quarta-feira, 3 de maio de 2017

ESPERO QUE MAIS UM QUE TENHA PISCINA (NEM TEVE...)

O Zeldinha!



1h19. Acabei de publicar dois posts e já emendo começando um novo. Me sinto meio Neo de Matrix ouvindo Infected Mushroom e usando o computador. Não que eu seja hacker nem nada, não sei nem usar as funcionalidades do Word além do muito básico. Hahahaha. Mas pelo que em lembro ele escutava Techno enquanto usava o computador. Acho que psytrance é um tipo de Techno. Não conheço nada dessa cena. Ela se descortina agora para mim e, por enquanto estou concentrado apenas em IM. Estou batendo um papo com um dos meus amigos entrevistadores que também passa por um momento de isolamento social. Tentando marcar um encontro aqui na Praça para a gente trocar umas ideias. Só que ele demora uma lenda para responder. Já eu respondo rápido demais e sai cheio de erros de digitação. Aposto que amanhã não terá ninguém na piscina, vai ser ótimo para escrever. Como era previsto pelo Vate, meu amigo da piscina não deu notícia de vida hoje. Também, o alertei que provavelmente não desceria, mas acho que foi mais porque ele não precisou. Não me mandar nenhuma mensagem é estranho, não tem sido sua rotina ultimamente. De toda forma, pretendo ir para a piscina amanhã se não estiver chuvoso o tempo. Espero que não, que dê piscina. Gostei da experiência. Montei a cadeira que minha avó comprou para mim, mas não sei se o fiz certo. Ela está com o assento meio bambo, se me inclino para trás, ela bambeia para trás, a mesma coisa para a frente. “Meduzz” do IM tem um começo que parece com o som que faz na minha cabeça quando cheiro cola, eu acho. Vou colocar de novo, só para checar. Lembra um pouco, a primeira batida que rola na música. Gostei dela só por causa disso. Mas não dou garantia que seja o mesmo som que eu ouço quando cheiro cola, mas que me remeteu a isso, remeteu. Como pequenos trechos da introdução de “Téo E A Gaivota” de Camelo também lembram. 1h55. Espero que tenha apertado suficientemente bem os parafusos da cadeira. Pelo que compreendi ela ainda está desmontável em três partes, o assento com os braços, a base com as rodinhas, e a haste que une uma coisa à outra, então, se eu erguer a cadeira ela provavelmente se separará, visto que não aparafusei nem foi mandado aparafusar nenhuma dessas partes umas com as outras. Nem mandaram parafusos para isso. Dentro em breve pegarei mais um copo. Continuo trocando uma conversa com o meu amigo entrevistador que também vive uma certa crise de ostracismo.

2h05. Pronto, marcamos para que, se ele souber de algum programa da minha outra turma, a nossa turma, ele me avisar. Melhor impossível. Pois, como disse a ele, eu mal falo com o meu primo dessa turma hoje em dia. O filtro do meu Vaporfi já está começando a ficar fraco, meu amigo da piscina me deu a dica de limpar com álcool para ver se melhora. Mas acho que há uma parte que não é de metal que só se vê abrindo o filtro sei lá como. Se formos nos encontrar mais uma vez, levo um para mostrar a ele. Acho já estando dando problema tão cedo porque não limpei o líquido quando tive oportunidade. Não queria desperdiçar o meu último líquido “Reserve”. Não gosto das músicas do IM quando são cantadas, gosto das mais eletrônicas possíveis. E das mais cheias de mixagens e alterações. Não sei por que Björk ainda não fez parceria com eles. Será que eles defendem o fim do estado palestino ou algo do gênero, visto que são israelenses? Ainda bem que não entendo quase nada do que é dito nas músicas. Me deu uma vontadezinha de bater um Zelda. Me deu uma “vontadezona” de ficar acordado até amanhã. Mas já estou com traços de sono. Não sei. Vamos ver o que a noite vai me trazendo. Gostei de “Ballerium” do IM. É mais relaxante, embora me pareça que usem o mesmo sampler de “U R So Fucked”. Vou ouvir o conselho do meu amigo e procurar por “lounge

2h27. Coloquei “lounge top 100” do Spotify. A primeira música é uma música cantada por uma mulher e embora bem relaxante e o arranjo ser eletrônico, não tem as mixagens loucas do IM, estou achando muito normal. Vou ouvir mais cinco músicas para formar uma opinião mais compreensiva. Está em modo aleatório. Vou mudar essa, para mim já deu, parece balada dos anos 80. Coloquei “L.A. Nightdrive, já é bem mais Techno, mas até agora sem a maestria do Infected Mushroom. Segunda música, não estou gostando muito, mas irei até a quinta música. Estou achando essa muito repetitiva. Não sei se irei até a quinta ouvindo-as inteiras.

