domingo, 27 de agosto de 2017

DIAS NA CASA DA TIA

12h52 do sábado em que vou para a casa da minha tia. Acordei agora há pouco. Estou mais preparado psicologicamente para a mudança. Mas não anseio por ela como ansiava no começo da semana. Me sinto inseguro. Isso tudo é frescura. Vai ser bom. Penso em algo ruim que me aconteceu. Não, na casa da minha tia, no Facebook, mas que não vale menção mais detalhada aqui. Me veio apenas porque pretendo levar o meu pen drive para a casa de titia para ver filmes. Tenho a consciência tranquila sobre o algo ruim que aconteceu e que repito, nada tem a ver com a casa da minha tia. Embora lá tenha tido uma recaída de cola já. E meu tio reagiu como eu esperaria que meus pais reagissem, como o meu pai reagiu uma vez. Apenas me tirou a lata das mãos e me disse para ir dormir. Não cheirei nunca mais lá. E espero nunca mais cheirar em canto algum. Já estou com 40 e com a mente bem sequelada. Minha memória. Meus amigos têm mais memórias de mim na minha vida social que eu. E antes eu era um ser social, muito mais social que hoje e esta parte da vida talvez me fosse a mais importante, mas a maior parte dela se perdeu, se não a maior parte, parte significativa. Se bem que fosse significativa para mim os meus neurônios teriam formado conexões mais fortes em relação a elas. O álcool sem dúvida influenciou negativamente na fixação dessas memórias na minha cabeça e a cola e os remédios findaram por debelá-las completamente da minha caixola. Ouço histórias que protagonizei e geralmente nenhuma memória me é evocada do ocorrido. Uma coisa que me lembro bem é que os meios de comunicação se esforçam por não divulgar histórias de suicídio para não estimular os predispostos a darem esse passo. Lembro que meu primo me contou sobre um caso aqui no Brasil de uma “epidemia” de suicídios de mulheres jovens, se não me engano. Curioso. Histeria coletiva, eu consigo entender mais, pois é mais comum, mas surto de suicídio coletivo num lugarejo distante é muito mais estranho. Enquanto a histeria coletiva aponta para uma pulsão de vida, uma urgência em sobreviver, o outro aponta para uma pulsão de morte que não é tão natural ou dominante na média dos seres humanos, por isso mais incompreensível para mim. Mas estou só a falar asneiras aqui. Não sou nenhum entendido no assunto para me outorgar a autoridade de debatê-lo. Esqueçam. Como eu me esqueci de 2/3 da minha vida. Hahahahaha. Agora que não uso álcool mais, continuo com a memória ruim. E não há muito o que ser lembrado, pois passo os meus dias a escrever, provavelmente me repetindo pois não me lembro do que escrevi no post anterior. Ainda bem que me foco muito no agora, assuntos recorrentes são inevitáveis, mas o meu foco no agora, acho que faz um post ser ligeiramente diferente do anterior, como a vida é ligeiramente diferente hoje do que foi ontem. Mamãe pretende me deixar na casa da minha tia à noite. Está agoniada com o número de afazeres que tem antes da viagem para a Paraíba amanhã. Espero que o grande calombo nas minhas costas não seja outro furúnculo, como o que surgiu na minha axila direita. Aos poucos vou memorizando o que é direita e esquerda, mas confesso que ainda encontro extrema dificuldade em discernir qual é uma e qual é outra. Uso tão pouco esse