segunda-feira, 8 de maio de 2017

ÓVNIS E MAIS PERGUNTAS FILOSÓFICAS





Meu amigo da piscina disse que viu um óvni quando estava na piscininha do prédio há muito tempo atrás e que tinha como testemunhas meu primo e meu irmão que são álibis muito confiáveis. Já falei do meu irmão e de como o tenho como bastião da honestidade e de todas as demais virtudes humanas. Meu primo também não é de mentir. Obviamente duvidei da história, então fui ao Facebook perguntar ao meu primo e ele, para a minha surpresa, confirmou o ocorrido. Meu irmão, para quem acabei de ligar, deu resposta mais surpreendente, disse que não se lembrava desse episódio específico, mas achava que tinha ocorrido, e que havia visto mais dois óvnis na vida, um em Aldeia e um do avião. Fiquei abismado e meu irmão completou dizendo que não adiantava ele contar, só se acredita vendo. E eu, que sou São Tomé para caramba, mais ainda. E meu irmão nunca tomou nenhum tipo de droga, logo não foi um flashback de LSD, por exemplo. Ele acredita realmente que viu. Se isso for verdade, a Singularidade pode estar muito mais próxima e real do que imaginamos. Do que imagino. Se realmente há essa troca de informação com os humanos como apregoa o meu amigo da piscina, isso é deveras útil ao surgimento da Singularidade. Mas não sei se esses contatos realmente aconteceram. Não acredito nem em óvnis para começo de conversa. Se bem que meu irmão dizendo, fica difícil duvidar. Não deu para perguntar detalhes dessas visões porque ele estava ocupado. Quem de vocês acredita ou já viu óvnis? Nem adianta perguntar isso, pois podem responder que viram por pilhéria, para tirar onda da minha cara. Bem, fica uma grande dúvida na minha cabeça agora. O que será que eles viram? Meu amigo da piscina descreveu com detalhes, disse que era como uma estrela que ficava mudando de cores e que começou a se mover pelo céu num trajeto geométrico, depois acelerou e partiu. Tenho que encontrar com o meu primo para que ele conte sua versão dos fatos. E, caso meu irmão ligue amanhã pergunto o que ele viu em Aldeia e do avião. Agora vamos às questões filosóficas, a forma mais fácil de preencher um post. Lembrando que não sou filósofo, não entendo patavinas de Filosofia e que respondo as perguntas como responderia qual a minha cor predileta. Acabei o de ontem na pergunta 749. Então hoje começo da 748. De 10 em 10, até encher o saco de responder. Lá vai

748 – Como sei se sou preguiçoso?
Boa pergunta, mas acho que me comparando aos meus semelhantes. Eu me considero bastante preguiçoso, tento ao máximo me dedicar só ao que me traz satisfação. Nesse âmbito sou bastante dedicado e trabalhador, como no ato de escrever esse blog, por exemplo. O faço com afinco e dedicação, diariamente. Mas coisas que fogem à minha alçada de interesse, faço de malgrado, muitas vezes de cara feia, logo me considero preguiçoso por fazer obrigações que não foram por mim estipuladas a contragosto. Nisso, eu e Montaigne temos algo em comum! Hahahahaha.

747 – O que é ser engraçado?
É conseguir trazer o sorriso ao rosto de alguém ou de alguns. É preciso criatividade para ser engraçado e todo um modo de se portar e dizer que não possuo, mas já possuí. Creia ou não já fui um cara muito engraçado e divertido. Hoje não mais, não tenho mais vocação para ser o bobo da corte ou fazer macaquices ou ficar com ironias. Me tornei mais seco. A vida me fez assim. E a abstemia do álcool. A bebida é uma fábrica de engraçados.


746 – É errado comprar objectos de luxo?
Acho que isso depende. Do ponto de vista Cristão é. Mas se o cara que tem o dinheiro para comprar tais objetos e emprega seu dinheiro também para empregar pessoas investir em tecnologias sustentáveis e ajudar iniciativas de caridade, não vejo porque não saciar o desejo que tem por um objeto específico se tem os meios. Ele poderia não fazer nada do que eu disse e ainda assim comprar o objeto que não o condenaria. Só não aceitaria se fosse um canalha e suas posses viessem de suas canalhices. Mas se ele está tentando ser feliz honestamente que tenha o objeto que lhe convier. Embora, por experiência própria, sei que um objeto não sacia o vazio existencial do homem por muito tempo.