2h36. Desisti, resolvi procurar os 10 melhores discos psytrance. Encontrei uma lista, mas parece ser antiga. Entretanto no que apareceu de cara no Google, havia dois discos do IM, “Classical Mushroom” e “B.P. Empire”. Estou ouvindo um disco de 1999 de Hux Flux. Que foi o disco número 1 da lista do cara do fórum. Não estou achando tão criativo quanto IM. Estou dando uma passeada pelo psytrance. Ouvi uma de Walter Ego, agora estou ouvindo Sphongle. Até agora nenhum bateu a criatividade e a maestria do IM. Esse Sphongle usa samplers mais orgânicos. Não gostei. Acho que me acostumei com o estilo do IM e não consigo ouvir outro tipo de psytrance. Acho que já vou com preconceito com os demais ou já ouvi o melhor de cara. É um som mais dinâmico, vibrante e criativo.  

2h57. Me perdi vendo e-mails de propaganda na internet. Estou com sono. Vou pegar um copo de Coca.

3h01. Estou de volta. Comi o resto das bananas fritas, além de pegar a Coca, claro. Mamãe disse que precisamos resolver o problema do cartão. Para tanto, é necessário ligar para o cartão e dizer para que eles tenham como transações válidas as que são feitas em meu nome. Deve haver uma forma de programar isso no sistema. Espero que sim. Seria uma ótima notícia. Uma notícia que estou realmente precisando ouvir. Ou então terei de mudar o nome dos titulares de todas as minhas contas que estou pagando parcelas. Bom, espero que mamãe chegue a bom termo com a mulher do cartão. Acho IM tão superior ao pouco que ouvi dos demais. Acho que desenvolvi certo fanatismo por Infected Mushroom. Não sei se isso é algum traço de mania se manifestando. Espero que não. Acho que simplesmente me encantei por uma coisa nova. Pela novidade.

3h16. Vou e acabo voltando para IM. Vou deixar como está, já rodei demais por um dia. Ou melhor, uma noite. O que estou sentindo agora. Um desconforto no estômago, não sei se porque comi as bananas. Mas não é vontade de ir no banheiro é como uma dor. Pode ser a Coca, espero que não. Só me ocorreu agora, a doidinha que está comigo no dungeon do Zelda pode voar, logo ela pode voar para o outro lado da sala em segurança. Talvez. Se não for muito alto nem muito longe. Boa ideia. Vale a tentativa. De lá quem sabe ela não possa inclusive desfazer a fumaça que me “amaldiçoada” que me impede de usar qualquer arma, fico completamente indefeso. É possível soprar a fumaça venenosa com a folha que tenho como item, mas não sei se dá tempo de matar a mão amaldiçoada que me puxa para um buraco mágico no chão e me faz surgir no começo do dungeon. Pois é, o Zelda é cheio de desafios muito loucos. É muito criativo também, uma aventura. Espero não estar entrando realmente em estado de mania. Estou achando quase tudo interessante. Quase. Isso pode ser um sinal de mania. De começo de hipomania. Preciso ficar atento. Se começar a viver num mundo muito “Poliana” demais é bom pedir uma visita à Doutora. E sobre Björk fazer uma parceria com IM, parece que Lady Gaga chegou lá primeiro. Agora acho quase impossível minha musa fazer algo com eles. 3h36. Começo a ficar com sono, mas acho que vou apelar para o virote. Amanhã, quarta-feira, tenho CAPS e com esse virote posso dormir cedo na véspera. Ou não dou o virote? Queria dormir um pouco, mas não agora. Quem sabe não resolvamos esta questão do cartão amanhã ou na quinta? Se resolvermos. A mulher vai querer me empurrar um de dependente como da outra vez. É necessário que ela entenda que eu não posso ter cartão de crédito de dependente. Ou será que posso, temos que ligar para o advogado da família para nos informarmos. Acho que é a primeira coisa a se fazer antes de ligar para a operadora de cartão de crédito. Boa ideia. Pode ser que meu padrasto esteja enganado. Que se for um cartão de dependente eu possa ter. Veremos, veremos. Mas o que mais me passa pela cabeça? Ouxe, me veio agora Aurora, como me costumava vir quando ficava sem assunto na internação. Isso me lembra que tenho que digitar os meus diários. Voltar a fazer isso. Posso começar a fazer isso hoje, eu acho. É uma coisa que dá sono. Vou fazer isso agora.