tipo de indicação e usei tão pouco ao longo da vida que nunca aprendi. Acho que em verdade tenho dificuldade mesmo com direções e localização geográfica. Sempre me perco nos jogos de Zelda. Imagino só nesse novo jogo da franquia, que é imenso e que espero que meu irmão tenha comprado para mim e que a tia da minha cunhada tenha trazido agora para o Brasil. É um jogo que tenho curiosidade de jogar. Foi só falar e a curiosidade passou. Vou ter que atravessar um tutorial, provavelmente demorado, antes de ter o mundo a ser explorado ao meu dispor. Queria já poder dar o rolé pelo mundo sem precisar aprender nada ou enfrentar ninguém, só passear por um mundo fantástico e belo. Sem estresses. Estou sem cigarros. Comprarei quando na casa de titia. É mais para isso que quero o jogo do Zelda, para explorar e mergulhar na beleza de um jogo de fantasia. A Nintendo estava com dificuldade de suprir a demanda do Switch, seu novo videogame, menos pelo tamanho da demanda e mais por dificuldade com fornecedores comprometidos já com a produção de componentes do novo iPhone cuja demanda é muito maior, logo gera mais lucros para o fornecedor chinês, deixando a Nintendo em segundo plano. Meu padrasto me disse que há coisas que deixaram de ser fabricadas no resto do mundo e que só são produzidas na China. Não devem ser poucas. E eu que peguei uma época em que o que não era feito no Brasil era made in USA... como o mundo dá voltas. Hoje é mais fácil ver uma coisa made in China do que made in Brazil. Ou em qualquer lugar do mundo. A economia mundial passa inescapavelmente pela China. Realmente como o mundo dá voltas. O futuro parece tão incerto ultimamente. Mas sempre espero algo bom, pelo melhor, apesar dos momentos de crise. Na crise é que surgem as oportunidades de novas e melhore soluções. Lembrar de levar o meu paninho que serve de porta-copos para a casa de titia. O “No Line On The Horizon” é um disco fraco do U2 mesmo. Estou ouvindo o meu “disco de ninar” mais alto agora e nenhuma música a não ser a quinta me desperta algo na alma. Não estou ouvindo Spotify porque mamãe está ouvindo na cozinha. Pelo menos é um disco que não empata a escrita. Me passou uma ideia sem noção agora pela cabeça. Hahahahaha. Deixa para lá. Este post promete ser dos grandes. Já estou na segunda página de Word com quase mil palavras escritas. Agora vem a minha música favorita do disco. Já botei a caixa de atomizers embaixo do líquido para diminuir a possibilidade de esquecê-los. Preciso também lembrar de levar os carregadores do Vaporfi e do celular. Além de todo o resto. As roupas já estão guardadas dentro de uma sacola. Falta o resto todo, minha parafernália eletrônica. Que não é muita coisa, além do celular e do Vaporfi e agregados, é o meu computador e agregados. Seria bom levar um “T”, talvez a extensão do som. Nossa amiga líder da turma (meu primo irmão é o outro líder), disse que vai ter uma celebração na próxima sexta em sua casa. Um evento já para ir. Espero que meu primo-irmão esteja por aqui. Não me digno a ir sozinho para lá. Seria demais para o ser antissocial que sou e não sei a localização direito. É perto do terminal de Boa Viagem, mas não sei o prédio específico. Conseguiria chegar lá sem muito estresse, mas é o meu lado antissocial que me impede.