745 – Posso obrigar os outros a fazer o que acho correcto?
O que você acha correto? Ou o que a sua sociedade acha correto? Há uma grande diferença aí. E não acho que ninguém deva coagir ninguém, a não ser que a outra pessoa esteja ameaçando você e/ou outros e violando os seus direitos. Ou que sejam seus filhos. Mas certamente, em vez de coagir, acho mais correto tentar ensinar.

744 – Como descobrir a verdade?
A verdade em relação a quê? Há uma verdade para cada ser humano na Terra. Para mim, é impossível saber a verdade. Vivemos de crenças, são elas que se transvestem de certezas ou verdades para que possamos guiar nossas vidas com o mínimo de confiança e convicção.

743 – É melhor ganhar ou perder?
Depende de com quem você esteja jogando. Eu esteja jogando. Mas, em verdade, não gosto de perder. Mas gosto menos ainda de prejudicar o outro. A não ser que considere a outra pessoa injusta em seu pleito.

742 – Vale a pena ser inconformista?
É uma coisa natural dos jovens, uma força que, se bem organizada pode trazer mudanças sociais positivas para a sociedade. O que era inconforme com os preceitos sociais pode se tornar um novo preceito social. Como o casamento gay. O inconformismo certamente é necessário para as transformações sociais. E valia a pena quando eu era jovem. Agora, mais maduro, me aquieto mais e me foco mais nos meus demônios interiores. Mas isso é um comportamento meu. Por me achar cada vez mais um ser ignorante quanto às questões sociais e me fechar mais e mais no meu universo particular. Ainda assino petições sobre causas que acho pertinentes, mas essa é a maior contribuição social que dou. Em síntese, se a pessoa se sente recompensada de alguma forma em ser inconformista. que seja. Desde que não viole os direitos dos outros.

741 – Sou mais importante que os outros?
Não. Sou inclusive menos importante que a maioria dos demais. Só não sou menos importante que os mais canalhas do que eu.

740 – A igualdade opõe-se à liberdade?
Sim. Ninguém é totalmente livre para fazer o que lhe der na telha quando se vive em sociedade. Há regras para manter a igualdade e, se há regras, há o tolhimento de certas liberdades. Só acredito na liberdade de fato com o advento da Singularidade. Aí poderemos realizar todas as nossas fantasias, das mais sublimes às mais cruéis, dentro de uma realidade virtual tão crível quanto o mundo real, só que com muito mais potencialidades criativas, posto que o virtual não está atrelado às leis da Física que governam o universo e que por si só já nos tolhem algo da liberdade.


739 – A Filosofia pode mudar a sociedade?
Sim. Se for ensinada nas escolas, a Filosofia vai fazer brotar uma sociedade de pessoas mais iluminadas. E com mais dúvidas que respostas! Hahahahaha. Mas não entendo de Filosofia, repito.

Pronto. Dez questões se foram. E estou sedento por mais dez. Vou lá buscar na página. Peguei mais de dez porque há algumas que são repetidas.

738 – A filosofia pode mudar-nos?
Sim, profundamente.

737 – Tudo o que existe é feito de matéria?
Tendo a crer que senão só de matéria, de matéria e energia. A matéria é inclusive feita de energia, segundo a famosa fórmula de Einstein E = mc² (energia igual a massa vezes velocidade da luz ao quadrado). Em todo caso sou um materialista, não acredito no sobrenatural, por mais que acredite que o cérebro possua mais potencialidades latentes do que possamos imaginar.

736 – As coisas têm valor em si mesmas?
O primeiro exemplo que pensei foi em um livro e acredito que ele tem valor em si mesmo. Valor latente, até que alguém o pegue e leia. Mas o valor atribuído às coisas tem muito de cultural, social e pessoal. A moda, por exemplo, para mim é algo inexplicável. Acho que é um exemplo de vontade coletiva.