6h53. Digitei parte do diário, tive que recontar o omitido das artimanhas para a minha recaída de cola lá dentro, pois arranquei as páginas com medo de que pedissem meus escritos para ler e acabasse queimando o filme de quem não deveria, o que foi meio inevitável acontecer no final das contas. E essa culpa carregarei comigo para o túmulo. Os diários serão a minha grande obra em e-book, se chegar a publicá-los algum dia. Essa é a minha esperança. Mas acho que minha obra maior ainda é este blog. E é livre gratuito e público. Não que tenha muito público, mas que é aberto para qualquer ser humano da Terra com internet e compreensão de Português – o que já não é lá muita gente – poder ler. Um dia o Google vai oferecer tradução instantânea de alta precisão para diversos idiomas e o meu blog poderá ser lido por toda a humanidade. E mesmo assim será pouco lido. Porque caudaloso. E porque desinteressante. Mas é a obra que deixo, o meu legado. Quando não dever mais nada a ninguém, ponho o Desabafos do Vate em modo público também. Por enquanto, não. Não tenho coragem de me pôr assim completamente desnudo. Deixem-me as cuecas pelo menos! Hahahahaha. Mas é, já me mostro tanto aqui que me sinto com a alma seminua. E não sei fazer diferente. O pior ou melhor é isso. Para quem lê, encontra aqui um retrato muito transparente e verdadeiro de mim. Eu exibo aqui o que não tenho coragem de repartir na minha página pessoal de Facebook, pois tenho vergonha do que os meus amigos vão achar. Divulgo para anônimos, pessoas com quem eu tenho quase certeza de que nunca vou cruzar. Já não tenho mais sono. Vou receber um belo esporro matinal de mamãe. Que seja. Mais um. E por uma boa causa, dormir cedo hoje para acordar cedo amanhã e encarar o CAPS. Mas percebo que estou com a mente cansada. Cometendo erros bestas de digitação. Coloquei IM para ver se me anima. A fantástica empregada sempre faz uma cagada com as tomadas dos meus diversos aparelhos eletrônicos e acaba por desplugar algum, no caso dessa semana foi a tomada do carregador do controle do Wii U, o que me levou, ao recolocá-la, a cometer outra cagada e desliguei sem querer o computador, que sem ter bateria plugada desliga automaticamente e o fiz sem salvar tudo o que digitei nos diários, por sorte o salvamento automático do Word me ajudou e salvou exatamente de onde eu havia parado. O mesmo eu não sei se aconteceu com esse texto, mas acho que sim. Não lembro de ter voltado a ele depois de ter me voltado para os diários. Estou ficando com sono por não saber o que escrever e não quero enfrentar agora o mestre do dungeon de Zelda, nem ter que voltar até a sala onde ele se esconde. A obra das duas torres de apartamento que roubarão a privilegiada visão da nossa varanda já iniciou, é um som que combina com o que estou ouvindo. Engraçado isso. As marteladas ou marretadas, os gritos, as serras, tudo se harmoniza com psytrance. Uma coisa que percebi respondendo a entrevista  dos meus amigos foi que me esquivei das perguntas que exigiam que eu assumisse uma responsabilidade que eu não me sentia capaz de arcar, ou seja, a pergunta do trem assassino e a do terrorista a ser torturado. A música é tão louca que não sei se está dando engasgo no Spotify porque abri o Chrome ou se é mixagem mesmo. Hahahahaha. O que sinto agora? Sinto que podia evitar o esporro da minha mãe se fosse dormir. Mas aí não sei que horas eu iria acordar. Quero ver se corto o cabelo hoje. Por isso não posso dormir até muito tarde. E quero ver se vou para a piscina escrever hoje à noite, das 18h às 22h. Acho que vou tirar um cochilo.

