segunda-feira, 25 de julho de 2016

UMA COISA QUALQUER


Só para ter a foto de uma coisa qualquer em vez daquele negócio sem graça que aparece.
Esse é um kit original muito antigo. Acho que comprei faz uns 10 anos, que um dia, se conseguir,
Vou mandar alguém montar e pintar, mas não vou querer a moto azul. Vou querer ela cor de pérola
ou branco perolizado. Um dos dois. Vamos ver se eu consigo. Nem que me tome mais 10 anos!


Faz algum tempo que não venho aqui. Venho da Casa Astral. Vi uma garota que muito me agradou sozinha e quando finalmente tomei a coragem necessária para falar com ela, a danada tinha sumido. Quero ir na Casa Astral de novo só para ver se encontro com ela novamente. Minha vontade era arrumar mais vinte reais e voltar lá agora, pois acredito que ela ainda esteja lá, mas sei da impossibilidade disso porque minha mãe não tem vinte reais trocado e não me permitiria sair novamente. O meu amigo falou para a sua acompanhante que eu era um grande poeta. Não sei de onde ele tirou essa, mas ele não estava nem um pouco interessado em mim e sim na menina e falou qualquer bobagem para me apresentar rapidamente a ela. Sendo educado, sabe? Comigo e com ela. É o jeito dele. Fato é que isso me deu vontade de escrever algo de forma mais poética. Eu era capaz disso antigamente, não sei onde foi parar esse talento, como foi que os anos me roubaram isso. De toda forma, vou tentar escrever algo mais poético para uma musa qualquer. Vamos ver o que sai.

Da pureza dos teus olhos, sai um olhar que me diz o que as palavras escondem. Falam de um abraço desejado, mas nunca prometido e de um possível beijo depois desse abraço. Da pureza dos seus olhos é lançada sei lá que luz que ilumina o meu peito e o faz arder uma ardência amorosa que é ao mesmo tempo frio na barriga e raio na espinha, é uma chuva que transborda minha alma por ser maior que ela. Da pureza dos seus olhos algo se transmuta em desejo infinito, eterno e terno, essa chama que os românticos como o bobo que escreve isso chama de amor. Dos meus olhos não sei o que emana, o que a ti chega. Não sei se meus olhos sabem emanar o sentimento que as palavras que não posso ainda dizer calam. Não posso ainda dizer porque algo maior que eu, um pudor desmesurado, uma vergonha doentia me impedem, principalmente diante da pureza dos teus olhos. E fico eu a te fitar e você a me fitar. Em silêncio. No mais evocativo silêncio.

É, perdi o jeito, perdi minha poesia. Estranho isso. Não acho que seja falta de prática. Talvez seja falta de algo na alma, de poesia na alma. São tantos anos de solidão que a poesia em mim atrofiou como um músculo pouco utilizado. Tenho convicção de que se tiver minha alma preenchida de amor ou paixão, a poesia brotará novamente e caudalosamente como dantes.