15h18. Fui almoçar. Em vez do McDonald’s minha mãe preferiu que eu almoçasse o que preparou para não comer muito tarde. Acho que sentiu que eu seria excluído do lar por causa dessa alternativa e de o meu padrasto só poder pegar o carro mais tarde. Ela achou tarde demais. Anyway, almocei com eles pela primeira vez nessa semana. Em relação à festa da minha amiga, parece que meu primo-irmão vai. Ótimo. Estarei na casa dele, será tudo mais fácil. Preciso avisar a mamãe que precisarei comprar fraldas Pampers M para o evento, pois além, da celebração de seu aniversário será o chá de fraldas do seu filho que está por vir. Meu primo-irmão não tem o perfil de adicto, como eu tenho. Acho isso ótimo para ele, senão com a vida que leva certamente já estaria dependente de alguma coisa. Não que ele viva se drogando, pelo contrário, é muito preocupado com a sua saúde. Inclusive, parou até com o cigarro, já faz mais de mês. Mas nas baladas que vai, ou que muitas vezes vamos, rola droga, mas como ele não tem esse perfil experimentador ou compulsivo, não há perigo para ele. Ele preenche o vazio existencial com outras coisas. Uma delas é sexo. Coisa que não tenho para preencher o meu. Nem busco. Não vejo sexo com o mesmo frisson que as pessoas “normais”. Não vejo nada demais no sexo, na penetração em si. Gosto muito de tocar e beijar e lamber o corpo da mulher amada, mas a penetração mesmo, não é a maior maravilha do mundo. Assexuado. É o que tenho sido nos últimos dez anos. Foi uma opção ou foi falta de opção? Acho que muito dos dois. Se ansiasse tanto por sexo como os demais aparentam ansiar, eu teria me esforçado mais. E tivesse muito mais confiança no meu taco sexualmente falando. Em todos os sentidos. Hahahahaha. Não que oportunidades tenham aparecido. Apenas uma apareceu e a aproveitei e tentei criar uma segunda oportunidade a partir dessa e nas duas fracassei miseravelmente na hora do coito. Não consegui avisar a mamãe das fraldas. Ela foi tirar um cochilo. Espero que a Coca chegue enquanto o meu padrasto esteja na sala, pois não consigo ouvir daqui o interfone. Agora consigo. Acabou de acabar o disco do U2. Permanecerei no silêncio, então. Estou bebendo cerca de cinco litros de Coca por dia, ou seja, estou bebendo demais. Na casa da minha tia não vejo como isso diminuir, embora tenha a impressão que lá consuma menos. Mas deve ser só impressão mesmo. Acho que tiraria um cochilo também. Barriga cheia dá essa vontade, mas resistirei. Tenho que lembrar de levar o iPod com o carregador. Deveria pedir para o meu padrasto me avisar quando fosse pegar o carro para eu ficar atento ao interfone. Mas tenho medo que ele abra a porta e me pegue fumando o Vaporfi. Estou um pouco ansioso com esta ida para a casa da minha tia, um misto de excitação e receio. Como é natural com boas mudanças. Com a viagem tenho só receios. Não estou excitado com nada. Nem com a caixa, pois penso de antemão que não vou achá-la. Queria botar um som, mas o receio de a Coca chegar me impede. Não quero dar esse trabalho em vão para o entregador. Meu padrasto ainda está na sala ouço o seu tique de pigarrear. Há uma festa rolando em algum lugar nas redondezas e o seu burburinho é o som dominante no meu quarto. Ela e o barulho das teclas sendo pressionadas. O silêncio não é silêncio de fato, é apenas a ausência de música no meu caso. Vou pegar Coca. 16h10.