7h55. Na fumada de cigarro para a dormida, meu padrasto ligou aqui para casa e eu fui atender e mamãe acordou. Não ficou feliz em me ver acordado, se disse preocupada. Mas não levei o esporro que pensei que levaria. Em parte, talvez, porque tenha montado a cadeira. Quando formos tomar café, que ela demandou que o fizesse com ela, direi que quando estiver me sentindo mal, a primeira coisa que vou pedir é ajuda. Vou querer ver a Doutora. Mas, como disse a minha mãe, com total sinceridade, me sinto bem, muito bem, por sinal. O muito bem me preocupa um pouco, mas não acho que seja hipomania. Acho só que é uma fase boa que atravesso. Por vários motivos. O primeiro, a isenção de preocupações, exceto a do cartão de crédito. Taí um assunto para tratar também com ela no café da manhã. No que estou pensando agora? No corte de cabelo, se o faço logo agora pela manhã ou à tarde. Estou mais inclinado a ir logo pela manhã, se a chuva der uma trégua. Hoje o dia parece que vai ser chuvoso. Era tudo o que não queria. Também não queria um dia de verão, mas chuviscando é mal. Mas não se pode ter tudo, não é? Pelo menos não até o advento da Singularidade. A vontade que me dá é ir aumentando o som. Quando mamãe sair vou ouvir Infected Mushroom como numa rave. No talo. Acho que vou ver o filme de Cristo de Mel Gibson hoje à tarde. Tomara que a chuva ceda, não quero ir até a cabeleireira na chuva. O filme hoje se me afigura como uma boa pedida. Interessante. Tudo tem dia para acontecer.

9h41. Por falar em dia para acontecer, hoje mamãe resolveu parcialmente, porque definitivamente só quando o novo cartão chegar, todas a pendengas do cartão e aparentemente ela pode me cadastrar como usuário do cartão ou coisa parecida, assim não bloquearão as compras que eu fizer com o dito cujo. Pela data em que foi emitida a carta de cancelamento, eu acho que não foram as compras que eu efetivei que bloquearam o cartão, a não ser que tenham enviado no mesmo dia em que ocorreram, muito embora eu ache que só tenha tentado comprar o jogo e o CD na madrugada do dia seguinte ao meu aniversário e a carta de cancelamento foi produzida no dia do meu aniversário. Sei lá, posso ter comprado antes da meia-noite e a carta ter sido gerada automaticamente. De qualquer forma tudo vai ser solucionado e meu nome vai ter carta branca para comprar no cartão. Yes! Mamãe também pediu as Cocas e elas chegarão hoje. Acho que IM é meio viciante. E ainda por cima mamãe ainda deu o toque na malícia para a cadeira não ficar mais bambeando para frente, rodar uma peça em forma de torneira que tem embaixo, na parte frontal da cadeira. Pronto, mais uma coisa boa aconteceu. Como disse um dia desses, é da valorização dessas pequenas alegrias que a malha da felicidade é feita. É usufruir o contentamento dos pequeninos prazeres que a vida nos dá a cada dia. Prestar atenção neles mais que nos estresses. Só de colocar a palavra estresse já penso no estresse de trazer todas as minhas bonecas para cá dos States e em como fazer com as caixas, mas não quero nem pensar nisso. Me concentrar no agora. O futuro, no futuro, quando a bronca vier, a gente resolve. Dá um jeito ou, se não tem solução, como dizia meu bom e velho pai, solucionado está. Acho que vou dar uma chance no Zelda e ir enfrentar o mestre. Não, ainda não estou com saco. Podia assistir o filme, mas está tão bonzinho aqui sentado dando minhas baforadas, escrevendo e ouvindo IM. É o epicentro da minha zona de conforto e com a cadeira nova, bem confortável, não dá vontade de parar. Mas só estou escrevendo água. Foi bom ter tomado o café da manhã com a minha mãe, acho que conversamos bem e acho que um pouco das preocupações a meu respeito se dissipou, pois me mostrei, na minha opinião, bem, centrado, de bem com a vida que levo. Decidi só sair quando estiver de posse do Uber novamente. Isso só acontecerá com a chegada do novo cartão. Em oito dias úteis. A não ser que minha mãe me deixe na casa do meu primo e eu durma lá e ele me deixe em casa no outro dia. Ou ela me dê 40 reais a mais do que me dá, o que é um aumento gritante na quantia que recebo para saídas. Lembrei de uma garota linda agora que conheci num dos encontros de família no Albergue de Drogados. Não sei por que me veio. E não vale a menção aqui. Foi algo que nunca ultrapassou um olhar. Lembrei de outra que era estagiária do mesmo lugar. Ela abandonou o estágio. Talvez por minha causa. Espero que não, que esteja sendo prepotente nesse caso. Era uma garota muito bonita. Linda. Queria que o IM utilizasse menos o já batido efeito de acelerar a batida bem muito, até o infinitamente rápido para transformá-la em outro tempo ou ritmo. Mas isso é um pecado menor.