No mais, tenho vivido mais o meu outro blog que este, pois ele tem me dado mais prazer, posto que me dá uma sensação de realização superior a este que é apenas um fluxo desconexo de idéias. Tenho medo de que o conteúdo para o outro site seque, como secou a poesia em meu coração. Mas espero que não. Tenho medo que os leitores cansem e deixem de visitar o outro blog. Medo que não tenho com este, pois este eu escrevo mais para mim que para o mundo. Escrevo para me enxergar melhor, para desanuviar as idéias e descomprimir pressões internas e externas. Este não escrevo visando os outros. Escrevo por escrever, pelo prazer da palavra. Ao contrário, o outro visa os outros que, como eu, amam bonecos. Se eles não visitarem, não há razão de ser para o blog. Espero que isso não aconteça, pois é o que tem preenchido esta vida vazia que levo. Principalmente agora que o estabilizador pifou e estou sem Netflix, filmes e games. E estou perdendo minhas habilidades sociais todas. Sento numa mesa de bar com um punhado de amigos e amigas e fico calado, ouvindo. Vejo a menina bonita e solitária e não vou falar com ela. Minha vida social se resume ao CAPS e, mesmo lá, tenho calado muito mais do que falado. O silêncio só não existe diante do computador, onde me torno muito prolixo como vocês podem ver. Mas em todo o resto, na parte real, calo. Isto não é bom, embora seja agradável ouvir apenas e ver meus amigos e as outras mesas existindo. Por mais que este tipo de interação passiva me pareça algo um tanto doentio, assim mesmo me agrada. E se me agrada acho que está bom. Se achar que tem que melhorar, certamente abrirei minha boca para despejar minhas inutilidades. Ou pelo menos creio que vá fazê-lo. Certamente irei fazê-lo. Mas, por ora, não me sinto confortável em fazê-lo e nem sinto que tenha algo de aproveitável para acrescentar ao diálogo. Quando tenho acrescento. Não fico absolutamente calado o tempo inteiro. Isso seria uma afirmação hiperbólica, mas digamos que fale 90% menos que os demais. Também não tenho a muleta social da cerveja, mas o caso não é esse. O caso talvez seja que eu esteja alienado do mundo em que eles vivem, da mesma forma em que eles estão alienados do mundo em que vivo. Essa incompatibilidade de realidades gera o silêncio. Mas absorvo e me aproximo assim de onde eles estão no mundo. Não seria egoísta de tentar fazê-los entrar no meu mundo. Não importa, me aproximando do mundo deles, posso opinar e combinar mais as conversas. Com o tempo e mais saídas, talvez me aproxime e me torne mais vocativo. Sim, é o que vai acontecer. Tenho apenas que aguentar as saídas até mais tarde e aumentar o número delas. Fico por aqui, pois quero voltar para o meu outro blog. E porque não há nada mais que possa dizer aqui. Ah, há sim. Uma coisa me doeu e esta coisa que ainda dói, dói calada. Pois calada em mim ela deve permanecer e ser. Vou revisar e publicar para poder voltar aos meus bonecos.



domingo, 17 de julho de 2016

TUDO MENOS O COMPUTADOR


O finado


Meu estabilizador queimou com as quedas de energia constantes que houve hoje aqui em casa. Com isso, eu só e meu número limitado de tomadas, eu só posso ligar um dispositivo nelas. O que eu escolhi. Exato. Este que produz as palavrinhas. E navega na web. E faz outras cositas mas que não tenho utilizado ultimamente. Sem dúvida este é o eletrônico mais importante para mim. A falta de luz me fez ver isso. E olha que estava jogando Diablo e me divertindo. E assistindo a um filme de vampiro lento, porém interessante (Only Lovers Left Alive), que eu posso muito bem assistir aqui no computador, mas prefiro esperar pela tela grande.

Vocês não sabem com quem eu falei recentemente: com Randy Bowen! Mas quem é Randy Bowen, né? Bom, ele é simplesmente o cara que inventou essa coisa de bonecos colecionáveis. Ele está para os bonecos colecionáveis como Stan Lee está para as HQs. Foi uma experiência incrível. Mesmo que a conversa tenha sido pelo Facebook. Também falei com Matt Black da Sideshow Collectibles (a fabricante do meu Demolidor), inclusive foi ele quem me indicou o filme dos vampiros e foi ele quem modelou o He-Man e o Esqueleto que há séculos pré-encomendei e que só vão ser lançados no final do ano. E que talvez não tenha ninguém na casa do meu irmão para receber... Isso me preocupa. Pois não foram baratos, são frágeis e o menino que é vizinho do meu irmão tem autismo e pode querer abrir as caixas para brincar com os bonecos... E provavelmente vai ter neve... Só Deus sabe o que vai acontecer com os bonecos... Espero que dê tudo certo. Tive que me desfazer de bonecos muito queridos para ter grana para encomendar esses. Uma droga o lançamento coincidir com a vinda do meu irmão e família para cá. Se eu der sorte, pois encomendei logo no começo, os bonecos cheguem enquanto eles ainda estão lá pois estão estimados para serem entregues entre outubro e dezembro e entre novembro e janeiro, respectivamente. Mas como esses malucos por bonecos compram logo um monte no dia que lançam a pre-order, eu provavelmente deva estar no meio da fila, o que significa que eles chegarão em dezembro, quando a galerinha vem para cá. Bem feito para mim.

