetitiva que ela seja, ela me agrada e me causa apreensão perdê-la. Tenho também muita apreensão em relação à superproteção da minha mãe, que nem ao menos deixa me deixa gerenciar as carteiras de cigarro para o final de semana, escondendo os maços em seu armário. Toda mudança dói pelo movimento do conforto para uma nova zona, um zona desconhecida. Mas espero que não haja muitas mudanças agora, que me deixem ficar aqui escrevendo sobre quase nada e publicando este quase nada para a humanidade. Tenho que escrever Algo, tenho que escrevê-lo a qualquer custo. Antes que tudo aconteça e eu perca a possibilidade de me sentir profeta. Profeta, que ridículo. Detesto esta dualidade entre a vontade da grandiosidade e o medo do escárnio. Na minha cabeça, caso Algo venha à luz, ambos os sentimentos serão despertados nos leitores. Isso se arrumar uma forma de publicar e se alguém ler, claro. O curioso é que sinto minha cabeça tão vazia de Algo agora, como se não tivesse realmente o que dizer. O conflito interno é grande e contínuo. Não fossem os ansiolíticos estaria sofrendo agora. Medicação faz milagres mesmo. Me fazem não ficar dilacerado e desesperado. Isso é tão bom. Não aguentava mais aquilo, por isso principalmente fugia para o casulo da cola (que, por sinal, deixou de me assombrar como me assombrava).

-X-X-X-

Vi os joelhos de uma das terapeutas do manicômio (ela os mostrou a mim a guisa de me explicar um problema na rótula). Achei uma intimidade gostosa de saborear e me impressionou tal atitude por parte dela, uma confiança saudável. Achei bonitos os seus joelhos. Beber o final do café e pedir uma nova garrafa do líquido negro right away!.

-X-X-X-

Café e cigarros consumidos, hora de fazer mais um post antes deste: mais clipes de Björk que você não pode deixar de ver!

Mais 4 clipes de Björk que você não pode deixar de ver





Música: Bachelorette
CD: Homogenic

Música: Hyperballad
CD: Post

Música: Pagan Poetry
CD: Vespertine
(Note o detalhe final no vestido)


Música: I Miss You
CD: ?




5 clipes de Björk que você não pode deixar de ver






Música: Hunter
CD: Homogenic


Música: It’s Oh So Quiet
CD: Post

Música: Wonderlust
CD: Volta

Música: All Is Full of Love
CD: Homogenic

Música: Triumph of a Heart
CD: Medúlla





Recanto

Ouvindo Recanto, de Gal. Me roo ainda por não ter ido ao show. Era o que mais queria ver este ano. Pena. É o peso da responsabilidade pelos meus atos. Mas não era disso que queria falar. Estava pensando como minhas palavras são mais amigas da noite, da madrugada, ao invés do dia. É como se saber que toda a metade do mundo onde eu estou dorme me desse a paz e a calma que as palavras desejam e merecem. São 4h40. Voltei há uma hora de uma saída marrom com meu primo-irmão. Sempre ele. E por muito tempo será com ele. É o peso da responsabilidade pelos meus atos dividida com ele. Parece tão injusto com ele. Mas se não for ele, não saio pra ver o mundo e a noite. Até que a confiança retorne (e esta ainda está bem distante, nem é possível avistá-la ainda). Novamente o peso e o preço pelos meus atos. Ainda bem que tenho estas palavras, elas são o meu recanto. Quem importaria ler – mommy – não lê, então me sinto livre para as palavras todas. Bem, quase todas. Algumas guardo para o sonho do livro, mas as do livro não dizem só de mim embora sejam principalmente para mim, por mais que quisesse que o mundo inteiro lesse. Como disse, sou um exibicionista. Qualquer um que se dispa num blog é. E gosto de ficar nu aqui. A sensação de liberdade é inebriante. Deve ser como ir ao confessionário. O alívio de dizer deve ser semelhante. Aqui, escrevo para mim, por mim e quem quiser que leia, perca seu tempo sabendo de mim e de pouca coisa mais. E a madrugada me convida a isso. Hei, hei, neguinho é rei. 4h56. Hora de um café e de um ou dois cigarros (deixei o café pronto antes de sair com Mateus porque achei que ele iria fuleirar, mas eis que fomos realmente ao Antigo e não conseguimos nos ouvir por causa do barulho da banda – boa, por sina – do Sushi Digital). Já tomei o Dalmadorm. Fiquei em dúvida se tomaria ou não pela ânsia de escrever que me tomava desde que estávamos no bar, mas resolver ser o um bom menino e seguir à risca as orientações médicas. Só tomei Coca-Cola também, nada de cerveja, o que me incomoda, pois faz falta para a minha socialização. Tenho percebido que sem cerveja levo em torno de duas horas para me aclimatar a um ambiente como bar ou festa. Antes disso tento ficar invisível o máximo que posso. Bom, agora tomar o café e fumar mesmo. 5h02.