10h33. Na página do grupo de Facebook Leitores Anônimos, um membro postou “A Fantasia é um direito nosso, pois ela existe como reflexo do reflexo de Deus no homem. Se somos feitos à imagem e semelhança de um Criador, nós subcriamos. Sobre isso e tantas outras questões relacionadas aos contos de fadas, como sua natureza, origem e função, escreve Tolkien”. Eu confesso que fiquei um pouco triste com essa frase por dois fatores, pois acho que perdi a criatividade fantástica e por não acreditar em Deus da forma sobrenatural a que Tolkien certamente se refere. Minhas maiores fantasias são emulações em realidade virtual, onde a fantasia em verdade não tem limite, mas não consigo ou tenho preguiça de elaborar que tipos de fantasia pode-se ter até porque acho que cabe a cada um fantasiar suas próprias fantasias. Mas poderia citar alguns exemplos: gravidade alterada, para dar superpulos que se vá à estratosfera e chegue ao chão sem dano nenhum ao cidadão, ou um dragão líquido, ou uma viagem misturando os efeitos de mescalina com absinto, ou cantar para uma plateia de um bilhão de fãs, enfim, há tantas possibilidades... infinitas possibilidades, o limite é o desejo e a criatividade do usuário que pode inclusive pesquisar fantasias alheias que sejam públicas, pois como no Facebook, você poderá postar fantasias para todos verem, só seus amigos ou só você. Não sei se o Facebook permita que eu publique algo só para eu ver, mas deve poder. Não sei mexer no Facebook e não me esforço para mudar esse quadro. Vi que agora se pode publicar textos com um fundo colorido, mas não faço a mínima ideia de como se faz. E pouco se me dá. Será que porque creio num “Deus” material, minha criatividade esteja assim tão mais limitada? É uma possibilidade que nunca me passou pela cabeça antes dessa frase de Tolkien. Para quem leu o Apocalipse sabe que o livro é cheio de alegorias para lá de fantásticas. Eu confesso que li muito rápido e não entendi patavinas dos bichos que vão surgir por aí. Só sei que a bronca vai ser pesada. Alguém pode recriar virtualmente, através da Singularidade, o Apocalipse só para vivenciar a experiência, para isto basta pensar recriar Apocalipse da Bíblia. Escolhe com áudio-texto, pode escolher ser observador ou participante e por aí vai, o limite percebo agora é mais que a própria imaginação é a imaginação da humanidade ao longo da história documentada. Fora o que vai se desenvolver, quem nos anos 60 iria imaginar algo como Infected Mushroom? Ou antes ainda, na época da música clássica? Era algo imaginável, pois as tecnologias ainda não existiam. Começo a perceber padrões que se repetem no trabalho do IM, mas digamos que, olhando com bons olhos, possamos dizer que seja o “estilo” da banda (ou sei lá como é que chamam grupos que fazem música eletrônica). Estou meio abestalhado porque minha mente está muito cansada. Acho que dentro em breve vou ver o filme de Jesus. Fecho a janela e as persianas e ligo o ar para dar um clima mais cinema à sessão. Não, não gosto de pipocas. Mas a Coca vai ter. Espero que o cara venha entregar logo, pois acho que só tenho mais um litro de Coca para beber. E é da normal, deliciosa, nem estou sentindo muito a pasta que ela deixa na língua ou que eu sinto assim. Vai ser uma transição incômoda voltar para a Zero, mas sei que será uma transição tão incômoda quanto será rápida.

11h21. Estou servindo novamente de ombro amigo para uma pessoa do Facebook.

12h01. Bom, a pessoa ficou offline. Então posso voltar para cá. O máximo que posso fazer é ouvir. E às vezes, a imensa maioria das vezes, é o suficiente. Então é o que fiz, ouvi, ou melhor, li. Quando a pessoa se ouve, consegue pensar melhor sobre as coisas.

12h15. A pessoa dos cotovelos doloridos voltou.

12h28. Sumiu do Facebook de novo. Repareceu.