Mudando de assunto de bonecos que é só sobre o que falo no outro blog, quero falar de outras coisas. Encontrei minha amiga psicóloga por acaso no aniversário da filha de uma moradora aqui do prédio, irmã de um grande amigo meu e amiga minha também, além de, como a outra, psicóloga. A quantidade de amigos psicólogos que tenho não está no gibi, pois meu primo-irmão também é psicólogo e a galerinha dele, com quem eu ando, também em grande parte é da mesma profissão, mas raramente discutimos o tema. Essa monocromia profissional não me incomoda, em primeiro lugar porque cada qual tem uma personalidade diferente e é bom quando queremos tratar de um tema com maior profundidade, um tema humanista digo, relacionado com a condição humana. Obviamente não falamos de Cálculo 2 ou de programação em Java ou qualquer coisa do gênero que vocês já conseguiram captar.

Continuo sozinho e à procura, ou melhor, à espera deste grande amor que a vida há de me colocar frente a frente. Achei que tinha achado, mas foi uma ilusão fugidia. Se estivesse à procura, ou seja, tomando atitudes para ele acontecer, talvez as coisas fossem diferentes. Mas para as coisas serem diferentes, eu precisaria ser diferente, agir de forma diferente, agir de fato, mas não tenho conseguido. Continuo acabrunhado e muito seletivo. Isso dá sempre no mesmo lugar, qual seja, lugar nenhum. E continuo só com minha camisa sem botões. Mas penso cá com os meus botões imaginários que a garota e a situação vão aparecer e eu saberei agarrar a oportunidade. Juro que não duvido disso. Só preciso de um empurrãozinho do destino. O destino me empurrou uma chacota e mesmo assim tentei, então quando for na vera, confio que conseguirei. Confiar em mim é algo raro. Mais rara ainda a oportunidade se dar, mas como não se deu até agora, a probabilidade de ela aparecer aumenta, se bem que a vida é como a Mega-Sena, é possível dar a mesma combinação de número duas vezes e não dar a sua, muito embora o acaso não pareça trabalhar assim. As aparências enganam. Mesmo assim gosto de belas aparências. No mais me sinto um completo alienado, confinado no meu quarto, sem saber do que acontece no mundo direito, trancado no meu mundo de bonecos e games e palavras. E alguns pedaços de filmes e um pedacinho de livro. Converso mais com o meu computador que com pessoas de carne e osso. Essa foi uma das semanas em que conversei mais com pessoas de carne e osso mas através do computador, que foram os escultores. Ah, e além do CAPS, onde não tenho falado muito, falei com minha amiga psicóloga. Poderia ter conversado com mais gente se tivesse saído com o meu primo-irmão ontem, mas a preguiça foi maior. Ah, conversei também com o filho do meu padrasto que veio aqui com a família repartir a boa nova de que terá outro filho. Achei legal da parte dele ter vindo pessoalmente. E foi bom que ele passou da fase de God of War que eu não estava conseguindo de jeito nenhum, tanto que já tinha dado o jogo por visto. Agora me reanimei para jogá-lo. Isso se conseguir consertar este estabilizador ou conseguir outro. Meu videogame é 110 V, é botar na tomada e queimar. E não tem buracos suficientes para ligar a TV e o videogame mesmo. Vixe, pensando em como anda limitado o meu repertório de assuntos, caso eu encontre a garota e haja oportunidade de conversar com ela, eu não terei muito o que falar. Isso é problemático. Mas nem tanto. Porque podemos conversar sobre ela. Adoro aprender sobre pessoas, mesmo que não me lembre depois. Mas acho que sempre fica uma coisinha ou outra. Não estou tão desmemoriado assim. Ainda mais se a pessoa me interessar.


Já começo a gostar do disco de David Bowie. Já escuto sem estranheza, as músicas se me tornaram familiares, já consigo discernir melodia nelas, estrutura, continua sendo um disco difícil com arranjos estranhos, mas começo a gostar dele, às vezes ele parece meio “espacial”. É um disco deveras interessante. Muito bem produzido em seu caos sonoro que tem uma ordem por baixo. E é esta ordem estruturante que quando desvendada, deixa o disco mais palatável e até aprazível. Por falar nisso, vou ver se baixo o torrent do novo disco do Radiohead. Baixei. Obviamente, passou-se algum tempo entre a vontade e ter o torrent baixado. Eu fiz outras coisas. Mas estou aqui de volta, só para acabar o post, pois nem me lembro mais sobre o que estava divagando. Xau.

domingo, 10 de julho de 2016

POSTANDO DE UM NOVO VELHO ENDEREÇO

Quinta-feira, 7 de julho de 2016.