16h14. Não me vejo trazendo muito mais no momento. Acho que vou dar uma parada e jogar um pouco do Mario Galaxy. Mas isso faria barulho e eu não ouviria o interfone. Saco. O que fazer? Escrever, é a única saída para esse tedioso sábado à tarde. Acho que meu padrasto vai se preparar para sair e pegar o carro. Será que ele vai vir me perguntar se eu quero McDonald’s? Acho que não. Não é do feitio dele. Veremos. Eu não tomarei a iniciativa. Até porque pediria sobremesas. Um Big Sundae e uma torta de maçã. Nada que seja realmente semelhante a uma refeição. Não quero ser velho, muito menos velho e gordo. Mas é inevitável, pelo menos o velho. Sei de uma pessoa que acho que seria minha namorada perfeita, mas não dá. Nem eu me sinto atraído realmente por ela. Então, não seria a minha namorada perfeita. Não sei por que vira e mexe falo em namoro, se é algo que me aterroriza agora. Acho que porque quero Aurora. Eu não preciso mais tanto de carinho. Desaprendi o que é receber carinho. Espero não ter desaprendido a como dar carinho. Sexo, eu desaprendi, não tenho pique para sexo. Estou muitíssimo sedentário. Da última vez, a segunda das duas oportunidades que me surgiram nessa década de solidão, eu fiquei sem fôlego e meus músculos pararam de responder a contento, me levando à consequente broxada. Foi tétrico. Eu dei o meu melhor e pensei que não haveria problemas em manter o ritmo da penetração rápido e profundo como estava, não contava com a exaustão. Novamente, foi tétrico. E não sentia afeto genuíno pela figura. Só afeto de amigos. Mesmo tendo namorado bastante antes de partir para o ato em si. Mas não quero lembrar de tal fracasso que só me fez galgar um estágio a mais para a minha atual assexualidade. O pior que começo a gostar do termo por achar que me põe mais uma diferença dos demais seres humanos, me põe mais uma excentricidade, uma bem grande, no rol das minhas excentricidades. Gosto de ser excêntrico. Isto é um fato. Não gosto de ser igual à média, gosto de ser o ponto o mais fora do eixo possível, dentro dos ditames da lei, é claro. Mas a lei dá brecha à muita excentricidade. Viver para escrever é uma excentricidade, trabalhar sem ser remunerado, só por prazer, é outra. Só os aposentados têm esse luxo. E, mais uma excentricidade, sou aposentado ou curatelado aos 40 anos. Não posso dirigir (eu acho), não posso votar, não posso casar de papel passado. Não quero ter filhos. Não os tenho. Já plantei uma árvore e já escrevi dois livros. Nunca ganhei dinheiro por escrever. Minha página de Facebook de hoje tem como plano de fundo o Super Mario Galaxy 2 e o meu avatar tem há uns dois anos as cores do movimento LGBT. Por quê? Porque eu amo o jogo e porque toda forma de amor vale à pena todos os dias, não só num dia ou semana específicos do ano. O que não deixa de ser excêntrico. Mas isso nem acho muito excêntrico. Pode mandar a mensagem errada sobre mim, podem pensar que não sou hétero, mas eu estou pouco ligando. Minha opção sexual, a recusa pelo sexo (pelo menos, por ora) vai ainda mais além do que ser gay, ou bissexual ou transexual. Embora transexual seja uma escolha bem radical, deve envolver uma cisão profunda entre corpo e mente e deve ser um processo doloroso de aceitação, principalmente social. Não enfrento nada disso, aliás enfrento muito pouca coisa, o mínimo possível. Pois enfrentamento é igual a estresse e eu vivo sob a lei do menor estresse. Essa é a égide que rege a imensa maioria das minhas ações. Lei que não apliquei ao busto do Hulk, também não imaginei que ele fosse me gerar tanto estresse assim. Não imaginei que a caixa seria grande demais para ser embarcada como bagagem. Embora as dimensões da caixa ainda não estejam definidas oficialmente, o tamanho do conteúdo em si, já excede o tamanho permitido em viagens. A não ser que a base do busto fosse desatarraxada, e colocada por trás do busto. Minha mãe me interrompeu e manda eu me arrumar para ir. Vou me preparar.