735 – As leis morais são construções humanas?
Acredito que elas são evoluções das leis sociais que governavam a linhagem de hominídeos que nos precedeu e que foram mudando e evoluindo com as mudanças sociais, culturais e tecnológicas humanas. Em outras palavras, parte dela vem impressa em nosso DNA.

734 – Quando morremos acabamos?
Sim. A não ser que a Singularidade permita o upload de nossas consciências para dentro de si. Senão, o homem acaba, permanecem só suas obras boas ou más na Terra, tanto mais sobreviverão quanto mais relevância tenham ou tiveram para o desenvolvimento ou os conflitos da humanidade.

733 – Como sabemos que sabemos?
Acho que é um mecanismo automático. Deve ter alguma coisa haver com os nossos sentidos, memória e com o grau de confiança que temos da fonte do conhecimento adquirido. Mas acho que é meio automático mesmo, meio inconsciente. É uma convicção do cérebro que abarca tanto o consciente quanto o inconsciente.

732 – É possível saber alguma coisa com certeza?
Eu não tenho certeza de nada. Antes acreditava nos meus olhos, hoje nem isso.

731 – Existe a “vontade colectiva”?
Já respondi essa pergunta, mas acrescento um exemplo de vontade coletiva que me veio agora, respondendo essas questões de hoje. A moda, seja uma cor, um tipo de vestido ou um corte de cabelo, o que for. Peguemos o corte de cabelo Neymar, por exemplo, foi uma moda amplamente praticada por jovens, especialmente os da periferia; acho isso um exemplo de vontade coletiva, um desejo que alcançou milhares de pessoas no Brasil ao mesmo tempo. Uma vontade coletiva de ter aquele corte de cabelo.

730 -O poder torna-nos maus?
Já respondi no post anterior.

729 – O dinheiro torna-nos maus?
Já respondi no post anterior.

728 – É imoral andar nu?
Já respondi no post anterior.

Vou responder mais algumas, isso é bastante divertido. Só devo estar falando besteira! Hahahahaha.

19h58. Como muitas das perguntas se repetem eu vou cortar as que já respondi. Apenas a construção da frase muda, o que talvez para filósofos faça alguma diferença, mas para mim, não a vejo.

727 – Por que nos rimos dos outros?
Porque graças aos céus, a evolução nos presenteou – mais a uns que a outros – com senso de humor e podemos desfrutar do prazer indescritível da risada quando fazem alguma coisa que nos toca o nosso senso de humor.

726 – Seria bom sermos visitados por extraterrestres?
Obviamente isso depende das intenções dos extraterrestres para conosco ou nosso planeta. Mas acho que seres evoluídos o suficiente para detectar vida inteligente em outro planeta e deslocarem-se distâncias incríveis para nos visitar devem possuir um grau de civilização/civilidade bem mais avançados que o nosso e que se tentam um contato, ao invés de, por exemplo, nos lançar alguma praga e nos exterminar, deve ser bem-vinda. Se bem que me lembro do que os Portugueses fizeram com os índios quando aqui aportaram ou com os escravos que traziam da África e isso me deixa com uma pulga atrás da orelha.

725 – Vivemos num jogo?

724 – Qual a pior coisa que podemos fazer na vida?

723 – É melhor ganhar ou perder?

722 – Vale a pena ir contra as crenças do nosso grupo?
Como dizia o poeta, “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”. Claro que vale ir de encontro às crenças do nosso grupo, mesmo que sendo minoria, isso se chama democracia.

721 – Eu sou mais importante que os outros?

720 – Igualdade opõe-se a liberdade?

719 – A filosofia pode mudar a sociedade?

718 – O que é uma pessoa medíocre?
Uma pessoa que, como eu, não gosta de si mesmo é medíocre ou está num estado de mediocridade. A depressão faz isso com as pessoas. Também acho medíocres as pessoas menos virtuosas moralmente que eu, como os políticos corruptos do nosso país. Não só políticos mas toda instituição corrompida do governo. Acho-os abaixo de medíocres.

717 – Quando se pode dizer que alguém “falhou” na vida?
Quando lhe confiam uma coisa, você se diz apto e se compromete a fazer a coisa, mas não cumpre com o combinado. Mas “na vida” como um todo, não acho que ninguém falhe, todos estão fazendo o melhor que podem, inclusive os medíocres. Há falhas em menor ou maior grau, mas a vida toda ser falha, não acredito nisso.