Hoje estou postando de um novo endereço: da casa da minha tia amada, onde permanecerei até o domingo, em vista da viagem da minha mãe com o meu padrasto. Me sinto em casa aqui também. Em alguns aspectos, me sinto até melhor do que em casa, pois aqui tenho menos censura e muito mais liberdade e autonomia. Tudo isso é muito saudável para mim. Além disso, a comida é uma delícia (não que a de mamãe não seja, mas aqui o cardápio é mais regional e eu adoro isso). Meu primo-irmão que chegaria hoje, voltará apenas amanhã, então cá estou eu de novo com o meu computador. Estou paralelamente, tentando impulsionar o meu outro blog, mas percebi que, por hoje, houve uma estagnação, o que torna as coisas pouco interessantes de acompanhar. O grupo do qual fui banido não permitiu que eu publicasse um novo post hoje.

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Sábado, 9 de julho de 2016.

2h15. Não continuei a escrever aqui (ante)ontem porque me detive na divulgação do meu outro blog. Consegui publicar meu post no grupo do qual fui banido, mas ninguém o acessa, é como se ele não existisse. Acho que os moderadores fizeram alguma mandinga para tornar a publicação não acessível ou coisa do gênero, pois houve uma grande afluência de visitas no primeiro minuto, depois parou. Nada. Ninguém mais acessou. Muito suspeito. Outra notícia chata é que o Cristo Redentor que Maria de Buria havia me dado como pingente junto com um trancelim, caiu, perdeu-se. Só tenho o colar agora, o que não tem sentido de ser sem o Cristo. Fico parecendo um malandro com o trancelim. Vou ligar para Maria para matar as saudades e comunicar a perda do presente, que usava com bastante carinho.

Domingo, 10 de julho de 2016.

2h19. Fui para o Forró na Caixa da Casa Astral e confesso que a nova configuração do espaço com a banda tocando no jardim da casa ao invés da sala me incomodou, pois estava acostumado a ter a área externa como meu espaço de contemplação, ouvindo meu iPod, o que se tornou inviável agora. Considerarei duas vezes a minha próxima ida, pois o novo formato me força a ficar dentro da casa para ter o meu sossego, o que não é nem de longe tão “astral” quanto o jardim. Entendo a decisão, entretanto, para os que vão bailar ficou ótimo e miraculosamente o número de casais e pessoas dançando aumentou consideravelmente, tanto que até o jardim ficou pequeno para os dançarinos, indo alguns dançar dentro da casa pela falta de espaço. Fui com meu primo-irmão, mas de lá voltei aqui para a casa de titia enquanto ele seguiu para a casa de um amigo em Olinda para continuar a noite lá. Não tenho mais esse pique. Ou estou fora de forma, ou não tinha mais saco para mais farra. Queria mesmo voltar para a frente desta tela, ver como anda a divulgação do meu outro blog e, agora escrever. Ah, vale ressaltar que saímos do aniversário de outra tia, que aparentemente está de novo amor – uma cara bastante extrovertido e divertido, um tanto diferente dela – e de lá seguimos para o forró. O novo afeto da minha tia me deu a falsa superstição de que o meu amor esteja próximo também. Mas isto é ilusório, vi tantos homens até menos atraentes do que eu com suas namoradas hoje que cheguei a óbvia conclusão que o problema está em mim. Preciso tomar uma atitude, um curso de dança, por exemplo para poder me sociabilizar mais e com mais frequência com as mesmas garotas e daí poder, com a convivência, surgir alguma coisa. Mas não tenho a mínima disposição para tal empreitada. Sempre quis aprender a dançar a dois, porém todas as vezes que dancei (exceto as duas ou três vezes em que dancei música lenta) o dançar com alguém me foi bastante custoso, pois requereu uma dose enorme de concentração nos movimentos que roubou qualquer traço de prazer do momento. O foco em não errar – e, mesmo assim, frustosamente errando – não me permitiu me focar nem na música, nem no fato de ter uma garota nos meus braços. Isso me desmotiva a tentar uma aula de dança, além da logística para chegar a um lugar onde se ofereça este tipo de serviço. Por essas razões, acho, a idéia da dança de são não saia do campo imaginário para o real. Sei que coma prática eu acabaria aprendendo os passos de cor e adquiria ritmo e ginga e seria capaz de dançar confortavelmente, o que tornaria, provavelmente, a atividade em algo prazeroso e divertido, mas o bloqueio inicial ainda é muito grande. E tenho na minha cabeça que só encontrarei pessoas mais velhas nessas aulas e elas não me atraem. Posso estar redondamente enganado nesse aspecto, mas minha suspeita, eu suspeito, tem alguma procedência de coisas eu acho que já ouvi. Por falar em ouvir, estou ouvindo advinha o que no meu iPod? Exato: Mallu. Mas quando o disco acabar vou para o shuffle, não estou disposto a ouvir duas vezes seguidas o disco. Aliás, hoje estou meio avesso às coisas. Talvez meu mal seja sono, como diria Maria de Buria. Mas são ainda 2h50. De toda forma, não pretendo passar muito mais tempo aqui. O movimento no meu outro blog já baixou bastante devido ao horário e já-já o “dia de arrecadação” fecha. Espero que o domingo gere mais pageviews, mas não tenho tanta certeza. Preciso postar com menos frequência ou postar coisas ainda mais curtas, não sei, temas muito polêmicos são vetados no grupo que gera mais tráfego. Mas não quero falar sobre isso. Sobre o que quero falar, então? Preciso de umas baforadas e de uma coca zero para pensar. Ou sentir.