12h49. Tive que interromper o papo, pois não ia fazer a desfeita de, estando acordado, não almoçar com mamãe e meu padrasto. A comida me deu sono. Esqueci desse efeito colateral de comer. Mas quando mamãe acabar disse que me deixa na cabeleireira. Certamente vai querer pagar o corte para que eu não fique com dinheiro na mão. Queria que ela pagasse o cabelo e a barba. Aí ia ser o bicho. Daí a caminhada da volta já vai me despertar mais. Aí tomo um banho e vou ver “A Paixão de Cristo” se minha vontade permanecer a mesma. A minha vontade mesmo é deitar na cama e dormir, mas não farei isso. Mamãe disse que pagaria o cabelo e a barba. Dependendo do valor. Nossa como é gostoso digitar, pense numa ação que eu gosto de fazer, teclar os meus textos, o que me sai da cabeça, mas falo também da parte táctil de escrever no computador. Adoro. Quando estou acertando as teclas, como agora, fica melhor ainda. Eu tenho muita sorte na minha vida, mas também o que eu já sofri, não falo de miséria física, isso nunca passei, mas miséria emocional, psicológica, isso eu já sofri para caramba. Acho que já deu a minha cota de sofrimento por uma vida, mas tenho impressão que ainda passarei por mais sofrimento, desta vez físico, na minha velhice, quando a morte vier se aproximando para me levar. Mas já tratei disso em outros posts. Não vou mais falar nisso por ora, mas é uma preocupação que eu tenho e que não faço nada para prevenir. Caraca, como estou com sono. 13h27. Dei altas pescadas agora.

13h33. Mamãe diz que está quase pronta para partir. Estou mais desperto agora. Espero continuar assim. Se o tempo não estivesse tão chuvoso, se abrisse, eu desceria à noite. Mas estou tão, tão cansado, tão esgotado, tão querendo desligar que nem sei. Só se esse corte de cabelo levantar mesmo o meu ânimo.