22h51. Já estou na casa da minha tia-mãe, devidamente aclimatado. Foi muito mais fácil do que pensei, ela é uma pessoa adorável e já me senti em casa praticamente do momento em que cruzei o portão. Trouxe a GoPro, câmera emprestada por meu amigo cineasta para filmagens extras, especificamente para a minha viagem à Alemanha, mas quem sabe com o auxílio luxuoso do marido da minha prima, eu não consiga capturar algumas imagens amanhã? Parece que ele vem fazer um churrasco aqui e poderia me captar existindo, bem como minha prima caçula poderia me capturar escrevendo. Ou ele mesmo. Acho que vou pedir a ele, pois o acho mais disponível para essas coisas. Peço para ele dar uma geral no quarto ou vir filmando da entrada da casa até o quarto e aí sim me filmar escrevendo aqui. Sim, instalei o computador no quarto em que vou dormir. É o lugar mais sensato para fazê-lo e pego a internet da minha prima caçula daqui. Posso até ouvir Spotify. Ou iPod, tanto faz. Estou com os dois. Talvez Spotify atrapalhe o sono da minha tia. O quarto dela fica logo ao lado do meu. Não sei se hoje cumprirei meu cronograma completo, o que tinha planejado, pois comecei a escrever muito tarde, já são 23h04. E quero amanhã participar do churrasco e ver se faço o take com o marido da minha prima. Se eles vierem realmente, que acredito que já confirmaram que virão. Depois da faxina da casa, segundo ordens expressas da esposa. Hahahahaha. Massa isso. Uma relação tem que ser, acima de tudo, democrática. Conversamos bastante, eu e minha tia. Ela falou mais e eu ouvi. Também a bichinha passou o dia inteiro só nessa casa, com a companhia apenas das cadelinhas e sem o auxílio luxuoso da palavra escrita, que cada vez mais acho que seja o fator que me repele da sociedade, pois aqui converso o que quiser, como quiser e sou ouvido atentamente pela página do Word, que memoriza todo e qualquer pensamento que materializo nele. Aqui eu me basto e me bastando, para que os outros? Só se fosse para trocar carinhos, pelo contato físico, mas disso não disponho nas interações que travo e não há ninguém das interações que travo que me desperte a vontade de trocar carinhos com. Então o isolamento, novamente com a companhia da palavra escrita, me é suficiente. Ainda tenho a glória ou a bênção de que sou lido por um pequeno grupo de pessoas desconhecidas, que devem fazer péssimo juízo de mim. Mas quem, sendo transparente como eu sou, visto tão de perto como eu me mostro, com todos os defeitos, que são as propriedades de mim que mais me saltam à alma, não pareceria de alguma forma ingrato, mesquinho, egoísta e sei lá mais que qualidades negativas devem me atribuir? De alguma forma acho que minha tia não gosta quando lhe beijo e aí fico num impasse, pois não sei se a constatação é verdadeira: dou-lhe um beijo na despedida ou não? Está fora de cogitação beijá-la entrementes, justamente pela dita dúvida, mas um beijo de gratidão pelo acolhimento acho bem cabível. Decidido, não darei beijos durante a minha estadia aqui, pois isso talvez a desagrade. Darei quando da partida. Ela me deixou impressionado com o quão terrível é o atendimento ao cliente no Brasil. Eu que só lido com atendimento do primeiro mundo. Ou lidava, quando da venda das imagens, e a pessoa, um ser humano mesmo, do outro lado da linha se esmerava para solucionar meu problema, o que de fato conseguia, quando solução havia. Em não havendo, eu era explicado de forma clara e objetiva porque dado problema não tinha solução. Mas foram raríssimos os casos em que isso aconteceu. Geralmente a solução vinha e rápido. Estou mal-acostumado. Lá no primeiro mundo realmente o cliente é tido como uma commodity valiosa. A mais valiosa de todas, por sinal, para qualquer empresa, pois é dele que advém a grana que sustenta a empresa e sua fidelidade é essencial para os negócios. Mas porque estou novamente a divagar pelo que não entendo? Me passando por asno uma vez mais? Ah, por causa das experiências nefastas com atendimento ao cliente no Brasil. É uma pena, vamos demorar muito para chegar ao primeiro mundo. Se bem que os EUA escolheram Trump como presidente. Só falta escolhermos Bolsonaro aqui. Pensamento aterrorizante este. E ainda estou indignado com o que querem fazer, pegar uma área da Floresta Amazônica, do tamanho do estado do Espírito Santo, e converter num local de mineração. Os que esses, me perdoem o termo, filhos da puta estão pensando, que os mais de 13 milhões de desempregados vão todos para lá virarem garimpeiros? E o excelentíssimo senhor Ministro do Meio-Ambiente não vai se pronunciar? Se é que esse ministério ainda existe. Um crime ecológico dessas proporções e nenhuma petição ainda, nenhuma manifestação do Greepeace? Ou, como disse, em outro post, provavelmente no Desabafos do Vate, a ONU. Isso é uma questão de interesse internacional, na minha opinião. São tudo reservas florestais e áreas indígenas até onde pude entender. Vão acabar com o que não tem preço em nome do sacrossanto dinheiro? Dinheiro que vai para alguma grande corporação ou grupo de grandes corporações? Isso para mim está totalmente errado. Isso é uma tremenda canalhice e abre brecha ou como dizem legalmente, precedente, para que novas medidas semelhantes venham a ser tomadas no futuro. Já não basta a infração das madeireiras? As queimadas ilegais? Isso tem que parar. É o maior patrimônio ambiental do planeta e queremos destruí-lo por dinheiro? Queremos não, que eu não quero, querem destruir. Os poderosos que parecem estar pouco se lixando para o mundo que seus netos e bisnetos irão herdar. Para mim é impensável, um ato de terrorismo ecológico, se é que tal termo existe. Um estupro ambiental e sociológico, visto que os índios também perderão o habitat que sempre lhes serviu de lar. Raiva indizível desse governo que parece vendido às grandes corporações. Espero que não vá para frente tal medida, que façamos barulho e nossas vozes sejam ouvidas. A voz do povo é a voz de deus, já dizia alguém aí, algum figurão histórico. E é assim que deve ser. Isso é democracia, governo do povo e para o povo. De acordo com os interesses deste. Não produzir uma nova Serra Pelada. Publiquei um post no meu alter ego verdadeiro sobre o tema. Precisava extravasar de alguma forma mais pública. Para mim, a regra é simples: é Floresta Amazônica, não se mexe, a não ser de formas não prejudiciais ao ecossistema, como extrativismo sustentável ou sei lá mais o quê. Enquanto os homens exercem os seus podres poderes... eu vou pegar Coca. 23h54.