-X-X-X-

5h18. O dia já clareou, tomei duas xícaras de café e fumei dois cigarros. Acho que não ficou quase nenhum na garrafa (o que era necessário para mommy não saber que fiz outra depois da que ela preparou para mim). Coloquei um copázio de Coca-Cocla para mim porque já,já ela levanta e vem me dar um esculacho porque ainda estou acordado. Digo que quando acabar o copo vou dormir, que já tomei o Dalmadorm, que o sono já está batendo etc. e etc. Acabou de acabar o disco de Gal. Vou botar o de Sandy solo, Manuscrito, para ouvir agora nestes minutos finais de digitação que aperreada. Aperreada pela apreensão de minha mãe abrir a porta a qualquer instante. Embora seja meu final de semana e eu devesse ter o direito de viver minha rotina notívaga, eu acho.

-X-X-X-

O disco de Sandy não é tão inspirador ou a inspiração acabou mesmo, mas vou trocar, vou botar o velho set list de sempre.

Não está funcionando muito, a paranoia de minha mãe abrir a porta e me dar um esporro me tira completamente a concentração. Falta ainda achar uma imagem para este post e publicá-lo. Vou fazer isso agora e ir pra cama, mesmo sem sono.

Deprezinha




Por que esta alma tão diminuta
Escondida nesta parte esquecida e escura do coração?
Como um feto, sensível a qualquer estímulo externo
Como pode alguém dizer que algo assim é eterno?
Será que existe neste quase nada, neste tiquinho de humanidade que me resta
Algo de belo para mostrar, alguma novidade a descobrir?
Será que nesta concha se forma calma e calada uma pérola, uma pedra, um quê que seja?
Algo que faça valer a pena a existência quase inexistente desta alma?
Só o tempo e o esforço amargo é que podem dizer ou desdizer isto
Por ora me encolho, feto, desafeto de mim, dependente de tudo, independente de tudo
À espera de uma luz que insisto em não enxergar e que muitos me dirigem com todo amor
Por quanto tempo permanecerei de olhos fechados?

sábado, 13 de outubro de 2012

Cigarettes black coffee and Coca- Cola




Botei este título no post, pois decidi colocar o set list para tocar a partir de Cigarettes and Chocolate Milk (e porque é o que estou consumindo agora [Coca-Cola no quarto aqui onde escrevo e café com cigarros no hall, onde fumo]). Tem que variar uma pouco, começar com I’m the Highway toda vez já tá cansando...

Escrever sobre o quê? Perdi a saída para o Tebas por falta de grana em espécie por parte de mommy. Ser vagabundo tem desses transtornos. Queria muito ir. Quem sabe paquerar. Eu é que não sei.

22h59. É Tão Lindo do Balão Mágico rolando. Amigo pode ter orelha de camelo, bigode de foca, nariz de tamanduá e bico de pato, já namorado...

Tô nessa deprê de que estou e sou horrível e quem nenhum anjo me desejará do jeito que sou. Que só sirvo de amigo mesmo. Antes era amigo dos bons, hoje acho que até nisso perdi a prática. Muito tempo interno, longe da sociedade faz da sociedade um lugar estranho para se estar.

Ah, fui ver meu sobrinho que está bem mais crescido, já balbuciando algumas palavras. Obviamente ele não me reconheceu, pois nos conhecemos quando ele tinha meses de vida. Ele me estranhou e eu o estranhei. Não sei que sentimentos aquele pequeno ser me desperta, não consigo entender ainda que lugar ele ocupa no meu panteão emocional. É estranho e triste que eu ainda não consiga amá-lo como Tio Benito me amava. Ele me causa estranhamento e perplexidade, mas não me sinto vinculado como deveria ser como tio. Isso me machuca e é inevitável. Me sinto insensível. E um pouco triste.