17h31. Cortei o cabelo, mas não ficou nada igual ao que eu queria. Eu queria o mesmo corte só que mais curto, a mulher cortou demais e ficou um corte supercareta. E o pior que meu cabelo tende a ficar arrepiado, quando curto, aí é que piora tudo. E eu disse à cabeleireira, eu quero o mesmo corte da outra vez, acho que ainda mencionei “em camadas” que foi o que ela me disse que iria fazer da outra vez. Que nada, ferrou meu cabelo. Ainda bem que cresce. Mas até crescer para ficar do jeito que estava vai demorar um pouco. Isso é uma das frustrações com as quais o acaso às vezes nos presenteia. Se eu tivesse alguma ideia de corte de cabelos iria saber que os cortes que ela estava fazendo levariam a isso, mas não entendo nada e deu no que deu. Paciência, a vida segue. Estou parecendo mais velho com esse corte, mas, como o meu amigo da piscina disse, por que fingir a idade? Admite a idade que tem e pronto. Vou tentar fazer isso. Por influência dele também acabei de assistir pela terceira vez “A Paixão de Cristo” de Mel Gibson. Não é um filme ruim, quis mostrar o calvário de Cristo com a maior plasticidade e ultrarrealismo possíveis. Nisso, o filme é perfeito. Dá na gente aquela sensação de “que sacanagem estão fazendo com o filho de Deus”. A representação do demo é bem criativa, como sendo um ser andrógino e limpo, sem expressões, apenas um olhar penetrante, dá uma impressão de ser ao mesmo tempo poderoso e perverso. Passa algumas coisas dos ensinamentos de Jesus, dos milagres e das profecias, mas o foco é realmente no sofrimento e no calvário dele, muito pouco há além disso. Por essa razão achei o filme mais vazio que da última vez. Coloquei IM novamente, mas confesso que não é o meu estilo de música para agora. Acho que quero ouvir “Moon Shaped Pool” do Radiohead. Botei “Hail To The Thief”, mas não passei da primeira música, quero silêncio agora. Continuo exausto, até para ser ombro amigo. Não vou entrar no Facebook. Minha mão apresenta uma espécie de acidez, uma ardência curiosa. É bem branda, mas é sensível. Não sei o que é. Será excesso de Coca? Hahahahaha. Estou pensando em descer quando a minha mãe for para a reunião, mas além da preguiça de desarmar e armar e desarmar e armar o circo todo, tenho medo que caia um toró como o que me pegou justamente quando saía da cabeleireira, me acompanhou por toda a caminhada e acabou quando estava a alguns metros da entrada do estacionamento coberto. Irônico. Mas não foi ruim. Aproveitei e tomei um banho quando cheguei em casa. E fazia tempo que não tomava banho de chuva. O iPod que esqueci de levar e que me parecia ter sido um grande vacilo não ter comigo certamente não sobreviveria a esse toró, então além do banho de chuva praticamente ganhei meu iPod de novo. O que me frustrou mais foi o corte de cabelo mesmo, mas sendo repetitivo, eu sei que cresce. Para variar, não estou com saco de ir para o CAPS amanhã, ainda mais depois de tanto tempo de feriadão. E novamente eu sei que quando chegar lá, eu no mínimo não vou desgostar. Em verdade é bem possível que goste. Quase sempre gosto de algo. Então, não vai ser problema, a não ser que esteja chovendo, aí se a rua inundar, não vou. Torço quase secretamente por isso. Para passar mais dois dias seguidos em casa. Mas vai dar tudo ao contrário e vou para o CAPS como sempre. O que quer que der, chuva ou sol, tentarei aproveitar o momento. Agora estou sem sono nenhum. Coloquei o CD do “No Line On The Horizon” que não sai do toca-CDs do som, mais por preguiça de trocar, mas também porque gosto de ouvi-lo quando vou dormir. É um disco meio monotônico, na minha opinião, que não acrescenta muita coisa à obra do U2, que já não acho uma grande obra como achava antigamente. É estou ficando velho e rabugento, rejeitando os heróis da adolescência. Hahahahaha. Mas é sério! Estou espantado comigo mesmo, ter tecido essa frase sobre o U2. Mas acho que a longevidade da banda atrapalha. Não tem como não se tornar formulaico e repetir certos recursos, o que generosamente chamei de estilo no caso do Infected Mushroom em vez de autoplágio. Terei a mesma generosidade com o U2. 18h50. Troquei o atomizer do meu Vaporfi, pois, se for lá para baixo, só usarei o cigarro eletrônico e quero ele fazendo fumaça forte, valendo, como está agora depois da mudança. Preciso lembrar de botar um atomizer na mochila para mostrar ao meu amigo do prédio. Acabei de arrematar um boneco raro e pouco valorizado por metade do seu preço de eBay já com frete incluso e que tem um valor sentimental para mim, pois foi uma das raras criações próprias de Randy Bowen (que fazia bonecos da Marvel, o pioneiro no ramo de bonecos de colecionador) e que ele mencionou na primeira entrevista que consegui no meu blog sobre esse tipo de boneco. Foi muita sorte começar logo entrevistando o, digamos, “Stan Lee” das figuras colecionáveis. Esse boneco representa essa conquista que tenho como um momento muito precioso da minha vida como blogueiro, o que é quase toda a minha vida agora. Pena que já tenha entrevistado praticamente todos de todos os grandes fabricantes, até a indústria se fechar para mim. Mas as entrevistas permanecerão lá enquanto a Google existir. E o link para elas no grupo que criei, homônimo ao blog, que por sinal tinha dois novos membros querendo entrar. Sou relapso com o grupo como me tornei relapso