Acho que parte da minha antipatia advenha do fato de ter tomado muita Coca-Cola e não ter comido nada. Comi umas bolachinhas agora para ver se amenizo isso.

O projeto de ir com meu primo para o interior foi totalmente frustrado por minha mãe e minha tia amada, mas houve uma mudança de planos que talvez reverta a situação. Ao invés de ficarmos em Lajedo, como a priori, foi sugerido, meu primo-irmão pretende ir para Caetés, onde ficaríamos na casa de familiares, o que talvez soe muito mais seguro para ambas. Então, a possibilidade dessa viagem ainda não está totalmente descartada. Acho que seria uma experiência nova, enriquecedora e agradável. Espero só ter pique para aguentar o pique do meu primo. Isso se o FIG não se der na mesma [época da convocação dele para a vaga que conquistou aqui em Recife. Várias variáveis. Vamos ver como o universo conspirará sobre esse caso. Amanhã mesmo, compartilharei com minha tia que o plano é ir para Caetés para ter uma prévia do que será o julgamento da minha mãe (muito embora uma coisa não implique de forma alguma na outra). Uma intervenção positiva da minha tia, contaria muitos pontos na formação de opinião da minha genitora, caso favorável seja.

Mudando completamente de assunto, preciso assistir o filme “O Traidor” para debater com uma conhecida. Já o tenho baixado aqui, mas com legendas em Inglês. Acho que meu seria legal meu primo-irmão assistir pois ele é super a fim da nossa conhecida e, vendo o filme, teria assunto para conversar com ela no Facebook ou por qualquer outro canal, de preferência presencial, eu creio.


Tá bom. Já escrevi besteira demais.

terça-feira, 5 de julho de 2016

INUTILIDADES

Coloquei finalmente Pitanga no meu iPod. Tive de baixar o torrent porque meu computador não tem drive de CD. :P

Estou sem idéias para o outro blog então vim para esse onde não se precisa ter idéias para escrever é só escrever por escrever. Finalmente consegui instalar um programa no meu computador que estava me dando muita dor de cabeça. Não sei se a mandinga que eu fiz vai funcionar ad infinitum. Não sei nem se o programa vai funcionar se eu desligar e religar a máquina. Veremos. Mas passei a tarde e até agora, 23h23, batalhando com o programa. Já tinha me dado por derrotado, quando vi um comentário de um usuário do torrent que acendeu a luzinha na minha cabeça e, até agora, que já era para ter bloqueado, não bloqueou. Me senti um superninja dos computadores por ter conseguido tal façanha. Coisa que certamente não sou, é papai Google quem merece todos os louros. Pedi para o bróder que instalou os programas na minha máquina que colocasse um de edição em 3D, mas acho que não vou encarar, não. É muito complicado. Mesmo, mesmo. Mas tenho que criar coragem para dar uma mexida maior do que os cinco minutos que passei apanhando dele e me assustei. Acho que não tenho mais neurônios para o bicho, já estou na descendente em termos de aprendizado, então é bem mais difícil para mim que para um guri de 15 anos. É fato que tenho muito tempo livre, mas mesmo assim, nunca vou conseguir fazer um super-herói em 3D, a realização dos meus sonhos em relação ao programa.