Rolando Björk. Pagan Poetry. Soa como um sonho entre o pesadelo e o sonho bom de sonhar. Eu gosto do sentimento indeciso e mágico, um clima ao mesmo tempo forte e soturno. Olhei para os pincéis agora e pensei que deveria deixar de frescura, botar Björk para rolar – o Vespertine – e pintar uma tela bem doida, uma tela foda-se tudo e melar do jeito que eu quiser, pintar sentimentos. Mas já sei que este rompante não passará disso. How scandinavian of me. Unfortunately, I’m not a Hunter.

É só Björk no set list por uns 40, 50 minutos. Não sei se estou na vibe. Queria ouvir um pouco de Little Joy. E é o que vou fazer. Aliás, vou começar a lista do começo, por incrível que pareça quero ouvir I’m the Highway pela enésima vez. Esta rotina musical me agrada, não sei por quê.
Mas antes, já que a Coca acabou e até para ter algum assunto que não apenas comentar o set list que estou ouvindo, vou tomar um café com um ou dois cigarrinhos.

-X-X-X-

Duas xícaras de café e três cigarros depois, estou de volta (já com uma copão de coca cheio de gelo ao meu lado e ainda ouvindo Björk [It’s In Our Hands é uma das minhas favoritas dela, quem dera eu acreditasse que está tudo em minhas mãos...). Bom a única coisa em que pensei enquanto dava minhas baforadas é que na minha adolescência eu tinha uma fascinação mórbida pela morte, alugava aqueles filmes Faces da Morte, Traços da Morte, procurei pelas fotos dos Mamonas Assassinas dilacerados na internet, essas coisas. A feiura da morte, a fragilidade da vida me atraía profundamente. Hoje não, mas parece que atrai outras pessoas, pois o post morte é um dos mais acessados do meu blog. O que posso falar da morte agora, depois de ter perdido dois entes queridíssmos num curto espaço de tempo? Continuo achando que é o fim. O fim da mágica que essa dança de átomos organiza na forma de seres vivos que, por mais que troquem de células completamente a cada sete anos, continuam sendo as mesmas. Não acho que suas existências como consciência permaneça em outra esfera de existência inacessível a nós. Não, apenas acaba-se ali a organização mágica, sua memória, seus sonhos. Sobrevivem apenas na memória dos que delas se lembram e, à medida que o tempo e as gerações passam, mais e mais desaparecem dependendo do tamanho de seus feitos. Queria escrever Algo justamente para buscar esta imortalidade, para que minhas ideias sobrevivessem a finitude de mim. Algo é minha vontade de ser maior que a vida, pois acho minha vida tão pouco e pequena, tão desprezível e de tão pouca diferença para o todo que contemplo ao meu redor. Algo é minha vontade de ser grande. É óbvio que não conseguirei. Tão óbvio que não consigo enxergar e o sonho continua se concretizar nem se dissipar, sobrevive no limbo das minhas ideias e ideais. Está em minhas mãos e não consigo segurar. Quando eu sair do manicômio, eu vou ter que me organizar para vomitar ou desistir de uma vez disso. Aí cabe a frase mais do que batida: como alguém que não consegue se ajudar pode ajudar outra pessoa? Nunca concordei com esta frase. Como nunca concordei com aquela outra de que uma pessoa que não se ama não pode amar outra. Comigo nenhuma delas se aplica nem nunca se aplicou. Ou sou muito burro. Botar Little Joy para ouvir finalmente.

Little Joy, outro astral, lembra amigos numa casa de praia tomando uma cerveja e rindo (um pouco mais jovens do que somos agora [mas com esta idade que temos ainda serve]). Pena que isso nunca mais tenha acontecido. Agora cada um tem sua própria agenda e muitos já se reproduziram o que torna difícil a logística de um encontro assim. Quem sabe no final do ano?

0h06 Cansei de escrever por ora. Vou ver se faço a camisa do New Order. Antes um café, um cigarro e um refil de Coca.

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0h42. Se acabar a águia que estou redesenhando em vetor, posto aqui. A Coca acabou, é hora de repor o estoque de cafeína e nicotina.

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1h39. Não fiquei completamente satisfeito com o resultado, por isso não mostrarei a águia aqui. Vou comer alguma coisa.