23h58. Peguei a Coca e... 0h19. Voltei lá e fui conversar com a minha prima caçula, Aprendi muita coisa. Há picos de acessos no Facebook e Instragram, como era de se deduzir, mas ela me disse os picos. Parece que o do Facebook é de quinta-feira à noite. Fui lá e pedi para ela me dizer com mais precisão. Ela disse que quando ligar o PC me passa a informação, é uma informação crucial para mim. Principalmente para o blog de bonecos. Para soltar a provável ou possível entrevista com Erick Sosa. Meu primo-irmão está em Macau e volta amanhã para Natal onde deve ficar até segunda ou terça. Já pedi a titia para comprar a fralda Pampers M, mamãe deixou dinheiro com titia, se ela for sair realmente para deixar minha prima amanhã, pedirei a ela que compre duas carteiras de Marlboro para mim. Não sei se é pedir demais. Acho que é. Vou perguntar a ela quando vier me dar o leite com o remédio pela manhã se ela vai sair e se pode comprar o cigarro então. Ou deixar o dinheiro e uma chave para que eu possa comprar no posto. Aproveito e compro um saco de gelo. Se bem que amanhã não vai ser preciso, pois certamente o marido da minha prima, irmã do meio da família, vai trazer gelo para o seu uísque. Vou ver se lançou algum produto hoje nos links afiliados.