716 – O que é ser um “falhado”?
Se falhado em Português de Portugal significa falho, só posso imaginar alguém que nasça com uma patologia física ou mental. O que não invalida de forma alguma a pessoa “falha” como um cidadão muitas vezes produtivo da sociedade. Na verdade, não há aquele que não seja falho em algum aspecto da sua vida. Aliás, há: o meu irmão.

715 – O que é ser-se burro?
Não sei. Nunca encontrei ninguém que não tivesse algum pedaço de sabedoria a repartir.

714 – Sou “burro” em absoluto ou apenas em relação a outros “menos burros”?
Eu ficaria com a segunda opção, em relação aos menos burros que eu.

713 – Uma criança é burra?
Não. Muito pelo contrário, seu cerebrozinho está em frenética atividade, aprendendo e apreendendo tudo, muito mais do que nós adultos com nossas convicções cristalizadas.

712 – Qual a diferença entre um “burro” e um “ignorante”?
O burro pode ter um tipo de patologia, algum tipo de retardo mental, que dificulte sua capacidade de aprendizado; o ignorante – e todos o somos em alguma instância – não aprende porque não quer ou não tem acesso à sabedoria ou não se interessa, porém não apresenta nenhum tipo de enfermidade.

711 – Só é burro quem quer?
Não. Como disse anteriormente há doenças que lentificam, dificultam e limitam o aprendizado, mas reitero que há sempre o que aprender até com o mais burro dos burros.

710 – Quando é que nos sentimos burros?
Eu me sinto burro quando encontro alguém que sabe mais que eu sobre determinado assunto ou quando não consigo entender algo que me explicam. Geralmente me sinto mais alienado que burro, mas tenho plena consciência que a ignorância que carrego é uma escolha minha e da prioridade que dou aos meus fúteis assuntos de predileção.

709 – Pode haver Felicidade em demasia?
Em psiquiatria esse estado de felicidade em demasia é chamado de mania. Eu sou bipolar então oscilo, quando não assistido por remédios e terapia, entre os pólos depressivo e maníaco. Numa crise de mania tive a minha visão de deus materialista que até hoje carrego e que é até certo ponto suportada por grandes nomes da atualidade. Enfim, numa crise de mania, tive uma epifania que me levou à minha fé, que não abandonei depois que saí da crise. Noutra, torrei quase toda a minha parte da herança paterna em bonecos de colecionador e fui fazendo um negócio pior que o outro até conseguir parar com a ajuda do meu irmão. Hoje, fico preocupado se estou me sentindo bem demais. Como estou atualmente. Fico desconfiado. Mas não acho que esteja em estado de mania atualmente, por falta de dois sintomas principais, a ausência de sono e o excesso de psicomotricidade.

708 – Existe progresso moral?
Sim, sim. Não só do indivíduo, mas de toda uma sociedade e, mais além, de toda a humanidade. É tudo uma questão de educação. Sou um otimista.

707 – As coisas podiam ser diferentes do que são?
Não, as coisas são exatamente do jeito que deveriam ser. Não acredito no “e se” nem em universos paralelos que sejam muito similares a este onde tomamos decisões diferentes e os caminhos se tornam completamente diversos. Acho isso ficção científica, muito mais que a hipótese da Singularidade.

Acho que para o leitor já está de bom tamanho este questionário. Sobre o que posso dizer agora? A amiga do meu primo-irmão me chamou para a Casa Astral. Olha aí outra mulher que não me interessa aparecendo, vai acabar pintando uma que bate comigo. De toda forma a Casa Astral já vai acabar dentro de uma hora, daqui que me apronte e chegue lá faltará o que uns 20, 30 minutos para fecharem o barraco. Matei 70 questões em dois dias, se contarmos que outras irão se repetir, posso fechar esse questionário em uns dez dias. Por mim, continuava a responder mais perguntas. Vou responder só mais sete para cegar nos 700.

706 – Para que serve a religião?
Para explicar o inexplicável. E para dar esperança de tempos melhores aos miseráveis e ajudá-los a suportar a pesada carga que a vida os deu. É para isso que a minha serve.