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2h05. Tomei o Dalmadorm. Fiquei decepcionado com o resultado da águia que estava redesenhando (tanto que usei o próprio trace do Corel que ficou bem melhor). Botei I’m the Highway. Do começo da lista. O café acabou, tô só na Coca. Não tiro da cabeça a ideia de que tudo está em minhas mãos e que não consigo segurar nada. Não tenho mais nada que queira dizer hoje. Vou reler e publicar.

Mudei de idéia, vou postar a camisa.





sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Karina e um monte de cigarros


0h32. Ouvindo I’m the Highway para variar (mesmo set list de sempre) e lembrando de Karina,a Clementine que surgiu lá no manicômio, passou apenas 10 dias mas mexeu comigo. 19 anos, rosto e jeito de anjo, a combinação, para mim, impossível de não me encantar. Escrevi alguns textos que entreguei a ela, declarando o encantamento escancaradamente e ela disse ter gostado de todos; pena eu ser um gordo barbudo de 35 anos. Fiquei igualmente feliz e decepcionado por sua estada ter sido tão breve e eu não ter podido conhecer mais sobre a pessoa por trás da visão angelical e, quem sabe, fazer o destino sorrir para mim. Mas acho que não aconteceria assim, seu interesse maior parecia ser por um interno mala tatuado, mais jovem e magro que eu. Será que haverá esse anjo que se encante por este ogro? Será que com mais tempo eu seria capaz de fazer a mágica acontecer com ela? Será, será, será... preciso de um é
.
Estou em casa, volto ao manicômio no domingo. Tenho dois compromissos a cumprir neste interregno: uma visita ao meu sobrinho e o aniversário de uma prima, ambos em Aldeia. Sem cerveja. Já me imagino sentado numa mesa afastada enchendo a cara de Coca-Cola. Amo minha família, mas sei repartir esse amor melhor acompanhado de umas geladinhas. Quanto tempo vai durar esta dieta etílica é um ponto de interrogação. Se ingressar no N.A. – o que não desejo – será para sempre. Este será não se tornará um é. Espero após a alta poder voltar a tomar minhas cervejinhas. Estava sendo tão comedido neste aspecto. Usando apenas como uma ferramenta social para dissipar minha timidez seletiva (festas e pessoas conhecidas principalmente).

0h51. Blower’s Daughter. Esta lembra Karina mesmo... Hahahahahaha! Como sou babaca e romântico! Tudo hoje é tão pouco romântico que não caibo. Romântico descabido! Hahahahahaha!

0h54. Era para eu estar trabalhando em Algo agora. Eu não sei por que eu não tiro isso da minha cabeça e entendo de uma vez por todas que este sonho é uma defesa, uma justificativa para a minha paralisia. Mas enchi um caderno inteiro com anotações lá no manicômio (um caderno fino, diga-se de passagem). A nova desculpa é que quero estar aqui fora pra que possa me dedicar integralmente e não me perder, pois, sinceramente, eu perdi o fio da meada do que escrevei no final de semana retrasada. Vou ver se meu primo-irmão está no Facebook.

1h12. Tá não. Minha tia me deu uma dica de só entregar bilhetes para Karina depois de bater bastante papo. Fiz tudo ao contrário! Hahahahahahahaha! Vou repor a Coca e fumar um ou dois Derby.

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1h51. Sem nada para escrever e com vontade de escrever e ouvir música (está tocando Giz, da Legião). Cadê a tampa da minha panela? Será que alguns são destinados à solidão ou se autodestinam a ela? Solteirão de 35 anos que deseja ninfetas: qual a probabilidade disso acontecer? Desse desejo ser satisfeito e satisfazer a ninfeta? Esta postura de autopiedade não ajuda em nada. O negócio é totalmente outro, como disse meu primo-irmão: você tem que ir com a postura de que ela é que vai estar perdendo se te desprezar. Difícil encontrar essa versão dentre os meus vários eus. Questão de prática, talvez.
Deveria estar fazendo a camisa do New Order que planejei mas estar aqui nesta página com estas letras ouvindo Little Joy é uma pequena diversão tão maior no momento. Mas sem temas é de lascar. Vou fazer pipi e fumar mais um ou dois Derby para ver se algo me ocorre.