em relação ao blog de bonecos porque parei de colecionar. Só comprarei mais um boneco que pode ser Malavestros ou She-Ra para gastar os reward points que acumulei enquanto colecionava hardcore. Esse boneco que arrematei hoje eu venho namorando há muito tempo, mas só agora apareceu essa oportunidade imperdível. Dei o lance sem nem esperar ganhar o leilão. Mas ganhei. Coisas do acaso. Ou do destino, como queira. Os dois para mim são como a cara e a coroa de uma mesma moeda. Alguns acham que o que vai acontecer está predestinado a acontecer, no que não deixam de estar certos visto que todas as partículas se comportam segundo as leis do universo e isso, embora imprevisível para a limitada humanidade, talvez possa ser calculado e determinado por algo com extremo poder de processamento de dados e profundo conhecimento de tudo o que o cerca. Mas não acredito que nem a Singularidade no seu estágio mais evoluído vá poder determinar todo o comportamento do universo com precisão, pois acredito que precisaria utilizar toda a energia do universo para processar todas as interações das partículas que o compõem e mesmo toda a energia utilizável do universo fosse insuficiente. Quem viver até lá, se não houver só máquinas nesse até lá, verá. Eu faria meu upload para Singularidade quando a hora de morrer chegasse. Se não o fizesse antes! Hahahahaha. Acho que antes não, só se me tornasse um velho muito incapacitado ou em profundo sofrimento. Se estiver vivo quando a Singularidade for capaz de fazer isso, digo. Como o assunto veio descambar em Singularidade eu não sei. Ah, foi do debate destino vs. acaso. Por hora tudo tem aparência de acaso para mim, por mais que se formos pensar em termos essencialmente físico-químicos talvez esteja tudo pré-determinado. Se tirarmos da equação o livre-arbítrio, que muitos julgam uma ilusão (os mesmos que defendem o determinismo físico-químico) e que eu julgo muito verdadeiro. Não só em humanos, mas até em formigas ou plantas – sim, acredito que haja inteligência nas plantas –, mas graus gradativamente menores de livre-arbítrio quanto menos complexos são os seres. Porém não quero viajar demais para não parecer mais ridículo do que já estou parecendo. Meu argumento é que, se há dúvida, há livre-arbítrio. E um monte de livre-arbítrio junto gera acaso. E quanto mais livre arbítrio junto, mais acaso é gerado. Estou quase a fim de jogar o mestre de Zelda. Mas estou em dúvida em relação a isso. É fantástico ter dúvida. Eu a deixo maturar, às vezes pondero os prós e os contras dos possíveis resultados do que estou em dúvida. Por exemplo, eu não devia ter comprado o boneco pelo simples fato que isso vai deixar o meu irmão e minha cunhada putos da vida com mais “a damn statue” na casa deles. Mas se eles soubessem da história pessoal por trás desse boneco, a minha visão do boneco, talvez entendessem. Ou não. Acho que mais “ou não”, infelizmente. E é um boneco feio. Só comprei porque ganhei um leilão que não esperava e porque tem uma forte correlação com uma fase da minha vida que foi muito boa. Tem tudo a ver com o blog de bonecos, quando ele realmente começou a fazer barulho na comunidade de colecionadores. Foi o ponto de partida para eu ter uma média de 600 leitores por post. E, não raro, mais de mil. Quando penso que neste do Profeta eu batalho para ter 50 me dá um aperto no peito, pois esse eu acho tão mais interessante, mergulhar tão profundamente no universo de um semelhante é algo que não se lê muito por aí, ainda mais com a sinceridade muitas vezes contundente de algumas palavras. Nos diários é que não meço palavra nenhuma. Mas não tenho condições mentais de digitá-lo agora. A minha preguiça devida à minha fadiga mental é enorme. Por isso a dúvida de encarar o Zeldinha. Ainda continuo em cima do muro. Vou pegar uma Coca. 19h53. Hoje não deu piscina, que pena, está chovendo ou chuviscando sem parar por aqui. Ambiente totalmente incompatível com objetos eletrônicos. Senão teria descido. Parece que finalmente começou a temporada de chuva por essas bandas. Adoro chuva, quando estou em casa ou quando vou tomar um banho de piscina, mas para me deslocar andando é muito chato. Tomara que amanhã nos horários de deslocamento da casa para o CAPS e vice-versa a coisa não esteja assim. Ou que a coisa esteja muito pior que hoje e a rua esteja inundada. Ou tudo ou nada. Só para não andar na chuva. Não gosto de ficar todo molhado no lugar que eu vou chegar. É incômodo. Mas vamos falar de coisa boa. Vamos ver se amanhã eu consigo comprar o meu jogo e CD de aniversário. Isso até deu uma instigadinha para enfrentar o mestre de Zelda. Ma non tropo. Agora foi que o atomizer novo pegou para valer, tive até que diminuir a potência do Vaporfi para não ficar tossindo a toda tragada, o que além de chato pode despertar suspeitas do meu padrasto. 20h28. Liguei o Zeldinha.


21h24. Passei do mestre fui no outro dungeon, mas preciso achar o meu companheiro para enfrentar esse desafio, como aconteceu com o Earth Temple. Só não sei onde achar. Talvez tenha que entrar no desafio de aguar todas as mudinhas da Deku Tree para achar o meu amiguinho. Que saco. Mas o farei, não hoje. Vim aqui só para me despedir e dizer que amanhã eu reviso e publico esse megapost. Isso é que dar virar a noite sem dormir. Hahahaha.    

Nenhum comentário:

Postar um comentário