705 – É legítimo matar por vingança?
Não é legítimo matar, a não ser um aborto.

704 – Seria bom saber o dia da nossa morte?
Eu tenho extrema curiosidade em saber o dia. Se seria bom saber? Acho que me ajudaria a planejar melhor o que fazer da vida até lá. Mudaria uma série de paradigmas que, em verdade eu já poderia mudar hoje, pois posso morrer amanhã, só tenho convicção, talvez falsa, de que isso não vá acontecer. Então se temos mudanças que queremos operar em nossas vidas que as operemos já. Pois não sabemos o dia de amanhã. Mas o lado ruim é que já sabendo que vou morrer dois dias antes de completar 67 anos, por exemplo, isso poderia me levar a tomar uma série de atitudes imprudentes, pondo minha vida em risco a esmo na certeza de que sobreviveria a tais atos irresponsáveis.

703 – A morte é o fim?

702 – A morte existe?
É claro que a morte existe é quando o corpo cessa de viver. Mas a figura personificada da morte nessa eu não creio.

701 – Quem compreende melhor a natureza: Humanos ou animais?
Acho que ambos têm compreensões diferentes da natureza. Por exemplo, os cachorros conseguem prever terremotos, nós não. Os animais têm o conhecimento instintivo, intuitivo da natureza, nós temos o conhecimento racional e empírico da natureza.

700 – A religião é uma forma de conhecimento?
Sim. Não sei até que ponto benéfico ou maléfico para o indivíduo e para os demais (vide as Cruzadas), mas há valiosos aprendizados morais a se tirar das religiões, principalmente das orientais. Mas indubitavelmente a religião é uma fonte de conhecimento, por mais que haja equívocos e leis ultrapassadas para os dias de hoje. A religião mais avançada que possuímos é a Ciência. Sim, vejo a Ciência como uma religião, não há certezas para a Ciência, embora firmada sobre sólidos alicerces, tudo que é posto pela Ciência é passível de ser sobrepujado por uma nova teoria, entretanto quase todos nós acreditamos nela. E a temos como a verdade definitiva. Quando a ciência é tudo menos definitiva.

Pronto. Acho que por hoje já deu de perguntas. 21h42. Não sei sobre o que escrever. Ouvindo a discografia do Infected Mushroom em ordem aleatória. Acho que os discos que gosto mais são o “Army of Musrooms” e “Friends On Mushrooms”, acho que são os mais experimentais de todos. Por isso gosto. Eles têm uma influência de Depeche Mode quando há melodias. Dando 22h30, eu vou, com ou sem o meu amigo, fumar um cigarro na piscina. Eu podia ter ido para a Casa Astral. Agora me arrependo. É sempre assim. Mas estava chuvoso e não me lembrava de quem era a garota. Depois a chuva cessou, eu me lembrei quem era a garota e mesmo assim refutei-me a ir e agora me arrependo. É típico meu esse tipo de decisão e arrependimento. Na semana que vem não perderei, eu espero. Tomara que o clima melhore, mas está na época de chuva mesmo, talvez seja esse chove-não-chove esse mês inteiro.

22h22. Estou conversando com um amigo sobre videogames pelo Facebook. Sempre bom. Ele comprou um Nintendo Switch, o sucessor do videogame onde jogo o meu Zeldinha e que em nada me atraiu. 22h25. Ele sumiu da net. Agora sou eu de novo com a minhas palavras. Gostaria de saber se os leitores preferem os meus textos ou essas questões. Estou com vontade de descer para fumar na paz da piscina. Vou esperar o meu amigo até as 23h. Continuo ouvindo IM desde aquela hora. Sobre o que posso escrever? Estou me sentindo meio tenso. Mas vou descer para fumar na piscina de qualquer forma. Eu acho. E depois venho bater um Zeldinha. Eu acho. Minhas vontades são meio efêmeras, sabe? Ou melhor são como ondas no mar, vão e voltam e à medida que a maré enche vão se tornando mais fortes até se tornarem vontades manifestas.