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2h23. Tomei o Dalmadorm e acho que ele já começa a fazer efeito. Brincar com as palavras, me expor, tem sido há um bom tempo meu melhor e maior passatempo. Acho que sou um exibicionista. Até na minha timidez me exibo agindo em desacordo com a manada e chamando atenção para mim mesmo. Acho, aliás, tenho certeza de que sou carente, talvez por isso esse divertimento com as palavras. Com elas me dou a atenção que não consigo de outras formas. Não sei, sei que me diverte como um puxa a próxima e elas vão se emendando nisso que sou eu em forma de letras. Não sei por que não me envergonho disso, meu pai nunca ousaria, acharia ridículo, desnecessário, um desperdício. Para mim é a coisa mais necessária. Sentar aqui para escrever (e criar as estampas de camiseta) é tudo o que penso em fazer e não posso no manicômio. Muitos me perguntam sobre as pinturas, mas peguei abuso, medo delas, o mesmo tipo de medo que tinha e tenho do trabalho. Vagabundo que produz apenas palavras que se perderão na imensidão cibernética e agradam só a mim. Por que escolhi e estou vivendo a vida assim é uma questão que ainda está sem resposta para mim. A única que encontro é porque é a mais fácil e a que sofro menos, tenho prazer. Santa Chuva, com Maria Rita. Putz, estou fumando muito, já estou com vontade de mais um cigarrinho depois dessa música. Até porque vi que a próxima não tem nada a ver com esta – Cigarettes and Chocolate Milk de Rufus Wainwright. E o sono está batendo mais forte. Acabou a música, vou fumar.

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2h56. Mommy veio me mandar dormir. A coleira às vezes aperta o pescoço. Ainda bem que há o sono do remédio para combinar. Mas a vontade é a de continuar tecendo palavras, estava com tanta saudade disso. Sobre Algo, posso dizer que vejo sinais de que vai acontecer ao meu redor, como diz All Is Full of Love (que ouço agora): twist your head around, is all around you. Pronto. Vou revisar, achar uma imagem e publicar. E fumar mais dois cigarros!

All around you

domingo, 7 de outubro de 2012

Só besteirol


Estava fazendo uma camisa do Sugarcubes, redesenhando o Life’s to good do primeiro disco, mas ouvir Cigarettes and Chocolate Milk, do Rufus, me deu uma vontade danada de escrever, mesmo que apenas esta frase. Foi só esta frase mesmo, a música está acabando...

19h45. Começou All Is Full of Love, de Björk, e aí me bateu a vontade de palavras outra vez. Esta música mexe comigo, me deixa num clima de meditação, meio transcendental. Como eu queria que a letra da música fosse verdade. E o pior que é, só que não consigo – conseguimos? – enxergar.  Por sinal tem uma gatinha nova no manicômio que mexe comigo, gostaria de poder interagir mais com ela, conhecer mais do seu universo particular e mostrar um pouco do meu, queria, em verdade, despertar alguma forma de afeto e trocá-lo.

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1h03. Escrevi no caderno para ela a seguinte mensagem: “Você é o meu sol neste lugar, pena que seu olhar seja de final de tarde... Tentarei ir o máximo que puder ao pátio para receber (seu) sol.” Será que entregarei o bilhete e será que ele surtirá algum efeito benéfico a nós dois?

Estava tentando fazer estampas de camiseta. É um velho projeto meu. Como pode-se notar pelos horários anotados, toma tempo. Pelo menos não é doloroso, diria que é terapêutico até. Mas me sinto desmotivado, talvez cansado, para fazer mais agora. Sono. Fumar.

Tomei o Dalmadorm. Tentar escrever até bater o sono de verdade. Mas estou sem ideias. Em dúvida se entrego o bilhete. Me parece inútil ou até nocivo. Como dizem, de boas intenções o inferno está cheio. Refletirei mais sobre o assunto, embora acabe seguindo meus instintos românticos e entregando. É o mais provável pelo que me conheço.

Resolvi não me dedicar ao livro neste final de semana. Fazer partido não é bom. O negócio é estar com tudo na cabeça onde parou o que vem depois e para isso eu preciso de tempo contínuo, não esporádico. Nem lembro mais o que já escrevi. Vou começar do zero de novo. Até porque certas ideias mudaram. É preciso fazer pesquisa etc. e tal.

Também não estou empolgado para entrar nos Narcóticos Anônimos e o incrível é que minha mãe e meu padrasto me apoiaram nesta decisão. Vamos ver...

Fui ver o Côco da Lua com meu primo-irmão, havia gatinhas mas nenhuma me despertou “o sol”. Fiquei só na Coca-Coca e reparti um Red Bull com meu primo.