Até agora, nada de Mallu no iPod. Vamos ver quantas músicas mais até ela entrar em cena. Digo que, no máximo, daqui a cinco. Escreverei até tocar a primeira música de Mallu, pois não estou muito na vibe de escrever para ser sincero. Estou cansado, acordei cedo para ir ao CAPS e depois disso fiquei batalhando essa parada do programa até agora. Minha mente está meio exausta. Meus olhos também. Além disso, tenho que dar uma trégua pro pobre do computador que deve estar superaquecido. Ah, dei mais uma chance para o Fallout. 3 e novamente fui morto por dois timbus superdesenvolvidos e um cão sarnento. Quando revivi, saí andando por outro caminho e eis que o jogo travou. Parece que Fallout não me quer tanto quanto não o quero. Ou meu PS3 esteja ficando velho, não sei. Espero que não. Senão terei que comprar outro. Com que dinheiro é que não sei. Acho que já vai na quarta música.

Aconselhei, se é que isto é conselho, que uma companheira do CAPS que não sabe o que fazer da vida, que iniciasse um blog, anônimo, e saísse desabafando suas angústias para o Word. Às vezes melhora desabafar nem que seja para esse papel eletrônico, mas às vezes piora também, quando nos damos conta do buraco em que nos metemos e em como não temos idéia de como sair dele. Acho que Mallu não vai ser a sexta música, não. Mudei de idéia. Vou tomar um banho. É, não foi a sexta. Está tocando “Uma Outra Estação” do Legião. Mallu cabia bem depois dessa música. Ela é bem leve, embora melancólica, como quase tudo do Legião. Mas essa é um pouco mais, pois acho que Renato Russo estava nas últimas quando gravou, ele canta quase sussurrando, como se lhe faltasse força para cantar. Eu amo essa música, pois muitas vezes me sinto em “outra estação” em relação aos que me cercam. O que há de errado comigo que distôo tanto? Entre amigos não, mas nos habitats sociais aos quais vou com eles (ou sem eles), me sinto sempre como um peixe fora d’água. Principalmente com a mulheres, infelizmente. Vou ligar o ar. E tomar um banho e colocar o computador para fazer uma varredura completa, pois baixei muita coisa de sites suspeitos hoje até achar a solução para o meu problema, pode haver várias ameaças latentes na minha máquina. Pra rodar keygens, é preciso sempre deativar toda a proteção que eles geralemente vêm ou são encarados como um trojan. Então, para não hiper-aquecer a máquina, o ar condicionado vem bem a calhar. Vou me nessa.

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18h09. Até agora meu iPod só tocou uma música de Mallu. Parece que o shuffle não gostou dela, já tocou música repetida e só umazinha de Mallu. Qualquer coisa, coloco o disco. O dia hoje foi bom porque acordei cedo 10h30 (para um dia em que não tenho atividades, é cedo). Já escrevi um post, pelo visto polêmico, mas uma velha polêmica pelo que a comunidade falou, logo nenhuma novidade, logo não terei muitos visitantes. E parece que fui banido de outra comunidade. Dessa vez, não sei realmente por quê. Nem sei o nome de nenhum administrador da comunidade para poder pleitear a minha volta. E se esta volta for tão cheia de regras e restrições quanto foi na outra, de nada me adiantará, como de nada adiantou voltar à primeira, pois não posso mais replicar meus posts nela. Perdi um monte de leitores com esses dois banimentos. Logo o país da liberdade de expressão da famosa e brandida quinta emenda. Que piada. Já é o terceiro banimento. Bom, que seja.