23h27. Estive com meu amigo da piscina e falei das conversas que tive com meu primo e meu irmão. Ele quer que eu peça a eles que descrevam o que viram. Disse que vai levar o filho para ver a bendita moto onde quase perdi o porta-gelos de mamãe. Ah, mamãe, por favor durma o sono dos bons e me deixe aqui, escrevendo, ou jogando Zelda. Ouvindo agora IM, mas, desculpe Infected Mushroom, vou ouvir The Cure “Disintegration”. 23h46. Ainda não consegui tirar Infected Mushroom porque cada nova música me “pede” para esperar e ver em que ela vai se transformar. Esta desconstrução e reconstrução da música de forma completamente diferente é como uma viagem de descoberta, tipo, onde é que esses caras vão me levar? É uma eterno desvendar a não ser quando você praticamente decora o que rola na música o que requer uma excelente memória, que não é o caso da minha. Mas com a repetição algo acaba ficando, pois me lembro delas quando as ouço e às vezes fora dela. Aquele grito de “fuck!!” no final de “U R So Fucked” é sinistro. Os cogumelozinhos falando a frase título da música, o reggae... sim considero música de alta qualidade, uma arte, que hoje está ganhando para The Cure, minha banda predileta. Porra, achei Björk cantando “Pagan Poetry” ao vivo, botei na hora. Incrível. O cara que ela sempre faz um dueto no disco, pelo menos em “Medúlla”, “Volta” e “Vulnicura”, “Biophilia” não ouvi e não quero ouvir agora. Ou quero? Não preferi dar uma parada em “Medúlla”. Não entendo como o Spotify não aceita acentos. O nome do álbum “Medúlla” vem sem acento, por exemplo. Mas acho que já vi mais casos. “Desired Constellation”, mágica, “…I shake them like dice and throw them on the table… repeatedly”. “Aurora”, mágica também. Se os boyzinhos de hoje em dia começarem a achar que a escrita do Spotify é a certa, a falta de acentos seria um grande desprezo com a confiança dessas pessoas. É uma obrigação a grafia certa com acentos. Mesmo que dê muito trabalho. Uma reclamação ao Spotify. Mas quem nunca deve errar mesmo é o Wikipedia, pois lá até eu confio nas informações e grafias.

0h33. Estou pensando em jogar o Zeldinha, mas fiquei com preguiça. Vou enfrentar um dungeon agora. Então, deixa para amanhã. Ou para mais tarde, quem sabe? Espero que mamãe não vá querer que eu vá para vovó com ela amanhã. Daqui a pouco eu vou estar grisalho, meu deus. Que ozzy. Aí não vou atrair mais gatinha nenhuma mesmo. Mas posso estar sem bucho e com aquele corte de cabelo que todo mundo achou o melhor em mim. E melhor do que como estou hoje. Mas posso ficar assim antes de ficar grisalho. Hoje amanheci com 91,2 kg. Não perdi nem ganhei. Quem sabe não perca amanhã? Apesar do chinês que bati no almoço que era bastante calórico. E que queria ter de novo para comer agora. Sabe o que eu quase ia comendo quando fui botar Coca? Biscoito Tortinhas de limão com queijo gorgonzola. Eu pensei nos dois sabores que eu mais gostava e tinha disponíveis no momento e resolvi que iria uni-los para ver que sensação daria ao meu paladar. Coca cola estupidamente gelada é muito delicioso. São os prazeres da vida que você deve gozar. Aliás é um prazer muito grande da minha vida que eu me dou ao prazer de gozar. Abundantemente. É uma delícia essa minha rotina da Coca. É dos grandes prazeres da minha vida, sabia? Eu não sabia até me dar conta agora. Ele está inserido em todos os lugares que eu vou. Quer eu vá para piscina, quer eu saia com os meus amigos. Menos no CAPS onde abuso do café. Embora o café me ataque mais que a Coca. Me ofende mais, como dizem. Me dá um mal-estar no estômago que a Coca não me dá. E nem empachamento tenho da Coca, como tenho do café. Especialmente da Zero.