Amanhã é dia de votação. Eu gosto de dias de votação.

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Olhando agora para a foto de Clementine que tenho aqui no meu quarto me fez pensar na teoria do caos e em como uma pequena variação nas condições iniciais pode causar transformações inesperadas para o bem ou para o mal no desenrolar das circunstâncias. No caso de Clementine para o péssimo. O que recebi em troca do sentimento de carinho foi merecida repulsa de forma quase doentia. De certa forma gerei um trauma nela. De certo não quero formar mais um trauma na garota do manicômio que já deve ter problemas demais na cabeça. Duro é segurar minha impulsividade e a vontade de tê-la por perto e conversar, para ser sincero ter alguma exclusividade da atenção dela, um exclusividade cândida e alegre, que alivie e o sofrimento pelo qual passam os confinados. Sei lá, vou fumar e tomar um café, o que será, será. Besteira ficar remoendo isso agora. Desperdício de palavras. Ah, ela, meu sol, tem 19, eu 35. Fumar.

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2h37. Rolando Legião, Um Dia Perfeito. Mas enquanto fumava me lembrava dos versos de Chico “Futuros amantes quiçá se amarão sem saber com o amor que um dia guardei para você”. Acho que minha sina é o platonismo mesmo. Tornei-me um ser assexuado, mais de três anos sem ter uma mulher é de se estranhar. A maioria estranha. Eu me resigno. Love in the Afternoon do Legião também. Eu me perco no Google, vou mergulhando, mergulhando e quando vejo chego a algum lugar inesperado. Comecei pesquisando sobre Legião para uma  camisa e acabei vendo toy art. E cadê esse sono que não vem? Também, derrubei uma garrafa de café e estou solto na Coca-Cola... fumar. Evaporar, do Little Joy rolando. Vou dar pause não. Vou fazer fumaça e ver o que estará passando quando eu voltar. 2h57.
Pensei em intitular este post Só besteirol. Ainda não veio o sono e não me vem nada à cabeça para dizer. 3h12. All Is Full of love, Björk (Sempre ela... também é sempre o mesmo set list). Estou com medo de escrever o livro novamente. Mas tanta gente escreve merda por aí, por que não posso cagar um pouquinho também?

Vou publicar e tentar dormir. Depois de fumar o último cigarrinho com o resto da Coca que pus, claro!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cadê os primos?

Manicômio para mim, hoje

Estou prestes a voltar ao manicômio e não me sinto nem bem nem mal por isso. Aproveitei bem o final se semana, saí duas vezes com meu primo-amigo-irmão Mateus e fizemos até karaokê. Tudo só na Coca-Cola. Estava pesquisando agora um pouco sobre teoria do caos no Wikipedia, mas confesso que não entendi direito, só me deixou com a suspeita que, numa sociedade, se esta for tida como um sistema caótico, a ocorrência dos muito ricos e dos muito pobres vai ser inevitável, a não ser que haja atratores que impeçam desvios dessa magnitude. Tenho que pensar mais sobre isso e se cabe no livro uma reflexão sobre o tema. Primeiro preciso entender se atratores tem realmente este poder de redesenhar a linha de variáveis possíveis num sistema caótico. Muita viagem pro blog do profeta este tópico. Deixa para lá.

No mais tive o prazer de encontrar duas outras tias, mas não interagi devidamente com elas, pois estavam ambas em situações sociais outras que não a minha e porque, em verdade, não vi(mos) muito o que ser dito. De qualquer forma é bom ver a família reunida, mesmo sentindo que algo está faltando, que algo se perdeu, se apagou. Talvez se eu estivesse tomando cerveja minha visão fosse diferente, mas acho que não foi e não é isso. Ainda é a perda do meu tio e do meu pai que não sararam devidamente. Não nos habituamos a este novo formato reduzido dos Barros ainda, mas tenho plena esperança de que isso aconteça. Acredito aliás que chega a hora da nova geração começar a puxar a responsabilidade de agregar a família para si, trazendo pelos braços e abraços a geração anterior para a festa. Nenhum dos meus primos veio e isto certamente fez as cotas de alegria e interação diminuírem.

Gostaria muito que os primos que por acaso chegarem a ler este texto pensem em dar sua parcela de vida e alegria nos próximos encontros. Tenho certeza que ela será muito bem-vinda. Revitalizante até.