Outra do dia, foi que colocaram a película na janela do meu quarto, o que é ótimo, pois reduz o calor do quarto em 54%, a entrada de raios UV em 98% e outro tanto a entrada de raios ultravioleta. Como meu quarto é nascente isso vai contribuir deveras com meu sono. Além de proteger meus bonecos e bonecas que com tanto sacrifício amealhei ao longo dos anos. Aliás, esta foi a razão maior para a colocação das películas. Os raios UV queimam e desbotam a pintura dos bonecos. Assim, eles durarão mais. Agora é só esperar o dia que vamos ter condições de colocar as prateleiras para expô-los todos. E mais ainda, o dia em que todos estarão aqui, posto que a maior parte está na casa do meu irmão nos EUA e as pessoas que para lá viajavam e traziam não trazem mais. Cansaram, sei lá. Só posso contar agora com a boa vontade do meu irmão quando ele vem para cá. Mas um dia as terei todas reunidas aqui nas prateleiras antes de morrer. Assim espero, pelo menos. Por ora, me deleito com o meu Demolidor. Um dos únicos grandões que conseguiu fazer a travessia até aqui.

Mas não é de bonecos que quero falar agora. Nem sei do que quero falar. Sim, fiz minha barba também com o barbeador novo. Ele não é para barbas, então não ficou muito legal, nem sei se perceberão a diferença, mas fiz. Estava precisando. Olhaí, já vai tocar outra música repetida e nada de Mallu. Vou acabar colocando o CD. Bom só sei que caiu pêlo para caramba quando fiz a barba, o que significa que houve um representativo debelo da barba. Por falar em barba, não tem o documentário “Este é só o começo do fim de nossas vidas” no Netflix. Queria muito assistir. Lembro que no último ou penúltimo show que fui deles, eu vi a bendita Mallu sentada num cantinho do palco, encolhida vendo a preparação do palco ou passagem de som, sei lá. Foi bem no começo do namoro dos dois. Agora até filho já têm. O tempo passa tão mais rápido quanto mais ele se acumula na vida da gente, né? O que era uma eternidade, agora é um sopro. É estranho que filas e espera nunca diminuam de tamanho ou pareçam passar mais rápido. Nessas horas é bom ter um celular com algum aplicativo que o entretenha.


20h22. Tocou uma de Mallu! Finalmente! Entrei em um novo grupo e meu primeiro post já foi logo vetado. Droga. Amanhã tento outro. 20h36. Ela de novo! Agora o iPod resolveu dar uma chance a Malluzinha! Não estou escrevendo aqui porque vou publicar um post em uma grupo de Facebook e estou preparando ele. 20h56. Outra. Publiquei o que tinha que publicar (e até o que não devia), vou voltar para cá. Não deu resultado nenhuma. Ninguém que ler o melhor artigo que escrevi. Eita povo preguiçoso para ler. E eu que pensei que o post ia abafar, ainda mais num grupo de customs. Eu sei, que diabos é customs, né? Bom são bonecos ou partes de bonecos criados por artesãos independentes que não pagam royalties sobre os personagens retratados (Marvel, DC, Star War o que for) e vendem seus produtos na surdina nesses grupos. É um mercado negro de bonecos. Acho que é a melhor forma de descrever. E esses customs, os bem feitos, são caríssimos, mais do que os bonecos de grife e muitas vezes são mais bem feitos que estes últimos. É impressionante a quantidade de gente talentosa que existe por aí. Muito bons mesmo. E fazem tudo nesse programa 3D que instalei aqui e tô sem coragem de mexer. Não sei se eu já tinha dito isso ontem, se disse, desculpem-me. Esse post já tá muito grande e muito chato. Vou publicar e nem divulgar.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

APAIXONADO... POR UM DISCO







É estranho se apaixonar por uma coisa, mas aconteceu. Me apaixonei por “Pitanga” terceiro CD de Mallu Magalhães. As músicas não me saem da cabeça e eu não vejo a hora de chegar em casa para ouvir o disco. “Pitanga” é um disco que foi me conquistando devagarzinho e, quando eu vi, já me encontrava completamente apaixonado por ele. Todas as músicas, em sua suavidade e delicadeza que não sei classificar, pois não sou bom em gêneros musicais e acho que o disco passeia por vários estilos, mas a sensação é para mim da leveza descompromissada da Bossa Nova, embora ache que não haja nenhuma bossa no disco. Talvez a décima primeira “Ô, Ana” seja a que mais se aproxime de uma bossa. Não é um disco carioca, sinto muito São Paulo nele, mas há em algum lugar uma pitada de Rio, principalmente nas menções sobre o mar.

O disco acabou, vou colocar Coca Zero e colocar de novo para ouvir.