0h44. Nada de novos links afiliados. E me perdi um pouco pela internet. O Sideshow Live da próxima quarta terá um escultor da Sideshow fazendo a escultura na hora. Queria muito ver isso. Mas como é justamente no dia que prometi ir ao CAPS e o programa começa logo após o final do grupo, não dará tempo de pegar o Uber e chegar à casa da minha tia a tempo. Terei que ver a reprise e perder o código que darão durante o show. É uma pena, mas dos males o menor. Estou numa casa que me acolhe do jeito que eu sou. Pedi que titia deixasse dois cigarros para a noite. Não tive oportunidade de comprar por causa da chuva. Pois é hoje a noite choveu até bastante. Bem que o prognóstico que li ou no celular ou no Facebook estava correto, pancadas de chuva leve. Foi o que aconteceu. Não foi nenhum toró, mas pancadas de chuva leves que me molhariam todo se fosse comprar o cigarro, por isso não me aventurei. Espero que amanhã dê mais sorte. Este post está já grande demais. Fico por aqui. Quando acordar, reviso e posto.

4h54. Ainda não dormi, estava escrevendo para o Desabafos do Vate e estou sem o mínimo sono. “October” do U2 começa a passar depois da maravilhosa, irretocável “All I Want Is You”. Entrou Zizi, posso me focar de novo na escrita. Estou pensando em emendar com o dia de amanhã. E ir dormir cedo no dia seguinte. 4h59. Eita, tenho que tentar baixar a legenda brasileira para “Alien Covenant”, para podermos assistir juntos.

6h39. Voltei a escrever no Desabafos do Vate. Mas me decidi a escrever a “Receita para a Singularidade”, mandar para a Google e publicar aqui. Um momento de iluminação que eu tive. Que vou ver se faz sentido mesmo. E tenho dito.

6h51. Estou achando que vou emendar mesmo e dormir mais cedo hoje à noite. O dia se fez há muito. Estou sem sono nenhum. Será que foi um surto de mania esta ideia da “receita” e da Google? Ou a vontade que trago dentro de mim de participar de alguma forma do surgimento da Singularidade e quero que seja do meu jeito, com a Google? O que já é um sintoma forte de grandiosidade e mania. Só sei que era uma coisa que estava presa dentro de mim e que botei pra fora como um desabafo profético de como eu pensava ser a evolução da Singularidade, um road map para alcancá-la. Seria muito interessante se tudo saísse como previ. Hahahahahaha. Estou delirando. E ainda exigirei resposta do e-mail. Isso se achar que algo que escrevi mereça essa louca empreitada, mas acho que foi de forma muito torta escrevi. E ainda mandarei repassar a quem de direito. Vou voltar para o Desabafos do Vate por um instante.

Acho que isso é delírio, depois que elaborar a receita conto.

10h20. Escrevi o texto, mas não vou publicar aqui. Deixo registrado entretanto que enviei em Inglês muito do peba o texto como anexo de uma entrevista de emprego para a Google. Hahahahaha. Continuo achando que tudo não passou de um delírio maníaco, fruto de uma vontade muito forte de participar de forma mais enfática e decisiva da criação da Singularidade Tecnológica. Hahahahaha. Vou pegar outra Coca e mostrar para titia que estou acordado.

10h28. Fui lá, disse a ela que não tinha dormido. E ela não estressou. Quem dera minha mãe fosse assim. A droga vai ser para a filmagem hoje. Meus ombros estão superdoendo. Não sei se conseguirei escrever até minha prima e o marido chegarem. Nem falei para titia que baixei o Alien com legenda em português. Acho que vou tirar um cochilo. Essa é a vontade que dá. Mas não vou sucumbir à vontade. Parece que alguns passos dos que eu já citei foram implementados pela Google já. Tanto melhor. Mostra que estão no caminho. Isso é ótimo. Vi um vídeo sobre “Computer Vision” e é quase que exatamente o que eu descrevi no meu primeiro tópico da Receita para AI. O que significa talvez que não foi tão fora da realidade o que propus. Bom, enviei. E este post está muito grande e meus ombros doendo muito, vou dar uma revisada, postar e divulgar.

20h15. Acabei dormindo. Combinei com o marido da minha prima fazer a tomada no sábado, no aniversário do meu tio. Revisei só agora. Vou postar e divulgar. Pensei em tirar uma foto, mas meu celular acabou de desligar quando fui fazê-lo. A bateria arreou. Vou botar para carregar e depois posto e divulgo.

20h20. Xau!


20h26. Algo não quer que eu publique esse post. A internet caiu. Bom vou voltar a escrever o outro até a internet voltar, se voltar. Me sinto privado de algo importante quando estou desconectado da internet. Há uma relação de dependência aí. Me sinto mais seguro, mais amparado com internet. Acho que vou fumar um cigarro de verdade e dar um boot no modem. Tirar da tomada e colocar de novo. 

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