1h10. Eu fui pegar um copo de Coca e aproveitei que havia gorgonzola na geladeira e fiz os canapés de Tortinhas com o queijo. Não recomendo. É melhor comer o gorgonzola com um fundo neutro como um pão. A acidez e a doçura do biscoito eram sabores completamente alienígenas àquele que eu queria mais degustar, que era o queijo. Foi assim que percebi. Que o queijo é considerado por mim, mais saboroso que a Tortinha de limão. Perdi tempo demais e a Coca ficou aguada para beber. Aguada, mas sempre bebível. Esse é meu lema, enquanto gelada. Eu nunca deixo a Coca acabar antes do gelo. Eu gosto de comer o gelo e não gosto que ele derreta todo no copo senão vou beber Coca ainda mais aguada e sem ser gelada. É uma porcaria isso acontecer, como acontece às vezes quando jogo Zelda. Mas faço o máximo para que isso não ocorra. Como não ocorreu agora. Penso em encarar um Zeldinha agora. 1h20.

2h06. Estava no Zeldinha agora. Avancei, mas empaquei. Eu voltei para resgatar o bichinho, mas ele está preso num lugar que aparentemente não posso penetrar, vou tentar controlar ele para ver se ele voa para fora da grade quando jogar amanhã, se jogar amanhã, pois minha mãe já veio ao meu quarto mandar que eu dormisse. Vou beber um copo d’água com gelo. Não, Coca mesmo.

2h19. Fumei meu último cigarro e peguei o meu último copo de Coca. Quando acabar a Coca (e os gelos), fecho esse computador. Enquanto isso, me volta a cabeça aquele questionário. Eu podia pegar só mais duas perguntas.

699 – Quando é que o suicídio é um dever?
Eu não consigo imaginar uma situação em que o suicídio seja um dever. Só se eu estiver em estado muito mal, sofrendo bastante, com um câncer terminal ou alguma coisa assim, eu apelaria para o suicídio, para acabar com um sofrimento que me está sendo insuportável. A depressão, inclusive foi um desses sofrimentos, mas sempre tive uma pulsão de vida latente maior, perdida lá no meio da escuridão profunda do meu ser deprimido, que me coibiu de fazer alguma besteira letal, mas quase, já saí da varanda e fui para o parapeito do prédio para me matar, cheguei a me empurrar para a frente algumas vezes para me precipitar, mas algo mais forte que a pulsão de morte fez com que eu não desse o empurrão fatal. Mas não se deve se matar por depressão, depressão tem cura. Hoje eu gosto de viver. É muita terapia e a medicação certa, misturados com uma mudança de mundo, de tentar afastar tudo o que lhe leva à depressão. Eu tive que me livrar do emprego para sair da depressão. Meu emprego estava me levando cada vez mais próximo da morte. Então chegou um momento em que minha família entendeu isso e me acolheu. Primeiramente, meu pai e, com a sua morte, a minha mãe. Que por sinal é minha curadora. Pois sou curatelado. Fugi da solidão. Não sei viver só – e nunca mais viverei – se bem que gostaria muito de morar aqui onde moro até o final da minha vida. Gostaria muito que respeitassem esse meu desejo. A não ser que me funda com a Singularidade. Aí não tem problema. Onde eu estiver se estiver com ela está bom.


698 – O que é “ser o que sou”?
É tudo o que eu entendo como sendo eu. Tudo o que lembro, penso ou sinto, racionalmente e/ou emocionalmente ou com os meus sentidos. É a minha condição de Mário. É o conjunto de tudo o que penso, lembro, sinto, ajo ou reajo. É uma pergunta difícil essa. Se quiser ampliar mais esse ser, pode-se somar as opiniões/imagens que as pessoas com quem tenho ou tive contato fazem de mim. É ainda o que eu escrevo, isso também é uma extensão de mim. É a condição de existir como ser humano, ser o que se é. Aceitar ou não o que se é são outros quinhentos. Eu gosto cada vez mais de ser quem eu sou. Não porque tenha melhorado moralmente, mas por me aceitar com as minhas limitações morais.

Mais uma.

697 – Entre os Homens há mais racionalidade ou irracionalidade?
Cada vez mais racionalidade. A cada nova geração. É isso o que vejo e é nisso que acredito. Pode até se manter a mesma, piorar é que não vai. Se houvesse mais irracionalidade já teríamos nos extinguido há muito tempo. É bom ressaltar que em momentos de perigo ou luta, o lado irracional pode irromper como resposta involuntária evolutiva da nossa raça.


2h46. Vou fechar isso antes que mamãe acorde para fiscalizar.

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