Pronto. Me apaixonar por coisas não é uma novidade para mim, materialista que sou. Por exemplo, sou apaixonado pelo meu PS3, por mais que ele ande meio encostado. Sou apaixonado pelo meu boneco do Demolidor, que, por sinal está colocado ao lado do PS3 e bem perto de mim, para que possa contemplá-lo sempre que a vontade bater. Não me canso de admirá-lo. Mas a paixão que se sobressai agora é a do disco de Mallu. Tanto que eu paro de escrever para ouvir. Não podia ter me dado melhor presente que a idéia de dar ao disco uma segunda chance. É uma pequena pérola, delicada e bela, descompromissada como se tivesse sido fruto do acaso, mas se se reparar bem e isto eu percebo a cada nova audição, que embora os vocais parecem descompromissados e descontraídos, o disco é bem produzido, cheio de barulhinhos e de um arranjo leve e delicado de fundo; é um disco rico, embora esparso, porque sua principal qualidade é a leveza que cai muito bem com a voz de Mallu. Aliás a voz dela é o que está em primeiríssimo plano e sua forma imperfeita de cantar é perfeita para o disco, dá um clima de improviso, de ser o que saiu na hora, ou de uma cantora que não busca a perfeição ou ser uma grande intérprete, coisa que ela nunca vai ser, para ela, a voz é só um meio de transmitir a sua mensagem da forma mais pessoal possível, pelo menos é assim que percebo. Pense no oposto de Sandy, que é pura técnica vocal e aí você entenderá a voz não adestrada de Mallu. E esse descompromisso com a perfeição vocal dá um charme especial ao disco, que não é longo; pelo contrário, é extremamente curto, apenas 32 minutos e alguns segundos, tamanho perfeito para ouvir de novo e de novo. Ela mistura Português com Inglês nas músicas simplesmente porque deve ter lhe dado na telha fazê-lo. Tenho certeza que tudo saiu do jeitinho que ela queria, por inspiração e intuição, sem muito esforço, com naturalidade. E a naturalidade de Mallu é deliciosa, cativante, apaixonante.

Posso estar babando demais; mas não é isso o que fazem os apaixonados? Me deu até vontade de jogar PS3 agora, não é, Demolidor? Mas acho que vou ver um pouco de Evangelion, pois o disco já vai acabar. Mas depois eu jogo. Tô a fim de dar uma pause em Fallout. 3 e jogar Diablo Ultimate Edition. Pelo que me lembro, em Diablo eu estava conseguindo sobreviver mais tempo. Aliás, era difícil eu morrer, eu estava até me garantindo no jogo. Quero jogar um jogo assim, não um em que sou incapaz de matar, com um revólver com 12 tiros, dois cachorros sarnentos e eles me morderem até a morte. Ridiculamente ozzy.

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18h14. Queria escrever algo poético, nunca mais consegui. Algo do tipo: alma minha, que é tão somente sua, faça com que o tempo e o espaço que existem entre nós se desfaçam num enlace perfeito, nó cego de ninguém desatar. Que nossos olhares se encontrem e se percam um no outro, que nossos braços se transformem em abraços e nossas bocas se conheçam e se desvendem todos os dias e sempre que for preciso a saudade espantar ou o desejo querer. Amor, que esta palavra derive em verbo sempre conjugado por nós, para nós. Que a liberdade exista e cada um possa voar os vôos benfazejos que a vida há de trazer e que nós havemos de buscar. Mas que depois de cada vôo, as asas cansadas venham repousar no nosso ninho por não haver melhor lugar. Ninho este construído de intimidade, afago, afeto, de brigas bobas e alegrias imensas. Ninho de dormir e de acordar e de tudo que vem no meio, conversas, transas, risadas e lágrimas, poucas lágrimas e nenhuma mágoa, pois no nosso ninho não se guarda isso, tudo é posto em pratos limpos e cada um limpa o seu prato, pois o ninho é democrático. Não é machista ou feminista, é humanista, respeito é bom e os dois gostam tanto disso quanto um do outro. Vixe, tô fraco de poesia mesmo. Começou meloso e virou quase um acordo nupcial! Hahahahahaha. Assim vai ser difícil arrumar uma “boyzinha”.

Abaixo dois links sobre Pitanga e Mallu Magalhães: